O
padre comandou a evangelização dos jesuítas no Brasil em 1549. Junto com outros
missionários iniciaram a catequização e defesa dos índios no território
brasileiro. Manuel da Nóbrega nasceu no dia 18 de outubro de 1517 na vila de
Sanfins do Douro no norte de Portugal. O padre estudou em Porto, Coimbra e na
cidade Salamanca, Espanha. Entusiasmado entrou na Companhia de Jesus em 1544.
Destacou-se na evangelização dos indígenas, fez amizade com os governadores
gerais Tomé de Sousa e Mem de Sá. O padre jesuíta ajudou na fundação de
Salvador e Rio de Janeiro. Manuel da Nóbrega e José de Anchieta fundaram em
1553 o Colégio São Paulo na aldeia de Piratininga. Esta escola foi fundamental
a cidade de São Paulo. Os padres jesuítas evangelizaram, construíram colégios e
participaram da educação dos nativos e filhos de colonos. Padre Manuel da
Nóbrega destacou-se como missionário na catequese dos índios, conselheiro e
articulador do poder. Em 1570 no dia que completou cinquenta e três anos
faleceu no Rio de Janeiro. Principais
obras de Manuel da Nóbrega: Diálogo sobre a conversão do gentio – 1557,
Informação das coisas da terra e necessidade que há para se proceder nela –
1558, Tratado contra a Antropofagia e contra os Cristões Seculares e
Eclesiásticos que a Fomentam e a Consentem – 1559, Caso da Consciência para a
Liberdade dos Índios – 1567, Cartas do Brasil – 1549-1570.
Bibliografia:
Padre
Manuel da Nóbrega – Toda Matéria
Padre José
de Anchieta (1534 - 1597) nasceu na ilha de Tenerife, no arquipélago das Canárias.
Seu pai João López de Anchieta natural do País Basco e a mãe das Ilhas
Canárias. Anchieta foi um padre jesuíta espanhol, junto com outros padres deu o
nome à cidade de São Paulo. Ele é o pai da literatura brasileira. O padre José
de Anchieta viveu com sua família até os quatorze anos. A seguir partiu para
Coimbra, Portugal, estudar filosofia no Colégio das Artes. Como noviço em 1551
entrou na Companhia de Jesus. Solicitado pelo padre Manuel de Nobrega veio ao
Brasil evangelizar os indígenas brasileiros. Por padecer de tuberculose óssea
desde sua juventude lhe causou uma escoliose. Por graves problemas de saúde
deixou os estudos religiosos e viajou ao Brasil. Chegou a Salvador em 13 de
julho de 1553, depois partiu para a Capitania de São Vicente. Anchieta em suas
ações missionarias visitou o sertão, aprendeu a língua tupi e catequizou os
indígenas. Principalmente na região de São Paulo e tornou-se um dos fundadores
da cidade e do Colégio São Paulo. O religioso dedicava-se a educação e
catequese dos indígenas. Também os defendia dos abusos de determinados
colonizadores portugueses que desejavam escravizá-los e se apoderarem das suas
mulheres e filhos. Ajudou os portugueses na luta contra os franceses habitantes
da França Antártica. De 1570 a 1573 foi diretor do Colégio dos Jesuítas no Rio
de Janeiro. Em 1577 o nomearam Provincial da Companhia de Jesus no Brasil. José
de Anchieta é o Apóstolo do Brasil, pois foi missionário e fundou várias
cidades. Iniciaram em 1617 na Capitania da Bahia a campanha de sua
beatificação. Apenas em junho de 1980 o Papa João Paulo II o beatificou. No dia
03 de abril de 2014 o Papa Francisco canonizou o padre. Este processo de
canonização durou 417 anos, pois demorou a ser concretizado. A vida e as obras
de José de Anchieta são exemplos de como ele lutou para ajudar a construir um
mundo mais justo e fraterno. O
religioso se destacou na gramatica, poesia, teatro e história. Escreveu seus
textos em prosa e verso, compondo-os em quatro línguas: português, tupi, latim
e castelhano. Principais obras de José de Anchieta: Poema à
Virgem – com 4172 versos, Os Feitos de Mem de Sá – poema com 3058 versos divididos
em 4 cantos. Arte e Gramatica da Língua Mais Usada na Costa do
Brasil, A Cartilha dos Nativos, Carta da Companhia – A catequese influenciou a poesia e teatro de José
de Anchieta. Porque é o melhor autor da produção literária do Quinhentismo
brasileiro.
Padre Antônio Vieira (Lisboa, 1608 –
Salvador, 1697), foi religioso, escritor, orador português e missionário pela
Companhia de Jesus. Destacou-se na política e oratória por ser um influente
personagem no século XVII. Atuando como missionário nas terras brasileiras
defendeu os direitos dos povos indígenas. Pois além de fazer a sua
evangelização combatia a exploração e escravidão desses seres humanos. Eles o
chamavam de “Paiaçu” Grande Padre/Pai, em tupi. Padre Antônio Vieira criticou severamente a Inquisição e os
sacerdotes de sua época. Apoiava os judeus, reprovava a distinção entre
cristãos-novos (judeus convertidos, perseguidos pela Inquisição) e
cristãos–velhos (católicos tradicionais), pedia a abolição da escravidão. Na
literatura é considerado um dos principais escritores do barroco brasileiro e
português. Porque deixou 700 cartas e 200 sermões. Dos seus sermões destacam-se
alguns dos mais admiráveis: Sermão da Sexagésima, Sermão da Quinta Dominga da
Quaresma, Sermão do Bom Ladrão, Sermão pelo Bom Sucesso das Armas de Portugal
contra as de Holanda e Sermão de Santo Antônio aos Peixes.