Mestre Valentim

Valentim de Fonseca e Silva (1745-1813) trabalhou como escultor e urbanista no Rio de Janeiro.  Mestre Valentim nasceu em Santo Antônio do Arraial de Gouveia em 13 de fevereiro de 1744. Filho do português Manuel da Fonseca e Silva e da escrava Joana. Viajou para Portugal na companhia dos pais em 1748. Devido ao falecimento do pai ele retornou ao Brasil junto com sua mãe. No Rio de Janeiro estudou escultura e obra de talha. Dedicou-se ao urbanismo, talha, escultura e fundição. Ele faleceu solteiro no dia 01 de março de 1813. Principais obras do Mestre Valentim em urbanismo: Chafariz das Saracuras – 1759, Chafariz do Carmo – 1789, Passeio Público – 1793, Chafariz das Marrecas 1789. Deixou obras de talha e escultura na Igreja da Ordem Terceira do Carmo – 1772-1880, Mosteiro de São Bento – 1781-1782, Igreja da Santa Cruz dos Militares – 1802-1812 e na Igreja da Ordem Terceira de São Francisco de Paulo – 1801-1813. Fundição de ferro: Ninfa Eco e Caçador Narciso – 1785.

Bibliografia:

Mestre Valentim – Wikipédia, a enciclopédia livre   

Aleijadinho

Admirável escultor, entalhador e arquiteto do Brasil colonial. Antônio Francisco Lisboa nasceu no dia 29 de agosto de 1738 em Vila Rica, Minas Gerais. Filho de escultor e carpinteiro Manuel Francisco Lisboa e da escrava Isabel. Os padres de Vila Rica lecionaram para Aleijadinho as primeiras letras, latim e música. Na sua infância ele aprendeu a esculpir e entalhar em madeira. Observou o trabalho de seu pai e do tio Antônio Francisco Pompel. No século XVIII diversos padres fundaram irmandades e confratarias, construíram inúmeros estabelecimentos religiosos. Devido a situação econômica e ao ouro fizeram lindas construções em pedra e alvenaria. Aleijadinho escupiu e projetou talhas, estatuas e projetos em estilo barroco e rococó na época do ouro em Minas Gerais. As suas obras foram escupidas nas cidades de Ouro Petro, Sabará, Mariana, Congonhas do Campo e Morro Grande. As principais obras de Aleijadinho são: Os Doze Profetas entalhados no Santuário de Bom Jesus, Congonhas do Campo. Os Sete Cristos escupidos nas seis Capelas dos Passos e a Capela de São Francisco de Assis em Vila Rica. O escultor famoso teve lepra ou sífilis a partir de 1777. A doença o prejudicou, Aleijadinho continuou com as suas obras de arte. Um ajudante o auxilio em fazer as esculturas. Por ser mestiço e pela debilitação da doença ele sofreu preconceitos. Aleijadinho faleceu em 18 de novembro de 1814 em Ouro Preto, Minas Gerais. Sepultaram o seu corpo na Matriz de Nossa Senhora da Conceição. O seu talento genial ajudou a consagra-lo como o maior escultor e projetista do Brasil colonial.

Bibliografia:

Biografia de Aleijadinho – eBiografia    

Teresa de Benguela

Líder quilombada chefiou o Quilombo Quariterê as margens do rio Guaporé no estado do Mato Grosso no século XVIII. Teresa fugiu da escravidão e foi esposa de José Piolho. Depois do falecimento do marido ela tornou-se a rainha do quilombo em 1750. Durante vinte anos liderou a comunidade negra e indígena lutando contra a escravidão. O Quilombo de Quariterê teve a agricultura de algodão. Nos teares fabricaram tecidos vendidos fora dos quilombos juntamente com os alimentos excedentes. Em 22 de julho de 1770 lutou contra o quilombo. A maioria dos moradores fugiram. Teresa liderou a resistência, mas foram derrotados. Prenderam-na numa cela, ela sofreu humilhações, mas ficou muda. Passados alguns dias faleceu. Depois da morte arrancaram a sua cabeça e a colocaram no poste dentro do quilombo. O dia 25 de julho homenageia esta valente guerreira como Dia Nacional de Teresa de Benguela e da mulher negra. Durante o carnaval de 1994 no Rio de Janeiro a escola de samba Unidos do Viradouro homenageou Teresa como a rainha do Pantanal. No carnaval de São Paulo de 2020 a Barroca Zona Sul proclamou a bravura de Teresa.

Bibliografia:

Teresa de Benguela – Wikipédia, a enciclopédia livre 

Dandara

Guerreira e esposa de Zumbi dos Palmares, teve três filhos junto com o seu marido. Esta corajosa mulher negra lutou ao lado do esposo apoiados por homens e mulheres que defenderam Palmares dos ataques ocorridos no século XVII. Dandara sabia as técnicas de capoeira, ajudou na defesa e resistência do quilombo. Ela participou de caças e trabalhou na agricultura providenciando alimentos aos moradores de Palmares. No quilombo destacou-se a policultura de alimentos: feijão, milho, mandioca, batata-doce, banana e cana-de-açúcar. Dandara apoiou Zumbi quando ele teve divergências com Ganga-Zumba, líder do Quilombo dos Palmares. No dia 06 de fevereiro de 1694 prenderam Dandara na Capitania de Pernambuco. Depois de presa ela suicidou-se quando pulou no abismo, pois renunciou a escravidão. Dandara defendeu a liberdade do povo negro contra o sistema escravocrata.

Bibliografia:

Dandara – Wikipédia, a enciclopédia livre 

Zumbi dos Palmares

Destacou-se como líder da resistência negra no Quilombo dos Palmares. Ele nasceu em 1655, filho de Sabrina e neto de Aqualtune. Os tios Ganga Zumba e Gana Zona foram importantes lideres do Quilombo. Em 1600 diversos escravos fugitivos dos engenhos de açúcar refugiaram-se na serra da Barriga, Capitania de Pernambuco, atual Estado de Alagoas. A partir de 1644 fundaram o Quilombo do Palmares. Entre 1644 a 1654 expedições holandesas tentaram destruir o quilombo. Zumbi dos Palmares cresceu livre, casou-se com Dandara, tiveram três filhos. Ele ouviu os mais velhos contarem sobre o trafico de pessoas negras nos porões dos navios e a escravidão nas senzalas. Palmares resistiu ao sistema escravocrata e tornou-se um centro comercial com os colonos. Em 1671 e 1674 duas expedições lutaram contra o quilombo. Mesmo ferido com dois tiros Zumbi continuou lutando. Em 1678 Ganga Zumba fez um acordo de paz com o governador. Palmares se tornou uma vila. Zumbi não concordou com este acordo, pois além de ser livre desejou a liberdade de outros escravos. Ele recebeu apoio de vários mocambos. Devido a morte de Ganga Zumba tornou-se o novo líder de Palmares. O bandeirante Domingos Jorge Velho com mais de mil soldados invadiu em 1691 o Mocambo do Macaco, lugar onde Zumbi comandou a resistência. Após diversas lutas Zumbi dirigiu-se a Porto Calvo. Em 1694 destruíram o quilombo, mas os quilombadas resistiram até perderam as suas vidas. Capturaram Zumbi dos Palmares em 20 de novembro de 1695. Depois de decapitado levaram a sua cabeça ao Recife, por ordem do governador colocaram-na em exposição pública. Comemora-se no dia 20 de novembro o Dia da Consciência Negra relembrando a bravura de Zumbi.

Bibliografia:

Biografia de Zumbi dos Palmares – eBiografia  

A Solidariedade

Assim diz Deus: Observem o direito e pratiquem a justiça, porque a minha salvação está para chegar e   a minha justiça vai se manifestar (Is 56, 1). O justo perece, e ninguém se incomoda; os homens de bem são eliminados, e ninguém se importa (Is 57, 1). Assim diz aquele que está no alto, lá em cima, aquele que mora na eternidade e que tem um nome Santo: Eu moro na altura santa, mas estou com os oprimidos e humilhados, para reanimar o espirito dos humilhados e reanimar o coração dos oprimidos (Is 57, 15). O jejum que eu quero é este: acabar com as prisões injustas, desfazer as correntes do jugo, pôr em liberdade os oprimidos e despedaçar qualquer jugo; repartir a comida com quem passa fome, hospedar em sua casa os pobres sem abrigo, vestir aquele que se encontra nu, e não se fechar à sua própria gente (Is 58, 6-7).

 

Aqualtune

Princesa africana nasceu no Reino de Gongo, filha de um rei não identificado. Aqualtune liderou a Batalha de Mbwila em 1665 entre o Reino de Gongo e Portugal. Após a derrota ela foi presa e vendida como escrava. Colocaram-na no navio negreiro com destino a Recife, venderam-na como escrava reprodutora. Após engravidar a enviaram ao engenho de Porto Calvo. Nesta propriedade obteve informações do Quilombo dos Palmares. Depois do sexto mês de gravidez Aqualtune juntou-se com outros negros e fugiram da fazenda. Ela e os filhos Ganga Zumba e Gana Zona foram importantes líderes mocambos de Palmares. Passado algum tempo nasceu Sabrina, mãe de Zumbi dos Palmares. Durante a sua vida ela lutou pela liberdade da população negra no Período Colonial. Existe registros históricos dela até o dia 21 de setembro de 1677, mas não a data exata de sua morte. Aqualtune liderou e lutou contra a escravidão, passou a liderança aos seus herdeiros e o comando no quilombo. Esta mulher negra valente não aceitou o destino imposto pelo sistema escravocrata. A heroína lutou e buscou a liberdade do seu povo, tornou-se líder do quilombo. Aqualtune destacou-se na literatura como a princesa guerreira que comandou a luta dos escravos pela liberdade e sobreviveram no Quilombo dos Palmares. Aqualtune se imortalizou por lutar pela liberdade na África e no Brasil.

Bibliografia:

Aqualtune – Wikipédia, e enciclopédia livre