Esta mulher chamava-se Maria Gomes de Oliveira (1910-1938). Destacou-se como cangaceira brasileira, esposa de Lampião e foi a primeira mulher que participou de um grupo de cangaceiros. Maria Bonita nasceu em uma família simples no povoado de Malhada de Caiçara localizado no município Paulo Afonso no sertão baiano. Casou-se com quinze anos em um casamento forçado com o primo sapateiro Zé de Neném. O marido era infiel, agressor e alcoólatra. Quando ela conheceu Lampião apaixonada se tornou sua amante em 1929. No mesmo ano fugiu com Virgulino Ferreira da Silva. Tornou-se integrante da quadrilha de cangaceiros, viveu como esposa de Lampião durante nove anos. Devido a sua beleza e personalidade forte teve privilégios neste grupo. Vestiu vestidos de seda, luvas estampadas, sandálias e botas de cano curto. Usou joias caras, enfeites de ouro e o mesmo perfume francês de Lampião. Enquanto acompanhou o marido nas batalhas vestiu botas de couro e roupas de algodão. Devido a inúmeras traições do companheiro Maria sentiu ciúmes de Lampião. O cangaceiro cuidou dela com carinho e paciência. O casal viajou a uma fazenda em 1931, tiveram a sonhada lua de mel. A seguir ela engravidou, teve uma filha de Lampião, chamaram-na de Expedita Gomes de Oliveira Ferreira. Devido as normas do cangaço entregou a menina para um casal de amigos vaqueiros. No dia 28 de julho de 1938 os policiais atacaram a quadrilha de Lampião. Esta mulher tentou fugir, levou dois tiros e foi decapitada. No momento em que a cabeça separou-se do corpo a apelidaram de Maria Bonita. A baiana Maria Gomes de Oliveira nunca usou este apelido, desde pequena a chamaram de Maria de Déa. A Prefeitura de Paulo Afonso em 2006 restaurou a casa onde Maria Bonita morou quando era menina, transformaram-na no Museu Casa de Maria Bonita. O romance de Maria Bonita e Lampião teve inúmeros dramas e aventuras parecidos com as obras literárias de ficção.
Bibliografia:
Maria Bonita – Wikipédia, a enciclopédia livre
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