sábado, 21 de novembro de 2020

A Minha Mãe Maravilhosa

Meu nome é Daniela, sinto orgulho em ser mulher e mãe negra. Na minha infância acompanhei mamãe na roça para apanhar algodão, milho e laranja. Comecei a trabalhar aos oito anos de babá, depois como empregada doméstica, entre 14,15, 16 anos trabalhei de auxiliar de cabelereira. Naquela época estudei no CEFAM (Centro Especifico de Formação e Aperfeiçoamento de Magistério em São Carlos – São Paulo. Após o magistério enquanto conciliei o trabalho com a escola terminei o ensino médio na escola Álvaro Guião. A seguir fiz os cursos de letras e pedagogia, estou estudando ciências políticas, mas sonho em cursar Psicologia. Trabalhei em inúmeras escolas do estado, incluindo Álvaro Guião onde lecionei aulas de português, inglês e espanhol. Na Fundação Casa tive a oportunidade de trabalhar a empatia, ganhei mais humanidade. Atualmente ministro aulas de espanhol em um colégio particular e sou educadora popular em uma instituição filantrópica de crianças, adolescentes e jovens, porque os ajudamos a realizarem os seus sonhos. Neste ano o projeto abrange o suporte dado a criança e aos jovens em relação ao sentimento de abandono, pois a historicidade e vivencia mostram grandes sonhadores e a carência em relação aos laços afetivos e muitas vezes tem como referencia a mãe preta. O nome do projeto deste ano é Agora quem cuida de mim? Eu sou casada com Renê Antônio, nos conhecemos quando tinha catorze anos. Sou mãe de Rhuan Estevan, meu amado filho ingressou na universidade federal UFSCAR. Minha filha Pérola Victoria sempre foi uma aluna dedicada e com destaque no histórico escolar. Ela sempre me ajudou a cuidar da irmã caçula Penélope Luiza que estuda no quarto ano. A minha mãe Benedita Aparecida foi uma mulher forte, sinto orgulho do seu nome e grande devoção por ela. Esta mulher teve uma vida digna de grande guerreira por ter sido minha mãe e pai. Mesmo sem estudos aprendi com os seus grandes ensinamentos. Através de sua vivência histórica de vida e luta fez o melhor para educar as suas duas filhas. A ultima vez que estive no Flor de Maio foi para assistir e aplaudir uma das homenageadas a minha querida mamãe. Ela cresceu numa família onde todos desfilaram em escola de samba. A minha mãe era baiana, uma das principais ala das crianças a Rainha de Bateria da escola independente. Benedita Aparecida desfilou em vários concursos, por exemplos, Flor de Maio, Rainha do Clima, Álvaro Guião, Miss São Carlos. Mamãe desfilou com grandes nomes da época porque era simpática e gostava das pessoas. Infelizmente esta mulher maravilhosa faleceu, mas sempre a amarei porque está presente no meu coração.  

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