A maioria da população brasileira gosta de ir à praia. Esta pratica foi adaptada dos costumes europeus. Os passeios e banhos de mar começaram no século XVII. Mas tornou-se uma pratica social aliado a terapias medicinais no século XIX. Em 1808 com a chegada da Família Real ao Brasil D. João VI gostava de passeios marítimos. Quando frequentava o Paço de São Cristóvão tomava banhos de mar. Muitas pessoas de respeito dirigiam-se a praia para tratamentos terapêuticos e não ficavam expostos na areia tomando sol. Os cavaleiros deveriam vestir-se decentemente, antes do amanhecer do dia era o horário mais movimentado pelos banhistas. No final do século XIX os balneários do Rio de Janeiro, Santos e de Casino no Rio Grande do Sul tornaram-se opções de lazer e convívio social. Era necessário estar vestido a caráter. Os homens usavam a camiseta e calções de casimira escura compridos até os pés. As mulheres vestiam uma bata de baeta, tinha babados nas mangas e gola à marinheira. Acompanhava a calça comprida do mesmo tecido com babados na ponta. A vestimenta era azul marinho com cadarços brancos. Em determinados locais de veraneio os turistas se dirigiam a estabelecimentos que alugavam roupas adequadas ao lazer a beira do mar. Para o funcionamento do balneário era exigido uma sala de atendimento a afogados e banhistas com medicamentos. A partir de 1917 começou a vigorar o horário para frequentar a praia. Permitiam os banhos nas manhãs até às 9 horas e a tarde a partir das 16 horas. Os frequentadores faziam o seu próprio horário. Quando amanhecia os mais idosos eram os banhistas, a seguir mães ou babás com suas crianças. Às nove horas eram os estudantes das pensões, domesticas passeavam no dia de folga. Os costumes mudaram com o passar das décadas e o comprimento das roupas também. As peças longas foram substituídas por túnicas justas com calças curtas e cinto, liberando pernas e braços. A partir de 1930 as mulheres usavam o maiô, mas eram grandes, pois permitiam mostrar as pernas nas praias. Em 1946 o estilista francês Louis Réard inventou o biquíni, impressionou a sociedade pelo pequeno traje. No Brasil as mulheres começaram a usar o biquíni no final da década de 50. A partir de 1970 foi lançado um novo modelo de biquíni brasileiro a famosa tanga. Depois surgiram novos modelos: o enroladinho, asa-delta, o de lacinho nas laterais, o sutiã cortininha e o fio-dental. Os modelos multiplicaram-se utilizando a evolução tecnológica surgiram tecidos resistentes e adequados ao banho de mar. A praia é uma ótima diversão pública e gratuita.
Bibliografia:
Deolhonailha-vix.blogspot.com
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