quarta-feira, 1 de junho de 2022

LIVRO DE CONTOS SUSPENSE VINGATIVO

                                         CONTO VINGANÇA PARASITA

 

           A fábrica de doces Coelho Dourado localizava-se na cidade Violeta Dourada. Neste município moravam sessenta mil habitantes. A indústria completou cinquenta anos e empregava quinhentos funcionários. Em comemoração fizeram um concurso de poesias, revelaram os três primeiros colocados na festa de aniversário. O evento aconteceu no salão de exposição da fábrica sábado à noite. Sorrindo Laurisvaldo dono da firma cumprimentou os seus convidados, especialmente o prefeito Orivaldo e Guilmario proprietário do supermercado Gengibre.

            Terminado o jantar Maristela gerente do estabelecimento anunciou os ganhadores do concurso de poemas. Emocionado Laurisvaldo comentou que a vencedora era Cremilda, uma das funcionárias da fábrica. Os funcionários da empresa trabalharam bastante devido a venda dos doces. Um dos principais fregueses era a rede de supermercado Gengibre. O diretor Adenilson jantou no restaurante com Guilmario. Durante a refeição eles tiveram divergências devido à falta de pagamento das mercadorias durante seis meses.

            No dia seguinte Guilmario foi na reunião da fábrica Coelho Dourado. Estavam na sala de reunião o presidente Laurisvaldo, Adenilson, Denivaldo e Maristela. Nervoso o dono do supermercado mostrou os documentos bancários provando ter pagado as mercadorias adquiridas. Laurisvalo analisou as notas fiscais, percebeu que alguém estava desviando dinheiro da firma. Denivaldo comentou ter achado várias faturas jogadas no lixo do escritório de Adenilson e as mostrou a Maristela. A gerente descobriu o roubo de mais de um milhão de reais realizado pelo diretor.

            Adenilson afirmou ser inocente, Laurisvaldo o demitiu e exigiu a devolução do dinheiro. Denivaldo era encarregado de uma sessão de alimentos na fábrica. Como estava sendo pressionado no serviço percebeu diferenças entre os doces fabricados na empresa e a venda deles. Desconfiado pediu para o faxineiro lhe entregar papeis encontrados no lixo da diretoria. Durante vinte dias não encontrou nada suspeito, mas depois achou algumas notas rasgadas pelo gerente.

            Furioso Adenilson saiu da fábrica. Laurisvaldo agradeceu ao Denivaldo por ter descoberto o desvio do dinheiro da empresa. Contente o nomeou gerente daquele estabelecimento. Cremilda elogiou o irmão Denivaldo por ter descoberto aquele crime na firma. Marisol e Ediberto amigos de Adenilson a chamaram de convencida. Preocupado o novo gerente informou ao Laurisberto que viu pelas câmeras de segurança funcionários roubando mercadorias enquanto carregaram os caminhões. O dono inconformado assistiu aqueles vídeos, os seus empregados de confiança Ediberto e Marisol roubaram diversas caixas de doces todas as noites. Furioso ele os demitiu por justa causa e mandou os seguranças leva-los ao escritório. Mas avisaram os dois indivíduos que descobriram os roubos deles, rapidamente fugiram da empresa.

            Diversos operários elogiaram o chefe Denivaldo por ter descoberto diversos roubos na fábrica. Os policiais não encontraram Marisol, Ediberto, Adenilson, pois desapareceram do município. Passaram-se alguns dias, a estagiaria Carmélia era amante do antigo gerente. Numa determinada noite ela se dirigiu a chácara, depois que entrou na casa abraçou Adenilson. Irritado reclamou terem descoberto os seus desvios de dinheiro na fábrica de doce. Desanimada tentou acalma-lo porque fugiriam do Brasil. Nervoso comentou que a justiça bloqueou os seus bens. Carmélia sorrindo tentou seduzi-lo, mas ele rejeitou os seus carinhos. Desejando acalma-lo ela foi até o jardim, pegou vários pés da erva folhas de beleléu e fez um chá. Sorrindo retornou à sala e pediu para Adenilson bebê-lo. Rindo ele colocou 50ml do energético naquela bebida e bebeu. Contente aquele homem fez uma declaração amorosa a namorada. Mas jurou que se vingaria dos seus inimigos. Brava a moça gostaria de curtir aquele momento. Adenilson sorrindo agradou a mulher amada. O casal se abraçou, beijou-se e transou.

            No dia seguinte quando Carmélia acordou lembrou-se da transformação de Adenilson depois que tomou o chá de ervas folhas do beleléu com energético. Sorrindo contou esta novidade ao amado. Ele ficou pensativo, após alguns minutos dirigiu-se ao jardim, pegou algumas ervas folhas do beleléu e fez um chá. Rindo telefonou para Marisol e Ediberto, pediu para irem na chácara conversarem sobre uma nova missão. Quando os dois homens chegaram naquela casa ele colocou energético no chá e ofereceu aos amigos. Depois que aqueles indivíduos tomaram o chá Adenilson mandou Marisol se comportar como um cachorro, Ediberto imitou o gato. Os dois indivíduos obedeceram às ordens dele.

            Contente abraçou Carmélia, sem querer descobriram o coquetel Bebeloide, pois conseguiu controlar a mente de quem tomou aquela bebida. Animado iria ganhar bastante dinheiro e se vingaria dos seus inimigos. Naquele momento precisaria encontrar uma fábrica de bebidas para fazerem o coquetel magico. Por sorte encontraram a erva folhas do beleléu em diversos lugares onde nasciam outras plantas nativas. A venda do energético era legalizado.

            Após cinquenta minutos passou o efeito do Coquetel Bebeloide. Envergonhado Edivaldo beijou as mãos de Carmélia, furioso Marisol lambeu os pés do Ademilson. Sorrindo o casal comentou que os dois obedeceram às ordens deles depois que tomaram a bebida mágica. Enquanto os acalmaram contaram que poderiam ganhar bastante dinheiro vendendo o coquetel. Marisol lembrou-se de Osmarino Prata, dono da fábrica de bebidas Estrelas Prateadas. Aquela indústria fabricava sucos e bebidas alcoólicas diferentes e inovadoras. Edivaldo foi no pomar, viu a arvore frutífera dos frutos dondoca, ele pegou algumas frutas e fez um suco com algumas ervas folhas do beleléu. Animado dirigiu-se a sala, sorrindo ofereceu um copo daquela bebida a Carmélia. A moça bebeu o suco de frutas dondoca. Como ela ficou esquisita gostaria de ouvir uma declaração amorosa dela. Carmélia pediu para ele se envolver com outra mulher porque era fiel ao seu amado.

            Adenilson telefonou para Osmarino, combinaram jantar no restaurante Rapadura no dia seguinte. No horário combinado dirigiu-se com Carmélia ao estabelecimento. Na mesa reservada estava o dono da fábrica de bebidas. Ele tentou convencê-lo em fabricar o coquetel Bebeloide e o suco dos frutos dondoca. Terminada e refeição Osmarino recusou fazer novas bebidas na sua indústria. Carmélia sorrindo pegou de sua bolsa uma garrafa do coquetel, o colocou em três taças. Sorrindo convidou Osmarino para bebê-lo. Gentilmente aquele homem tomou a bebida.

            O empresário ficou esquisito depois que tomou o coquetel. Adenilson afirmou que ganhariam bastante dinheiro vendendo aquelas bebidas. Osmarino concordou e os convidou para irem na fábrica dele na próxima segunda-feira. Animados saíram do restaurante, dirigiram-se ao estacionamento. Perto do estabelecimento tinha uma moradora de rua pedindo esmola. Ela os seguiu e pediu um real. Tentaram ignora-la, mas a pedinte os acompanhou pedindo clemencia. Irritado Osmarino pegou do bolso esquerdo de sua calça um pequeno revólver, deu dois tiros nela.

A vítima caiu no chão, ninguém ouviu os disparos dos tiros porque a arma tinha silenciador. Osmarino continuou andando calmamente com o revolver na mão. Adenilson convenceu o empresário em pegar carona no carro dele. Carmélia pegou as chaves do automóvel daquele homem, entrou no veículo e seguiu o namorado. Após alguns minutos passou o efeito do coquetel Bebeloide, confuso Osmarino perguntou o que estava fazendo naquele veículo. Adenilson estacionou o carro na estrada deserta, afirmou terem assinado o contrato, nos próximos dias começariam a produzir o coquetel e o suco dondoca na fábrica dele. Chateado comentou não ter espaço na sua indústria para fazer novos produtos. Carmélia estacionou o automóvel, aproximou-se dos homens, pois ele gostou daquela bebida. Confuso Osmarino não se lembrou do que aconteceu na última hora. Rindo Adenilson pegou o telefone celular e mostrou as loucuras feitas pelo empresário depois de ter tomado o coquetel.

            Desesperado o dono da fábrica não se conformou por ter machucado aquela mulher. No dia seguinte saiu nos meios de comunicações sobre o assassinato de uma pedinte. Ninguém viu quem matou a moradora de rua com dois tiros. Os policiais não tinham pistas daquele crime, inconformado Osmarino concordou em fabricar o coquetel e o suco dondoca na indústria dele. Aquelas bebidas fizeram sucessos, as pessoas gostaram de bebê-las. Passados trinta dias precisaram triplicar a fabricação do coquetel e suco. Osmarino e Adenilson ganharam bastante dinheiro. Após quatro meses Laurisvaldo não recuperou o dinheiro roubado, endividado demitiu duzentos funcionários da fábrica de doces Coelho Dourado. Fizeram parte da lista dos demitidos Denivaldo e sua irmã Cremilda. A cidade ficou abalada com essas demissões.

Carmélia continuou trabalhando naquela empresa. Laurisberto percebeu que continuaram desviando dinheiro de sua firma. Numa tarde Guilmario foi na reunião da fábrica irritado porque já tinha pagado as faturas, mas continuaram cobrando-as. Maristela tentou acalma-lo, pois aconteceu alguns erros naquelas cobranças. Carmélia nervosa entregou uma pasta ao patrão com vários documentos. Depois de analisa-los Laurisberto percebeu que Maristela e Guilmario estavam desviando dinheiro de sua fábrica.

            Furioso Laurisberto estava cansado de ouvir as mentiras de Maristela e Guilmario. O dono do supermercado afirmou ser um homem honesto. Maristela trabalhou honestamente na fábrica Coelho Dourado durante dez anos. Aquele homem riu forçadamente, afirmou ter os documentos entregues por Carmélia mostrando que os dois desviaram dinheiro da fábrica nos últimos três anos.             Irritado Laurisberto mandou o casal sair daquela sala, mas se for provado aquele crime precisarão devolver o dinheiro roubado. Carmélia tentou consolar o patrão, pois as notas fiscais e faturas que incriminaram Adenilson poderiam ser falsas. Confuso aquele homem telefonou ao amigo e professor Ademir Arruda porque precisava desvendar as fraudes na sua empresa. Passados três dias aquele senhor foi no escritório da empresa pela manhã. Ele tinha sessenta anos, era negro, além de ser simpático parecia ser competente.

            Preocupado Laurisberto explicou ao amigo os problemas financeiros de sua empresa. Ele mostrou arquivos, documentos, planilhas e notas fiscais. Os dois foram no restaurante almoçar. Terminada a refeição se despediram. Ademir entrou no automóvel e decidiu conhecer a cidade. Enquanto ele passou defronte de uma praça bonita estacionou o veículo. Animado desceu do carro e sentou-se no banco. Aproximou-se dele um rapaz de cor branca, mal encarado o humilhou. Ademir perguntou por que aquele indivíduo o estava humilhando. Querendo se divertir o moço deu um soco no rosto do professor, pegou o canivete e o agrediu machucando-o no ombro esquerdo e na mão direita. Devido aos ferimentos Ademir gritou sentindo dores. O agressor saiu correndo, algumas pessoas socorreram aquele homem ferido. Precisaram leva-lo ao hospital, apesar do susto aqueles machucados não eram profundos, o médico deu vários pontos neles.

            No dia seguinte Laurisberto analisou inúmeros documentos e notas fiscais. Surpreso percebeu a inocência de Adenilson, pois quem estava desviando dinheiro da fábrica era Maristela e Guilmario. Maristela foi demitida por justa causa. Devido a elevada dívida a fábrica faliu. Telefonaram para Laurisberto e o convidaram para almoçar no melhor restaurante da cidade. Ao meio-dia dirigiu-se a mesa reservada, ficou surpreso quando viu Adenilson. Chateado aquele homem desejava comprar a fábrica Coelho Dourado. Osmarino Prata era o seu socio, estavam ganhando bastante dinheiro com as vendas do coquetel Beleboide e suco dondoca. Querendo recuperar parte do dinheiro gasto naquela indústria Laurisberto decidiu vendê-la.

            A cidade ficou surpresa com o retorno do Adenilson a fábrica de doces, principalmente por ser dono de parte daquele estabelecimento. O prefeito Orivaldo e sua esposa Raimunda convidaram os novos donos de Coelho Dourado para jantarem na casa deles. Zelinda filha do casal paquerou Adenilson.

            Maristela estava nervosa por estar sendo acusada junto com Guilmario dono do supermercado Gengibre de terem desviado dois milhões de reais da firma. A indústria de doces estava agitada porque quando demitiram os duzentos funcionários houve fraudes no acerto de contas. Pagaram dinheiro a mais aos empregados demitidos. Os novos donos queriam que eles devolvessem o dinheiro, a firma tinha muitas dívidas. Desesperadas aquelas pessoas não tinham como pagarem aquela conta.

            Adenilson e Osmarino proporão para os antigos trabalhadores trabalharem três meses de graça assim pagariam as dívidas a firma. Sem outra alternativa a maioria dos funcionários aceitaram a proposta. Denivaldo antigo encarregado de sessão quando retornou ao serviço foi trabalhar como operador de maquinas. Os chefes dele eram Marisol e Ediberto, além de odiá-lo o humilharam bastante. Enquanto ele trabalhou percebeu as fraudes na firma feitas por Adenilson e seus amigos. Terminado o horário de serviço telefonou para Maristela, combinaram se encontrem as 19h na cachoeira Água Cristalina.

            No horário marcado a antiga gerente o abraçou chorando, afirmou ser inocente das fraudes na fábrica. Ele tentou consola-la, Adenilson conseguiu fazer inúmeros roubos na fábrica porque teve a ajuda de sua amante Carmélia. Combinaram investigarem aqueles ladrões que estavam roubando e prejudicando pessoas inocentes. Após três dias os habitantes da cidade Violeta Dourada ficaram inconformados, os policiais encontraram um automóvel queimado e o corpo de uma mulher deformado. Ela usou no braço direito uma pulseira com o nome gravado Maristela Fontes.

 Várias pessoas choraram no velório de Maristela, sepultaram-na no tumulo do cemitério as 16h30m. Denivaldo tentou disfarçar, mas chorou naquele enterro. Quando saiu do cemitério quatro policiais se aproximaram dele. Afirmaram terem encontrado uma fotografia de Maristela nua perto do veículo incendiado. Naquela foto encontraram as impressões digitais do antigo encarregado da fábrica de doces. Enquanto os policiais o algemaram Denivaldo afirmou nunca ter maltratado Maristela porque eram amigos. Cremilda não acreditou nas falsas acusações, confusa dirigiu-se a lanchonete de Durvalino melhor amigo do seu irmão. Desanimado ele comentou que aquela cidade estava esquisita após a população consumir o coquetel Bebeliode e o suco da fruta dondoca. Durvalino contou que Carmélia era amante de Adenilson. Aqueles bandidos decidiram eliminar a antiga gerente da fábrica e culparam Denivaldo por ter cometido o homicídio.

            No dia seguinte enquanto Cremilda estava no serviço precisou ir buscar peças no outro galpão vazio da fábrica. O funcionário Tonivaldo a seguiu, pois era um conquistador e amigo de Adenilson. Rindo afirmou que a bastante tempo desejava fazer sexo com aquela mulher difícil. Brava o chamou de atrevido porque nunca teriam intimidades. Furioso ele deu um tapa no rosto esquerdo dela, abraçou-a com força e beijou a sua boca. Terminado o beijo nervosa Cremilda deu um tapa no rosto dele. Irritado Tonivaldo a empurrou no chão, enquanto se levantava aquele homem se aproximou dela. Sentindo raiva ela deu um chute no meio das pernas daquele indivíduo e saiu correndo do barracão. Apavorada retornou ao seu setor de serviço, contou ao chefe Ediberto ter sido agredida por Tonivaldo.

            Passados alguns minutos Tonivaldo reclamou ao encarregado ter impedido o suicídio de Cremilda, em agradecimento ela o espancou. Nervosa o chamou de mentiroso, pois tentou estupra-la. Ediberto afirmou que o seu amigo estava falando a verdade. Mandou dois seguranças leva-la a enfermaria porque precisava se consultar com a psicóloga. Chorando Cremilda implorou para acreditarem nela.     Forçadamente os dois seguranças a levaram na enfermaria, mandaram se acalmar, fecharam a porta e deixaram-na sozinha naquele cômodo. Cremilda lembrou-se que a maioria dos funcionários da fábrica depois de beberam o suco da fruta dondoca sempre concordavam e obedeciam aos patrões. Por sorte detestou aquela bebida, precisava fugir daquela firma. Naquele momento entrou na enfermaria a enfermeira Adelaide. Preocupada afirmou que o irmão dela assassinou Maristela. O criminoso foi preso por ter tirado uma vida humana. Chegou na enfermaria três homens, um deles tinha ferimentos nas duas mãos e sangravam. Adelaide socorreu o ferido, Cremilda disfarçando conseguiu sair daquele lugar. Ela dirigiu-se ao estacionamento dos automóveis e fugiu da fábrica. Confusa foi na casa dela, colocou algumas roupas na mochila e achou melhor desaparecer da cidade.

            Cremilda desesperada escondeu-se num imóvel abandonado da periferia da cidade. Quando escureceu mais calma decidiu ir na delegacia reclamar que foi agredida na fábrica e um indivíduo tentou estupra-la. Ela caminhou trezentos metros até o ponto de ônibus. Aflita entrou no veículo de transporte coletivo. No outro ponto de embarque e desembargue de passageiros um indivíduo deu sinal de parada ao ônibus. Quando ele entrou na condução encostou um garfo nas costas do motorista. Bravo anunciou o roubo, exigiu que o mesmo lhe entregasse o dinheiro.

           Surpreso o motorista entregou ao homem R$67,00. O indivíduo pegou a grana, desceu do ônibus e fugiu. Aflitos quatro passageiros pediram para o motorista ir à delegacia dar queixa daquele roubo. Uma senhora reconheceu Cremilda, contou que os policiais a estavam procurando porque ajudou no assassinato de Maristela. Nervosa ela afirmou nunca ter prejudicado ninguém. Apavorada desceu do ônibus e saiu correndo na escuridão.

          Desanimada chorou, pois estava sendo acusada juntamente com o irmão Denivaldo de terem assassinado a gerente da fábrica. Apavorada continuou caminhando no escuro. Passado algum tempo viu uma fogueira num terreno com matagal. Aflita decidiu pedir ajuda, de longe viu três jovens agasalhados com trapos perto da fogueira. Os rapazes estavam bêbados e drogados, rindo bateram num homem chinês. Depois amarraram os pés a as mãos dele com pedaços de cordas. Enquanto fumaram as drogas decidiram terem relações sexuais com o indivíduo antes de assassina-lo. Cremilda aflita tentaria impedir aquela barbaridade. Escondida aproximou-se deles e com a ajuda do fosforo colocou fogo em duas mochilas. Os jovens ficaram surpresos com o incêndio e tentaram apagar o fogo. Naquela confusão corajosamente ela com uma faca cortou as cordas que prendiam as mãos e os pés daquele homem. Ele levantou-se do chão e os dois saíram correndo. Depois que o incêndio queimou as mochilas aqueles caras perceberam a fuga do detetive. Furiosos começaram a procura-lo.

          O homem e Cremilda se esconderam atrás do monte de lixo. Após dez minutos irritados os jovens foram embora. Aquele homem chamava-se Chang Chong, era neto de imigrantes chineses, agradeceu-a por ter salvado a sua vida. Curiosa perguntou por que aqueles jovens o agrediram. Ele era aluno do professor Ademir, veio na cidade Violeta Dourada para descobrir quem havia machucado o seu mestre. Pela descrição seguiu um suspeito até o churrasco na casa de Atanagildo. No evento vários convidados afirmaram terem recebido mensagens por e-mail   chantageando-os de terem mandado fotos com sexo explícito ao chantageador. Deveriam pagar determinada quantia em dinheiro senão as publicariam na internet. Como eles beberam o coquetel Bebeloide os bandidos conseguiram convence-los que estavam falando a verdade.

          Atanagildo desconfiou de Chang ser um detetive, os dois discutiram. Desejando evitar brigas ele foi embora daquela casa, o chantagista mandou os três jovens baterem nele. Desanimada contou ter sido acusada juntamente com o irmão de terem assassinado Maristela Fontes. Ele a abraçou afirmando que iriam provar a inocência deles. Animado perguntou se ela tinha telefone celular. Sorrindo Cremilda comentou ter um aparelho antigo, abriu a mochila e o entregou ao Chang. Ele fez uma ligação, passados vinte um automóvel parou perto de Chang, contente ele cumprimentou o seu amigo Cornélio. Os dois entraram no carro, o motorista dirigiu o veículo até a cidade vizinha. Eles entraram numa casa, ela tomou banho no banheiro, a seguir pediram para dormir no quarto de hospede. Cansada acordou no dia seguinte as 8h40m, levantou-se da cama e dirigiu-se a cozinha. Os homens conversaram e utilizaram os telefones celulares.

        Chang cursava o doutorado de administração pública, o professor Ademir era o seu orientador. Cornélio deu aulas de matemática durante muitos anos, estava aposentado. Comentaram que machucaram Ademir propositalmente porque tinham medo que fossem descobertas novas fraudes na fábrica Coelho Dourado. Naquele momento tocou o telefone celular de Chang, ao atende-lo conversou educadamente. Terminada a ligação afirmou ter sido selecionado para fazer estágio na fábrica de alimentos.

          Cornélio o parabenizou, mas deveria tomar cuidado porque naquela firma trabalhavam vários bandidos. Cremilda aconselhou-o a investigar Ademilson, Carmélia e Osmarino Prata. Nunca deveria tomar o suco de fruta dondoca, pois aqueles criminosos controlavam as mentes dos funcionários. Chang pesquisou, afirmou ter encontrado a erva folhas de beleléu naquele suco e no coquetel Bebeloide. Descobriram que conseguiam influenciar e dominar as mentes das pessoas consumidoras daquelas bebidas. Estavam enganando inúmeros seres humanos e ganhando bastante dinheiro. Na segunda-feira ele começou a trabalhar na indústria.  Emocionado se despediu dos amigos, chegou na fábrica Coelho Dourado as 9h. Animado foi na sala do presidente Adenilson, mostraram-lhe quais seriam os seus serviços como estagiário. Efetivaram Carmélia no emprego, tornou-se uma gerente no serviço. 

          Osmarino Prata desejou comprar um hotel abandonado. Com o dinheiro reservado iria reformá-lo porque ganharia bastante dinheiro depois de reinaugura-lo. As 14h20m dirigiu-se com o corretor Hermínio a este imóvel. A casa era maravilhosa, feita de arquitetura conservadora. Contente subiu no sótão, o piso era de taco. No chão tinha um tapete, depois que ele andou quatro metros devido a umidade nos tacos não suportou o peso dele e quebraram.  Osmarino caiu na recepção de uma altura de oito metros, bateu a cabeça na estante e desmaiou.

          Hermínio ouviu os gritos dele, desesperado dirigiu-se aquele cômodo, como aquele homem estava inconsciente pegou o telefone celular e chamou uma ambulância. Osmarino teve traumatismo craniano, quebrou o braço esquerdo e duas costelas. Levaram-no ao hospital e o internaram na UTI. Passada uma semana ele não resistiu aos ferimentos do acidente doméstico e faleceu.

          Devido as altas vendas do coquetel bebeloide Ademilson resolveu transferir a fábrica de bebidas ao galpão vazio da empresa Coelho Dourado. Chang não conseguiu acessar os documentos secretos da firma. Enciumada Carmélia discutiu com o presidente, pois ele estava namorando Zelinda, filha do prefeito Orivaldo. O estagiário a elogiou, mas aquela mulher complicada o ignorou. Desanimado dirigiu-se a outra cidade, na residência conversou com os amigos, de repente Cremilda teve uma ideia.

          No sábado as 20h Carmélia foi em um jantar dançante no clube. Como estava bonita vários homens a elogiaram, convencida os ignorou e humilhou Chang. Entristecido tomou várias doses de bebidas alcoólicas. A meia-noite rindo ele pegou com a mão direita do bolso esquerdo de sua calça um revólver cromado. Aquela arma de fogo pertenceu ao finado pai dele. Desiludido ele apontou o revólver na própria cabeça, iria se suicidar.

          Assustadas várias pessoas pediram para ele acalma-se. Sorrindo uma mulher morena se aproximou dele, chamava-se Sara, pediu para abaixar o revólver. Com palavras amorosas ela conseguiu acalma-lo, confuso abaixou os braços, o casal beijou-se na boca. Terminado o beijo a mulher pegou o revólver da mão dele e o guardou na sua bolsa. Sara convidou-o para ir jantar na casa dela. O casal saiu de mãos dadas do clube, entraram no automóvel e foram embora. Passados alguns minutos ela estacionou aquele veículo na praça. Rindo Chang afirmou ter assustado os seus colegas com sua tentativa de suicídio. Cremilda tirou a peruca de sua cabeça, comentou que Carmélia sentiu ciúmes quando o viu com outra mulher. 

          Na segunda-feira Chang dirigiu-se a fábrica trabalhar. Enquanto estava analisando algumas faturas Carmélia se aproximou dele e perguntou se estava com problemas, pois tentou se suicidar com um revólver no sábado de noite. Chateado ele afirmou ter tomado bastante bebida alcoólica.  Ela aconselhou o estagiário em valorizar a própria vida dele. Emocionado Chang a agradeceu por tê-lo ajudado naquele momento.

          No dia seguinte as 15h durante a reunião na empresa Ademilson humilhou Carmélia. Mostrou ter assinado dois contratos de vendas do coquetel Bebeloide. Entristecida a gerente dirigiu-se ao escritório. Sorrindo Chang entrou na sala, declarou ama-la e desejava fazê-la feliz. Emocionada ela o abraçou e se beijaram. Terminado o beijo aflita demonstrou não poderem ter intimidades no serviço. Animado desejou vê-la após saírem do emprego. Carmélia queria encontra-lo na praça Girassol as 19h50m. No horário marcado Chang estacionou o carro na praça. Sorrindo aquela mulher estava sentada no banco, contentes se abraçaram e beijaram-se. Ela o convidou para irem na casa de sua amiga. Ambos entraram nos seus veículos e dirigiram-se a aquele imóvel. Animada ela abriu a porta da sala, felizes beijaram-se novamente. Carmélia foi a cozinha, pegou da geladeira o litro de vinho, colocou a bebida em duas taças, após brindarem o beberam. Eles tomaram várias doses do vinho, beijaram-se e acariciando-se começaram a tirar as roupas. Inesperadamente entraram na sala dois homens segurando revolveres em suas mãos.

         Rindo os indivíduos também desejavam receber caricias daquela bela mulher. O estagiário estava apenas de cueca e a gerente de calcinha e sutiã. Brava mandou-os saírem de sua casa. Irritados mandaram o casal se levantar do sofá, aflitos ficaram em pé, um deles acariciou o seio direito dela. Carmélia pegou a garrafa de vinho que estava na mesa pequena e bateu no braço esquerdo daquele homem. No mesmo instante Chang deu um chute na mão direita do outro indivíduo, derrubou o revólver no chão, deu um soco no rosto e outro na barrida dele. Rapidamente Carmélia pegou a arma de fogo do tapete, apontou-a para aqueles criminosos. Chang amarrou os braços e pernas daqueles indivíduos com pedaços de pano, telefonou aos policiais. Depois que vestiram as suas roupas ela achou melhor irem embora daquela residência. Nervosa desconfiou de Adenilson ter mandado os dois homens assassina-los. Se os visse vivos contrataria outros bandidos para mata-los.

          Ansiosos entraram nos automóveis e foram embora daquela casa. Passado algum tempo a gerente estacionou o veículo numa rua, conversou com Chang. Angustiada contou que acidentalmente junto com Adenilson fizeram o coquetel Bebeloide com as ervas folhas de beleléu. Descobriram que conseguiam influenciar as mentes dos consumidores daquela bebida. O seu antigo amado era ambicioso e vingativo. Ele comprou a fábrica Coelho Dourado desejando vingar-se de Laurisvaldo e de quem descobriu as fraudes dele na firma. Animado nomeou Marisol e Ediberto encarregados na empresa. Em agradecimento assassinaram Maristela Fontes, deixaram provas no local do assassinato culpando Denivaldo Campos.

          Infelizmente o ajudou a chantagear Osmarino Prata. Quando aquele empresário desejou comprar o hotel mandou Tonivaldo colocar um tapete no chão do sótão e o bonito enfeito de cavalo no centro do cômodo. Fascinado após ver a escultura ele quis toca-la, devido a unidade no chão os pisos não suportaram o peso dele e quebraram. Devido à queda Osmarino teve traumatismo craniano e faleceu. Adenilson estava namorando Zelinda, filha do prefeito. Como haverá eleições no final do ano Orivaldo irá se candidatar a deputado. Desejando ser eleito pagou ao futuro genro determinada quantia em dinheiro para convencer a população que era o melhor candidato da cidade Violeta Dourada.

          Chang ficou surpreso com tantas novidades. Carmélia comentou que Adenilson mandou mata-los desejando eliminar os cumplices dele. Rindo o chamou de tonto porque enquanto fazia seus planos ambiciosos ela desviou bastante dinheiro da fábrica. Endividado descobrirão as fraudes e assassinatos daquele homem talentoso. Nervoso o estagiário perguntou por que a mulher malvada estava contando todos os detalhes daquele golpe para ele.           Carmélia o abraçou e beijou a boca dele. Terminado o beijo contou ter depositado o dinheiro numa conta bancaria na Suíça. Falsificou documentos e fugiria do Brasil, convidou-o para acompanha-la na viagem. Sorrindo ele aceitou o convite, contentes beijaram-se novamente.

          Após dois dias Ademilson, Zelinda, Orivaldo, Raimunda foram almoçar no restaurante com vários amigos. Animado o prefeito comentou que providenciaria vários benefícios a cidade se for eleito deputado. Adenilson o apoiou demonstrando várias qualidades do prefeito. Terminada a refeição entraram no estabelecimento o delegado e vários policiais. Eles tinham um mandado de prisão para prenderem Adenilson, Marisol, Ediberto e Tonivaldo por terem assassinado Maristela, o empresário Osmarino, desviraram bastante dinheiro da empresa Coelho Dourado. Surpresos acharam absurdo serem presos, pois eram inocentes dos crimes. O prefeito Orivaldo, Raimunda e Zelinda tentaram defende-los, mas foram presos por terem desviado três milhões de reais da prefeitura. 

          As 15h Carmélia e Chang disfarçados como idosos dirigiram-se ao aeroporto de São Paulo. Ela havia comprado duas passagens aéreas com destino a Suíça. Ele usou uma calça e camisa social, peruca de cabelos brancos e caminhou auxiliado pela bengala. Aquela mulher vestiu um vestido longo, prendeu os cabelos, colocou um chapéu na cabeça e óculos. Enquanto andaram no salão dois policiais se aproximaram deles e pediram os documentos. Carmélia mostrou a carteira de identidade falsa, um deles afirmou terem recebido denúncia anônima que o verdadeiro nome dela era Carmélia Barbosa. Deveriam prendê-la por ter feito fraudes e desviado dinheiro da fábrica onde trabalhou. Nervosa ela saiu correndo, no estacionamento outro segurança a prendeu.

          Chang gravou as confissões dos crimes da gerente no seu telefone celular. O professor Ademir conseguiu acessar as planilhas, notas fiscais e documentos da fábrica. Após analisa-los descobriu as fraudes de Adenilson e Carmélia. Provaram a inocência de Denivaldo e foi libertado da prisão. Laurisvaldo recuperou parte do dinheiro desviado, animado decidiu reinaugurar a fábrica de doces Coelho Dourado. Recontratou os funcionários, nomeou Denivaldo gerente e Cremilda auxiliar administrativa. No dia da inauguração da empresa Laurisvaldo ofereceu um almoço aos empregados e seus familiares. Homenagearam Ademir e Chang por terem conseguido provar quem foram os verdadeiros assassinos de pessoas inocentes e as fraudes do Adenilson e seus companheiros. As pessoas aplaudiram os dois heróis, pois com solidariedade e boas ações pretendiam ser felizes na vida.

      

  

CONTO VINGANÇA ENIGMÁTICA

  

Aparecida se dirigiu ao teatro municipal para assistir uma peça. Ela estava contente, pois era a autora desta peça. Os personagens principais eram a sua irmã Josiane e o noivo dela Rodrigo. Todos os ingressos desta peça foram vendidos, pois estava fazendo sucesso na cidade. O teatro ficou lotado, quase todos os alunos que estudavam na faculdade foram assistir à peça: O inimigo do meu pai. Assim que acabou a representação os atores foram aplaudidos. Depois essas pessoas se dirigiram ao bife onde teve um coquetel para homenageá-los.

Josiane e Rodrigo estavam sendo parabenizados pela representação da peça. Então o convencido Sidnei se aproximou deles e falou:

- Meus amigos vocês são excelentes atores, esta peça está fazendo sucesso na cidade Amora e futuramente em todo Brasil.

- Obrigado Sidnei, mas esta peça está fazendo sucesso porque foi escrita pela Aparecida, falou Josiane.

- Um bom texto nunca faria sucesso se não fosse representado por bons atores, falou Sidnei.

Rodrigo abraçou a sua noiva e falou:

- Meu amigo obrigado pelos seus elogios, mas devemos reconhecer que o roteiro desta peça está ótimo.

Aparecida se aproximou deles e falou:

- Nós estamos de parabéns porque o roteiro e os atores desta peça são excelentes.

Assim que Aparecida terminou de falar essas palavras Rodrigo começou a aplaudir, todas pessoas que estavam no coquetel também aplaudiram a moça. A cidade Amora localizava-se no centro do Estado de São Paulo, com quarenta e dois mil habitantes e se destacava na agricultura com a laranja. Durante o dia Aparecida trabalhava em uma loja, à noite estudava na faculdade o curso de letras. Às dezoito horas e quarenta e cinco minutos quando chegou neste local Felipe se aproximou dela e falou:

- Boa noite Aparecida, meus parabéns, ontem assisti a peça O Inimigo Do Meu Pai, a estória é impressionante.

Emocionada Aparecida falou:

- Obrigado Felipe, parabenize os atores, a representação deles estava ótima.

- Eu já elogiei Josiane e Rodrigo, agora estou parabenizando a autora da peça, falou Felipe.

Aparecida ficou envergonhada, Felipe era um rapaz bonito que estudava jornalismo. Ela sempre disfarçava, mas gostava dele, então falou:

- Obrigado Felipe, se a sorte estiver do meu lado esta peça fará sucesso em todo Brasil.

Os dois conversaram por, mais alguns minutos então se dirigiram as salas de aula. Terminadas as aulas Aparecida se dirigiu ao estacionamento, entrou no seu automóvel e voltou para casa. Ela era loira, solteira e com seus vinte quatro anos estava no quinto semestre do curso de letras. Os seus pais se chamavam Vanderlei e Mara, o seu pai trabalhava em uma padaria e a mãe era do lar.

A padaria em que Vanderlei trabalhava foi vendida, o seu novo patrão se chamava Gilberto Neves. Este homem era bom e deu um aumento salarial de vinte por cento aos seus funcionários. No domingo como era dia de folga do Vanderlei convidou o seu patrão para almoçar em sua casa.

Gilberto Neves era um homem alegre, tinha cinquenta e um anos, solteiro e morava sozinho em um sobrado luxuoso. Enquanto faziam esta refeição Josiane perguntou:

- Senhor Gilberto não é difícil morar sozinho naquela mansão?

Sorrindo este homem respondeu:

- Não porque os meus três cachorros dobermann eram grandes companheiros.

A refeição se prosseguiu alegremente. Passaram-se quinze dias, Josiane e Rodrigo foram convidados para fazerem a representação desta peça na cidade vizinha. Contentes aceitaram o convite, pois esta peça seria exibida em três sessões. Uma na sexta-feira, outra no sábado e a última no domingo. No sábado Aparecida se dirigiu a esta cidade e foi no teatro. Assim que terminou a peça os atores foram convidados para irem a uma festa. Aparecida recusou o convite porque iria a um baile e faria uma declaração amorosa ao Felipe. Ela se despediu dessas pessoas, e se dirigiu ao estacionamento. Enquanto voltava à cidade Amora o seu automóvel bateu em uma arvore e se incendiou.

Passadas uns quarenta minutos uma família que estavam no automóvel viram aquele veículo incendiado. Eles chamavam a polícia, os policiais acharam o corpo de uma mulher deformado. Então chamaram uma ambulância para levá-lo ao hospital. Felizes Josiane e seu noivo voltaram para casa, quando viram os policiais e a ambulância Rodrigo estacionou o seu carro. Enquanto conversaram com o policial Josiane viu no chão perto do que sobrou do veículo queimado um pedaço de fotografia da sua família. Desesperada e chorando falou que a mulher que havia sofrido acidente era a sua irmã Aparecida. Como ela estava sofrendo demais o seu noivo a levou ao hospital.

Rodrigo conversou com o médico que fazia plantão no hospital. Este homem falou que o corpo daquela mulher estava irreconhecível, eles precisavam chamar o dentista dela para reconhecer o corpo através da arcada dentaria. Como Josiane estava desesperada o doutor a mandou tomar um calmante. Na madrugada Rodrigo se dirigiu a casa de Fabrício. O rapaz explicou ao dentista que Aparecida tinha sofrido um acidente. Por ordem da polícia ele precisava ir ao hospital para reconhecer aquele corpo pela arcada dentaria.

O dentista ficou abalado, preocupado ligou o seu automóvel e o dirigiu ao hospital. Nervoso ele entrou onde estava o corpo e pela arcada dentaria reconheceu que aquela mulher era Aparecida Gomes. Às cinco horas Josiane voltou a sua casa, com a ajuda do seu noivo acordou os seus pais, chorando contou que Aparecida sofreu um acidente de automóvel e havia falecido. A dona Mara e o Vanderlei ficaram inconformados e choravam desesperados.

No velório de Aparecida teve muita dor e sofrimento. O enterro aconteceu no domingo às dezessete horas. Um repórter pediu ao cinegrafista para filmar o sepultamento daquela mulher, esta reportagem apareceu no jornal de televisão. Com tanto sofrimento ninguém viu no sábado enquanto Aparecida estava no estacionamento um homem colocou um pedaço de pano com sonífero no seu rosto e desmaiou. Então com a ajuda do seu parceiro colocaram Aparecida na porta malas de um automóvel. Aquele homem entrou no veículo e foi embora daquele lugar. O outro entrou no carro de Aparecida, o ligou e entrou na estrada com destino a cidade Amora.

No domingo às dezoito horas e quinze minutos enquanto passava no jornal esta reportagem na televisão desesperada Aparecida assistiu está triste notícia. Ela estava presa em uma sela com quatro metros quadrados. Neste lugar tinha uma cama de solteiro, uma geladeira pequena, um sofá, no canto a direita tinha uma patente, perto dela estava a pia com uma torneira.

A televisão estava do outro lado das grades, em cima de uma prateleira a dois metros de altura. Chorando Aparecida desesperada tentou abrir a porta da sela e falava:

- Papai, mamãe não chorem por causa de minha morte. Eu estou viva!

Naquele momento abriram uma porta de madeira, apareceu na frente dela Gilberto Neves, rindo ele falou:

- Coitada! Esta moça deve estar sofrendo bastante!

Sem compreender o que estava acontecendo Aparecida falou:

- Senhor Gilberto Neves, por favor, me solte desta prisão.

Aquele homem deu uma gargalhada e falou:

- O meu verdadeiro nome não é Gilberto Neves, mas sim Guiomar Pereira.

Desesperada Aparecida falou chorando:

- O que eu fiz para o senhor que mandou dois homens me sequestrar e simulou um acidente, os meus pais pensam que estou morta.

- Garota você não me fez nada, apenas fiz este plano perfeito para me vingar dos seus pais, falou Guiomar rindo.

- O que o meu pai e a minha mãe fizeram para o senhor, pois deseja se vingar deles? Perguntou Aparecida.

- A vinte cinco anos eu, Vanderlei Gomes e Mara Silva morávamos na cidade de Jaú. Eu me apaixonei pela Mara, mas ela preferiu ficar com o seu pai. E para completar aquele homem me denunciou aos policiais porque desvie dinheiro do supermercado, respondeu Guiomar.

Furiosa Aparecida falou:

- Lugar de ladrão é na cadeia.

- Eu fiquei preso durante três anos, quando me libertaram fui a outro estado, falsifiquei os meus documentos, estudei, desviei dinheiro de vários burgueses e me tornei um homem rico, falou Guiomar.

Brava Aparecida falou:

- Droga! Esta sua estória é muito parecida com a peça de teatro que escrevi.

Rindo ele falou:

- A minha vingança foi baseada na sua peça de teatro.

- Mentiroso aquele homem louco que sequestrou Aline usou a gargalhada de estimação dela para chamar a atenção da família e deixar pistas de sua armação, falou Aparecida.

Guiomar pegou do bolso direito de sua calça uma gargantilha com um crucifixo e falou:

- Esta joia é um dos seus objetos de estimação!

Furiosa Aparecida gritou:

- Cachorro, por favor, devolva o meu cordão!

Guiomar colocou esta joia no seu pescoço e falou:

- Eu usarei este crucifixo para chamar a atenção de sua família.

- Tonto! Ninguém da minha família percebera que esta joia era minha, falou Aparecida.

Este homem deu uma gargalhada, pegou do bolso esquerdo de sua calça um pedaço de papel e falou:

- Direi a todas as pessoas que uma admiradora secreta me mandou esta poesia. Então ele começou a ler o poema:

Com A escrevo Amor

Com P escrevo Paixão

No céu, na lua e nas estrelas

Estão escritos o grande amor, que sinto por você

Pois lhe acho um homem especial

Meu querido príncipe encantado!

Sentindo raiva Aparecida falou:

- Fui eu que escrevi esta poesia.

- Acalma-se garota, acho melhor você comer algum alimento que está do lado da geladeira, falou Guiomar.

Ao acabar de falar essas palavras ele foi embora daquele lugar, Aparecida ficou desesperada e chorou. Na segunda-feira cedo Guiomar se dirigiu a padaria. Ele deixou bem à vista no seu pescoço a gargantilha da moça. Sorrindo lia para todas as pessoas a poesia que recebeu de sua admiradora secreta. O seu Vanderlei ficou abatido com o falecimento de sua filha e ainda não tinha ido trabalhar. O patrão foi visitá-lo. Mara estava inconformada com o falecimento de sua filha e chorou. Quando Vanderlei cumprimentou Gilberto Neves todas as pessoas percebiam que ele estava abatido.

Vendo o sofrimento daquela família Guiomar disfarçava, mas tinha vontade de rir porque sua vingança foi perfeita. A prisão de Aparecida era a dispensa do sobrado do vingador que foi construído no subsolo. Ainda naquele dia ele se dirigiu a este lugar visitar a sua prisioneira. Assim que a viu falou:

- Garota se você desejar comer algum alimento que não está ao seu alcance, por favor, avise-me para trazê-lo aqui.

Aparecida odiava aquele homem, disfarçando falou:

-Senhor Guiomar quem era a mulher que foi enterrada no meu lugar?

- Uma andarilha da cidade de São Paulo, respondeu Guiomar.

- Assassino! Gritou Aparecida.

- Garota você está enganada, pois nada fiz a aquela mulher, foram os dois homens que eu contratei que a eliminaram, falou Guiomar.

Algumas lágrimas saíram dos olhos de Aparecida enquanto ela falava.

- O senhor deve ter pagado bastante dinheiro para o meu dentista falar que a arcada dentaria daquela mulher era minha.

- Eu paguei a aquele mentiroso apenas cinco mil dólares, falou Guiomar.

- Quando eu sair deste lugar darei uma sura naquele homem, falou Aparecida.

- Você nunca o encontrara, ele fugirá com a amante, falou Guiomar.

Apavorada Aparecida falou:

- Aquele pilantra abandonará a esposa e os dois filhos pequenos.

- Fabricio diverte-se nesta vida, falou Guiomar.

Na terça-feira cedo todas as pessoas que conheciam o dentista ficaram inconformados, pois ele abandonou a esposa e os dois filhos. Às dez horas Felipe se dirigiu ao escritório de Sidnei, quando ficaram sozinhos na sala o rapaz falou:

- Meu amigo, por favor, me diga que estou maluco, pois tenho certeza que a gargantilha que está no pescoço do senhor Gilberto Neves era de Aparecida Gomes.

Sidnei ficou intrigado e falou:

- Aparecida Gomes faleceu, no domingo nós dois fomos no seu velório.

De repente Sidnei se lembrou de algo e falou:

- O dentista que reconheceu a arcada dentaria de Aparecida durante esta madrugada fugiu com outra mulher.

Surpreso Felipe falou:

- Então aquele homem pode ter mentido, talvez alguém deseja se vingar de Aparecida.

- Precisamos pegar as impressões digitais do Gilberto Neves para verificarmos a sua verdadeira identidade.

Os dois rapazes saiam do escritório e foram procura-lo. Na praça em frente a padaria ele estava sentado em um banco fumando cigarro. Felipe disfarçou e comprou no bar um maço de cigarros. Então se aproximaram de Gilberto, fingiram que fumaram cigarros e conversaram com ele. Passados uns três minutos ofereceram cigarro ao novo amigo. Gilberto aceitou, com a mão esquerda segurou o maço e a direita pegou o cigarro. Depois de algum tempo se despediram dele, afobados foram à delegacia.

Felipe era amigo de um detetive da polícia, com calma contaram que estavam desconfiados que o dentista tinha mentido quando falou que a arcada dentaria daquele cadáver era de Aparecida. Sidnei pediu para analisar as impressões digitais do Gilberto Neves, pois ele era o principal suspeito daquela possível armação. O detetive falou que mandaria o maço de cigarros ao laboratório, apenas no próximo dia é que descobriram de quem eram aquelas impressões digitais. Na quarta-feira às oito horas Felipe e Sidnei retornaram à delegacia porque o detetive havia telefonado para eles. Assim que se cumprimentaram o detetive falou:

- Gilberto Gomes está usando identidade falsa, as impressões digitais que estavam no maço de cigarros pertencem ao Guiomar Pereira. Aquele homem louco fugiu a seis meses do sanatório.

Aparecida ficou à noite inteira acordada, então teve uma ideia que iria por fim naquele pesadelo. Guiomar havia deixado algumas roupas na prisão para ela vesti-la, se tivesse vontade. Às sete horas colocou um vestido e calçou um par de sandálias. Assim que lavou o seu rosto penteou os cabelos, para completar passou batom nos seus lábios. Às sete horas e trinta minutos Guiomar foi visitá-la, assim que o viu sorrindo falou:

- Bom dia Guiomar!

Espantado ele perguntou:

- Nossa! O que aconteceu que você está tão feliz?

            - A sua presença me traz muita alegria, respondeu Aparecida.

- Garota pare de contar mentiras, falou Guiomar.

- Guiomar estou com vontade de comer torta de presunto com muçarela e bolo de chocolate, falou Aparecida.

Bravo Guiomar falou:

- Eu sou um homem muito ocupado, mas como sou um cavaleiro atenderei o seu pedido.

- Por favor, traga uma garrafa de champanhe, falou Aparecida.

- Com licença garota eu vou precisar ir à padaria comprar esta comida, falou Guiomar.

Passados vinte e cinco minutos ele retornou ao lugar onde Aparecida estava presa. Assim que viu a moça falou:

- Garota se sente na cama para eu poder abrir a porta.

Ela obedeceu às ordens do Guiomar, aquele homem pegou o chaveiro do bolso direito de sua caça e com uma chave abriu a porta da sala. Ele colocou três sacolas plásticas no sofá. Sorrindo Aparecida perguntou:

- O senhor aceita tomar café da manhã junto comigo?

Ele pensou um pouco e respondeu:

- Como você é uma garota bonita aceito o seu convite.

Sorrindo Aparecida pegou das louças sujas dois copos, dois pratos e dois garfos, os lavou na pia e os colocou sobre a cama. Ela abriu as três sacolas e pegou um prato plástico que estava com a torta, na outra tinha uma bandeja pequena com o bolo de chocolate e na última a garrafa de champanhe. Sorrindo Aparecida falou:

- Guiomar, por favor, abre este champanhe.

Irritado ele pegou a garrafa de champanhe e a abriu, depois a entregou a Aparecida. Ela colocou esta bebida nos dois copos, então o convidou para comer os alimentos deliciosos. Guiomar comeu um pedaço de torta e outro de bolo, animado tomou dois copos de champanhe. Passados alguns minutos ele falou:

- Eu estou me divertindo com a sua companhia, mas preciso ir embora porque tenho vários compromissos.

Rapidamente Aparecida se levantou da cama, abraçou o homem e falou:

- Meu amor você é o dono do meu coração!

Confuso Guiomar falou:

- Garota desde domingo estou com vontade de beijar a sua boca.

Aparecida deu um chute que acertou no estomago daquele homem. Enquanto ele ficou gemendo de dor ela pegou o chaveiro para abrir a porta da sela. Apavorada pegou a primeira chave e não conseguiu abri-la, a segunda tentativa também foi negativa. Na terceira chave conseguiu abriu a porta, como Guiomar havia melhorado ele correu atrás de Aparecida e a derrubou no chão. Desesperada ela falou:

- Por favor, Guiomar não me machuque.

Rindo aquele homem pegou o canivete que carregava na cinta, o abriu e falou:

- Garota eu te libertarei dos sofrimentos deste inferno.

Guiomar queria enfiar o canivete no coração de Aparecida, neste momento abriram a porta de madeira. O detetive Alfredo pegou o seu revólver, deu um tiro que acertou na mão direita do bandido antes que ele machucasse a moça. Enquanto este homem gemia de dor o policial o prendeu. Felipe quando viu Aparecida deitada no chão, se abaixou e falou:

 - Aparecida eu tinha certeza que você estava viva.

Ela abraçou Felipe e falou:

- Eu tive medo que aquele homem fosse me matar.

O detetive chamou o delegado para vir naquela casa. Junto com os policiais vieram duas ambulâncias, Aparecida e Guiomar foram levados ao hospital. Sidnei telefonou aos jornalistas que trabalhavam no jornal, rádio e a televisão e os avisou sobre esta notícia impressionante. Josiane, Rodrigo, Mara e Vanderlei ficaram surpresos e felizes quando souberam que Aparecida estava viva. Eles se dirigiam ao hospital para verem a moça. Quando se aproximaram de Aparecida emocionados abraçaram-se felizes. Apesar do susto o doutor falou que ela estava boa, mas precisou ir à delegacia depor e retornou a sua casa. Guiomar assim que recebeu o atendimento médico foi transferido ao sanatório.

Esta notícia foi divulgada em todo o Brasil, os jornalistas comentaram que Sidnei desconfiou que Aparecida estava viva. Como Sidnei foi o herói desta estória muitas fãs quiseram conhece-lo.

Na segunda-feira às dezoito horas e trinta minutos Aparecida retornou a faculdade. Quando viu Felipe entregou um cartão com a poesia:

Felipe agora que estou olhando nos seus olhos

Perderei o medo e confessarei

Como o amo demais

Enquanto estava naquele pesadelo

A única coisa que eu queria

Era poder vê-lo pessoalmente

Para poder abraça-lo e beijar a sua boca!

- Aparecida eu também estou apaixonado por você.

Felizes os dois se abraçaram e beijaram-se.

                          

CONTO CENAS ENGANOSAS

                                               

            Flavia quando acordou naquele domingo sorriu porque estava um dia ensolarado, durante a tarde poderia ir ao Clube Aquarela ver o seu grande amor. Animada levantou-se da cama, trocou de roupa, penteou os cabelos e se dirigiu a cozinha. A mãe dela dona Julia tinha feito o café, a moça se sentou na cadeira, encheu uma xícara com leite e começou a comer um pedaço de bolo. Então o irmão Eduardo um menino de nove anos chegou neste cômodo e falou:

            - Bom dia mulheres lindas e amadas.

            Sorrindo Julia e Flávia o abraçaram e lhes desejaram um bom dia. Depois que o menino terminou a refeição falou:

            - Neste domingo o meu padrinho Roberto faz 31 anos.

            - Meu filho eu comprei uma camisa bonita para você dar de presente ao seu padrinho, está na sala em cima do sofá embrulhado em um lindo papel, falou Julia.

            - Flávia como você gosta de escrever poesias, por favor, escreva algo bem bonito para eu entregar ao meu padrinho Roberto, falou Eduardo.

            - Eu vou pensar e se ficar inspirada mais tarde atenderei o seu pedido, falou Flávia.

            - Por favor, não demora porque vou almoçar na casa do meu padrinho, falou Eduardo.

            - Acho melhor retornar ao meu quarto e me concentrar para ver se consigo escrever um poema, falou Flávia.

            Ela voltou ao quarto e se sentou na cama. Passados alguns segundos ficou inspirada, pegou o seu caderno de poesias e escreveu esta mensagem: Parabéns Padrinho Roberto! Feliz Aniversário! Neste dia tão especial lhe desejo saúde, paz e felicidade. Continue sendo gentil e compreensivo, pois com sua simpatia você conquista a amizade de muitas pessoas. Eu me orgulho porque o meu padrinho Roberto é o um melhor amigo. Com carinho e seu afilhado: Eduardo.

            Flávia mostrou esta dedicatória ao seu irmão. Emocionado o menino a abraçou, iria escrever a mensagem no cartão de aniversário que daria ao padrinho Roberto. As 13h30m a moça dirigiu ao Clube Aquarela. Quando entrou no ônibus estava contente em morar na cidade Cereja. Após alguns minutos Flávia chegou no Clube Aquarela que ficava nas margens do lago. O coração dela disparou quando viu Edílson, pois tinha amizade com o rapaz que trabalhava naquele local. Ele além de ser lindo e gentil possuía várias qualidades, o amava desde os sete anos. Edílson estava conversando com o primo Otávio que morava na cidade de São Paulo. Flávia se aproximou deles e falou:

            - Boa tarde Edílson e Otávio.

            - Boa tarde Flávia, responderam os dois rapazes juntos.

            - Otávio como você deseja ser um cineasta na noite passada terminei este roteiro maravilhoso, após lê-lo vai querer fazer o seu primeiro filme, falou Flávia.

            O rapaz pegou a pasta do roteiro e sorrindo falou:

            - Obrigado Flávia pela sua ajuda, eu levarei esta estória a cidade de São Paulo e a lerei com o maior carinho.

            - Você ficará encantado com a minha estória, o seu filme fará sucesso, falou Flávia.

            Naquele momento entrou no clube um automóvel importado com duas lindas mulheres: mãe e filha. Edílson paquerava a moça e falou:

            - Meu primo Priscila é a moça mais bonita da cidade.

            - Aquela loira de olhos azuis se parece com atriz famosa, falou Otávio.

            - Vamos nos aproximar dela para ver se possamos ajudá-la em alguma coisa, falou Edílson.

            Os dois rapazes se despediram de Flávia. Ela se encontrou com a amiga Leila, ambas foram tomar sol na piscina. Flávia tinha vinte anos, enquanto estudava no ensino médio fez o curso de auxiliar de enfermagem. Ha dez meses cuidava de dona Ana Maria, uma senhora de 67 anos de idade que morava no mesmo quarteirão de sua casa. Aquela mulher ficou muito doente e precisou ficar internada por três dias no hospital. Na segunda-feira às dez horas o médico deu alta, a filha dela foi buscá-la. Flávia e a neta Fabiana limparam a casa, compraram flores, a moça fez um bolo de chocolate, pois era um dos pratos preferidos daquela mulher. As 10h40m um automóvel estacionou na garagem. Flávia pegou a cadeira de rodas e ajudou Nair a levar àquela senhora a sala. Fabiana pegou um botão de rosas e o entregou a avó.

            - Avó Ana Maria senti saudade da senhora.

            - Fabiana a sua companhia e de sua mãe Nair me dão força para viver, falou esta senhora.

            A neta e filha emocionadas a abraçaram enquanto algumas lágrimas saíram dos seus olhos. Passados dois minutos Fabiana se dirigiu ao quarto e voltou trazendo um cartão que entregou a sua avó.

            Comovida aquela senhora abraçou a neta e chorando falou:

            - Minha neta Fabiana esta sua mensagem é maravilhosa.

            - Eu pedi para Flávia escrever esta mensagem no cartão, falou Fabiana.

            Com suas mãos dona Ana Maria limpou as lágrimas do rosto e falou:

            - Flávia lhe acho uma pessoa especial e a amo como se fosse minha filha.

            A moça emocionada abraçou aquela senhora e falou:

            - Eu também amo a senhora dona Ana Maria, falou Flávia.

            Passados trinta minutos Nair voltou à escola onde era professora de geografia. Na quarta-feira o tio Jairo pediu para Flávia escrever uma poesia porque depois de muitos anos convidou a mulher amada para saírem a noite. Contente a moça atendeu ao pedido daquele homem. As 21:00 horas Jairo e a Iolanda foram ao museu. Emocionado ele declarou ama-la.

            O casal sorrindo se abraçou e beijou-se, a partir daquele dia começaram a namorar. Na sexta-feira Marisa uma amiga de Flávia pediu para ela escrever uma poesia porque Caetano a convidou para saírem a noite. Às vinte horas o casal foi ao cinema. Enquanto assistiam o filme Marisa recitou a poesia e elogiou Caetano, pois era parecido com um cantor famoso. A moça conquistou o coração do seu amado.

            No domingo às catorze horas Flávia se dirigiu ao clube Aquarela. Quando viu Edílson o seu coração disparou porque nunca teria coragem de confessar a ele os seus sentimentos. Passados alguns minutos Leila se aproximou dela e perguntou:

            - Flávia você escreveu a poesia ao meu ex-noivo Hamilton?

            - Escrevi sim, leia para ver se você vai gostar do poema, respondeu Flávia e entregou um pedaço de papel a sua amiga.

            Leila o leu, rindo falou:

            - Esta poesia é perfeita ao convencido do Hamilton.

            - Há cinco meses você falava que aquele homem era o grande amor da sua vida, falou Flávia.

            - Naquela época eu não sabia que o ex-noivo me traia com outras mulheres, falou Leila.

            Passaram-se vinte minutos, Hamilton estava na lanchonete, várias mulheres o elogiavam. Leila pediu ao menino para entregar uma caixa de bombom ao amado.  Aquela criança se aproximou de Hamilton e entregou um presente de uma admiradora secreta. Aquelas pessoas comeram os bombons, Hamilton abriu o cartão e leu a poesia que colocaram defeito nele. As mulheres riam, Hamilton ficou nervoso.

            As 16h30m Edílson se aproximou de Flávia e falou:

            - Ouvi algumas pessoas comentando que Priscila terminou com o namorado.

            - Ela troca de namorado toda semana, falou Flávia.

            - Eu estou apaixonado por aquela moça e nunca me perdoarei se não dizer a ela os meus sentimentos, falou Edílson.

            - Edílson meu amigo diga a Priscila como a ama, assim quando ela o desprezar você se libertará deste sentimento, falou Flávia.

            - Por favor, Flávia escreva para mim um lindo poema romântico que entregarei a Priscila no momento que fazer a minha declaração de amor, falou Edílson.  

            Flávia sentiu uma grande dor no seu coração, ela disfarçou e falou:

            - Eu tentarei atender o seu pedido Edílson, mas preciso de um tempo para escrever a poesia.

            Sorrindo o rapaz deu um beijo no rosto dela e falou:

            - Minha amiga lhe acho uma pessoa maravilhosa.

            Ela deu um amargo sorriso, pois teve certeza que nunca conquistaria o coração daquele rapaz. Passado algum tempo Flávia retornou a casa dela, quando chegou no seu quarto se deitou na cama e chorou bastante. Seria ela que deveria esquecer Edílson e procurar um novo amor. Depois que jantou colocou no aparelho de som músicas românticas, então ficou inspirada e resolveu atender ao pedido de Edílson. Ela pegou o seu caderno de poesias e escreveu um poema.

              A moça sorriu, pois teve certeza que essas palavras iriam mexer com o coração daquela burguesinha. No dia seguinte telefonou ao clube e pediu para Edílson vir à noite em sua casa porque tinha atendido ao pedido dele. Às vinte horas o rapaz quando ele leu a poesia ficou emocionado, agradeceu a Flávia por ter escrito lindas palavras.

            Na terça-feira ele se dirigiu a loja e comprou um par de sapatos, uma calça e uma camisa de marca famosa. Como Priscila era filha de um fazendeiro que tinha bastante dinheiro precisava de algo especial para impressionar aquela moça. Na quarta-feira comprou na joalheria uma linda gargantilha de ouro. Na sexta-feira as 20h30m ele se dirigiu ao shopping center porque Priscila iria assistir um filme romântico naquela noite. As 22:00 horas com paciência ficou esperando em frente ao cinema a mulher amada. O rapaz entregou o presente para a moça. Ela ficou emocionada com a gentileza dele.

            O rapaz emocionado abraçou Priscila e os dois se beijaram. Passaram-se oito dias, Edílson estava feliz porque estava junto com a mulher amada. No sábado as 21h30m Flávia estava na sorveteria quando apareceu Edílson chateado e falou:

            - Priscila terminou o nosso namoro, pois ela é uma dama que dirige automóveis importados e estava envergonhada de se locomover na minha moto velha.

            - Eu estava duvidando que Priscila iria querer ser a sua namorada Edílson, falou Flávia.

            - Eu amo Priscila demais, o que devo fazer para conquistar aquela moça? Perguntou Edílson.

            - Esqueça Priscila e procure se envolver com uma mulher que goste de você, respondeu Flávia.

            - Como sou um cara chato nenhuma mulher vai se apaixonar por mim, falou Edílson.

            Flávia resolveu declarar o grande amor que sentia por Edílson e falou:

            - Edílson nesta vida nunca namorei ninguém porque a vários anos sou apaixonada por você.

            O rapaz ficou espantado quando ouviu a declaração amorosa de Flávia e falou:

            - Flávia nós somos amigos desde a infância, você está querendo me consolar ou realmente me ama de verdade?

            - Olhe nos meus olhos que a sua pergunta será respondida, falou Flávia.

            A moça o encarou demonstrando a paixão e carinho, sem graça ele falou:

            - Você sempre foi uma pessoa maravilhosa, a sua amizade sempre foi especial para mim, acho que não mereço o seu amor. 

            - Edílson espero que a minha declaração amorosa não prejudique a nossa amizade, falou Flávia.

            - Flávia jamais vou querer lhe fazer sofrer, continuaremos amigos, pois você me compreende, falou Edílson.

            - Eu nunca serei a namorada dos seus sonhos, mas farei tudo o que puder para fazê-lo feliz na vida, falou Flávia.

            - Seria maravilhoso se Priscila me falasse essas doces palavras que você está falando Flávia, disse Edílson.

            - Tente esquecer Priscila, quando resolver se envolver com outra mulher lembre-se que estarei esperando por você porque sempre sonhei em dar um beijo na sua boca Edílson, falou Flávia.

            - Eu preciso refletir sobre o que farei da minha vida, falou Edílson.

            O rapaz se despediu de Flávia e retornou a casa. A moça estava feliz, mesmo que nunca conseguisse conquista-lo pelo menos tentou. Passaram-se dez dias, o clube Aquarela ficou agitado, na terça-feira da próxima semana Priscila faria aniversário, o pai dela queria fazer no sábado uma festa surpresa a filha dele. Apesar de ser segredo apenas os funcionários do clube sabiam deste evento. Priscila iria neste lugar no sábado porque teria um baile. Edílson se afastou de Flávia, todas as vezes que pensava na Priscila se lembrava de sua amiga. Ele estava confuso e não sabia se sentia amizade ou paixão por Flávia.

            Passou-se a semana, no sábado as 23:00 horas começou o baile no salão de festas do clube. Muitas pessoas foram a este evento, Edílson estava trabalhando como segurança.  Flávia quando o viu lhe cumprimentou, aquela moça estava diferente das outras vezes que a viu. Ela havia mudado o corte de cabelo e estava bonita naquele vestido novo. As 11h40m chegou Priscila linda e encantadora, todos os homens suspiravam quando a viram. Ela desprezou Edílson quando passou perto dele.

            A meia noite o grupo estava tocando e contando forró, todas as pessoas estavam dançando animadamente. De repente acabou a força, assustados algumas pessoas começaram a gritar. Passado um minuto apareceu no palco dois homens empurrando uma mesa, nos seus quatro pés havia rodinhas. Em cima dela havia um lindo bolo de aniversário. Então uma luminária iluminou Priscila, o pai dela pegou o microfone e falou:

            - Na próxima terça-feira a minha filha Priscila fará aniversário, meus parabéns!

            Priscila aproximou-se do bolo de aniversário. O fazendeiro acendeu as dezoito velas e começaram a canta os parabéns a ela. As pessoas que estavam no baile cumprimentaram Priscila e comeram um pedaço do bolo de aniversário. Após quarenta minutos o pai daquela moça falou novamente:

            - Precisamos entregar os presentes a aniversariante.

            Ele deu uma caixa de presente à filha dele, quando ela o abriu havia ganhado uma viagem a Europa. Outras pessoas também entregaram presentes a ela. No final entregaram uma caixa de presente que estava escrito: Priscila uma lembrança especial de um admirador secreto! Ansiosa ela abriu a caixa, saiu o rosto de um palhaço que segurava um cartão na  boca. Sorrindo abriu o cartão e leu a poesia.

              Priscila ficou nervosa, amassou aquele cartão, o jogou no chão e gritou:

            - Gostaria de saber quem deseja estragar a minha festa de aniversário.

            Daniela a melhor amiga de Priscila se abaixou, pegou o cartão do chão e falou:

            - Priscila foi um dos seus ex-namorados que escreveu a poesia para humilha-la.

            O pai da moça a abraçou e falou:

            - Minha filha você não pode permitir que algumas palavras bobas estraguem a sua festa.

            A moça sorrindo falou:

            - Pai eu vou querer dançar uma valsa com o senhor.

            - Priscila com o maior prazer atenderei o seu pedido e pedirei ao grupo para tocar uma valsa, falou o fazendeiro.

            Enquanto a moça descia do palco o pai dela se aproximou de Daniela, pediu para ela lhe entregar aquele cartão porque descobriria quem tinha mandado aquela poesia a sua filha. Quando os músicos começaram a tocar a valsa pai e filha a dançaram perfeitamente. Depois de 1h50m começou a tocar músicas no baile para as pessoas dançarem. As 2h20 Flávia precisou conversar com Edílson, passados cinco minutos ele se aproximou dela e perguntou:

            - Então minha amiga o que você deseja conversar comigo?

            - Edílson apesar de disfarçar eu percebi que você se divertiu quando Priscila leu aquela poesia, respondeu Flávia.

            - Se eu descobrir quem mandou aquela poesia a Priscila lhe darei um beijo porque humilhou a burguesa, falou Edílson.

            Sorrindo Flávia falou:

            - Então você está me devendo um beijo.

            Surpreso o rapaz falou:

            - Você é demais Flávia, se tiver paciência de esperar lhe darei uma carona quando terminar o baile.

            Priscila ficou na festa até as 3:00 horas, depois acompanhada de Daniela entrou no automóvel do pai dela. Sorrindo pediu para levá-la a casa de sua amiga porque naquela noite dormiria na residência dela. O baile acabou as 4:00 horas, passados seis minutos Edílson pediu a Flávia para subir na moto, pois lhe daria uma carona. Quando o rapaz estacionou o veículo defronte a residência de Flávia falou:

            - Depois que você me fez aquela declaração amorosa não consigo te ver como uma simples amiga.

            - Edílson quem sabe depois de tantos anos que nos conhecemos eu ainda consigo conquistar o seu coração, falou Flávia.

            - Como estou lhe devendo um beijo vou pagar a minha dívida, falou Edílson.

            Edílson e Flávia se abraçaram e beijaram-se. A seguir o rapaz se despediu e foi embora. Contente a moça entrou no quarto dela. As 11:00 horas no domingo dona Julia bateu na porta do quarto e a acordou. Preocupada ela colocou o robe, abriu a porta do quarto e perguntou:

            - Mãe aconteceu alguma coisa para a senhora estar com esta cara de apavorada?

            - Na sala tem dois policiais que desejam conversar com você, respondeu dona Julia.

            - Peça para eles esperarem mais um pouco porque preciso trocar de roupa, falou Flávia.

            A moça fechou a porta do quarto, colocou uma bermuda e uma camiseta, dirigiu-se a sala e falou:

            - Senhores policiais o que fiz de errado para estarem me procurando?

            - Às dez horas o senhor Candido Figueiredo se dirigiu a casa da senhorita Daniela buscar a filha Priscila que ficou hospedada naquela residência. Aquele homem quis acordar a moça, assim que abriu a porta do quarto desesperado viu que a assassinaram com um tiro na cabeça e dois no coração, respondeu o policial mais novo.

            - Coitada da Priscila, ninguém tinha o direito de machucá-la, falou Flávia assustada.

            - Naquela casa onde a senhorita Priscila estava hospedada em um pé de samambaia acharam a arma do crime. O laboratório encontrou naquele revólver as impressões digitais de Flávia Dorneles, falou o policial mais velho.

            Desesperada Flávia falou:

            - Vocês estão enganados eu nunca fiz nada a Priscila Figueiredo.     

- Se a senhorita não fez nada a Priscila Figueiredo como é que as suas impressões digitais foram parar no revólver que a assassinou? Perguntou o policial mais velho.

            - Alguém fez uma armação para mim, falou Flávia chorando.

            - Você vai precisar ir à delegacia conosco para depor, falou o policial mais novo enquanto a algemava.

            Dona Julia ficou desesperada quando viu os policiais prendendo a filha dela e falou:

            - Os senhores não podem prender a minha filha porque esta menina nunca fez nada a ninguém.

            - Acho melhor à senhora contratar um advogado para defender a sua filha, falou o policial mais velho.

            - Mãe, por favor, acredite na minha inocência, na noite anterior eu fiquei no baile do Clube Aquarela. Às quatro horas Edílson me trouxe em casa na moto dele, depois me dirigi ao quarto e dormi, falou Flávia.

            - A senhorita tem alguma testemunha que prova que ficou todo este tempo no quarto? Perguntou o policial mais novo.

            - Não eu durmo sozinha no meu quarto, respondeu Flávia.

            - Priscila Figueiredo foi assassinada as 5h30m, pelas provas a principal suspeita de ter cometido este crime é Flávia Dorneles, falou o policial mais velho.

            Os dois policiais colocaram Flávia algemada no camburão, a levaram a delegacia. O delegado fez várias perguntas a moça, ela não soube responder nenhuma. Os habitantes da cidade Cereja ficaram revoltados com o assassinato de Priscila Figueiredo. O fazendeiro entregou o cartão que estava escrito àquela poesia que humilhou a filha dele na festa de aniversário ao delegado. Aquele homem o enviou ao laboratório e acharam as impressões digitais de Flávia. Chorando ela confessou ter enviado aquela poesia porque sentia ciúmes da beleza física de Priscila Figueiredo. O delegado pediu a prisão preventiva de Flávia, pois tinha provas dela ter cometido aquele crime. As 13:00 horas Edílson foi a delegacia visita-la, chorando ela pegou nas mãos dele e falou:

            - Edílson fizeram uma armação para mim porque não cometi aquele crime.

            O rapaz passou as mãos no rosto dela e falou:

            - Acalme-se Flávia, ainda acharei quem foi assassinou Priscila e provarei a sua inocência.

            As 16:00 horas Edílson pediu para Eduardo e Fabiana irem a casa dele. Após quarenta minutos quando as crianças entraram na residência o rapaz os convidou para irem no quarto dele. Então ele perguntou:

            - Eduardo e Fabiana será que Flávia assassinou Priscila Figueiredo?

            - Flávia é uma pessoa maravilhosa, enquanto ela estiver presa a minha mãe não sabe quem vai cuidar de minha avó Ana Maria, respondeu Fabiana.

            - O assassino falsificou as provas para culpar a minha irmã, falou Eduardo.

            - Eu sai algumas vezes com Priscila, aquela moça tinha três inimigos, falou Edílson.

            - Por favor, Edílson nos conte quem são os três inimigos da finada moça, falou Fabiana.

            - Há oito meses Priscila Figueiredo namorou um rapaz que se chamava Wellington Vargas. Após o final do namoro aquele rapaz ameaçou matá-la se não voltassem a namorar. Há um ano a dona Andréa namorou um homem que se chamava James Gatti, aquela mulher quase o colocou na cadeia porque tentou seduzir a filha dela. Há quinze meses Rosivaldo Ferraz trabalhava como motorista de dona Andréa. Num domingo de madrugada enquanto estava trazendo mãe e filha de uma festa aquele homem embriagado parou o automóvel, mandou Andréa descer do veículo porque ele iria fugir com a filha dela. Desesperada ela gritava porque não podia sequestrar Priscila. Passados alguns minutos Rosivaldo se arrependeu daquela loucura e pediu desculpas. Gritando Andréa nunca o perdoaria e deu queixa na delegacia. Os policiais o penderam, no domingo às nove horas, Júnior um menino de oito anos foi a casa daquela mulher e pediu para ela perdoar o pai dele. Como aquele homem era viúvo e o filho dele estava doente Andréa tirou a queixa e pediu ao delegado para libertá-lo da prisão. Aquele homem foi despedido, mas Priscila tinha muito medo dele.

            - Algum desses três homens estava na festa de aniversário de Priscila e deve ter feito Flávia pegar na arma do crime sem que ela percebesse? Perguntou Eduardo.

            - Esses três homens estavam no baile do clube Aquarela no sábado. Wellington Vargas estava junto com a irmã dele, James Gatti estava trabalhando como garçom e o Rosivaldo Ferraz era o motorista de um médico que tinha dois filhos homens menores de idade. Os dois adolescentes também foram neste evento, respondeu Edílson.

            - Se esses homens eram inimigos de Priscila como conseguiram falsificar as provas para incriminar Flávia? Perguntou Fabiana.

            - A meia noite quando o fazendeiro anunciou a festa de aniversário surpresa a filha Priscila o salão ficou escuro, quem estava naquele lugar pode ter tocado vários objetos sem saber o que era, falou Edílson.

            - Precisamos investigar esses três suspeitos para descobrirmos quem assassinou Priscila, falou Eduardo.

            Eduardo e Fabiana combinaram que na segunda-feira fariam amizade com Júnior filho do Rosivaldo, tentariam descobrir onde estava aquele homem na hora que aconteceu o crime. Edílson investigaria a vida do James Gatti. As duas crianças descobriram que aquele menino ia ao Clube Aquarela nas segundas-feiras as 14:00 horas jogar futebol. Um dos meninos que jogava no time do Júnior não pode ir porque estava doente. Como Eduardo estava brincando perto do campo um dos garotos o convidou para jogar futebol no time dele. Sorrindo ele aceitou o convite, passados alguns minutos conseguiu fazer amizade com Júnior. Fabiana torcia pelo time. No final do jogo o time do Júnior ganhou de 3X1. Para comemorar a vitória Eduardo pagaria sorvetes aos seus amigos. Enquanto conversavam animados Fabiana perguntou do Júnior se ele sabia onde estava Rosivaldo na madrugada de domingo. O menino teve uma forte febre durante aquela noite, quando o seu pai chegou em casa se dirigiu ao quarto dele e dormiu na outra cama.

 Edílson investigou a vida de James Gatti, ele estava casado a cinco meses com Marta. Como ela estava grávida e teve problemas de saúde o marido dela precisou levá-la no hospital às cinco horas da manhã.

            As 18h30m Eduardo e Fabiana se dirigiram a casa de Edílson. Enquanto conversaram tiveram certeza que Rosivaldo Ferraz e James Gatti não cometeram aquele crime. Precisavam investigar a vida de Wellington Vargas. As 19h45m as crianças precisavam ir embora. A mãe de Edílson sorrindo as convidou para jantarem na casa dela. Quando terminaram a refeição um automóvel estacionou defronte daquela residência e apertaram a campainha. Edílson abriu a porta da sala e viu o seu primo Otávio acompanhado de duas lindas mulheres. Após se cumprimentaram o rapaz os convidou para entrarem, na sala Otávio falou:

            - Eu li as reportagens dos jornais afirmando que Flávia era a principal suspeita de ter assassinado Priscila Figueiredo. Aquela moça maravilhosa nunca prejudicou ninguém.

            - Alguém fez uma armação para incriminar a minha irmã, falou Eduardo.

            - O roteiro escrito por Flávia escreveu é maravilhoso, nós vamos fazer um filme emocionante, falou uma das moças que estava junto com Otávio.

            - A minha amiga Paula vai ser a atriz principal do filme, falou Otávio.

            Sorrindo Tatiana a namorada de Otávio falou:

            - Todos os espectadores daquele filme irão me odiar porque interpretarei o papel da vilã.   

            - Tatiana e Paula vocês são ótimas atrizes para interpretarem os principais papeis do filme, falou Edílson.

            - A prisão da roteirista quebrou a nossa concentração para fazermos um bom filme. Edílson existe algum suspeito de ter cometido aquele crime? Perguntou Otávio.

            - Wellington Vargas um ex-namorado de Priscila a ameaçou várias vezes por não querer mais namorar com ele, respondeu Edílson.

            - Aquele homem parece ser perigoso, falou Fabiana.

            - Eu gosto de curtir os perigos e viver fortes emoções, falou Paula.

            - Nós três viemos da cidade de São Paulo e ajudaremos provar a inocência de nossa roteirista, falou Otávio. 

            Edílson contou aos seus amigos que Wellington Vargas tinha 21 anos, foi preso algumas vezes porque brigou com várias pessoas. O pai daquele rapaz era dono de uma imobiliária, o filho dele trabalhava como corretor naquele estabelecimento, mas dificilmente vendia ou alugava algum imóvel. Quando ele conheceu Priscila comentou que estudava na universidade e o pai dele era um fazendeiro. Após alguns encontros Priscila descobriu a verdadeira identidade dele, brava nunca mais conversou com ele. Aquele rapaz ficou obcecado por ela, costumava segui-la no shopping center, lanchonetes, bailes. Ele telefonava toda semana a Priscila, os dois discutiam, a ameaçou porque não quis reatar o namoro deles.

            No dia seguinte às onze horas Paula foi naquela imobiliária porque gostaria de alugar uma casa. Ela viu várias fotografias e se interessou por dois imóveis. Mandaram o corretor Wellington Vargas mostrar as residências. Sorrindo a moça fez amizade com ele, depois que viram as casas Paula estava com fome e o convidou par almoçar junto com ela. Durante a refeição conversaram animados. Wellington a convidou para sair com ele à noite, pois mostraria os pontos turísticos da cidade Cereja. Ela aceitou e combinaram se encontrem as 19h30m em frente do shopping center e jantarem no restaurante. As 22:00 horas os dois entraram no automóvel do rapaz, Paula gostaria de conhecer o Parque Rosa Dourada. Sorrindo no dia seguinte ele atenderia ao pedido dela. Como a moça insistiu bastante a levou ao parque Rosa Dourada. Sorrindo Wellington falou:

            - Meu bem com esta escuridão não veremos a beleza do parque.

            Paula abriu a porta do carro, saiu do veículo e falou:

            - Querido venha me pegar se você puder.    

            A moça saiu correndo. Wellington começou a segui-la, depois que correram uns cem metros ele a alcançou, segurou nos braços dela, sorrindo ele falou:

            - Minha gata eu fui mais rápido do que você.

            Naquele momento apareceu na frente deles uma mulher usando um vestido de mangas compridas e longo. O rosto e o peito daquela mulher estavam ensanguentados. Paula deu um grito e desmaiou, Wellington apavorado perguntou:

            - Quem é você?

            Rindo aquela mulher respondeu:

            - Meu gato você não está reconhecendo a sua adorada Priscila?

            Gaguejando Wellington falou:

            - Priscila está morta, o corpo dela foi sepultado no domingo.

            - Wellington! Wellington! Você me assassinou com três tiros, eu o assombrarei pelo resto de sua vida, respondeu aquela mulher.

            Apavorado Wellington começou a correr, Priscila corria atrás dele. Depois que ele correu uns cinquenta metros tropeçou e caiu no chão. Aquela mulher se aproximava dele falando:

            - Ah! Ah! Ah! Ah!

            Sentindo medo Wellington falou:

            - Perdoe-me Priscila foi uma grande loucura quando eu assassinei você.

            - Nunca o humilhei Wellington, por que você disparou três tiros daquele revólver em mim? Perguntou o fantasma.

            - Priscila eu a amava demais, minha vida perdeu todo o sentido estando longe de você, respondeu Wellington.

            - Querido então me explique como os policiais encontraram as impressões digitais de Flávia Dorneles na arma do crime, falou o fantasma.

            - A meia noite do sábado para o domingo no salão do Clube Aquarela quando apagaram as luzes para começar a sua festa de aniversário Flávia estava mais perto de mim. Naquela escuridão sem saber ela pegar no revólver para os policiais encontrarem as impressões digitais dela na arma. Flavia seria culpada por ter cometido aquele crime, falou Wellington.

            Então aproximou-se dele Edílson e um policial, o rapaz bravo falou:

            - Policial Marcos prenda Wellington porque ele confessou ter assassinado Priscila Figueiredo.

            Enquanto o policial algemava as mãos de Wellington nervoso ele falou:

            - O senhor não pode me prender porque não tem provas que cometi aquele crime.

            O fantasma tirou a máscara e o vestido, Otávio sorrindo falou:

            - Eu filmei com o telefone celular quando Wellington confessou ter assassinado Priscila Figueiredo.

            Essas pessoas se dirigiram à delegacia. O delegado viu a gravação, chateado Wellington afirmou ter cometeu aquele crime. Estava arrependido, pois não tinha o direito de tirado uma vida humana. Como foi provada a inocência de Flávia a libertaram e saiu da prisão. Contente ela agradeceu aos amigos por terem provado a inocência dela. Otávio sorrindo tinha certeza que seria um bom cinegrafista, na próxima semana começaria a filmar o seu primeiro filme. Paula e Tatiana parabenizaram Flávia porque o roteiro era interessante e engraçado. Otávio, Tatiana e Paula animados mudariam o cenário daquele filme e o filmariam na cidade Cereja. Os três retornaram à cidade de São Paulo. No sábado às dezesseis horas Edílson e Flávia foram passear na Praça Rosa Dourada. Sorrindo a moça falou:

            - Esta praça é um dos lugares mais bonitos da cidade.

            - Flávia a sua companhia me traz felicidades, falou Edílson.

            Ela o abraçou e recitou uma poesia declarando como o amava.

            Emocionado Edílson falou:

            - Parabéns pelo belo poema, eu também amo você.

            - Edílson estou precisando adoçar os meus lábios com o sabor dos seus beijos, falou Flávia.

            O casal se abraçou e beijou-se. 

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