domingo, 11 de setembro de 2022

Frei Joaquim do Amor Divino Caneca

Apelidado de Frei Caneca foi um religioso e politico brasileiro (1779-1825). Joaquim da Silva Rabelo nasceu numa família humilde no Recife. A mãe dele tinha um primo carmelito, inspirado no parente ele entrou no Convento de Nossa Senhora do Carmo em 1796. Tornou-se padre em 1801 com vinte e dois anos. Mudou o seu nome para Joaquim do Amor Divino Caneca. A partir de 1803 lecionou Retórica e Geometria no seu convento, depois foi professor de filosofia racional e moral. Frei Caneca tinha ideias liberais e republicanas. Participou de reuniões na Academia do Paraíso inspirados na revolução francesa independência dos Estados Unidos. Integrante da Revolução Pernambucana de 1818 proclamaram uma republica e organizaram um governo independente. Derrotaram este movimento, prenderam e enviaram Frei Caneca para Salvador onde ficou preso durante quatro anos. Conseguiu a liberdade em 1821 e retornou a Pernambuco. No mesmo ano participou do Movimento de Goiânia. Apoiou a Junta dos Matutos em 1822. Devido a divergências tornou-se oposição do governo. Frei Caneca apoiou o membro do Movimento Pedrosada em 1823. Escreveu O Caçador e as Cartas de Pitia a Damião. Atou como jornalista no jornal Typhis Pernambucano. Começou no dia 25 de dezembro de 1823 e foi até a derrota da confederação. Ele utilizou modelos de jornal do jornalismo panfletário inspirado nos ideais dos filósofos franceses Montesquieu e Rousseau, pois se destacaram no Iluminismo. Frei Caneca publicou temas políticos opondo-se ao governo monarca conservador.  D. Pedro I terminou a assembleia constituinte em 1824 e introduziu uma nova constituição no Brasil. Os lideres pernambucanos se opuseram ao império. No dia 02 de julho de 1824 proclamaram a nova república Confederação do Equador. Frei Caneca foi um dos lideres deste movimento. No dia 29 de novembro de 1824 as tropas imperiais prenderam o secretario dos rebeldes e orientador espiritual Frei Caneca. Enviaram-no ao Recife, permaneceu preso num calabouço. O povo e as ordens religiosas pediram clemencia ao padre. Condenaram os confederados a pena de morte. Em 13 de janeiro de 1825 os três confederados não quiseram enforcar Frei Caneca. Um pelotão militar fuzilou o religioso. Deixaram o seu corpo em um caixão de pinho defronte do Convento das Carmelitas. Os padres o sepultaram em um lugar desconhecido. No muro onde executaram o frade rebelde ainda existe, no lugar colocaram um busto e uma placa alusiva. Murilo da Graça pintou a iconografia de óleo A Execução de Frei Caneca em 1924. O poeta João Cabral de Melo Neto escreveu em versos o ultimo dia de Frei Caneca no livro O Auto do Frade.

Bibliografia:

Frei Caneca – Wikipédia, a enciclopédia livre

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