CONTO VINGANÇA PARASITA
A
fábrica de doces Coelho Dourado localizava-se na cidade Violeta Dourada. Neste
município moravam sessenta mil habitantes. A indústria completou cinquenta anos
e empregava quinhentos funcionários. Em comemoração fizeram um concurso de
poesias, revelaram os três primeiros colocados na festa de aniversário. O
evento aconteceu no salão de exposição da fábrica sábado à noite. Sorrindo
Laurisvaldo dono da firma cumprimentou os seus convidados, especialmente o
prefeito Orivaldo e Guilmario proprietário do supermercado Gengibre.
Terminado o jantar Maristela gerente
do estabelecimento anunciou os ganhadores do concurso de poemas. Emocionado
Laurisvaldo comentou que a vencedora era Cremilda, uma das funcionárias da
fábrica. Os funcionários da empresa trabalharam bastante devido a venda dos
doces. Um dos principais fregueses era a rede de supermercado Gengibre. O
diretor Adenilson jantou no restaurante com Guilmario. Durante a refeição eles
tiveram divergências devido à falta de pagamento das mercadorias durante seis
meses.
No dia
seguinte Guilmario foi na reunião da fábrica Coelho Dourado. Estavam na sala de
reunião o presidente Laurisvaldo, Adenilson, Denivaldo e Maristela. Nervoso o
dono do supermercado mostrou os documentos bancários provando ter pagado as
mercadorias adquiridas. Laurisvalo analisou as notas fiscais, percebeu que
alguém estava desviando dinheiro da firma. Denivaldo comentou ter achado várias
faturas jogadas no lixo do escritório de Adenilson e as mostrou a Maristela. A
gerente descobriu o roubo de mais de um milhão de reais realizado pelo diretor.
Adenilson
afirmou ser inocente, Laurisvaldo o demitiu e exigiu a devolução do dinheiro.
Denivaldo era encarregado de uma sessão de alimentos na fábrica. Como estava
sendo pressionado no serviço percebeu diferenças entre os doces fabricados na
empresa e a venda deles. Desconfiado pediu para o faxineiro lhe entregar papeis
encontrados no lixo da diretoria. Durante vinte dias não encontrou nada
suspeito, mas depois achou algumas notas rasgadas pelo gerente.
Furioso
Adenilson saiu da fábrica. Laurisvaldo agradeceu ao Denivaldo por ter
descoberto o desvio do dinheiro da empresa. Contente o nomeou gerente daquele
estabelecimento. Cremilda elogiou o irmão Denivaldo por ter descoberto aquele
crime na firma. Marisol e Ediberto amigos de Adenilson a chamaram de
convencida. Preocupado o novo gerente informou ao Laurisberto que viu pelas
câmeras de segurança funcionários roubando mercadorias enquanto carregaram os
caminhões. O dono inconformado assistiu aqueles vídeos, os seus empregados de
confiança Ediberto e Marisol roubaram diversas caixas de doces todas as noites.
Furioso ele os demitiu por justa causa e mandou os seguranças leva-los ao
escritório. Mas avisaram os dois indivíduos que descobriram os roubos deles, rapidamente
fugiram da empresa.
Diversos
operários elogiaram o chefe Denivaldo por ter descoberto diversos roubos na
fábrica. Os policiais não encontraram Marisol, Ediberto, Adenilson, pois
desapareceram do município. Passaram-se alguns dias, a estagiaria Carmélia era
amante do antigo gerente. Numa determinada noite ela se dirigiu a chácara,
depois que entrou na casa abraçou Adenilson. Irritado reclamou terem descoberto
os seus desvios de dinheiro na fábrica de doce. Desanimada tentou acalma-lo
porque fugiriam do Brasil. Nervoso comentou que a justiça bloqueou os seus bens.
Carmélia sorrindo tentou seduzi-lo, mas ele rejeitou os seus carinhos.
Desejando acalma-lo ela foi até o jardim, pegou vários pés da erva folhas de
beleléu e fez um chá. Sorrindo retornou à sala e pediu para Adenilson bebê-lo.
Rindo ele colocou 50ml do energético naquela bebida e bebeu. Contente aquele
homem fez uma declaração amorosa a namorada. Mas jurou que se vingaria dos seus
inimigos. Brava a moça gostaria de curtir aquele momento. Adenilson sorrindo
agradou a mulher amada. O casal se abraçou, beijou-se e transou.
No dia
seguinte quando Carmélia acordou lembrou-se da transformação de Adenilson
depois que tomou o chá de ervas folhas do beleléu com energético. Sorrindo
contou esta novidade ao amado. Ele ficou pensativo, após alguns minutos dirigiu-se
ao jardim, pegou algumas ervas folhas do beleléu e fez um chá. Rindo telefonou
para Marisol e Ediberto, pediu para irem na chácara conversarem sobre uma nova
missão. Quando os dois homens chegaram naquela casa ele colocou energético no
chá e ofereceu aos amigos. Depois que aqueles indivíduos tomaram o chá
Adenilson mandou Marisol se comportar como um cachorro, Ediberto imitou o gato.
Os dois indivíduos obedeceram às ordens dele.
Contente abraçou
Carmélia, sem querer descobriram o coquetel Bebeloide, pois conseguiu controlar
a mente de quem tomou aquela bebida. Animado iria ganhar bastante dinheiro e se
vingaria dos seus inimigos. Naquele momento precisaria encontrar uma fábrica de
bebidas para fazerem o coquetel magico. Por sorte encontraram a erva folhas do
beleléu em diversos lugares onde nasciam outras plantas nativas. A venda do
energético era legalizado.
Após
cinquenta minutos passou o efeito do Coquetel Bebeloide. Envergonhado Edivaldo
beijou as mãos de Carmélia, furioso Marisol lambeu os pés do Ademilson.
Sorrindo o casal comentou que os dois obedeceram às ordens deles depois que
tomaram a bebida mágica. Enquanto os acalmaram contaram que poderiam ganhar
bastante dinheiro vendendo o coquetel. Marisol lembrou-se de Osmarino Prata,
dono da fábrica de bebidas Estrelas Prateadas. Aquela indústria fabricava sucos
e bebidas alcoólicas diferentes e inovadoras. Edivaldo foi no pomar, viu a
arvore frutífera dos frutos dondoca, ele pegou algumas frutas e fez um suco com
algumas ervas folhas do beleléu. Animado dirigiu-se a sala, sorrindo ofereceu
um copo daquela bebida a Carmélia. A moça bebeu o suco de frutas dondoca. Como
ela ficou esquisita gostaria de ouvir uma declaração amorosa dela. Carmélia pediu
para ele se envolver com outra mulher porque era fiel ao seu amado.
Adenilson
telefonou para Osmarino, combinaram jantar no restaurante Rapadura no dia
seguinte. No horário combinado dirigiu-se com Carmélia ao estabelecimento. Na
mesa reservada estava o dono da fábrica de bebidas. Ele tentou convencê-lo em
fabricar o coquetel Bebeloide e o suco dos frutos dondoca. Terminada e refeição
Osmarino recusou fazer novas bebidas na sua indústria. Carmélia sorrindo pegou
de sua bolsa uma garrafa do coquetel, o colocou em três taças. Sorrindo
convidou Osmarino para bebê-lo. Gentilmente aquele homem tomou a bebida.
O
empresário ficou esquisito depois que tomou o coquetel. Adenilson afirmou que
ganhariam bastante dinheiro vendendo aquelas bebidas. Osmarino concordou e os
convidou para irem na fábrica dele na próxima segunda-feira. Animados saíram do
restaurante, dirigiram-se ao estacionamento. Perto do estabelecimento tinha uma
moradora de rua pedindo esmola. Ela os seguiu e pediu um real. Tentaram
ignora-la, mas a pedinte os acompanhou pedindo clemencia. Irritado Osmarino
pegou do bolso esquerdo de sua calça um pequeno revólver, deu dois tiros nela.
A vítima caiu no chão, ninguém
ouviu os disparos dos tiros porque a arma tinha silenciador. Osmarino continuou
andando calmamente com o revolver na mão. Adenilson convenceu o empresário em pegar
carona no carro dele. Carmélia pegou as chaves do automóvel daquele homem,
entrou no veículo e seguiu o namorado. Após alguns minutos passou o efeito do
coquetel Bebeloide, confuso Osmarino perguntou o que estava fazendo naquele
veículo. Adenilson estacionou o carro na estrada deserta, afirmou terem
assinado o contrato, nos próximos dias começariam a produzir o coquetel e o
suco dondoca na fábrica dele. Chateado comentou não ter espaço na sua indústria
para fazer novos produtos. Carmélia estacionou o automóvel, aproximou-se dos
homens, pois ele gostou daquela bebida. Confuso Osmarino não se lembrou do que
aconteceu na última hora. Rindo Adenilson pegou o telefone celular e mostrou as
loucuras feitas pelo empresário depois de ter tomado o coquetel.
Desesperado
o dono da fábrica não se conformou por ter machucado aquela mulher. No dia
seguinte saiu nos meios de comunicações sobre o assassinato de uma pedinte.
Ninguém viu quem matou a moradora de rua com dois tiros. Os policiais não
tinham pistas daquele crime, inconformado Osmarino concordou em fabricar o
coquetel e o suco dondoca na indústria dele. Aquelas bebidas fizeram sucessos,
as pessoas gostaram de bebê-las. Passados trinta dias precisaram triplicar a
fabricação do coquetel e suco. Osmarino e Adenilson ganharam bastante dinheiro.
Após quatro meses Laurisvaldo não recuperou o dinheiro roubado, endividado
demitiu duzentos funcionários da fábrica de doces Coelho Dourado. Fizeram parte
da lista dos demitidos Denivaldo e sua irmã Cremilda. A cidade ficou abalada
com essas demissões.
Carmélia continuou trabalhando
naquela empresa. Laurisberto percebeu que continuaram desviando dinheiro de sua
firma. Numa tarde Guilmario foi na reunião da fábrica irritado porque já tinha
pagado as faturas, mas continuaram cobrando-as. Maristela tentou acalma-lo,
pois aconteceu alguns erros naquelas cobranças. Carmélia nervosa entregou uma
pasta ao patrão com vários documentos. Depois de analisa-los Laurisberto
percebeu que Maristela e Guilmario estavam desviando dinheiro de sua fábrica.
Furioso
Laurisberto estava cansado de ouvir as mentiras de Maristela e Guilmario. O
dono do supermercado afirmou ser um homem honesto. Maristela trabalhou
honestamente na fábrica Coelho Dourado durante dez anos. Aquele homem riu
forçadamente, afirmou ter os documentos entregues por Carmélia mostrando que os
dois desviaram dinheiro da fábrica nos últimos três anos. Irritado Laurisberto mandou o casal
sair daquela sala, mas se for provado aquele crime precisarão devolver o
dinheiro roubado. Carmélia tentou consolar o patrão, pois as notas fiscais e
faturas que incriminaram Adenilson poderiam ser falsas. Confuso aquele homem
telefonou ao amigo e professor Ademir Arruda porque precisava desvendar as
fraudes na sua empresa. Passados três dias aquele senhor foi no escritório da
empresa pela manhã. Ele tinha sessenta anos, era negro, além de ser simpático
parecia ser competente.
Preocupado
Laurisberto explicou ao amigo os problemas financeiros de sua empresa. Ele
mostrou arquivos, documentos, planilhas e notas fiscais. Os dois foram no
restaurante almoçar. Terminada a refeição se despediram. Ademir entrou no
automóvel e decidiu conhecer a cidade. Enquanto ele passou defronte de uma
praça bonita estacionou o veículo. Animado desceu do carro e sentou-se no
banco. Aproximou-se dele um rapaz de cor branca, mal encarado o humilhou.
Ademir perguntou por que aquele indivíduo o estava humilhando. Querendo se
divertir o moço deu um soco no rosto do professor, pegou o canivete e o agrediu
machucando-o no ombro esquerdo e na mão direita. Devido aos ferimentos Ademir
gritou sentindo dores. O agressor saiu correndo, algumas pessoas socorreram
aquele homem ferido. Precisaram leva-lo ao hospital, apesar do susto aqueles
machucados não eram profundos, o médico deu vários pontos neles.
No dia
seguinte Laurisberto analisou inúmeros documentos e notas fiscais. Surpreso
percebeu a inocência de Adenilson, pois quem estava desviando dinheiro da
fábrica era Maristela e Guilmario. Maristela foi demitida por justa causa. Devido
a elevada dívida a fábrica faliu. Telefonaram para Laurisberto e o convidaram
para almoçar no melhor restaurante da cidade. Ao meio-dia dirigiu-se a mesa
reservada, ficou surpreso quando viu Adenilson. Chateado aquele homem desejava
comprar a fábrica Coelho Dourado. Osmarino Prata era o seu socio, estavam
ganhando bastante dinheiro com as vendas do coquetel Beleboide e suco dondoca.
Querendo recuperar parte do dinheiro gasto naquela indústria Laurisberto
decidiu vendê-la.
A cidade
ficou surpresa com o retorno do Adenilson a fábrica de doces, principalmente
por ser dono de parte daquele estabelecimento. O prefeito Orivaldo e sua esposa
Raimunda convidaram os novos donos de Coelho Dourado para jantarem na casa
deles. Zelinda filha do casal paquerou Adenilson.
Maristela
estava nervosa por estar sendo acusada junto com Guilmario dono do supermercado
Gengibre de terem desviado dois milhões de reais da firma. A indústria de doces
estava agitada porque quando demitiram os duzentos funcionários houve fraudes
no acerto de contas. Pagaram dinheiro a mais aos empregados demitidos. Os novos
donos queriam que eles devolvessem o dinheiro, a firma tinha muitas dívidas.
Desesperadas aquelas pessoas não tinham como pagarem aquela conta.
Adenilson
e Osmarino proporão para os antigos trabalhadores trabalharem três meses de
graça assim pagariam as dívidas a firma. Sem outra alternativa a maioria dos
funcionários aceitaram a proposta. Denivaldo antigo encarregado de sessão
quando retornou ao serviço foi trabalhar como operador de maquinas. Os chefes
dele eram Marisol e Ediberto, além de odiá-lo o humilharam bastante. Enquanto
ele trabalhou percebeu as fraudes na firma feitas por Adenilson e seus amigos.
Terminado o horário de serviço telefonou para Maristela, combinaram se
encontrem as 19h na cachoeira Água Cristalina.
No horário
marcado a antiga gerente o abraçou chorando, afirmou ser inocente das fraudes
na fábrica. Ele tentou consola-la, Adenilson conseguiu fazer inúmeros roubos na
fábrica porque teve a ajuda de sua amante Carmélia. Combinaram investigarem
aqueles ladrões que estavam roubando e prejudicando pessoas inocentes. Após
três dias os habitantes da cidade Violeta Dourada ficaram inconformados, os
policiais encontraram um automóvel queimado e o corpo de uma mulher deformado.
Ela usou no braço direito uma pulseira com o nome gravado Maristela Fontes.
Várias pessoas choraram no velório de
Maristela, sepultaram-na no tumulo do cemitério as 16h30m. Denivaldo tentou
disfarçar, mas chorou naquele enterro. Quando saiu do cemitério quatro
policiais se aproximaram dele. Afirmaram terem encontrado uma fotografia de
Maristela nua perto do veículo incendiado. Naquela foto encontraram as
impressões digitais do antigo encarregado da fábrica de doces. Enquanto os
policiais o algemaram Denivaldo afirmou nunca ter maltratado Maristela porque
eram amigos. Cremilda não acreditou nas falsas acusações, confusa dirigiu-se a
lanchonete de Durvalino melhor amigo do seu irmão. Desanimado ele comentou que
aquela cidade estava esquisita após a população consumir o coquetel Bebeliode e
o suco da fruta dondoca. Durvalino contou que Carmélia era amante de Adenilson.
Aqueles bandidos decidiram eliminar a antiga gerente da fábrica e culparam
Denivaldo por ter cometido o homicídio.
No dia
seguinte enquanto Cremilda estava no serviço precisou ir buscar peças no outro
galpão vazio da fábrica. O funcionário Tonivaldo a seguiu, pois era um
conquistador e amigo de Adenilson. Rindo afirmou que a bastante tempo desejava
fazer sexo com aquela mulher difícil. Brava o chamou de atrevido porque nunca
teriam intimidades. Furioso ele deu um tapa no rosto esquerdo dela, abraçou-a
com força e beijou a sua boca. Terminado o beijo nervosa Cremilda deu um tapa
no rosto dele. Irritado Tonivaldo a empurrou no chão, enquanto se levantava
aquele homem se aproximou dela. Sentindo raiva ela deu um chute no meio das
pernas daquele indivíduo e saiu correndo do barracão. Apavorada retornou ao seu
setor de serviço, contou ao chefe Ediberto ter sido agredida por Tonivaldo.
Passados
alguns minutos Tonivaldo reclamou ao encarregado ter impedido o suicídio de
Cremilda, em agradecimento ela o espancou. Nervosa o chamou de mentiroso, pois
tentou estupra-la. Ediberto afirmou que o seu amigo estava falando a verdade.
Mandou dois seguranças leva-la a enfermaria porque precisava se consultar com a
psicóloga. Chorando Cremilda implorou para acreditarem nela. Forçadamente os dois seguranças a levaram na
enfermaria, mandaram se acalmar, fecharam a porta e deixaram-na sozinha naquele
cômodo. Cremilda lembrou-se que a maioria dos funcionários da fábrica depois de
beberam o suco da fruta dondoca sempre concordavam e obedeciam aos patrões. Por
sorte detestou aquela bebida, precisava fugir daquela firma. Naquele momento
entrou na enfermaria a enfermeira Adelaide. Preocupada afirmou que o irmão dela
assassinou Maristela. O criminoso foi preso por ter tirado uma vida humana. Chegou
na enfermaria três homens, um deles tinha ferimentos nas duas mãos e sangravam.
Adelaide socorreu o ferido, Cremilda disfarçando conseguiu sair daquele lugar.
Ela dirigiu-se ao estacionamento dos automóveis e fugiu da fábrica. Confusa foi
na casa dela, colocou algumas roupas na mochila e achou melhor desaparecer da
cidade.
Cremilda
desesperada escondeu-se num imóvel abandonado da periferia da cidade. Quando
escureceu mais calma decidiu ir na delegacia reclamar que foi agredida na
fábrica e um indivíduo tentou estupra-la. Ela caminhou trezentos metros até o
ponto de ônibus. Aflita entrou no veículo de transporte coletivo. No outro
ponto de embarque e desembargue de passageiros um indivíduo deu sinal de parada
ao ônibus. Quando ele entrou na condução encostou um garfo nas costas do
motorista. Bravo anunciou o roubo, exigiu que o mesmo lhe entregasse o
dinheiro.
Surpreso o motorista entregou ao homem R$67,00. O indivíduo pegou a
grana, desceu do ônibus e fugiu. Aflitos quatro passageiros pediram para o
motorista ir à delegacia dar queixa daquele roubo. Uma senhora reconheceu
Cremilda, contou que os policiais a estavam procurando porque ajudou no
assassinato de Maristela. Nervosa ela afirmou nunca ter prejudicado ninguém.
Apavorada desceu do ônibus e saiu correndo na escuridão.
Desanimada chorou, pois estava sendo acusada juntamente com o irmão
Denivaldo de terem assassinado a gerente da fábrica. Apavorada continuou
caminhando no escuro. Passado algum tempo viu uma fogueira num terreno com
matagal. Aflita decidiu pedir ajuda, de longe viu três jovens agasalhados com
trapos perto da fogueira. Os rapazes estavam bêbados e drogados, rindo bateram
num homem chinês. Depois amarraram os pés a as mãos dele com pedaços de cordas.
Enquanto fumaram as drogas decidiram terem relações sexuais com o indivíduo
antes de assassina-lo. Cremilda aflita tentaria impedir aquela barbaridade. Escondida
aproximou-se deles e com a ajuda do fosforo colocou fogo em duas mochilas. Os
jovens ficaram surpresos com o incêndio e tentaram apagar o fogo. Naquela
confusão corajosamente ela com uma faca cortou as cordas que prendiam as mãos e
os pés daquele homem. Ele levantou-se do chão e os dois saíram correndo. Depois
que o incêndio queimou as mochilas aqueles caras perceberam a fuga do detetive.
Furiosos começaram a procura-lo.
O homem e Cremilda se esconderam atrás do monte de lixo. Após dez
minutos irritados os jovens foram embora. Aquele homem chamava-se Chang Chong,
era neto de imigrantes chineses, agradeceu-a por ter salvado a sua vida.
Curiosa perguntou por que aqueles jovens o agrediram. Ele era aluno do
professor Ademir, veio na cidade Violeta Dourada para descobrir quem havia
machucado o seu mestre. Pela descrição seguiu um suspeito até o churrasco na
casa de Atanagildo. No evento vários convidados afirmaram terem recebido
mensagens por e-mail chantageando-os de
terem mandado fotos com sexo explícito ao chantageador. Deveriam pagar
determinada quantia em dinheiro senão as publicariam na internet. Como eles
beberam o coquetel Bebeloide os bandidos conseguiram convence-los que estavam
falando a verdade.
Atanagildo desconfiou de Chang ser um detetive, os dois discutiram.
Desejando evitar brigas ele foi embora daquela casa, o chantagista mandou os
três jovens baterem nele. Desanimada contou ter sido acusada juntamente com o
irmão de terem assassinado Maristela Fontes. Ele a abraçou afirmando que iriam
provar a inocência deles. Animado perguntou se ela tinha telefone celular.
Sorrindo Cremilda comentou ter um aparelho antigo, abriu a mochila e o entregou
ao Chang. Ele fez uma ligação, passados vinte um automóvel parou perto de
Chang, contente ele cumprimentou o seu amigo Cornélio. Os dois entraram no
carro, o motorista dirigiu o veículo até a cidade vizinha. Eles entraram numa
casa, ela tomou banho no banheiro, a seguir pediram para dormir no quarto de
hospede. Cansada acordou no dia seguinte as 8h40m, levantou-se da cama e
dirigiu-se a cozinha. Os homens conversaram e utilizaram os telefones
celulares.
Chang cursava o doutorado de administração pública, o professor Ademir
era o seu orientador. Cornélio deu aulas de matemática durante muitos anos,
estava aposentado. Comentaram que machucaram Ademir propositalmente porque
tinham medo que fossem descobertas novas fraudes na fábrica Coelho Dourado.
Naquele momento tocou o telefone celular de Chang, ao atende-lo conversou
educadamente. Terminada a ligação afirmou ter sido selecionado para fazer
estágio na fábrica de alimentos.
Cornélio o parabenizou, mas deveria tomar cuidado porque naquela firma
trabalhavam vários bandidos. Cremilda aconselhou-o a investigar Ademilson,
Carmélia e Osmarino Prata. Nunca deveria tomar o suco de fruta dondoca, pois
aqueles criminosos controlavam as mentes dos funcionários. Chang pesquisou,
afirmou ter encontrado a erva folhas de beleléu naquele suco e no coquetel
Bebeloide. Descobriram que conseguiam influenciar e dominar as mentes das
pessoas consumidoras daquelas bebidas. Estavam enganando inúmeros seres humanos
e ganhando bastante dinheiro. Na segunda-feira ele começou a trabalhar na
indústria. Emocionado se despediu dos
amigos, chegou na fábrica Coelho Dourado as 9h. Animado foi na sala do
presidente Adenilson, mostraram-lhe quais seriam os seus serviços como
estagiário. Efetivaram Carmélia no emprego, tornou-se uma gerente no
serviço.
Osmarino Prata desejou comprar um hotel abandonado. Com o dinheiro
reservado iria reformá-lo porque ganharia bastante dinheiro depois de
reinaugura-lo. As 14h20m dirigiu-se com o corretor Hermínio a este imóvel. A
casa era maravilhosa, feita de arquitetura conservadora. Contente subiu no
sótão, o piso era de taco. No chão tinha um tapete, depois que ele andou quatro
metros devido a umidade nos tacos não suportou o peso dele e quebraram. Osmarino caiu na recepção de uma altura de
oito metros, bateu a cabeça na estante e desmaiou.
Hermínio ouviu os gritos dele, desesperado dirigiu-se aquele cômodo,
como aquele homem estava inconsciente pegou o telefone celular e chamou uma
ambulância. Osmarino teve traumatismo craniano, quebrou o braço esquerdo e duas
costelas. Levaram-no ao hospital e o internaram na UTI. Passada uma semana ele
não resistiu aos ferimentos do acidente doméstico e faleceu.
Devido as altas vendas do coquetel bebeloide Ademilson resolveu
transferir a fábrica de bebidas ao galpão vazio da empresa Coelho Dourado.
Chang não conseguiu acessar os documentos secretos da firma. Enciumada Carmélia
discutiu com o presidente, pois ele estava namorando Zelinda, filha do prefeito
Orivaldo. O estagiário a elogiou, mas aquela mulher complicada o ignorou.
Desanimado dirigiu-se a outra cidade, na residência conversou com os amigos, de
repente Cremilda teve uma ideia.
No sábado as 20h Carmélia foi em um jantar dançante no clube. Como
estava bonita vários homens a elogiaram, convencida os ignorou e humilhou
Chang. Entristecido tomou várias doses de bebidas alcoólicas. A meia-noite
rindo ele pegou com a mão direita do bolso esquerdo de sua calça um revólver
cromado. Aquela arma de fogo pertenceu ao finado pai dele. Desiludido ele
apontou o revólver na própria cabeça, iria se suicidar.
Assustadas várias pessoas pediram para ele acalma-se. Sorrindo uma
mulher morena se aproximou dele, chamava-se Sara, pediu para abaixar o revólver.
Com palavras amorosas ela conseguiu acalma-lo, confuso abaixou os braços, o
casal beijou-se na boca. Terminado o beijo a mulher pegou o revólver da mão
dele e o guardou na sua bolsa. Sara convidou-o para ir jantar na casa dela. O casal
saiu de mãos dadas do clube, entraram no automóvel e foram embora. Passados
alguns minutos ela estacionou aquele veículo na praça. Rindo Chang afirmou ter
assustado os seus colegas com sua tentativa de suicídio. Cremilda tirou a
peruca de sua cabeça, comentou que Carmélia sentiu ciúmes quando o viu com
outra mulher.
Na segunda-feira Chang dirigiu-se a fábrica trabalhar. Enquanto estava
analisando algumas faturas Carmélia se aproximou dele e perguntou se estava com
problemas, pois tentou se suicidar com um revólver no sábado de noite. Chateado
ele afirmou ter tomado bastante bebida alcoólica. Ela aconselhou o estagiário em valorizar a
própria vida dele. Emocionado Chang a agradeceu por tê-lo ajudado naquele
momento.
No dia seguinte as 15h durante a reunião na empresa Ademilson humilhou
Carmélia. Mostrou ter assinado dois contratos de vendas do coquetel Bebeloide.
Entristecida a gerente dirigiu-se ao escritório. Sorrindo Chang entrou na sala,
declarou ama-la e desejava fazê-la feliz. Emocionada ela o abraçou e se
beijaram. Terminado o beijo aflita demonstrou não poderem ter intimidades no
serviço. Animado desejou vê-la após saírem do emprego. Carmélia queria
encontra-lo na praça Girassol as 19h50m. No horário marcado Chang estacionou o
carro na praça. Sorrindo aquela mulher estava sentada no banco, contentes se
abraçaram e beijaram-se. Ela o convidou para irem na casa de sua amiga. Ambos
entraram nos seus veículos e dirigiram-se a aquele imóvel. Animada ela abriu a
porta da sala, felizes beijaram-se novamente. Carmélia foi a cozinha, pegou da
geladeira o litro de vinho, colocou a bebida em duas taças, após brindarem o
beberam. Eles tomaram várias doses do vinho, beijaram-se e acariciando-se
começaram a tirar as roupas. Inesperadamente entraram na sala dois homens
segurando revolveres em suas mãos.
Rindo os indivíduos também desejavam
receber caricias daquela bela mulher. O estagiário estava apenas de cueca e a
gerente de calcinha e sutiã. Brava mandou-os saírem de sua casa. Irritados
mandaram o casal se levantar do sofá, aflitos ficaram em pé, um deles acariciou
o seio direito dela. Carmélia pegou a garrafa de vinho que estava na mesa
pequena e bateu no braço esquerdo daquele homem. No mesmo instante Chang deu um
chute na mão direita do outro indivíduo, derrubou o revólver no chão, deu um soco
no rosto e outro na barrida dele. Rapidamente Carmélia pegou a arma de fogo do
tapete, apontou-a para aqueles criminosos. Chang amarrou os braços e pernas
daqueles indivíduos com pedaços de pano, telefonou aos policiais. Depois que
vestiram as suas roupas ela achou melhor irem embora daquela residência.
Nervosa desconfiou de Adenilson ter mandado os dois homens assassina-los. Se os
visse vivos contrataria outros bandidos para mata-los.
Ansiosos entraram nos automóveis e foram embora daquela casa. Passado
algum tempo a gerente estacionou o veículo numa rua, conversou com Chang.
Angustiada contou que acidentalmente junto com Adenilson fizeram o coquetel
Bebeloide com as ervas folhas de beleléu. Descobriram que conseguiam
influenciar as mentes dos consumidores daquela bebida. O seu antigo amado era
ambicioso e vingativo. Ele comprou a fábrica Coelho Dourado desejando vingar-se
de Laurisvaldo e de quem descobriu as fraudes dele na firma. Animado nomeou
Marisol e Ediberto encarregados na empresa. Em agradecimento assassinaram
Maristela Fontes, deixaram provas no local do assassinato culpando Denivaldo
Campos.
Infelizmente o ajudou a chantagear Osmarino Prata. Quando aquele
empresário desejou comprar o hotel mandou Tonivaldo colocar um tapete no chão
do sótão e o bonito enfeito de cavalo no centro do cômodo. Fascinado após ver a
escultura ele quis toca-la, devido a unidade no chão os pisos não suportaram o
peso dele e quebraram. Devido à queda Osmarino teve traumatismo craniano e
faleceu. Adenilson estava namorando Zelinda, filha do prefeito. Como haverá
eleições no final do ano Orivaldo irá se candidatar a deputado. Desejando ser
eleito pagou ao futuro genro determinada quantia em dinheiro para convencer a
população que era o melhor candidato da cidade Violeta Dourada.
Chang ficou surpreso com tantas
novidades. Carmélia comentou que Adenilson mandou mata-los desejando eliminar
os cumplices dele. Rindo o chamou de tonto porque enquanto fazia seus planos
ambiciosos ela desviou bastante dinheiro da fábrica. Endividado descobrirão as
fraudes e assassinatos daquele homem talentoso. Nervoso o estagiário perguntou
por que a mulher malvada estava contando todos os detalhes daquele golpe para
ele. Carmélia o abraçou e
beijou a boca dele. Terminado o beijo contou ter depositado o dinheiro numa
conta bancaria na Suíça. Falsificou documentos e fugiria do Brasil, convidou-o
para acompanha-la na viagem. Sorrindo ele aceitou o convite, contentes
beijaram-se novamente.
Após dois dias Ademilson, Zelinda,
Orivaldo, Raimunda foram almoçar no restaurante com vários amigos. Animado o
prefeito comentou que providenciaria vários benefícios a cidade se for eleito
deputado. Adenilson o apoiou demonstrando várias qualidades do prefeito.
Terminada a refeição entraram no estabelecimento o delegado e vários policiais.
Eles tinham um mandado de prisão para prenderem Adenilson, Marisol, Ediberto e
Tonivaldo por terem assassinado Maristela, o empresário Osmarino, desviraram
bastante dinheiro da empresa Coelho Dourado. Surpresos acharam absurdo serem
presos, pois eram inocentes dos crimes. O prefeito Orivaldo, Raimunda e Zelinda
tentaram defende-los, mas foram presos por terem desviado três milhões de reais
da prefeitura.
As 15h Carmélia e Chang disfarçados
como idosos dirigiram-se ao aeroporto de São Paulo. Ela havia comprado duas
passagens aéreas com destino a Suíça. Ele usou uma calça e camisa social,
peruca de cabelos brancos e caminhou auxiliado pela bengala. Aquela mulher
vestiu um vestido longo, prendeu os cabelos, colocou um chapéu na cabeça e
óculos. Enquanto andaram no salão dois policiais se aproximaram deles e pediram
os documentos. Carmélia mostrou a carteira de identidade falsa, um deles
afirmou terem recebido denúncia anônima que o verdadeiro nome dela era Carmélia
Barbosa. Deveriam prendê-la por ter feito fraudes e desviado dinheiro da fábrica
onde trabalhou. Nervosa ela saiu correndo, no estacionamento outro segurança a
prendeu.
Chang gravou as confissões dos crimes
da gerente no seu telefone celular. O professor Ademir conseguiu acessar as
planilhas, notas fiscais e documentos da fábrica. Após analisa-los descobriu as
fraudes de Adenilson e Carmélia. Provaram a inocência de Denivaldo e foi
libertado da prisão. Laurisvaldo recuperou parte do dinheiro desviado, animado
decidiu reinaugurar a fábrica de doces Coelho Dourado. Recontratou os
funcionários, nomeou Denivaldo gerente e Cremilda auxiliar administrativa. No
dia da inauguração da empresa Laurisvaldo ofereceu um almoço aos empregados e
seus familiares. Homenagearam Ademir e Chang por terem conseguido provar quem
foram os verdadeiros assassinos de pessoas inocentes e as fraudes do Adenilson
e seus companheiros. As pessoas aplaudiram os dois heróis, pois com
solidariedade e boas ações pretendiam ser felizes na vida.
CONTO VINGANÇA ENIGMÁTICA
Aparecida se dirigiu ao teatro municipal para
assistir uma peça. Ela estava contente, pois era a autora desta peça. Os
personagens principais eram a sua irmã Josiane e o noivo dela Rodrigo. Todos os
ingressos desta peça foram vendidos, pois estava fazendo sucesso na cidade. O
teatro ficou lotado, quase todos os alunos que estudavam na faculdade foram
assistir à peça: O inimigo do meu pai. Assim que acabou a representação os
atores foram aplaudidos. Depois essas pessoas se dirigiram ao bife onde teve um
coquetel para homenageá-los.
Josiane e Rodrigo estavam sendo parabenizados
pela representação da peça. Então o convencido Sidnei se aproximou deles e
falou:
- Meus amigos vocês são excelentes atores, esta
peça está fazendo sucesso na cidade Amora e futuramente em todo Brasil.
- Obrigado Sidnei, mas esta peça está fazendo
sucesso porque foi escrita pela Aparecida, falou Josiane.
- Um bom texto nunca faria sucesso se não fosse
representado por bons atores, falou Sidnei.
Rodrigo abraçou a sua noiva e falou:
- Meu amigo obrigado pelos seus elogios, mas
devemos reconhecer que o roteiro desta peça está ótimo.
Aparecida se aproximou deles e falou:
- Nós estamos de parabéns porque o roteiro e os
atores desta peça são excelentes.
Assim que Aparecida terminou de falar essas palavras
Rodrigo começou a aplaudir, todas pessoas que estavam no coquetel também
aplaudiram a moça. A cidade Amora localizava-se no centro do Estado de São
Paulo, com quarenta e dois mil habitantes e se destacava na agricultura com a
laranja. Durante o dia Aparecida trabalhava em uma loja, à noite estudava na
faculdade o curso de letras. Às dezoito horas e quarenta e cinco minutos quando
chegou neste local Felipe se aproximou dela e falou:
- Boa noite Aparecida, meus parabéns, ontem
assisti a peça O Inimigo Do Meu Pai, a estória é impressionante.
Emocionada Aparecida falou:
- Obrigado Felipe, parabenize os atores, a
representação deles estava ótima.
- Eu já elogiei Josiane e Rodrigo, agora estou
parabenizando a autora da peça, falou Felipe.
Aparecida ficou envergonhada, Felipe era um
rapaz bonito que estudava jornalismo. Ela sempre disfarçava, mas gostava dele,
então falou:
- Obrigado Felipe, se a sorte estiver do meu
lado esta peça fará sucesso em todo Brasil.
Os dois conversaram por, mais alguns minutos então
se dirigiram as salas de aula. Terminadas as aulas Aparecida se dirigiu ao
estacionamento, entrou no seu automóvel e voltou para casa. Ela era loira,
solteira e com seus vinte quatro anos estava no quinto semestre do curso de
letras. Os seus pais se chamavam Vanderlei e Mara, o seu pai trabalhava em uma
padaria e a mãe era do lar.
A padaria em que Vanderlei trabalhava foi
vendida, o seu novo patrão se chamava Gilberto Neves. Este homem era bom e deu
um aumento salarial de vinte por cento aos seus funcionários. No domingo como
era dia de folga do Vanderlei convidou o seu patrão para almoçar em sua casa.
Gilberto Neves era um homem alegre, tinha
cinquenta e um anos, solteiro e morava sozinho em um sobrado luxuoso. Enquanto
faziam esta refeição Josiane perguntou:
- Senhor Gilberto não é difícil morar sozinho
naquela mansão?
Sorrindo este homem respondeu:
- Não porque os meus três cachorros dobermann eram
grandes companheiros.
A refeição se prosseguiu alegremente.
Passaram-se quinze dias, Josiane e Rodrigo foram convidados para fazerem a
representação desta peça na cidade vizinha. Contentes aceitaram o convite, pois
esta peça seria exibida em três sessões. Uma na sexta-feira, outra no sábado e
a última no domingo. No sábado Aparecida se dirigiu a esta cidade e foi no
teatro. Assim que terminou a peça os atores foram convidados para irem a uma
festa. Aparecida recusou o convite porque iria a um baile e faria uma
declaração amorosa ao Felipe. Ela se despediu dessas pessoas, e se dirigiu ao
estacionamento. Enquanto voltava à cidade Amora o seu automóvel bateu em uma
arvore e se incendiou.
Passadas uns quarenta minutos uma família que
estavam no automóvel viram aquele veículo incendiado. Eles chamavam a polícia,
os policiais acharam o corpo de uma mulher deformado. Então chamaram uma
ambulância para levá-lo ao hospital. Felizes Josiane e seu noivo voltaram para
casa, quando viram os policiais e a ambulância Rodrigo estacionou o seu carro.
Enquanto conversaram com o policial Josiane viu no chão perto do que sobrou do veículo
queimado um pedaço de fotografia da sua família. Desesperada e chorando falou
que a mulher que havia sofrido acidente era a sua irmã Aparecida. Como ela
estava sofrendo demais o seu noivo a levou ao hospital.
Rodrigo conversou com o médico que fazia
plantão no hospital. Este homem falou que o corpo daquela mulher estava
irreconhecível, eles precisavam chamar o dentista dela para reconhecer o corpo
através da arcada dentaria. Como Josiane estava desesperada o doutor a mandou
tomar um calmante. Na madrugada Rodrigo se dirigiu a casa de Fabrício. O rapaz
explicou ao dentista que Aparecida tinha sofrido um acidente. Por ordem da polícia
ele precisava ir ao hospital para reconhecer aquele corpo pela arcada dentaria.
O dentista ficou abalado, preocupado ligou o
seu automóvel e o dirigiu ao hospital. Nervoso ele entrou onde estava o corpo e
pela arcada dentaria reconheceu que aquela mulher era Aparecida Gomes. Às cinco
horas Josiane voltou a sua casa, com a ajuda do seu noivo acordou os seus pais,
chorando contou que Aparecida sofreu um acidente de automóvel e havia falecido.
A dona Mara e o Vanderlei ficaram inconformados e choravam desesperados.
No velório de Aparecida teve muita dor e
sofrimento. O enterro aconteceu no domingo às dezessete horas. Um repórter
pediu ao cinegrafista para filmar o sepultamento daquela mulher, esta
reportagem apareceu no jornal de televisão. Com tanto sofrimento ninguém viu no
sábado enquanto Aparecida estava no estacionamento um homem colocou um pedaço
de pano com sonífero no seu rosto e desmaiou. Então com a ajuda do seu parceiro
colocaram Aparecida na porta malas de um automóvel. Aquele homem entrou no veículo
e foi embora daquele lugar. O outro entrou no carro de Aparecida, o ligou e
entrou na estrada com destino a cidade Amora.
No domingo às dezoito horas e quinze minutos
enquanto passava no jornal esta reportagem na televisão desesperada Aparecida
assistiu está triste notícia. Ela estava presa em uma sela com quatro metros
quadrados. Neste lugar tinha uma cama de solteiro, uma geladeira pequena, um
sofá, no canto a direita tinha uma patente, perto dela estava a pia com uma
torneira.
A televisão estava do outro lado das grades, em
cima de uma prateleira a dois metros de altura. Chorando Aparecida desesperada
tentou abrir a porta da sela e falava:
- Papai, mamãe não chorem por causa de minha
morte. Eu estou viva!
Naquele momento abriram uma porta de madeira,
apareceu na frente dela Gilberto Neves, rindo ele falou:
- Coitada! Esta moça deve estar sofrendo
bastante!
Sem compreender o que estava acontecendo
Aparecida falou:
- Senhor Gilberto Neves, por favor, me solte
desta prisão.
Aquele homem deu uma gargalhada e falou:
- O meu verdadeiro nome não é Gilberto Neves,
mas sim Guiomar Pereira.
Desesperada Aparecida falou chorando:
- O que eu fiz para o senhor que mandou dois
homens me sequestrar e simulou um acidente, os meus pais pensam que estou
morta.
- Garota você não me fez nada, apenas fiz este
plano perfeito para me vingar dos seus pais, falou Guiomar rindo.
- O que o meu pai e a minha mãe fizeram para o
senhor, pois deseja se vingar deles? Perguntou Aparecida.
- A vinte cinco anos eu, Vanderlei Gomes e Mara
Silva morávamos na cidade de Jaú. Eu me apaixonei pela Mara, mas ela preferiu
ficar com o seu pai. E para completar aquele homem me denunciou aos policiais
porque desvie dinheiro do supermercado, respondeu Guiomar.
Furiosa Aparecida falou:
- Lugar de ladrão é na cadeia.
- Eu fiquei preso durante três anos, quando me
libertaram fui a outro estado, falsifiquei os meus documentos, estudei, desviei
dinheiro de vários burgueses e me tornei um homem rico, falou Guiomar.
Brava Aparecida falou:
- Droga! Esta sua estória é muito parecida com
a peça de teatro que escrevi.
Rindo ele falou:
- A minha vingança foi baseada na sua peça de
teatro.
- Mentiroso aquele homem louco que sequestrou
Aline usou a gargalhada de estimação dela para chamar a atenção da família e
deixar pistas de sua armação, falou Aparecida.
Guiomar pegou do bolso direito de sua calça uma
gargantilha com um crucifixo e falou:
- Esta joia é um dos seus objetos de estimação!
Furiosa Aparecida gritou:
- Cachorro, por favor, devolva o meu cordão!
Guiomar colocou esta joia no seu pescoço e
falou:
- Eu usarei este crucifixo para chamar a
atenção de sua família.
- Tonto! Ninguém da minha família percebera que
esta joia era minha, falou Aparecida.
Este homem deu uma gargalhada, pegou do bolso
esquerdo de sua calça um pedaço de papel e falou:
- Direi a todas as pessoas que uma admiradora
secreta me mandou esta poesia. Então ele começou a ler o poema:
Com A escrevo Amor
Com P escrevo Paixão
No céu, na lua e nas estrelas
Estão escritos o grande amor, que sinto por
você
Pois lhe acho um homem especial
Meu querido príncipe encantado!
Sentindo raiva Aparecida falou:
- Fui eu que escrevi esta poesia.
- Acalma-se garota, acho melhor você comer
algum alimento que está do lado da geladeira, falou Guiomar.
Ao acabar de falar essas palavras ele foi
embora daquele lugar, Aparecida ficou desesperada e chorou. Na segunda-feira
cedo Guiomar se dirigiu a padaria. Ele deixou bem à vista no seu pescoço a
gargantilha da moça. Sorrindo lia para todas as pessoas a poesia que recebeu de
sua admiradora secreta. O seu Vanderlei ficou abatido com o falecimento de sua
filha e ainda não tinha ido trabalhar. O patrão foi visitá-lo. Mara estava
inconformada com o falecimento de sua filha e chorou. Quando Vanderlei
cumprimentou Gilberto Neves todas as pessoas percebiam que ele estava abatido.
Vendo o sofrimento daquela família Guiomar
disfarçava, mas tinha vontade de rir porque sua vingança foi perfeita. A prisão
de Aparecida era a dispensa do sobrado do vingador que foi construído no
subsolo. Ainda naquele dia ele se dirigiu a este lugar visitar a sua
prisioneira. Assim que a viu falou:
- Garota se você desejar comer algum alimento
que não está ao seu alcance, por favor, avise-me para trazê-lo aqui.
Aparecida odiava aquele homem, disfarçando
falou:
-Senhor Guiomar quem era a mulher que foi
enterrada no meu lugar?
- Uma andarilha da cidade de São Paulo,
respondeu Guiomar.
- Assassino! Gritou Aparecida.
- Garota você está enganada, pois nada fiz a
aquela mulher, foram os dois homens que eu contratei que a eliminaram, falou
Guiomar.
Algumas lágrimas saíram dos olhos de Aparecida
enquanto ela falava.
- O senhor deve ter pagado bastante dinheiro
para o meu dentista falar que a arcada dentaria daquela mulher era minha.
- Eu paguei a aquele mentiroso apenas cinco mil
dólares, falou Guiomar.
- Quando eu sair deste lugar darei uma sura
naquele homem, falou Aparecida.
- Você nunca o encontrara, ele fugirá com a
amante, falou Guiomar.
Apavorada Aparecida falou:
- Aquele pilantra abandonará a esposa e os dois
filhos pequenos.
- Fabricio diverte-se nesta vida, falou
Guiomar.
Na terça-feira cedo todas as pessoas que
conheciam o dentista ficaram inconformados, pois ele abandonou a esposa e os
dois filhos. Às dez horas Felipe se dirigiu ao escritório de Sidnei, quando
ficaram sozinhos na sala o rapaz falou:
- Meu amigo, por favor, me diga que estou
maluco, pois tenho certeza que a gargantilha que está no pescoço do senhor
Gilberto Neves era de Aparecida Gomes.
Sidnei ficou intrigado e falou:
- Aparecida Gomes faleceu, no domingo nós dois
fomos no seu velório.
De repente Sidnei se lembrou de algo e falou:
- O dentista que reconheceu a arcada dentaria
de Aparecida durante esta madrugada fugiu com outra mulher.
Surpreso Felipe falou:
- Então aquele homem pode ter mentido, talvez
alguém deseja se vingar de Aparecida.
- Precisamos pegar as impressões digitais do
Gilberto Neves para verificarmos a sua verdadeira identidade.
Os dois rapazes saiam do escritório e foram
procura-lo. Na praça em frente a padaria ele estava sentado em um banco fumando
cigarro. Felipe disfarçou e comprou no bar um maço de cigarros. Então se
aproximaram de Gilberto, fingiram que fumaram cigarros e conversaram com ele.
Passados uns três minutos ofereceram cigarro ao novo amigo. Gilberto aceitou,
com a mão esquerda segurou o maço e a direita pegou o cigarro. Depois de algum tempo
se despediram dele, afobados foram à delegacia.
Felipe era amigo de um detetive da polícia, com
calma contaram que estavam desconfiados que o dentista tinha mentido quando
falou que a arcada dentaria daquele cadáver era de Aparecida. Sidnei pediu para
analisar as impressões digitais do Gilberto Neves, pois ele era o principal
suspeito daquela possível armação. O detetive falou que mandaria o maço de cigarros
ao laboratório, apenas no próximo dia é que descobriram de quem eram aquelas
impressões digitais. Na quarta-feira às oito horas Felipe e Sidnei retornaram à
delegacia porque o detetive havia telefonado para eles. Assim que se
cumprimentaram o detetive falou:
- Gilberto Gomes está usando identidade falsa,
as impressões digitais que estavam no maço de cigarros pertencem ao Guiomar
Pereira. Aquele homem louco fugiu a seis meses do sanatório.
Aparecida ficou à noite inteira acordada, então
teve uma ideia que iria por fim naquele pesadelo. Guiomar havia deixado algumas
roupas na prisão para ela vesti-la, se tivesse vontade. Às sete horas colocou
um vestido e calçou um par de sandálias. Assim que lavou o seu rosto penteou os
cabelos, para completar passou batom nos seus lábios. Às sete horas e trinta
minutos Guiomar foi visitá-la, assim que o viu sorrindo falou:
- Bom dia Guiomar!
Espantado ele perguntou:
- Nossa! O que aconteceu que você está tão
feliz?
-
A sua presença me traz muita alegria, respondeu Aparecida.
- Garota pare de contar mentiras, falou
Guiomar.
- Guiomar estou com vontade de comer torta de
presunto com muçarela e bolo de chocolate, falou Aparecida.
Bravo Guiomar falou:
- Eu sou um homem muito ocupado, mas como sou
um cavaleiro atenderei o seu pedido.
- Por favor, traga uma garrafa de champanhe,
falou Aparecida.
- Com licença garota eu vou precisar ir à
padaria comprar esta comida, falou Guiomar.
Passados vinte e cinco minutos ele retornou ao
lugar onde Aparecida estava presa. Assim que viu a moça falou:
- Garota se sente na cama para eu poder abrir a
porta.
Ela obedeceu às ordens do Guiomar, aquele homem
pegou o chaveiro do bolso direito de sua caça e com uma chave abriu a porta da
sala. Ele colocou três sacolas plásticas no sofá. Sorrindo Aparecida perguntou:
- O senhor aceita tomar café da manhã junto
comigo?
Ele pensou um pouco e respondeu:
- Como você é uma garota bonita aceito o seu
convite.
Sorrindo Aparecida pegou das louças sujas dois
copos, dois pratos e dois garfos, os lavou na pia e os colocou sobre a cama.
Ela abriu as três sacolas e pegou um prato plástico que estava com a torta, na
outra tinha uma bandeja pequena com o bolo de chocolate e na última a garrafa
de champanhe. Sorrindo Aparecida falou:
- Guiomar, por favor, abre este champanhe.
Irritado ele pegou a garrafa de champanhe e a
abriu, depois a entregou a Aparecida. Ela colocou esta bebida nos dois copos,
então o convidou para comer os alimentos deliciosos. Guiomar comeu um pedaço de
torta e outro de bolo, animado tomou dois copos de champanhe. Passados alguns
minutos ele falou:
- Eu estou me divertindo com a sua companhia,
mas preciso ir embora porque tenho vários compromissos.
Rapidamente Aparecida se levantou da cama,
abraçou o homem e falou:
- Meu amor você é o dono do meu coração!
Confuso Guiomar falou:
- Garota desde domingo estou com vontade de
beijar a sua boca.
Aparecida deu um chute que acertou no estomago
daquele homem. Enquanto ele ficou gemendo de dor ela pegou o chaveiro para
abrir a porta da sela. Apavorada pegou a primeira chave e não conseguiu
abri-la, a segunda tentativa também foi negativa. Na terceira chave conseguiu
abriu a porta, como Guiomar havia melhorado ele correu atrás de Aparecida e a
derrubou no chão. Desesperada ela falou:
- Por favor, Guiomar não me machuque.
Rindo aquele homem pegou o canivete que
carregava na cinta, o abriu e falou:
- Garota eu te libertarei dos sofrimentos deste
inferno.
Guiomar queria enfiar o canivete no coração de
Aparecida, neste momento abriram a porta de madeira. O detetive Alfredo pegou o
seu revólver, deu um tiro que acertou na mão direita do bandido antes que ele
machucasse a moça. Enquanto este homem gemia de dor o policial o prendeu.
Felipe quando viu Aparecida deitada no chão, se abaixou e falou:
-
Aparecida eu tinha certeza que você estava viva.
Ela abraçou Felipe e falou:
- Eu tive medo que aquele homem fosse me matar.
O detetive chamou o delegado para vir naquela
casa. Junto com os policiais vieram duas ambulâncias, Aparecida e Guiomar foram
levados ao hospital. Sidnei telefonou aos jornalistas que trabalhavam no
jornal, rádio e a televisão e os avisou sobre esta notícia impressionante.
Josiane, Rodrigo, Mara e Vanderlei ficaram surpresos e felizes quando souberam
que Aparecida estava viva. Eles se dirigiam ao hospital para verem a moça. Quando
se aproximaram de Aparecida emocionados abraçaram-se felizes. Apesar do susto o
doutor falou que ela estava boa, mas precisou ir à delegacia depor e retornou a
sua casa. Guiomar assim que recebeu o atendimento médico foi transferido ao
sanatório.
Esta notícia foi divulgada em todo o Brasil, os
jornalistas comentaram que Sidnei desconfiou que Aparecida estava viva. Como
Sidnei foi o herói desta estória muitas fãs quiseram conhece-lo.
Na segunda-feira às dezoito horas e trinta
minutos Aparecida retornou a faculdade. Quando viu Felipe entregou um cartão
com a poesia:
Felipe agora que estou olhando nos seus olhos
Perderei o medo e confessarei
Como o amo demais
Enquanto estava naquele pesadelo
A única coisa que eu queria
Era poder vê-lo pessoalmente
Para poder abraça-lo e beijar a sua boca!
- Aparecida eu também estou apaixonado por
você.
Felizes os dois se abraçaram e beijaram-se.
CONTO
CENAS ENGANOSAS
Flavia quando acordou naquele
domingo sorriu porque estava um dia ensolarado, durante a tarde poderia ir ao
Clube Aquarela ver o seu grande amor. Animada levantou-se da cama, trocou de
roupa, penteou os cabelos e se dirigiu a cozinha. A mãe dela dona Julia tinha
feito o café, a moça se sentou na cadeira, encheu uma xícara com leite e
começou a comer um pedaço de bolo. Então o irmão Eduardo um menino de nove anos
chegou neste cômodo e falou:
- Bom dia mulheres lindas e amadas.
Sorrindo Julia e Flávia o abraçaram
e lhes desejaram um bom dia. Depois que o menino terminou a refeição falou:
- Neste domingo o meu padrinho
Roberto faz 31 anos.
- Meu filho eu comprei uma camisa
bonita para você dar de presente ao seu padrinho, está na sala em cima do sofá
embrulhado em um lindo papel, falou Julia.
- Flávia como você gosta de escrever
poesias, por favor, escreva algo bem bonito para eu entregar ao meu padrinho
Roberto, falou Eduardo.
- Eu vou pensar e se ficar inspirada
mais tarde atenderei o seu pedido, falou Flávia.
- Por favor, não demora porque vou
almoçar na casa do meu padrinho, falou Eduardo.
- Acho melhor retornar ao meu quarto
e me concentrar para ver se consigo escrever um poema, falou Flávia.
Ela voltou ao quarto e se sentou na
cama. Passados alguns segundos ficou inspirada, pegou o seu caderno de poesias
e escreveu esta mensagem: Parabéns Padrinho Roberto! Feliz Aniversário! Neste
dia tão especial lhe desejo saúde, paz e felicidade. Continue sendo gentil e
compreensivo, pois com sua simpatia você conquista a amizade de muitas pessoas.
Eu me orgulho porque o meu padrinho Roberto é o um melhor amigo. Com carinho e
seu afilhado: Eduardo.
Flávia mostrou esta dedicatória ao
seu irmão. Emocionado o menino a abraçou, iria escrever a mensagem no cartão de
aniversário que daria ao padrinho Roberto. As 13h30m a moça dirigiu ao Clube
Aquarela. Quando entrou no ônibus estava contente em morar na cidade Cereja.
Após alguns minutos Flávia chegou no Clube Aquarela que ficava nas margens do
lago. O coração dela disparou quando viu Edílson, pois tinha amizade com o
rapaz que trabalhava naquele local. Ele além de ser lindo e gentil possuía várias
qualidades, o amava desde os sete anos. Edílson estava conversando com o primo
Otávio que morava na cidade de São Paulo. Flávia se aproximou deles e falou:
- Boa tarde Edílson e Otávio.
- Boa tarde Flávia, responderam os
dois rapazes juntos.
- Otávio como você deseja ser um
cineasta na noite passada terminei este roteiro maravilhoso, após lê-lo vai
querer fazer o seu primeiro filme, falou Flávia.
O rapaz pegou a pasta do roteiro e
sorrindo falou:
- Obrigado Flávia pela sua ajuda, eu
levarei esta estória a cidade de São Paulo e a lerei com o maior carinho.
- Você ficará encantado com a minha
estória, o seu filme fará sucesso, falou Flávia.
Naquele
momento entrou no clube um automóvel importado com duas lindas mulheres: mãe e
filha. Edílson paquerava a moça e falou:
- Meu primo Priscila é a moça mais
bonita da cidade.
- Aquela loira de olhos azuis se
parece com atriz famosa, falou Otávio.
-
Vamos nos aproximar dela para ver se possamos ajudá-la em alguma coisa, falou
Edílson.
Os dois rapazes se despediram de
Flávia. Ela se encontrou com a amiga Leila, ambas foram tomar sol na piscina.
Flávia tinha vinte anos, enquanto estudava no ensino médio fez o curso de
auxiliar de enfermagem. Ha dez meses cuidava de dona Ana Maria, uma senhora de
67 anos de idade que morava no mesmo quarteirão de sua casa. Aquela mulher
ficou muito doente e precisou ficar internada por três dias no hospital. Na
segunda-feira às dez horas o médico deu alta, a filha dela foi buscá-la. Flávia
e a neta Fabiana limparam a casa, compraram flores, a moça fez um bolo de
chocolate, pois era um dos pratos preferidos daquela mulher. As 10h40m um
automóvel estacionou na garagem. Flávia pegou a cadeira de rodas e ajudou Nair
a levar àquela senhora a sala. Fabiana pegou um botão de rosas e o entregou a
avó.
- Avó Ana Maria senti saudade da
senhora.
- Fabiana a sua companhia e de sua
mãe Nair me dão força para viver, falou esta senhora.
A neta e filha emocionadas a
abraçaram enquanto algumas lágrimas saíram dos seus olhos. Passados dois
minutos Fabiana se dirigiu ao quarto e voltou trazendo um cartão que entregou a
sua avó.
Comovida aquela senhora abraçou a
neta e chorando falou:
- Minha neta Fabiana esta sua
mensagem é maravilhosa.
- Eu pedi para Flávia escrever esta
mensagem no cartão, falou Fabiana.
Com suas mãos dona Ana Maria limpou
as lágrimas do rosto e falou:
- Flávia lhe acho uma pessoa
especial e a amo como se fosse minha filha.
A moça emocionada abraçou aquela
senhora e falou:
- Eu também amo a senhora dona Ana
Maria, falou Flávia.
Passados trinta minutos Nair voltou
à escola onde era professora de geografia. Na quarta-feira o tio Jairo pediu
para Flávia escrever uma poesia porque depois de muitos anos convidou a mulher
amada para saírem a noite. Contente a moça atendeu ao pedido daquele homem. As
21:00 horas Jairo e a Iolanda foram ao museu. Emocionado ele declarou ama-la.
O casal sorrindo se abraçou e beijou-se,
a partir daquele dia começaram a namorar. Na sexta-feira Marisa uma amiga de
Flávia pediu para ela escrever uma poesia porque Caetano a convidou para saírem
a noite. Às vinte horas o casal foi ao cinema. Enquanto assistiam o filme
Marisa recitou a poesia e elogiou Caetano, pois era parecido com um cantor
famoso. A moça conquistou o coração do seu amado.
No domingo às catorze horas Flávia
se dirigiu ao clube Aquarela. Quando viu Edílson o seu coração disparou porque
nunca teria coragem de confessar a ele os seus sentimentos. Passados alguns
minutos Leila se aproximou dela e perguntou:
- Flávia você escreveu a poesia ao
meu ex-noivo Hamilton?
- Escrevi sim, leia para ver se você
vai gostar do poema, respondeu Flávia e entregou um pedaço de papel a sua
amiga.
Leila o leu, rindo falou:
- Esta poesia é perfeita ao
convencido do Hamilton.
- Há cinco meses você falava que
aquele homem era o grande amor da sua vida, falou Flávia.
- Naquela época eu não sabia que o
ex-noivo me traia com outras mulheres, falou Leila.
Passaram-se vinte minutos, Hamilton
estava na lanchonete, várias mulheres o elogiavam. Leila pediu ao menino para
entregar uma caixa de bombom ao amado.
Aquela criança se aproximou de Hamilton e entregou um presente de uma
admiradora secreta. Aquelas pessoas comeram os bombons, Hamilton abriu o cartão
e leu a poesia que colocaram defeito nele. As mulheres riam, Hamilton ficou
nervoso.
As 16h30m Edílson se aproximou de
Flávia e falou:
- Ouvi algumas pessoas comentando
que Priscila terminou com o namorado.
- Ela troca de namorado toda semana,
falou Flávia.
- Eu estou apaixonado por aquela
moça e nunca me perdoarei se não dizer a ela os meus sentimentos, falou
Edílson.
- Edílson meu amigo diga a Priscila
como a ama, assim quando ela o desprezar você se libertará deste sentimento,
falou Flávia.
- Por favor, Flávia escreva para mim
um lindo poema romântico que entregarei a Priscila no momento que fazer a minha
declaração de amor, falou Edílson.
Flávia sentiu uma grande dor no seu
coração, ela disfarçou e falou:
- Eu tentarei atender o seu pedido
Edílson, mas preciso de um tempo para escrever a poesia.
Sorrindo o rapaz deu um beijo no
rosto dela e falou:
- Minha amiga lhe acho uma pessoa
maravilhosa.
Ela deu um amargo sorriso, pois teve
certeza que nunca conquistaria o coração daquele rapaz. Passado algum tempo
Flávia retornou a casa dela, quando chegou no seu quarto se deitou na cama e
chorou bastante. Seria ela que deveria esquecer Edílson e procurar um novo
amor. Depois que jantou colocou no aparelho de som músicas românticas, então
ficou inspirada e resolveu atender ao pedido de Edílson. Ela pegou o seu
caderno de poesias e escreveu um poema.
A moça sorriu, pois teve certeza que essas palavras iriam mexer com o
coração daquela burguesinha. No dia seguinte telefonou ao clube e pediu para
Edílson vir à noite em sua casa porque tinha atendido ao pedido dele. Às vinte
horas o rapaz quando ele leu a poesia ficou emocionado, agradeceu a Flávia por
ter escrito lindas palavras.
Na terça-feira ele se dirigiu a loja
e comprou um par de sapatos, uma calça e uma camisa de marca famosa. Como
Priscila era filha de um fazendeiro que tinha bastante dinheiro precisava de
algo especial para impressionar aquela moça. Na quarta-feira comprou na
joalheria uma linda gargantilha de ouro. Na sexta-feira as 20h30m ele se
dirigiu ao shopping center porque Priscila iria assistir um filme romântico
naquela noite. As 22:00 horas com paciência ficou esperando em frente ao cinema
a mulher amada. O rapaz entregou o presente para a moça. Ela ficou emocionada
com a gentileza dele.
O rapaz emocionado abraçou Priscila
e os dois se beijaram. Passaram-se oito dias, Edílson estava feliz porque
estava junto com a mulher amada. No sábado as 21h30m Flávia estava na
sorveteria quando apareceu Edílson chateado e falou:
- Priscila terminou o nosso namoro,
pois ela é uma dama que dirige automóveis importados e estava envergonhada de
se locomover na minha moto velha.
- Eu estava duvidando que Priscila
iria querer ser a sua namorada Edílson, falou Flávia.
- Eu amo Priscila demais, o que devo
fazer para conquistar aquela moça? Perguntou Edílson.
- Esqueça Priscila e procure se
envolver com uma mulher que goste de você, respondeu Flávia.
- Como sou um cara chato nenhuma
mulher vai se apaixonar por mim, falou Edílson.
Flávia resolveu declarar o grande
amor que sentia por Edílson e falou:
- Edílson nesta vida nunca namorei
ninguém porque a vários anos sou apaixonada por você.
O rapaz ficou espantado quando ouviu
a declaração amorosa de Flávia e falou:
- Flávia nós somos amigos desde a
infância, você está querendo me consolar ou realmente me ama de verdade?
- Olhe nos meus olhos que a sua
pergunta será respondida, falou Flávia.
A moça o encarou demonstrando a
paixão e carinho, sem graça ele falou:
- Você sempre foi uma pessoa
maravilhosa, a sua amizade sempre foi especial para mim, acho que não mereço o
seu amor.
- Edílson espero que a minha
declaração amorosa não prejudique a nossa amizade, falou Flávia.
- Flávia jamais vou querer lhe fazer
sofrer, continuaremos amigos, pois você me compreende, falou Edílson.
- Eu nunca serei a namorada dos seus
sonhos, mas farei tudo o que puder para fazê-lo feliz na vida, falou Flávia.
- Seria maravilhoso se Priscila me
falasse essas doces palavras que você está falando Flávia, disse Edílson.
- Tente esquecer Priscila, quando
resolver se envolver com outra mulher lembre-se que estarei esperando por você
porque sempre sonhei em dar um beijo na sua boca Edílson, falou Flávia.
- Eu preciso refletir sobre o que
farei da minha vida, falou Edílson.
O rapaz se despediu de Flávia e
retornou a casa. A moça estava feliz, mesmo que nunca conseguisse conquista-lo
pelo menos tentou. Passaram-se dez dias, o clube Aquarela ficou agitado, na
terça-feira da próxima semana Priscila faria aniversário, o pai dela queria
fazer no sábado uma festa surpresa a filha dele. Apesar de ser segredo apenas
os funcionários do clube sabiam deste evento. Priscila iria neste lugar no
sábado porque teria um baile. Edílson se afastou de Flávia, todas as vezes que
pensava na Priscila se lembrava de sua amiga. Ele estava confuso e não sabia se
sentia amizade ou paixão por Flávia.
Passou-se a semana, no sábado as
23:00 horas começou o baile no salão de festas do clube. Muitas pessoas foram a
este evento, Edílson estava trabalhando como segurança. Flávia quando o viu lhe cumprimentou, aquela
moça estava diferente das outras vezes que a viu. Ela havia mudado o corte de
cabelo e estava bonita naquele vestido novo. As 11h40m chegou Priscila linda e
encantadora, todos os homens suspiravam quando a viram. Ela desprezou Edílson
quando passou perto dele.
A meia noite o grupo estava tocando
e contando forró, todas as pessoas estavam dançando animadamente. De repente
acabou a força, assustados algumas pessoas começaram a gritar. Passado um
minuto apareceu no palco dois homens empurrando uma mesa, nos seus quatro pés
havia rodinhas. Em cima dela havia um lindo bolo de aniversário. Então uma
luminária iluminou Priscila, o pai dela pegou o microfone e falou:
- Na próxima terça-feira a minha
filha Priscila fará aniversário, meus parabéns!
Priscila aproximou-se do bolo de
aniversário. O fazendeiro acendeu as dezoito velas e começaram a canta os
parabéns a ela. As pessoas que estavam no baile cumprimentaram Priscila e
comeram um pedaço do bolo de aniversário. Após quarenta minutos o pai daquela
moça falou novamente:
- Precisamos entregar os presentes a
aniversariante.
Ele deu uma caixa de presente à
filha dele, quando ela o abriu havia ganhado uma viagem a Europa. Outras
pessoas também entregaram presentes a ela. No final entregaram uma caixa de
presente que estava escrito: Priscila uma lembrança especial de um admirador
secreto! Ansiosa ela abriu a caixa, saiu o rosto de um palhaço que segurava um
cartão na boca. Sorrindo abriu o cartão
e leu a poesia.
Priscila ficou nervosa, amassou aquele cartão, o jogou no chão e gritou:
- Gostaria de saber quem deseja
estragar a minha festa de aniversário.
Daniela a melhor amiga de Priscila
se abaixou, pegou o cartão do chão e falou:
- Priscila foi um dos seus
ex-namorados que escreveu a poesia para humilha-la.
O pai da moça a abraçou e falou:
- Minha filha você não pode permitir
que algumas palavras bobas estraguem a sua festa.
A moça sorrindo falou:
- Pai eu vou querer dançar uma valsa
com o senhor.
- Priscila com o maior prazer
atenderei o seu pedido e pedirei ao grupo para tocar uma valsa, falou o
fazendeiro.
Enquanto a moça descia do palco o
pai dela se aproximou de Daniela, pediu para ela lhe entregar aquele cartão
porque descobriria quem tinha mandado aquela poesia a sua filha. Quando os
músicos começaram a tocar a valsa pai e filha a dançaram perfeitamente. Depois
de 1h50m começou a tocar músicas no baile para as pessoas dançarem. As 2h20 Flávia
precisou conversar com Edílson, passados cinco minutos ele se aproximou dela e
perguntou:
- Então minha amiga o que você
deseja conversar comigo?
- Edílson apesar de disfarçar eu
percebi que você se divertiu quando Priscila leu aquela poesia, respondeu
Flávia.
- Se eu descobrir quem mandou aquela
poesia a Priscila lhe darei um beijo porque humilhou a burguesa, falou Edílson.
Sorrindo Flávia falou:
- Então você está me devendo um
beijo.
Surpreso o rapaz falou:
- Você é demais Flávia, se tiver
paciência de esperar lhe darei uma carona quando terminar o baile.
Priscila ficou na festa até as 3:00
horas, depois acompanhada de Daniela entrou no automóvel do pai dela. Sorrindo
pediu para levá-la a casa de sua amiga porque naquela noite dormiria na
residência dela. O baile acabou as 4:00 horas, passados seis minutos Edílson
pediu a Flávia para subir na moto, pois lhe daria uma carona. Quando o rapaz
estacionou o veículo defronte a residência de Flávia falou:
- Depois que você me fez aquela
declaração amorosa não consigo te ver como uma simples amiga.
- Edílson quem sabe depois de tantos
anos que nos conhecemos eu ainda consigo conquistar o seu coração, falou
Flávia.
- Como estou lhe devendo um beijo
vou pagar a minha dívida, falou Edílson.
Edílson e Flávia se abraçaram e
beijaram-se. A seguir o rapaz se despediu e foi embora. Contente a moça entrou
no quarto dela. As 11:00 horas no domingo dona Julia bateu na porta do quarto e
a acordou. Preocupada ela colocou o robe, abriu a porta do quarto e perguntou:
- Mãe aconteceu alguma coisa para a
senhora estar com esta cara de apavorada?
- Na sala tem dois policiais que
desejam conversar com você, respondeu dona Julia.
- Peça para eles esperarem mais um
pouco porque preciso trocar de roupa, falou Flávia.
A moça fechou a porta do quarto,
colocou uma bermuda e uma camiseta, dirigiu-se a sala e falou:
- Senhores policiais o que fiz de
errado para estarem me procurando?
- Às dez horas o senhor Candido
Figueiredo se dirigiu a casa da senhorita Daniela buscar a filha Priscila que
ficou hospedada naquela residência. Aquele homem quis acordar a moça, assim que
abriu a porta do quarto desesperado viu que a assassinaram com um tiro na
cabeça e dois no coração, respondeu o policial mais novo.
- Coitada da Priscila, ninguém tinha
o direito de machucá-la, falou Flávia assustada.
- Naquela casa onde a senhorita
Priscila estava hospedada em um pé de samambaia acharam a arma do crime. O
laboratório encontrou naquele revólver as impressões digitais de Flávia
Dorneles, falou o policial mais velho.
Desesperada Flávia falou:
- Vocês estão enganados eu nunca fiz
nada a Priscila Figueiredo.
-
Se a senhorita não fez nada a Priscila Figueiredo como é que as suas impressões
digitais foram parar no revólver que a assassinou? Perguntou o policial mais
velho.
- Alguém fez uma armação para mim,
falou Flávia chorando.
- Você vai precisar ir à delegacia
conosco para depor, falou o policial mais novo enquanto a algemava.
Dona Julia ficou desesperada quando
viu os policiais prendendo a filha dela e falou:
- Os senhores não podem prender a
minha filha porque esta menina nunca fez nada a ninguém.
- Acho melhor à senhora contratar um
advogado para defender a sua filha, falou o policial mais velho.
- Mãe, por favor, acredite na minha
inocência, na noite anterior eu fiquei no baile do Clube Aquarela. Às quatro
horas Edílson me trouxe em casa na moto dele, depois me dirigi ao quarto e
dormi, falou Flávia.
- A senhorita tem alguma testemunha
que prova que ficou todo este tempo no quarto? Perguntou o policial mais novo.
- Não eu durmo sozinha no meu
quarto, respondeu Flávia.
- Priscila Figueiredo foi assassinada
as 5h30m, pelas provas a principal suspeita de ter cometido este crime é Flávia
Dorneles, falou o policial mais velho.
Os dois policiais colocaram Flávia
algemada no camburão, a levaram a delegacia. O delegado fez várias perguntas a
moça, ela não soube responder nenhuma. Os habitantes da cidade Cereja ficaram
revoltados com o assassinato de Priscila Figueiredo. O fazendeiro entregou o
cartão que estava escrito àquela poesia que humilhou a filha dele na festa de
aniversário ao delegado. Aquele homem o enviou ao laboratório e acharam as
impressões digitais de Flávia. Chorando ela confessou ter enviado aquela poesia
porque sentia ciúmes da beleza física de Priscila Figueiredo. O delegado pediu
a prisão preventiva de Flávia, pois tinha provas dela ter cometido aquele
crime. As 13:00 horas Edílson foi a delegacia visita-la, chorando ela pegou nas
mãos dele e falou:
- Edílson fizeram uma armação para
mim porque não cometi aquele crime.
O rapaz passou as mãos no rosto dela
e falou:
- Acalme-se Flávia, ainda acharei
quem foi assassinou Priscila e provarei a sua inocência.
As 16:00 horas Edílson pediu para
Eduardo e Fabiana irem a casa dele. Após quarenta minutos quando as crianças
entraram na residência o rapaz os convidou para irem no quarto dele. Então ele
perguntou:
- Eduardo e Fabiana será que Flávia
assassinou Priscila Figueiredo?
- Flávia é uma pessoa maravilhosa,
enquanto ela estiver presa a minha mãe não sabe quem vai cuidar de minha avó
Ana Maria, respondeu Fabiana.
- O assassino falsificou as provas
para culpar a minha irmã, falou Eduardo.
- Eu sai algumas vezes com Priscila,
aquela moça tinha três inimigos, falou Edílson.
- Por favor, Edílson nos conte quem
são os três inimigos da finada moça, falou Fabiana.
- Há oito meses Priscila Figueiredo
namorou um rapaz que se chamava Wellington Vargas. Após o final do namoro
aquele rapaz ameaçou matá-la se não voltassem a namorar. Há um ano a dona
Andréa namorou um homem que se chamava James Gatti, aquela mulher quase o
colocou na cadeia porque tentou seduzir a filha dela. Há quinze meses Rosivaldo
Ferraz trabalhava como motorista de dona Andréa. Num domingo de madrugada
enquanto estava trazendo mãe e filha de uma festa aquele homem embriagado parou
o automóvel, mandou Andréa descer do veículo porque ele iria fugir com a filha
dela. Desesperada ela gritava porque não podia sequestrar Priscila. Passados
alguns minutos Rosivaldo se arrependeu daquela loucura e pediu desculpas.
Gritando Andréa nunca o perdoaria e deu queixa na delegacia. Os policiais o
penderam, no domingo às nove horas, Júnior um menino de oito anos foi a casa
daquela mulher e pediu para ela perdoar o pai dele. Como aquele homem era viúvo
e o filho dele estava doente Andréa tirou a queixa e pediu ao delegado para
libertá-lo da prisão. Aquele homem foi despedido, mas Priscila tinha muito medo
dele.
- Algum desses três homens estava na
festa de aniversário de Priscila e deve ter feito Flávia pegar na arma do crime
sem que ela percebesse? Perguntou Eduardo.
- Esses três homens estavam no baile
do clube Aquarela no sábado. Wellington Vargas estava junto com a irmã dele,
James Gatti estava trabalhando como garçom e o Rosivaldo Ferraz era o motorista
de um médico que tinha dois filhos homens menores de idade. Os dois
adolescentes também foram neste evento, respondeu Edílson.
- Se esses homens eram inimigos de
Priscila como conseguiram falsificar as provas para incriminar Flávia?
Perguntou Fabiana.
- A meia noite quando o fazendeiro
anunciou a festa de aniversário surpresa a filha Priscila o salão ficou escuro,
quem estava naquele lugar pode ter tocado vários objetos sem saber o que era,
falou Edílson.
- Precisamos investigar esses três
suspeitos para descobrirmos quem assassinou Priscila, falou Eduardo.
Eduardo e Fabiana combinaram que na
segunda-feira fariam amizade com Júnior filho do Rosivaldo, tentariam descobrir
onde estava aquele homem na hora que aconteceu o crime. Edílson investigaria a
vida do James Gatti. As duas crianças descobriram que aquele menino ia ao Clube
Aquarela nas segundas-feiras as 14:00 horas jogar futebol. Um dos meninos que
jogava no time do Júnior não pode ir porque estava doente. Como Eduardo estava
brincando perto do campo um dos garotos o convidou para jogar futebol no time
dele. Sorrindo ele aceitou o convite, passados alguns minutos conseguiu fazer
amizade com Júnior. Fabiana torcia pelo time. No final do jogo o time do Júnior
ganhou de 3X1. Para comemorar a vitória Eduardo pagaria sorvetes aos seus
amigos. Enquanto conversavam animados Fabiana perguntou do Júnior se ele sabia
onde estava Rosivaldo na madrugada de domingo. O menino teve uma forte febre
durante aquela noite, quando o seu pai chegou em casa se dirigiu ao quarto dele
e dormiu na outra cama.
Edílson investigou a vida de James Gatti, ele
estava casado a cinco meses com Marta. Como ela estava grávida e teve problemas
de saúde o marido dela precisou levá-la no hospital às cinco horas da manhã.
As 18h30m Eduardo e Fabiana se
dirigiram a casa de Edílson. Enquanto conversaram tiveram certeza que Rosivaldo
Ferraz e James Gatti não cometeram aquele crime. Precisavam investigar a vida
de Wellington Vargas. As 19h45m as crianças precisavam ir embora. A mãe de
Edílson sorrindo as convidou para jantarem na casa dela. Quando terminaram a
refeição um automóvel estacionou defronte daquela residência e apertaram a
campainha. Edílson abriu a porta da sala e viu o seu primo Otávio acompanhado
de duas lindas mulheres. Após se cumprimentaram o rapaz os convidou para
entrarem, na sala Otávio falou:
- Eu li as reportagens dos jornais
afirmando que Flávia era a principal suspeita de ter assassinado Priscila
Figueiredo. Aquela moça maravilhosa nunca prejudicou ninguém.
- Alguém fez uma armação para
incriminar a minha irmã, falou Eduardo.
- O roteiro escrito por Flávia
escreveu é maravilhoso, nós vamos fazer um filme emocionante, falou uma das
moças que estava junto com Otávio.
- A minha amiga Paula vai ser a
atriz principal do filme, falou Otávio.
Sorrindo Tatiana a namorada de
Otávio falou:
- Todos os espectadores daquele
filme irão me odiar porque interpretarei o papel da vilã.
- Tatiana e Paula vocês são ótimas
atrizes para interpretarem os principais papeis do filme, falou Edílson.
- A prisão da roteirista quebrou a
nossa concentração para fazermos um bom filme. Edílson existe algum suspeito de
ter cometido aquele crime? Perguntou Otávio.
- Wellington Vargas um ex-namorado
de Priscila a ameaçou várias vezes por não querer mais namorar com ele,
respondeu Edílson.
- Aquele homem parece ser perigoso,
falou Fabiana.
- Eu gosto de curtir os perigos e
viver fortes emoções, falou Paula.
- Nós três viemos da cidade de São
Paulo e ajudaremos provar a inocência de nossa roteirista, falou Otávio.
Edílson
contou aos seus amigos que Wellington Vargas tinha 21 anos, foi preso algumas
vezes porque brigou com várias pessoas. O pai daquele rapaz era dono de uma
imobiliária, o filho dele trabalhava como corretor naquele estabelecimento, mas
dificilmente vendia ou alugava algum imóvel. Quando ele conheceu Priscila
comentou que estudava na universidade e o pai dele era um fazendeiro. Após
alguns encontros Priscila descobriu a verdadeira identidade dele, brava nunca
mais conversou com ele. Aquele rapaz ficou obcecado por ela, costumava segui-la
no shopping center, lanchonetes, bailes. Ele telefonava toda semana a Priscila,
os dois discutiam, a ameaçou porque não quis reatar o namoro deles.
No dia seguinte às onze horas Paula
foi naquela imobiliária porque gostaria de alugar uma casa. Ela viu várias
fotografias e se interessou por dois imóveis. Mandaram o corretor Wellington
Vargas mostrar as residências. Sorrindo a moça fez amizade com ele, depois que
viram as casas Paula estava com fome e o convidou par almoçar junto com ela.
Durante a refeição conversaram animados. Wellington a convidou para sair com
ele à noite, pois mostraria os pontos turísticos da cidade Cereja. Ela aceitou
e combinaram se encontrem as 19h30m em frente do shopping center e jantarem no
restaurante. As 22:00 horas os dois entraram no automóvel do rapaz, Paula
gostaria de conhecer o Parque Rosa Dourada. Sorrindo no dia seguinte ele
atenderia ao pedido dela. Como a moça insistiu bastante a levou ao parque Rosa
Dourada. Sorrindo Wellington falou:
- Meu bem com esta escuridão não
veremos a beleza do parque.
Paula abriu a porta do carro, saiu
do veículo e falou:
- Querido venha me pegar se você
puder.
A moça saiu correndo. Wellington
começou a segui-la, depois que correram uns cem metros ele a alcançou, segurou
nos braços dela, sorrindo ele falou:
- Minha gata eu fui mais rápido do
que você.
Naquele momento apareceu na frente
deles uma mulher usando um vestido de mangas compridas e longo. O rosto e o
peito daquela mulher estavam ensanguentados. Paula deu um grito e desmaiou,
Wellington apavorado perguntou:
- Quem é você?
Rindo aquela mulher respondeu:
- Meu gato você não está reconhecendo
a sua adorada Priscila?
Gaguejando Wellington falou:
- Priscila está morta, o corpo dela
foi sepultado no domingo.
- Wellington! Wellington! Você me
assassinou com três tiros, eu o assombrarei pelo resto de sua vida, respondeu
aquela mulher.
Apavorado Wellington começou a
correr, Priscila corria atrás dele. Depois que ele correu uns cinquenta metros
tropeçou e caiu no chão. Aquela mulher se aproximava dele falando:
- Ah! Ah! Ah! Ah!
Sentindo medo Wellington falou:
- Perdoe-me Priscila foi uma grande
loucura quando eu assassinei você.
- Nunca o humilhei Wellington, por
que você disparou três tiros daquele revólver em mim? Perguntou o fantasma.
- Priscila eu a amava demais, minha
vida perdeu todo o sentido estando longe de você, respondeu Wellington.
- Querido então me explique como os
policiais encontraram as impressões digitais de Flávia Dorneles na arma do
crime, falou o fantasma.
- A meia noite do sábado para o
domingo no salão do Clube Aquarela quando apagaram as luzes para começar a sua
festa de aniversário Flávia estava mais perto de mim. Naquela escuridão sem saber
ela pegar no revólver para os policiais encontrarem as impressões digitais dela
na arma. Flavia seria culpada por ter cometido aquele crime, falou Wellington.
Então aproximou-se dele Edílson e um
policial, o rapaz bravo falou:
- Policial Marcos prenda Wellington
porque ele confessou ter assassinado Priscila Figueiredo.
Enquanto o policial algemava as mãos
de Wellington nervoso ele falou:
- O senhor não pode me prender
porque não tem provas que cometi aquele crime.
O fantasma tirou a máscara e o
vestido, Otávio sorrindo falou:
- Eu filmei com o telefone celular
quando Wellington confessou ter assassinado Priscila Figueiredo.
Essas pessoas se dirigiram à
delegacia. O delegado viu a gravação, chateado Wellington afirmou ter cometeu
aquele crime. Estava arrependido, pois não tinha o direito de tirado uma vida
humana. Como foi provada a inocência de Flávia a libertaram e saiu da prisão.
Contente ela agradeceu aos amigos por terem provado a inocência dela. Otávio
sorrindo tinha certeza que seria um bom cinegrafista, na próxima semana
começaria a filmar o seu primeiro filme. Paula e Tatiana parabenizaram Flávia
porque o roteiro era interessante e engraçado. Otávio, Tatiana e Paula animados
mudariam o cenário daquele filme e o filmariam na cidade Cereja. Os três
retornaram à cidade de São Paulo. No sábado às dezesseis horas Edílson e Flávia
foram passear na Praça Rosa Dourada. Sorrindo a moça falou:
- Esta praça é um dos lugares mais
bonitos da cidade.
- Flávia a sua companhia me traz
felicidades, falou Edílson.
Ela o abraçou e recitou uma poesia
declarando como o amava.
Emocionado Edílson falou:
- Parabéns pelo belo poema, eu
também amo você.
- Edílson estou precisando adoçar os
meus lábios com o sabor dos seus beijos, falou Flávia.
O casal se abraçou e beijou-se.
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