domingo, 21 de março de 2021

Padre Manuel de Nóbrega

O padre comandou a evangelização dos jesuítas no Brasil em 1549. Junto com outros missionários iniciaram a catequização e defesa dos índios no território brasileiro. Manuel da Nóbrega nasceu no dia 18 de outubro de 1517 na vila de Sanfins do Douro no norte de Portugal. O padre estudou em Porto, Coimbra e na cidade Salamanca, Espanha. Entusiasmado entrou na Companhia de Jesus em 1544. Destacou-se na evangelização dos indígenas, fez amizade com os governadores gerais Tomé de Sousa e Mem de Sá. O padre jesuíta ajudou na fundação de Salvador e Rio de Janeiro. Manuel da Nóbrega e José de Anchieta fundaram em 1553 o Colégio São Paulo na aldeia de Piratininga. Esta escola foi fundamental a cidade de São Paulo. Os padres jesuítas evangelizaram, construíram colégios e participaram da educação dos nativos e filhos de colonos. Padre Manuel da Nóbrega destacou-se como missionário na catequese dos índios, conselheiro e articulador do poder. Em 1570 no dia que completou cinquenta e três anos faleceu no Rio de Janeiro. Principais obras de Manuel da Nóbrega: Diálogo sobre a conversão do gentio – 1557, Informação das coisas da terra e necessidade que há para se proceder nela – 1558, Tratado contra a Antropofagia e contra os Cristões Seculares e Eclesiásticos que a Fomentam e a Consentem – 1559, Caso da Consciência para a Liberdade dos Índios – 1567, Cartas do Brasil – 1549-1570.

Bibliografia:

Padre Manuel da Nóbrega – Toda Matéria

 

Padre José de Anchieta (1534 - 1597) nasceu na ilha de Tenerife, no arquipélago das Canárias. Seu pai João López de Anchieta natural do País Basco e a mãe das Ilhas Canárias. Anchieta foi um padre jesuíta espanhol, junto com outros padres deu o nome à cidade de São Paulo. Ele é o pai da literatura brasileira. O padre José de Anchieta viveu com sua família até os quatorze anos. A seguir partiu para Coimbra, Portugal, estudar filosofia no Colégio das Artes. Como noviço em 1551 entrou na Companhia de Jesus. Solicitado pelo padre Manuel de Nobrega veio ao Brasil evangelizar os indígenas brasileiros. Por padecer de tuberculose óssea desde sua juventude lhe causou uma escoliose. Por graves problemas de saúde deixou os estudos religiosos e viajou ao Brasil. Chegou a Salvador em 13 de julho de 1553, depois partiu para a Capitania de São Vicente. Anchieta em suas ações missionarias visitou o sertão, aprendeu a língua tupi e catequizou os indígenas. Principalmente na região de São Paulo e tornou-se um dos fundadores da cidade e do Colégio São Paulo. O religioso dedicava-se a educação e catequese dos indígenas. Também os defendia dos abusos de determinados colonizadores portugueses que desejavam escravizá-los e se apoderarem das suas mulheres e filhos. Ajudou os portugueses na luta contra os franceses habitantes da França Antártica. De 1570 a 1573 foi diretor do Colégio dos Jesuítas no Rio de Janeiro. Em 1577 o nomearam Provincial da Companhia de Jesus no Brasil. José de Anchieta é o Apóstolo do Brasil, pois foi missionário e fundou várias cidades. Iniciaram em 1617 na Capitania da Bahia a campanha de sua beatificação. Apenas em junho de 1980 o Papa João Paulo II o beatificou. No dia 03 de abril de 2014 o Papa Francisco canonizou o padre. Este processo de canonização durou 417 anos, pois demorou a ser concretizado. A vida e as obras de José de Anchieta são exemplos de como ele lutou para ajudar a construir um mundo mais justo e fraterno. O religioso se destacou na gramatica, poesia, teatro e história. Escreveu seus textos em prosa e verso, compondo-os em quatro línguas: português, tupi, latim e castelhano. Principais obras de José de Anchieta: Poema à Virgem – com 4172 versos, Os Feitos de Mem de Sá – poema com 3058 versos divididos em 4 cantos. Arte e Gramatica da Língua Mais Usada na Costa do Brasil, A Cartilha dos Nativos, Carta da Companhia – A catequese influenciou a poesia e teatro de José de Anchieta. Porque é o melhor autor da produção literária do Quinhentismo brasileiro.


Padre Antônio Vieira (Lisboa, 1608 – Salvador, 1697), foi religioso, escritor, orador português e missionário pela Companhia de Jesus. Destacou-se na política e oratória por ser um influente personagem no século XVII. Atuando como missionário nas terras brasileiras defendeu os direitos dos povos indígenas. Pois além de fazer a sua evangelização combatia a exploração e escravidão desses seres humanos. Eles o chamavam de “Paiaçu” Grande Padre/Pai, em tupi. Padre Antônio Vieira criticou severamente a Inquisição e os sacerdotes de sua época. Apoiava os judeus, reprovava a distinção entre cristãos-novos (judeus convertidos, perseguidos pela Inquisição) e cristãos–velhos (católicos tradicionais), pedia a abolição da escravidão. Na literatura é considerado um dos principais escritores do barroco brasileiro e português. Porque deixou 700 cartas e 200 sermões. Dos seus sermões destacam-se alguns dos mais admiráveis: Sermão da Sexagésima, Sermão da Quinta Dominga da Quaresma, Sermão do Bom Ladrão, Sermão pelo Bom Sucesso das Armas de Portugal contra as de Holanda e Sermão de Santo Antônio aos Peixes.  

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