CONTO ILUSÕES ÓTICAS
Vicente pegou férias do seu emprego e então foi passear na casa do seu tio Pedro em uma pequena cidade do estado de São Paulo. O rapaz de 21 anos chegou no local dirigindo o seu fusca azul. Os seus parentes ficaram felizes quando o viram. Depois do jantar na sexta-feira à noite, seu primo o levou a uma lanchonete. Depois que lhe apresentou alguns amigos, começaram a comentar sobre o professor maluco. O homem vivia isolado em uma chácara onde fazia suas experiências loucas. Diziam que ele inventava máquinas malucas, criava monstros... Neste momento apareceu no estabelecimento uma linda morena e Vicente apaixonou-se por ela. Então, falou aos amigos que iria conversar com aquela garota. Os outros riram da ousadia dele, pois era um rapaz baixo, loiro e usava óculos. Ela nunca o paqueraria. Bravo comentou que se aquela gata o desprezasse, entraria escondido na chácara do professor maluco. Os seus amigos aceitaram a aposta.
O rapaz aproximou-se da moça, mas
outros três rapazes foram conversar com ela. Chateado, saiu daquela lanchonete,
os seus amigos foram atrás dele. Rindo, falaram que nunca cumpriria a sua
aposta. Vicente refletiu, rindo falou que no outro dia mostraria como é
corajoso porque visitaria o professor. Durante a noite o rapaz dormiu pouco,
porque sempre falava demais.
No sábado cedo, acompanhado do primo
e de dois amigos, entraram no fusca e dirigiram-se a chácara. Tomando cuidado,
Vicente pulou o muro e escondido, entrou na casa do professor. Na residência
havia vários móveis esquisitos. No momento em que ele tocou em uma flor feita
de madeira, começou a sair fumaça dela. Do telhado caiu uma gaiola em cima do
rapaz e furioso, um homem começou a gritar quem invadiu a sua casa. Vicente,
amedrontado, pediu desculpas ao professor. Vendo a sinceridade do rapaz o homem
de idade riu, apertou um botão e a gaiola voltou onde estava.
Envergonhado, Vicente comentou que
iria embora desta casa. O professor apresentou-se, e falou que iria mostrar-lhe
a sua nova invenção. Ele levou o rapaz até o seu laboratório e colocou uma
pulseira no pulso. Então pediu para Vicente olhar-se no espelho. Em vez da sua
figura, viu um homem moreno, alto, bonito, musculoso... O professor comentou
que aquela pulseira fazia as outras pessoas verem aquilo que ele desejasse que
os outros vissem. Vicente ficou encantado e o professor pediu para ele ficar
com a sua invenção por 24 horas.
Quando Vicente aproximou-se do seu
primo e amigos utilizando a invenção do professor, os outros viram que o fusca
transformou-se em um carro importado e ninguém o reconheceu. Rindo, desfez a
ilusão ótica e eles o reconheceram. Enquanto conversaram, descobriram que com
aquela invenção poderiam fazer os outros seres humanos verem um simples pedaço
de papel branco transformar-se em dinheiro de alto valor. Então, combinaram que
durante a noite iriam se divertir bastante. As mulheres ficavam maravilhadas
quando viram que Vicente transformou-se em um lindo moreno. Ele conversou com a
linda morena, lhe abraçou e beijou a sua boca. Junto com os amigos, gastaram bastante
dinheiro.
No domingo cedo, os dois
estabelecimentos perceberam que foram enganados e chamaram a polícia. Pelas
impressões digitais localizaram Vicente e o prenderam. Confuso, o rapaz não
sabia o que fazer. Então o professor maluco foi à delegacia, pediu desculpas
pelos danos provocados por seu aprendiz com sua nova invenção. Pediu para o
libertarem, pois pagaria todos os danos provocados pelo rapaz.
O
cientista pagou as dívidas dos estabelecimentos e o delegado atendeu o seu
pedido. Envergonhado, Vicente agradeceu ao professor por ter lhe ajudado, pediu
desculpas ao seu tio Pedro por ter cometido erros. Confuso, na segunda-feira
voltou a sua casa.
No
outro final de semana, enquanto conversava com sua amiga Laura, contou o que
aconteceu na sua viagem. Lamentava que nunca mais iria ver aquela linda morena.
Rindo, Laura falou que o professor maluco era seu primo e pediu para ele fechar
os olhos. Quando Vicente os abriu, viu o grande amor da sua vida, contente,
quis abraçá-la. A moça afastou-se, e então se transformou na Laura. Sorrindo,
ela comentou que o seu primo lhe deu a sua invenção, mas dificilmente a usava,
pois gostava de si mesma. Pediu a Vicente para aprender a gostar de si mesmo.
Rindo, ele falou que atenderia o pedido dela desde que lhe desse um beijo. Os
dois se abraçaram e beijaram-se.
CONTO - SONHOS E OBJETIVOS
Alfredo com seus dez anos gostava de
brincar com suas amigas Laura de nove anos e Sônia de onze anos. Essas crianças
moravam na rua Doce Chocolate no bairro Arco-Íris, localizado em uma pequena
cidade. Os meninos da idade do Alfredo gostavam de telefones celulares e
videogames. Mas ele gostava de inventar os seus próprios brinquedos,
principalmente o boneco Chorão. Pois costurou manualmente duas pequenas almofadas
cinza, a do corpo media 10x15 cm, a cabeça media 5x6 cm. Cuidadosamente pintou
na cabeça do boneco dois olhos, nariz e boca. Os outros garotos riam dele,
chamavam-no de moleque atrasado, porque queria ser diferente dos outros.
Alfredo era loiro, tinha olhos castanhos claros, mas precisava perder alguns
quilos, porque estava acima do peso.
A menina Laura era morena, seus
cabelos eram castanhos ondulados, sonhava ser estilista quando ficar adula. O
seu pai faleceu quando tinha três anos em um acidente. Sua mãe trabalhava como
costureira na fábrica de roupas. Laura tinha duas irmãs, uma com doze e outra
de treze anos. Como eram de família pobre ela vestia as roupas de suas irmãs.
Laura fez o pequeno vestido dos seus sonhos com tecido de algodão cor-de-rosa,
no lado direito colocou duas rosas de cetim vermelhas e tinha um cinto dourado.
Contente afirmava que quando fizesse quinze anos costuraria este vestido, o
usaria na sua festa de aniversário. Sônia era mulata, até os seus seis anos
morou no orfanato. Então foi adotada pelo casal João e Margarida, foi a
terceira criança adotada pelo casal. Além de amorosos davam conselhos e boa
educação aos filhos adotivos. Sônia se preocupava com as pessoas carentes,
sempre desejava ajudá-las com seus pequenos atos. Por enquanto não poderiam
realizar os seus sonhos, pois eram crianças e precisavam de dinheiro.
No domingo à tarde Alfredo deixou o
boneco Chorão na casa da Sônia, Laura esqueceu o vestido dos seus sonhos. No
final do mês acontecerá no centro comunitário a festa do bairro. Enquanto a
menina olhava para o boneco e vestido teve uma ideia, ela pôs o vestido no
boneco e resolve transformá-lo em boneca. Colou várias fitas de cetim vermelhas
na cabeça da boneca e as transformou em seus cabelos. Aminada pegou a caixa de
leite vazia, na posição horizontal a transformou em uma caixa, enfeitou-a com
um papel de seda prateado. Colocou a boneca nesta pequena caixa. No outro dia
mostrou o brinquedo aos amigos Alfredo e Laura, eles ficaram fascinados com a
transformação feita por Sônia. Sorrindo falou que poderiam fazer outras bonecas
Chodó para vendê-las na festa do bairro e dividiriam o dinheiro.
Alfredo gostou da ideia, assim
poderia comprar novos materiais para fazer o novo brinquedo. Laura sorriu, pois
teria dinheiro para ir à loja comprar um vestido novo. Sônia compraria
alimentos para a família carente do Dirceu que visitou na semana passada com
sua mãe. Como a festa aconteceria daqui a quinze dias precisaram fazer trabalho
em equipe, assim fariam várias bonecas. Passados sete dias Joana prima de Laura
ficou admirada vendo as três crianças fazendo a boneca Chodó. Esta moça tinha
21 anos, como estava desempregada pediu se poderia ajudar as crianças a fazer
esses brinquedos. Os três conversaram e aceitaram a ajuda dela. A mãe de Joana
estava doente, esta família passava por dificuldades financeiras.
Quando iniciou-se a festa no bairro
Alfredo, Laura, Sônia e Joana fizeram umas trinta bonecas Chodó. As pessoas
gostaram da boneca e as compravam. A dona de uma loja de brinquedos achou
inovador esta boneca, contratou Joana para fazer novas Chodó para vendê-las em
seu estabelecimento. No momento em que Joana entregou o dinheiro da venda das
bonecas as três crianças combinaram entregar metade do dinheiro à moça, com a
outra parte comprariam alimentos a família do Dirceu. João e Margarida os
elogiaram por serem solidários, foram ao supermercado, compraram alimentos e os
levaram a família carente.
No domingo João e Margarida fizeram
um almoço na sua casa, convidaram as famílias de Laura, Alfredo, Joana e
Dirceu. Sônia estava feliz, pois com a ajuda dos amigos foram solidários com
pessoas carentes. Joana deu de presente a Laura um vestido novo. Dirceu
entregou a Alfredo algo maravilhoso que havia ganhado do seu finado avô. O
menino abriu o pacote, ganhou uma sanfona pequena. Animado começou a tocar o
instrumento musical, as pessoas dançaram a música.
CONTO PESADELO
Helena trabalhou o dia inteiro fazendo faxina na casa da dentista Verônica. Enquanto colocava o tapete na sala o marido desta mulher chegou à casa. Ele trouxe um presente para a sua esposa, pois dia 12 de junho era o dia dos namorados. Este casal se abraçou e beijaram-se. Amargurada Helena lembrou-se que quando tinha 16 anos conheceu o caminhoneiro Zeca. Foi amor à primeira vista, porque apaixonou-se perdidamente por este homem. Mas os seus pais não aprovaram o seu namoro com aquele lindo moreno. Desesperada fugiu com ele.
Os dois dirigiram-se a uma grande cidade do
estado de Minas Gerais. Zeca alugou uma pequena casa, onde tiveram momentos
maravilhosos. Passados alguns dias o caminhoneiro precisou voltar a trabalhar
fazendo uma viagem ao Rio de Janeiro. Helena começou sentir ânsia e dores no
estomago. Ela foi ao médico, descobriu que estava grávida do seu amor. Depois
de vinte dias Zeca retornou a sua casa. Ele ficou feliz quando soube que iria
ser papai.
Passados os nove meses Helena teve um filho
homem, o chamaram de Pedro. Quando o menino completou um ano Zeca convidou
alguns amigos para ir a sua casa. Esses homens beberam pinga, conhaque,
cerveja. Durante a madrugada Zeca embriagado contou que além desta garota tinha
mais três mulheres e cinco filhos. Desesperada Helena pegou algumas roupas, o
seu filho e fugiu de casa.
Atualmente está morando em uma pequena
cidade do estado de São Paulo. Assim que terminou de fazer seu serviço à
dentista pagou o dia do seu serviço. Como já era mais de 17:00 horas dirigiu-se
a escola buscar o seu filho Pedro. Este menino tinha dez anos e estudava na 4º
série. Da escola mãe e filho foram ao supermercado comprarem alguns alimentos.
A seguir pegaram o ônibus para voltarem a casa.
Helena e Pedro moravam na periferia da
cidade. Estava escuro quando desceram do ônibus. Enquanto caminhavam na rua
deserta um homem montado na moto parou na frente deles. Furioso apontou um
revólver e falou:
- Dona me entregue toda a sua grana!
Aflita Helena respondeu:
- Por favor, não machuque o meu filho,
porque o pouco dinheiro que tinha gastei no supermercado.
- Vagabunda me dê a sua bolsa! Falou o
bandido.
- O meu filho está com fome! Vá roubar os
poderosos e não uma simples faxineira.
- Idiota, eu estou precisando de grana para
comprar craque! Berrou o bandido.
- As drogas estão destruindo a sua vida, falou Helena.
- Mentirosa! Pare de falar bobagens! Falou
este cara. Ele disparou um tiro que acertou no coração dela. Roubou a sua bolsa
e fugiu.
Helena caiu no chão, Pedro abraçou a sua
mãe, chorando chamava-a pelo nome. Infelizmente ela não respondia porque
faleceu. Algumas pessoas viram o que aconteceu, chamaram a polícia.
Aquela mulher não tinha família, levaram
Pedro ao orfanato. No dia seguinte sepultaram Helena como indigente. O menino
ficou traumatizado, achava que todas as pessoas queriam matá-lo. A diretora do
orfanato era ruim, apesar de saber sobre o sofrimento daquela criança não
marcou uma consulta com o psicólogo para ajudá-lo.
Um menino tentou conversar com Pedro, os
dois discutiram e brigaram. No outro dia uma menina curiosa começou a mexer
escondida nas coisas dele. No momento em que ele a viu fazendo isso, lembrou-se
do bandido que assassinou a mãe dele. Angustiado pegou a vassoura e começou a
bater nela. Esta menina ficou ferida, precisaram levá-la ao hospital. A
diretora mandou prender Pedro num quarto escuro. Desesperado ele chorava e
gritava. As 19h30mim um funcionário abriu a porta, pois levava comida ao
menino.
Pedro foi esperto e fugiu do orfanato.
Começou a viver como andarilho. No dia 24 de junho ele sofreu bastante, pois
choveu até as 16:00 horas, depois começou a fazer muito frio. Ele vestia apenas
uma calça velha, sua camiseta estava rasgada e as solas do seu tênis estavam
furadas. Ele pediu ajuda, uma senhora deu uma jaqueta velha e um cobertor.
Conseguiu encontrar comida no lixo do restaurante.
Pedro dormiu em uma casa velha abandonada.
As 20:00 horas dirigiu-se a esse lugar, enrolou-se no cobertor, deitou-se no
chão e dormiu. Durante a noite sonhou com Iraídes que foi sua professora na 3º
série. Esta mulher falou uma linda mensagem: “No mundo existe fome, miséria,
violência. Construiremos uma sociedade mais justa se usarmos a importante arma
que se chama AMOR. Pois o sol brilha para os bons e ruins. A chuva significa
vida, porque faz nascer novas plantas e renova as existentes.
Deus nos amou tanto que nos deu de presente
o seu filho Jesus Cristo. Ele falou não ao dinheiro e sim a vida. Acolheu os
pecadores, prostitutas, leprosos. Nos ensinou que devemos acredita em nós
mesmos e amarmos os nossos semelhantes. Assim estaremos ajudando a construir o
PARAISO aqui na Terra.”
Quando amanheceu Pedro acordou emocionado.
Ele tinha um diário, anotou essas lindas palavras no seu caderno velho. Então
lembrou-se das crianças e adolescentes que viviam no orfanato, aquela diretora
ruim os fazia sofrerem. Estava no momento de exigirem a saída daquela mulher do
cargo. Ele saiu correndo daquela casa, pois iria à igreja pedir ajuda do padre.
No momento que foi atravessar uma rua não viu o carro que o atropelou.
O motorista deste veículo era um médico e o
socorreu imediatamente. Devido a pancada o menino desmaiou, o doutor o levou ao
hospital. Felizmente levou apenas um susto, pois teve alguns ferimentos leves.
As pessoas ficaram encantadas com a mensagem
que estava escrita no seu diário. O médico e sua esposa tinham um filho com
oito anos. O casal gostou do Pedro, resolveram adota-lo. A diretora do orfanato
foi demitida. Pedro fez amizade com as crianças e adolescentes órfãos. Apesar
de sentir saudades de sua mãe Helena, Pedro voltou a sorrir. Porque agora ele
tinha um pai, uma mãe e um irmão adotivo, além de muitos amigos.
CONTO - PEDIDOS ORDENADOS
Beatriz com seus catorze anos era
uma adolescente adorável. Apesar de ter nascido deficiente mental seus parentes
e amigos a adoravam. Pois sorria e brincava o dia inteiro. Sua mãe era uma
mulher muito religiosa. Desde pequena deu educação religiosa a sua filha.
Esta mocinha acreditava que foi Deus
que fez o mundo. E o homem a sua imagem e semelhança. Beatriz não sabia o que
era preconceito, pois os homens e mulheres eram todos iguais. Quando ela se
deitava na cama para dormi ou acordava rezava ao anjo da guarda, para
protegê-la dos perigos. A chuva e a beleza das flores representavam o amor que
Deus sentia pelos homens.
Beatriz ficava triste quando alguém
reclamava dos problemas da vida. Sorrindo tentava consola-la, pediria e rezaria
por ela. Pois Deus sempre nos ajudou a resolvermos os nossos problemas.
Certo dia uma amiga de sua mãe
chorava desesperada. O marido dela era viciado em jogos. Por causa do vicio
perdeu o carro, a casa e estava devendo bastante dinheiro. No serviço ele
estava nervoso, discutiu com seu chefe e foi demitido. Aquela mulher tinha três
filhos pequenos. Naquele momento não tinham comida para comerem e moradia. A
mãe da moça tentou acalmar a amiga. Comentou que pediria alimentos aos
vizinhos, elas se abraçaram. Beatriz falou que rezaria por aquela família. De
noite, sonhou com um anjo, sorrindo ele dizia: “Os homens não diminuirão os
seus graves problemas através dos milagres concedidos por Deus. Mas os
amenizarão com sua própria inteligência!”
Ela começou a chorar, pois no mundo
existem muitas pessoas ruins e egoístas. O anjo a abraçou e comentou que os
ensinamentos de Deus estão escritos na Bíblia. Quem ler as Sagradas Escrituras
ficará inspirado, ajudará a construir um mundo mais justo e fraterno. Além da
Bíblia Sagrada, existem livros decentes, escritos por homens honestos. Essas
leituras poderão ajudar a humanidade a solucionar seus problemas sociais. Sorrindo o anjo citou alguns exemplos de
homens e mulheres que desafiaram as normas e regras impostas pelos poderosos:
* Victor Hugo, em sua obra Os
Miseráveis denunciou a miséria e a fome na França;
* Rosa de Luxemburgo, tornou-se uma
das grandes líderes operário revolucionário alemã, no início do século XX. Mas
foi assassinada violentamente em Berlim, porque defendeu os direitos do
proletariado;
*
Martin Luther King, em 1963 liderou A marcha para Washington, neste
protesto mais de 200.000 manifestaram-se pelos direitos civis de todos os
cidadões dos Estados Unidos. Em 1965, liderou uma nova marcha que lutava pela
aprovação da Lei dos Direitos do Voto de 1965, a população negra não votava
neste país. Em 1967 uniu-se ao Movimento pela paz no Vietnam. No dia 4 de abril
de 1968 foi baleado e morto em Memphis;
* Mahatma Ganhi foi um dos
idealizadores e fundadores do moderno estado indiano e um influente defensor do
princípio de não-agressão, forma não-violenta de protesto, como um meio de
revolução. Uma das famosas frases de Gandhi: “O amor é a força mais sutil do
mundo”;
* Nelson
Mandela, tornou-se líder do Congresso Nacional Africano e o maior oposicionista
da apartheid. Foi detido em 1962, após uma greve, e foi condenado a prisão
perpetua. Em 1990 foi libertado. Continuou participando de negociações contra o
apartheid, na 1º eleição multirracial, após 350 anos de dominação branca.
Esses foram alguns exemplos de homens corajosos,
mas no mundo sempre existiu pessoas bondosas e solidárias. Ao acabar de falar
essas palavras o anjo desapareceu. No dia seguinte o primo psicólogo conversou
com o homem viciado em jogos. Ele iria começar a participar todas as semanas de
reuniões de autoajuda. Assim tentaria dominar o seu vício. Conversaria com os credores, porque desejava
parcelar o pagamento de suas dívidas. O pai de Beatriz era pedreiro. Ele
convidou o amigo para trabalhar de servente. Contentes essas pessoas
resolveriam os seus problemas. Animada Beatriz comentou que escreveria no
caderno as doces palavras do anjo.
CONTO
– O VERDADEIRO SIGNIFICADO DA VIDA
Erick era um moço bonito com os seus
21 anos. As mulheres o chamam de loiro fatal. O pai dele além de ser um homem
rico possuía inúmeros imóveis e trabalhava como gerente em uma grande empresa.
Como Erick era filho único os pais dele o mimaram, lhes davam muitos presentes
e satisfaziam todos os seus pedidos. Em agosto o rapaz começou a fazer o quinto
período do curso de engenharia de produção em uma faculdade particular da
cidade de São Carlos. Quando ele fez aniversário ganhou de presente da sua mãe
um automóvel importado.
Erick tinha muitos amigos, pois os
seus únicos compromissos eram estudar e ir às festas. Como ele não estava
comprometido com nenhuma mulher às moças o paqueram, pois tinha inúmeras
companheiras.
Em um sábado junto com alguns amigos
foram fazer um churrasco em uma chácara. Naquele local os jovens tomaram
refrigerantes, cerveja, uísque, e comeram carnes assadas, saladas, doces. Eles
se divertiram bastante na festa, no domingo as 03:00 horas da madrugada Erick
se lembrou que tinha um compromisso naquele dia as 13:00 horas e precisava retornar
a sua casa. Duas de suas amigas quiseram ir embora junto com ele, o seu primo
Gustavo com mais dois amigos também resolveram voltar para as suas residências.
Essas pessoas entraram em dois automóveis e se dirigiram a cidade. Quando
haviam andado uns três quilômetros como Gustavo estava bêbado ele encostou o
seu veículo no do Erick e falou:
- O meu carro é nacional, mas corre
mais rápido do que o seu que é importado.
Erick deu uma gargalhada e falou:
- Por acaso você está querendo tirar
um racha com os nossos veículos?
- Então vamos tirar este racha
agora, respondeu Gustavo.
Apavorada uma das moças falou:
- Por favor, rapazes acalmem-se,
pois o racha entre dois veículos é perigoso.
-Essas mulheres estão querendo
estragar a nossa diversão, falou Gustavo bravo.
-Garotas desçam do carro, falou
Erick.
E parou naquele momento o seu
automóvel. Sentindo medo as duas moças desceram do veículo. Gustavo pediu para
os seus dois amigos descerem do seu carro. Os dois rapazes dirigiram os seus
automóveis por mais dois metros e os estacionaram um do lado do outro. Então
começaram a contar de 1 a 10, quando chegaram no dez, deram a partida nos seus
veículos e começou o racha. Erick dirigiu o seu veículo mais rápido do que o
seu primo e passou na frente dele. No momento que ele foi fazer uma curva
perdeu a direção do veículo, pois saiu da estrada, entrou no meio do mato, caiu
dentro de um lago e ficou com as rodas viradas para cima. De cabeça para baixo
Erick tentou abrir a porta do carro, mas estava travada. Como havia quebrado
alguns vidros deste veículo entrava água dentro dele. O rapaz ficou
desesperado, com medo de morrer afogado pensou:
- Meu Deus se eu conseguir sair vivo
deste carro prometo que irei um dia na universidade vestido de mendigo.
Então ele tentou abrir a porta do
veículo, por sorte conseguiu abri-la. Como Erick sabia nadar rapidamente saiu deste
carro e subiu a superfície do lago. Os seus amigos estavam desesperados, pois
pensava que poderia ter acontecido uma tragédia naquele acidente. Chorando as
suas duas amigas o abraçaram quando o viram na margem do lago. Emocionado
algumas lágrimas saíram dos seus olhos enquanto falava:
- Obrigado meu Deus por ter
preservado a minha vida.
Um dos rapazes pegou o seu telefone
celular e informou aos policiais sobre o acidente que aconteceu com o carro do
Erick. Passados uns quinze minutos chegou neste local uma viatura da polícia e
uma ambulância. O rapaz foi levado ao hospital, um médico o consultou e pediu
para ele fazer vários exames. No domingo a 16:00 horas o rapaz retornou a sua
casa, os seus pais o abraçaram emocionados. Na terça-feira ele se lembrou da
promessa que fez a Deus, então sujou o seu par de tênis, com a tesoura fez
vários cortes na sua calça e camisa. Depois que fez esses atos vestiu essas
roupas e calçados. Quando chegou perto do vaso de samambaia passou um pouco
daquela terra no seu rosto. Decidido entrou no automóvel velho de sua mãe e se
dirigiu a universidade. Assim que chegou na faculdade a outras pessoas riam
quando o viram vestido daquele jeito. No momento que ele chegou perto da
lanchonete falou:
- Meus companheiros nós somos
simples consumidores porque enquanto gastamos o nosso dinheiro por simples
prazer milhares de pessoas morrem de fome.
As pessoas que ouviram as palavras
do Erick olharam para ele, quando viram como ele estava vestido riram, um rapaz
falou:
- Este filhinho de papai deve estar
louco!
Erick ficou chateado, mas no íntimo
estava contente porque cumpriu a promessa que fez a Deus. Então ele foi ao
banheiro, passados uns dez minutos se sentou em uma cadeira. Uma morena se
aproximou dele e perguntou porque ele estava vestido daquele jeito. Sorrindo
ele contou que se vestiu de mendigo, pois estava pagando uma promessa. A moça
se chamava Andréia estava estudando no curso de administração. Enquanto
conversavam ela falou que havia ganhado uma bolsa de estudo e morava em uma
casa alugada. Andréia trabalhava em uma creche e estava de férias do serviço.
Erick falou que depois que sofreu aquele acidente de automóvel a sua vida se
transformou, porque gostaria de fazer alguma coisa para melhorar o mundo.
Andréia pediu se ele tinha
compromisso no outro dia, o rapaz falou que não. Então combinaram que se encontrariam
no outro dia as 8:00 horas da manhã em frente a catedral. Erick pediu
emprestado o automóvel de sua mãe, no horário combinado se encontrou com a
moça. Então ela pediu para levá-la ao Albergue Noturno, esta instituição
ajudava os andarilhos da cidade. Erick ficou aflito quando viu o sofrimento
daquelas pessoas. Depois foram a um Asilo, o rapaz não se conformou quando viu
aqueles idosos que foram abandonados por seus familiares. Por último foram a
uma instituição que ajuda crianças e adolescentes de rua. O rapaz estava
deprimido porque nunca tinha visto tanto sofrimento na sua vida. A moça comentou
que precisavam ajudar essas instituições filantrópicas para diminuírem o
sofrimento daqueles seres humanos.
O rapaz pensou um pouco, animado
iria às lojas, supermercados, pedir para ajudarem essas três instituições
filantrópicas. Andréia gostou desta ideia, pois iria ajudá-lo a fazer esta boa
ação. Durante cinco dias Erick e a moça andaram por toda a cidade pedindo
alimentos não perecíveis, roupas, calçados e cobertores para doarem para as
três instituições filantrópicas. Toda a população desta cidade foi generosa,
esses dois jovens conseguiram arrecadar bastantes doações. Erick e Andréia se
tornaram amigos.
Passou-se dez dias, certa noite
enquanto este rapaz saia da sala de aula e se dirigia onde estava estacionado o
seu automóvel sem querer trombou com
Andréia. Envergonhada ela pediu desculpas, o seu material caiu no chão.
Erick se abaixou para ajudá-la e pegou o caderno dela. Então viu que em uma das
folhas estava escrita uma poesia, então começou a lê-la:
“Nesta noite estou muito confusa
Pois estou com vários problemas
No trabalho discuti com a minha
colega de serviço
Na escola tirei nota baixa na prova
No meio deste pânico meu amor me
lembrei de você
Meu amor aonde você está neste
momento?
Porque estou sentindo a sua falta,
Preciso dos seus carinhos e da sua
compreensão
Estou disposta a fazer qualquer
sacrifício para conquistar o seu coração
Meu amor eu lhe amo demais!”
Assim que Erick acabou de ler a
poesia falou:
- Meus parabéns Andréia, a sua
poesia esta demais.
Sem graça ela falou:
- Obrigado Erick pelo seu elogio.
Sorrindo este rapaz falou:
- Estou com inveja do homem por quem
você está apaixonada.
Andréia ficou vermelha, depois que
deu um suspiro profundo falou:
- Erick esta poesia eu escrevi para
você.
O rapaz ficou surpreso quando ouviu
essas palavras, então sorrindo falou:
- Andréia lhe acho uma garota
incrível, eu também estou apaixonado por você.
Como esses dois jovens ficaram
emocionados eles se abraçaram e beijaram-se.
CONTO - REVIRAVOLTAS NA ESCOLA
Em uma escola pública de uma cidade moderna, Vicente em vez de prestar atenção na aula de matemática, estava se divertindo com os jogos do seu telefone celular. Este adolescente tinha 12 anos e estudava na 6º série. Enquanto o professor estava explicando a matéria, percebeu que alguns meninos não prestavam atenção nas suas explicações. Então se aproximou deles e pediu para Vicente entregar o telefone celular. No começo ele recusou, mas depois o entregou ao professor. O homem virou-se para frente e começou a caminhar em direção a lousa. Bravo, Vicente falou que o professor era chato e mostrou-lhe a língua.
Todos os alunos da classe riram.
Furioso, o professo mandou Vicente sair, mas o menino continuou sentado na
carteira. O professor repetiu sua ordem. Cinco amigos de Vicente comentaram que
eles eram unidos, de modo que se um deles saísse da sala de aula, então toda
turma o acompanharia.
O professor ficou confuso e um dos
adolescentes contou uma piada. Enquanto os alunos riam, o homem pediu para eles
ficarem quietos, pois queria continuar dando aula. Rindo, Vicente disse que ele
não tinha necessidade de aprender matemática, porque quando crescesse seria um
cantor rico e famoso. Nervoso o professor, que se chamava Fábio, retrucou, como
é que ele poderia ter dinheiro se não sabia fazer cálculos matemáticos.
Vicente levantou-se da carteira,
desfilou pela classe falando que, como era lindo, as mulheres pagariam para
beijarem a sua boca. A opinião das alunas da classe ficou dividida: algumas o
aplaudiram, enquanto outras vaiaram. Neste momento, bateu o sinal. Como o
professor detestou a brincadeira, comentou que no outro dia teria uma séria
conversa com o diretor da escola e puniria os alunos mal educados.
Quando os alunos saíram da escola,
os amigos de Vicente disseram que ele estava com sérios problemas com o
professor. De repente o adolescente teve uma ideia! Sorrindo, comentou que
resolveria facilmente esse problema. Assim que chegou em casa, dirigiu-se ao
quarto de sua mãe. Em cima da penteadeira havia um quartzo que pertenceu a seu
bisavô, Pedro. Ele o ganhou de presente de um velho índio. Segundo comentavam,
este quartzo tinha poderes mágicos, pois o seu bisavô apaixonou-se pela filha
de um fazendeiro. Como ela nunca o notava, com a ajuda dos poderes do quartzo o
seu espírito alojou-se no corpo do namorado dela. Passadas vinte e quatro
horas, o seu espírito voltou ao seu corpo. A moça encantou-se com a gentileza
do homem, terminou o relacionamento com o seu namorado e envolveu-se com Pedro.
Escondido, no dia seguinte, Vicente
pegou o quartzo e dirigiu-se à escola. Quando entrou na sala de aula, seus
amigos contaram que o professor Fábio estava conversando com o diretor. O
menino pegou o quartzo e pensou que gostaria de estar no corpo do professor. De
repente, sentiu uma tontura, fechou seus olhos e no momento que os abriu,
percebeu que o seu espírito estava no corpo do professor.
Sorrindo,
ele elogiou Vicente e a sua classe. Quando saiu da sala do diretor, o espírito
do professor Fábio, estando no corpo deste menino, quase chorando, comentou que
gostaria de voltar ao seu corpo. Rindo, Vicente explicou como eles haviam
trocado de corpos, mas dentro de vinte e quatro horas os espíritos retornariam
aos seus corpos originais.
Neste momento bateu o sinal,
Vicente, no corpo do professor, foi dar aula na 7º série. Quando ele entrou, os
alunos estavam conversando e brincado. Em vez de dar aula, começou a brincar
com os adolescentes. Passados uns dez minutos, entrou na sala a supervisora,
que ficou assustada vendo o comportamento do professor. A mulher deu uma bronca
nele, comentou que um professor deve ter responsabilidades, pois precisa
ensinar a matéria aos alunos e não ficar brincando com eles.
Vicente ficou confuso porque tinha pouco
conhecimento de matemática. Para evitar confusão, começou a ensinar um jogo os
adolescentes, dizendo que as regras dessas jogadas usavam cálculos matemáticos.
Passados cinquenta minutos, terminou
a aula. As duas próximas aulas foram na sala em que Vicente estudava. Depois
que entrou, sentou-se na cadeira defronte à mesa do professor, chamou Fábio,
envergonhado, falou que não sabia o que tinha de ensinar aos alunos. Rindo, o
menino respondeu que mostraria ao professor os seus conhecimentos matemáticos.
Fábio fez várias contas na lousa,
impressionou a garota que Vicente paquerava. Terminada essas duas aulas, o
professor deveria voltar a sua casa. O menino e o professor conversaram! Eles
voltariam as suas residências para ninguém perceber que haviam trocado de
corpos.
O professor morava em um bairro
afastado do centro da cidade. Enquanto ele passava em frente de uma lanchonete,
paquerou uma bela moça. No momento em que entrou na casa do professor, a esposa
dele o abraçou e beijou a sua boca. A mulher segurava um bebê no colo. Como a
criança chorava, ela pediu para seu marido o segurar no colo enquanto iria
verificar se o leite estava quente. Desanimado, Vicente olhava para a senhora e
pensava: “Eu nunca beijei nenhuma garota, este beijo foi horrível, pois ela é
uma mulher esquisita”.
Passados uns dois minutos, tocaram a
campainha da residência. A mulher abriu a porta. Um homem furioso entrou neste
local, quando viu o professor gritou que iria bater nele porque paquerou a sua
namorada. E deu um soco no rosto do Fábio.
Vicente acordou assustado, era
04h15min, ele estava deitado na sua cama. Então percebeu que toda esta aventura
foi apenas um sonho, e começou a refletir, pois sempre criticou os adultos, mas
às vezes essas pessoas são chatas porque possuem muitas responsabilidades.
Assim que chegou à escola o menino
procurou o professor Fábio e pediu desculpas por ter sido mal educado.
Sorrindo, prometeu que a partir deste dia seria um bom aluno, pois precisava
aprender os cálculos matemáticos para, quando terminar o ensino médio, poder
prestar o vestibular para estudar na faculdade dos seus sonhos.
CONTO AGITAÇÃO ESTUDANTIL
Dar aulas naquela escola de
periferia da cidade grande estava difícil. Depois das férias de julho começou a
lecionar neste lugar o professor Eduardo. Além de educado e gentil acreditava
no futuro da juventude. A escola tinha o nome de um importante escritor
brasileiro, chamava-se Escola Padre Antônio Vieira. Antes de lecionar o
professor Eduardo conversou com o diretor sobre os alunos. Chateado ele pediu
para respeitar os estudantes, mas deveria tomar cuidado com eles. Eduardo
comentou que gostava de lecionar história, com certeza conseguiria cativar os
alunos. O diretor desejou boa sorte.
As duas primeiras aulas do período
noturno foram na oitava série, apesar de ter três alunos agitados lecionou
normalmente. Depois do intervalo foi lecionar no terceiro ano do ensino médio,
nesta classe Davi e sua gangue perturbaram as aulas. No início da aula implicou
com o professor, chamou-o de preconceituoso, pois ele era da raça negra.
Eduardo disfarçou, apesar da implicância do aluno conseguiu dar aula. Passados
uns quinze dias ficou desanimado, pois estava difícil lecionar nesta escola.
No final de semana sua namorada
falou que poderiam apresentar na escola a famosa peça de teatro, pois mudaria a
opinião dos alunos, mostrando o verdadeiro significado dos estudos. O professor
gostou desta ideia, conversou com o diretor e outros professores, marcaram a
apresentação desta peça de teatro na sexta-feira, daqui a duas semanas. Nas
suas aulas o professor de história comentava que precisavam preservar a escola.
Falou que os professores e alunos podiam organizar a escola, fazendo limpeza
nas carteiras, nos banheiros, consertarem a porta quebrada. Marcaram a limpeza
na escola no sábado, depois da apresentação da peça teatral.
Toda a escola ficou agitada com a
apresentação da peça, Davi e sua gangue falaram que não a assistiriam. Por
insistência foram no evento. Os atores começaram a apresentação da peça.
Furioso o rapaz procurou o professor, pois o personagem principal usava o seu
outro apelido Golias. Os dois discutiram, devido ao nervosismo Golias deu uma
facada no coração do professor e fugiu. Apesar de ser socorrido o ferimento foi
fatal, o professor faleceu.
No enterro o pai do professor estava
amargurado, comentava que foi castigado, porque quando era jovem pegou uma
vassoura, agrediu a professora de português. O seu único filho tornou-se
professor, mas foi assassinado por um dos seus alunos. Como o assassino tinha
17 anos não seria preso. Mas os policiais o procuram para interná-lo em uma
instituição, pois faria trabalhos voluntários à comunidade com o objetivo de
reparar os seus erros.
O
pai do professor chamava-se Francisco, ele foi procurar pessoalmente o rapaz.
Os pais de Golias estavam separados, o pai dele estava preso na cadeia por
assalto. A mãe dele teve quatro filhos, o mais velho morreu de overdose. Ela
trabalhava de cozinheira em um restaurante, morava junto com um homem
desempregado. Um dos vizinhos comentou que Golias além de brigar com as outras
pessoas eram viciadas em drogas. Na opinião de Francisco o rapaz poderia
machucar outros seres inocentes, resolveu procurá-lo pessoalmente.
Durante três dias o procurou em vários
lugares suspeitos, mas não o encontrou. Voltou para casa desanimado,
inconformado olhava as fotografias do filho assassinado. No outro dia cedo
dirigiu-se ao cemitério visitar o tumulo do professor. Ele ficou surpreso
quando viu Golias defronte o tumulo do filho. Desesperado gritou como teve
coragem de matar o seu professor. Amargurado e chorando o rapaz pediu perdão
por ter cometido este crime. Pois naquele dia discutiu com sua mãe e padrasto,
brigou com a namorada, pois o traiu com outro homem. Desejando aliviar-se do
sofrimento usou crack, depois foi à escola. Como estava nervoso descarregou sua
raiva em uma pessoa inocente.
Desolado
Francisco pediu porque ele ia à escola, atrapalhar a educação dos outros
jovens. Entre lágrimas Golias comentou que os estudos eram importantes para a
formação da juventude. Pois desejava adquirir conhecimentos, aprender a
controlar suas emoções e conseguir resolver seus problemas pessoais. Ele
cometeu o pior erro da sua vida porque tirou uma vida humana, apenas com a
solidariedade será construído um mundo melhor. Pediu perdão por ter assassinado
o professor. Francisco percebeu a sinceridade do rapaz, o perdoou, abraçando-o.
Os
alunos aplaudiram os atores da peça de teatro, pois a estória emocionou todas
as pessoas. No sábado o professor Eduardo junto com os alunos estavam limpando
a escola. Às dez horas entraram no pátio da escola Davi e seus amigos. Eles
pediram desculpas por perturbarem as aulas, a partir deste dia cooperariam para
todos os alunos adquirirem conhecimentos nas aulas. Seriam solidários com os
companheiros, pois o principal objetivo da escola é transformar os alunos em cidadãos
decentes.
CONTO
- O PROFESSOR ESFORÇADO
O professor Mauro falou que os meios
de comunicações divulgam como o bullying está prejudicando a educação dos
alunos. Observou isto em dois rapazes, decidiu ajudá-los, contou o fato aos
amigos.
As pessoas da escola sempre elogiavam
o Mauro, comentavam que as suas aulas de química eram excelentes. Há cinco anos ele sofreu um acidente com a
moto, devido à fratura na coluna ficou paraplégico. Teve apoio da família, como
trabalhava no laboratório de uma importante multinacional foi afastado do
serviço. Depois da difícil adaptação a deficiência física fez um curso de
especialização, começou a dar aulas na escola.
Sendo observador, enquanto lecionava
avaliava o desempenho dos alunos. Na escola dava aulas para duas classes do
primeiro ano e uma do segundo ano do ensino médio. Ele observou que o aluno
Henrique do primeiro ano e Reginaldo do segundo ano viviam isolados nos
horários dos intervalos, entradas e saídas do colégio. No mês passado a escola
fez uma gincana com os alunos, notou que o Henrique e Reginaldo estavam
tristes. Então pediu para a supervisora chamá-los para conversarem na sala dos
professores. Animado perguntou porque estavam entristecidos, se tinham algum
problema poderia ajudá-los.
Henrique contou que estava chateado,
pois teve uma desilusão amorosa. Ele estava apaixonado por Luana, aquela moça
era linda. No sábado à tarde foi corajoso, enquanto caminhava na rua
aproximou-se dela e falou:
- Luana mais do que o brilho do sol
e da lua o universo para mim é você.
- Querido eu também estou apaixonada
por você, falou Luana.
Os dois se abraçaram e beijaram-se.
Contente a moça comentou que faria quinze anos no domingo. Ele a parabenizou,
Luana pediu para ajudá-la a decorar o salão que faria a festa do seu
aniversário no próximo dia. Animado o rapaz ajudou a lavar o salão, mesas,
cadeiras. Quando anoiteceu o salão já estava decorado, a moça falou que estava
cansada, voltaria a sua casa. Henrique pediu se poderia vir nesta festa para
ser apresentado como seu namorado aos parentes e amigos. Rindo ela comentou que
nunca poderia se comprometer com um cara simples e relaxado como ele.
Reginaldo desiludido contou que
Cecília foi o primeiro amor de sua vida. Depois de cinco anos decidiu fazer sua
declaração amorosa. Como estavam no shopping center aproximou-se dela e falou:
- Mina gostu tanto do ce! Vê se
liga!
- Querido até que enfim você de
declarou para mim! Falou Cecília.
Eles se abraçaram e beijaram-se.
Enquanto estavam se beijando Carlos irmão caçula de Cecília chegou perto deles
e apertou a vuvuzela. Eles ficaram assustados com o barulho, irritado Reginaldo
falou:
- Moleque tonto!
- Cecília vou contar para o papai
que você está beijando o nosso vizinho chato. Falou Carlos.
- Por favor, não conte nada ao
papai, senão vou ficar de castigo. Eu apostei com minhas amigas que daria uns
beijos no Regi, assim vou ganhar os ingressos para ir ao show da famosa dupla
sertaneja, falou Cecília.
Desanimado o rapaz discutiu com a
moça, pois ela brincou com os seus sentimentos. Sorrindo Mauro comentou que
eles tiveram as suas primeiras desilusões amorosas, mas encontrarão os
verdadeiros amores de suas vidas. Pois já teve uma desilusão pior do que a
deles. Então contou que antes de ficar paraplégico era feliz, pois trabalhava
no laboratório de uma empresa multinacional, era noivo de Natalia, uma bela
mulher. Naquele dia teve problemas no serviço, precisou trabalhar até mais
tarde. A noite combinou jantar com a noiva e alguns amigos no restaurante.
Chegando à casa tomou banho, vestiu roupas bonitas, montou na moto, dirigiu-se
ao encontro. Infelizmente um motorista de automóvel não respeitou a
preferencial, bateu na sua moto.
Ele ficou gravemente ferido, mas
teve bom atendimento médico e apoio da família. Como fraturou a coluna ficou
paraplégico. Neste momento difícil o comportamento de Natalia ficou estranho.
Como pretendiam casar-se daqui a alguns meses permaneceu internado no hospital
durante tinta dias. Passadas duas semanas foram passear na praça. Chateada ela
comentou que deveriam terminar o noivado, pois não o amava mais. Desiludido
percebeu que os seus sonhos foram destruídos. Sentiu raiva, manteve-se firme,
terminou o relacionamento com esta mulher e desejou felicidades. Depois que ela
foi embora chorou bastante.
Entristecido não tinha mais vontade
de viver, seus familiares tentavam alegrá-lo. No domingo à tarde dirigiu-se a
praça sozinho. Enquanto lembrava-se dos momentos felizes começou chorar.
Aproximou-se de dele uma moça morena e perguntou se poderia ajudá-lo. Ele
tentou disfarçar, ela apresentou-se dizendo ser a filha de uma falecida
empregada doméstica que trabalhou na casa dos seus pais. Sorrindo reconheceu a
pequena Débora, pois tornou-se uma moça bonita. A mãe dela faleceu há oito
anos, apesar do sofrimento a vida continuava, com esforço fez curso superior.
Há um ano Débora formou-se professora de biologia, dava aulas em duas escolas.
Os dois tornaram-se amigos, em pouco
tempo viveram uma grande paixão. Este amor lhe deu forçar para alegrar-se por
estar vivo, precisou adaptar-se as condições de ser paraplégico, foi às
fisioterapias, desejava voltar a trabalhar. Débora aconselhou-o a fazer um
curso de especialização para tornar-se professor. Como gostou desta ideia
mandou fazer adaptações no seu automóvel para poder dirigir. Passados dez meses
casou-se com Débora, o casal tinha um filho de três anos, ele gostava de
lecionar química na escola.
Henrique e Reginaldo ficaram
comovidos, parabenizaram-no pelo seu esforço em lecionar mesmo sendo
paraplégico. Sorrindo aconselhou os rapazes a aproveitarem todos os minutos da
vida, fazerem amizade com os colegas do colégio. Seria interessante
participarem da gincana, quem sabe poderiam arrumar novas paqueras. Animados se
dirigiram a quadra de basquete da escola.
A partir deste dia Henrique e
Reginaldo se tornaram amigos do professor, fizeram novas amizades na escola,
melhoraram os seus desempenhos nos estudos. Gilberto, Lídia, Vilma e Carolina
ficaram emocionados com esta boa ação do Mauro, o parabenizaram por ser amigo
dos alunos.
CONTO
INTOLERÂNCIA E CRIATIVIDADE
Veronica era professora de língua
portuguesa a vinte e dois anos, seus filhos estavam estudando na faculdade.
Apesar dos problemas no serviço sempre gostou desta profissão. Pois
contribuindo com a educação escolar estava ajudando a construir um mundo
melhor. Ela morava na cidade Alvorada Brilhante, neste ano foi lecionar na
Escola Padre José de Anchieta localizada no bairro Boa Esperança. Neste local
havia pessoas carentes, moravam em casas simples e vestiam roupas comuns.
Apesar das dificuldades sorriam felizes.
Nesta escola Veronica daria aula de
manhã em uma classe de sexta série e na parte da tarde em outra da sétima
série. Animada afirmava ajudar no ensino da língua portuguesa a leitura de
livros, jornais e revistas. No primeiro dia de aula comunicaram que a aluna
Ester da sexta série era excepcional. Além da deficiência mental era nervosa,
não gostava de tomar banho e pentear os cabelos. Com doze anos frequentava a
escola porque a mãe dela trabalhava de merendeira. Sendo uma mulher divorciada
não tinha outro lugar para deixar a filha. Veronica notou Ester sentir-se
excluída da sociedade, por isto decidiu ajudá-la a melhorar sua aprendizagem em
ler e escrever. Aproximou-se dela, com paciência a ensinava como escrever palavras
e ler pequenos textos e poesias. Vagarosamente começou a mudar o comportamento
de Ester, pois começou a gostar de tomar banho e penteava os seus cabelos.
Enquanto ela se divertia lendo e escrevendo não perturbava mais as aulas com o
seu nervosismo.
Na mesma sala de aula após dois
meses a professora percebeu as dificuldades do aluno Josias em falar a língua
portuguesa corretamente. Na redação do menino tinha muitas palavras escritas
erradas, havia problemas de regência. A mãe dele era semianalfabeta. Sorrindo
Veronica comentou que o menino não deveria colocar na linguagem escrita todas
as palavras utilizadas na linguagem falada. Quando ele fizer uma redação
precisa obedecer às normas de gramatica. Chateado Josias afirmou que iria
abandonar a escola por ter dificuldades nos estudos. Sorrindo a professora
pediu para ele se acalmar, com seus doze anos teria que aprender muitas
disciplinas escolares. Pediu para fazer várias redações e as entregar a ela,
assim iria ajuda-lo a corrigir os seus erros gramaticais e o orientaria para
fazer boas redações. Comovido Josias abraçou a professora.
Passadas duas semanas Madalena
professora de inglês comentou que na sétima série da tarde estava tendo
problemas em ensinar a língua estrangeira para Rute. No dia seguinte quando
falou good morning ela ficou brava por detestar jogar gude. Os outros alunos
riram, precisou explicar que se confundiu, a palavra good morning traduzida em
português significa bom dia.
Na última aula depois de escrever na
lousa os dias da semana em inglês quando leu Sunday a aluna Rute comentou estar
com vontade de apreciar o sundae. Os
outros estudantes riram, precisou explicar que Sunday quando é traduzido
significa domingo. Aquela adolescente se confundia na aprendizagem da língua
inglesa, precisava fazer uma revisão da língua portuguesa. Veronica percebeu
que além dela os outros alunos precisavam compreender melhor a língua
portuguesa. Pediu para lerem o livro A Língua de Eulália de Marcos Bagno.
Desejando melhorar a gramatica dos seus alunos utilizaria o livro Moderna
Gramatica Portuguesa de Evanildo Bechara. Animada comentou que faria uma
revisão de língua portuguesa, pois os estudantes iriam melhorar a sua
compreensão na língua portuguesa.
Passados dez dias Veronica retirou
metade do seu pagamento no caixa eletrônico antes de ir à escola. Enquanto
lecionava na sétima série escreveu um exercício na lousa. Enquanto os alunos o
faziam retirou da bolsa sua carteira e começou a contar o dinheiro. Vários
estudantes se aproximaram dela pedindo explicações. No intervalo quando foi
pagar o perfume à outra professora havia desaparecido duas notas de R$100,00.
Ficou desconfiada que alguém roubou este dinheiro. Retornou a sala de aula,
chateada pediu para devolverem as duas notas de dinheiro.
Os alunos negaram tê-la roubado,
alguns olhavam a Miquéias acusando-o do roubo. Este adolescente negro tinha
treze anos e morava na casa da avó Maria. O pai dele vivia em outra cidade e a
mãe trocava de namorado toda semana. Há
dez meses o irmão João viciado em drogas morreu baleado enquanto assaltava uma
lanchonete. Bravo Miquéias mandou revistarem as suas coisas porque o acusavam
de ter cometido um crime. Após conversarem por trinta minutos nervosa Veronica
pediu desculpas por aquele ato inconveniente.
Passados alguns dias numa
sexta-feira os alunos e professores da Escola Padre José de Anchieta foram
passear com vários ônibus na fazenda Estrela Dourada. Como era um lugar
histórico tinha uma mansão e a igreja construídas no início do século XX.
Criavam frangos, ovelhas e gado. Animados mostravam essas novidades aos alunos.
Neste dia foram mais duas escolas visitarem este local.
Depois do almoço uma aluna de uma
escola particular não encontrou o telefone celular novo em sua bolsa. Aflita
comentava ter sido roubada. De repente olhou para Miquéias e gritou que aquele
cara a encarava desde que chegou na fazenda. Talvez foi ele quem roubou o seu
smartphone. Confuso o rapaz não a
conhecia e estavam acusando-o de um roubo. Ester, Rute e Josias defenderam o
amigo. Houve uma discussão, os quatro adolescentes saíram correndo do
restaurante. Após quarenta minutos a faxineira encontrou um telefone celular no
banheiro feminino. O gerente conversou com os professores. Este smartphone era
o da moça que pensava ter sido roubada, mas o esquecera na toalete.
Às dezesseis horas os ônibus
retornariam as escolas. Não entraram no veículo Miquéias, Josias, Rute e Ester.
Os professores e funcionários começaram a procurá-los na fazenda. Veronica
dirigiu-se a lagoa, contente encontrou os seus alunos. Contou que aquela moça
esqueceu o telefone celular no banheiro. Chateado Miquéias pediu desculpas,
pois estava desesperado quando pegou os R$200,00 da professora. O namorado da
mãe dele roubou a aposentadoria da avó Maria, precisavam comprar comida e
remédio. Veronica o perdoou, quando ele
tivesse algum problema deveria pedir ajuda na escola.
Emocionados eles se abraçaram. Então
ouviram um trovão, em breve choveria. Começou a ventar, acharam melhor retornar
a sede da fazenda. Devido ao temporal entraram em uma casa velha. As alunas
sentiram medo, com trovões e relâmpagos Veronica ficou nervosa. Josias e
Miquéias viram as paredes desta construção feitas com madeiras balançarem, pois
estavam deterioradas. Assustados foram ao porão. Passados alguns minutos a casa
desmoronou. Desesperados gritaram, apesar do susto não se feriram, mas estavam
presos no porão. Apavoradas Ester e Rute choravam.
Assustados ouviram o barulho dos
trovões, estavam presos em um porão escuro.
A professora abraçou as duas alunas e comentou que deveriam rezar a Deus
para enviar alguém e os libertar desta prisão. Ester com sua mão direita pegou
do seu cordão uma pequena imagem de Nossa Senhora Aparecida, a Padroeira do
Brasil. Sorrindo falou que todas as vezes que precisou a Mãezinha do Céu sempre
a socorreu. A devoção de Nossa Senhora Aparecida surgiu no dia 12 de outubro em
1717 quando três pescadores no rio Paraíba do Sul a pegaram em suas redes.
Primeiro apareceu uma escultura representando uma mulher e estava sem cabeça. A
seguir lançaram as redes no rio, quando a puxaram de volta encontraram a cabeça
esculpida. Colocando-a ao lado do corpo notaram que eram partes de uma mesma
peça a imagem de Nossa Senhora Aparecida. A imagem feita de barro escuro e com
suave sorriso no rosto encantava as pessoas. Esta escultura foi um grande
presente de Deus a América Latina. Desde a sua aparição milhões de pessoas
foram convertidas e conseguiram graças perante a sua intercessão.
Rute afirmou ser devota de Nossa
Senhora que apareceu aos irmãos Jacinta com nove anos, Francisco com dez anos e
a prima Lúcia no dia 13 de maio de 1917 em Fátima, Portugal. A Santa apareceu
por seis vezes aos pastorzinhos sempre no dia 13 de cada mês, sua última
aparição foi no dia 13 de outubro de 1917. Nossa Senhora pedia a conversão dos
pecadores. Além de Nossa Senhora a adolescente rezava e pedia a intercessão dos
irmãos Jacinta e Francisco Marto. No dia 13 de maio de 1917 o Papa Francisco os
canonizou. O menino Francisco era chamado de “o consolador” porque desejava
consolar as pessoas com a oração de Nossa Senhora. Ele sempre tinha o terço nas
mãos, faleceu em 04 de abril de 2019 de febre espanhola. Após dez meses no dia
20 de fevereiro de 1920 Jacinta morreu no hospital em Lisboa. A menina ofereceu
o seu sofrimento pela conversão dos pecadores. Depois do falecimento dos irmãos
a fama de santidade deles se espalhou pelo mundo. Comovida Rute rezava aos
pastorzinhos pedindo suas intercessões a Deus naquele momento difícil.
Josias iria rezar ao Papai do Céu
pedindo a ajuda dele. Vários líderes religiosos transformaram Deus Pai em um
tirano afirmando se não seguirmos os ensinamentos do Criador os nossos
espíritos irão ao inferno quando morrermos. Outros são conformistas, pois
quando veem o sofrimento dos nossos semelhantes carentes cometam que serão
compensados quando morrerem, Deus os receberá no céu. Eles não fazem nada para
construírem um mundo mais fraterno. O Papai do Céu é amor e vida. Deseja ver os
seus filhos cuidando-se uns dos outros e apreciando a natureza. Emocionado
rezou o salmo 65, 2-4:
O Deus verdadeiro é assim
Ó Mestre, tu mereces um hino em
Sião.
Nós viemos aqui pagar as promessas,
Porque tu ouves as súplicas.
Todas as pessoas vêm a ti
Por causa de seus pecados.
Nossas faltas nos esmagam,
Mas tu perdoas nossas culpas.
Miquéias rezou a Jesus Cristo porque
amou tanto os seres humanos que morreu crucificado e ressuscitou no terceiro
dia para liberta-los do pecado. Em vez de amor e solidariedade muitos ensinam a
juventude a resolverem os seus problemas através da violência. Em muitos
bairros carentes as crianças e adolescentes sentiam fome, não possuíam
vestuário, sofriam preconceitos e discriminações. Além de não serem amados eram incentivados a
roubar. O finado irmão João admirava o chefe da quadrilha dos bandidos.
Emocionado Miquéias contou que a sua
avó Maria desde pequeno o levava na igreja, gostava de participar das
celebrações religiosas. O seu herói era Jesus Cristo, pois deixou belos
ensinamentos e boas ações, acolheu doentes, prostitutas, pecadores, os
excluídos da sociedade. Recitou o sermão da montanha: Jesus viu as multidões,
subiu à montanha e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, e Jesus começou a
ensina-los: “Felizes os pobres em espirito, porque deles é o Reino do Céu. Felizes
os aflitos, porque serão consolados. Felizes os que têm fome e sede de justiça,
porque serão saciados. Felizes os puros de coração, porque verão a Deus.
Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. Felizes os
que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino do Céu.
Felizes vocês, se forem insultados e perseguidos, e se disserem todo tipo de
calúnia contra vocês, por causa de mim. Fiquem alegres e contente, porque será
grande para vocês a recompensa no céu. Do mesmo modo perseguiram os profetas
que vieram antes de vocês”’ (Mt 5, 1-12).
Veronica parabenizou os alunos pelas
belas mensagens. Achava melhor começarem a rezar as orações do Pai-Nosso e
Ave-Maria. Passadas umas três horas ouviram o barulho de um veículo e dois
homens conversando sobre o desmoronamento da casa velha. Aflitos gritaram
pedindo ajuda. O gerente da fazenda chamou os bombeiros, com a ajuda de alguns
funcionários retiraram os entulhos. Após trinta minutos conseguiram tirar as
madeiras velhas que cobriam a entrada do porão. Ajudaram os jovens e a
professora saírem deste lugar. Eles foram levados ao hospital, apesar do susto
estavam bem. O dono da fazenda os convidou para almoçarem naquele lugar no
próximo final de semana acompanhados de seus familiares. No domingo às dez
horas dirigiram-se a igreja para participarem da celebração religiosa.
Veronica, Ester, Rute, Josias e Miquéias agradeceram a Santíssima Trindade por
tê-los socorridos naquele temporal. Emocionados recitaram O cântico de Maria:
“Minha alma proclama a grandeza do
Senhor,
Meu espirito se alegra em Deus, meu
salvador.
Porque
olhou para a humilhação de sua serva.
Doravante todas as gerações me
felicitarão,
Porque o Todo-Poderoso realizou
grandes obras em meu favor:
Seu nome é santo, e sua misericórdia
chega aos que o temem, de geração em geração.
Ele realiza proezas com seu braço:
Dispersa os soberbos de coração,
derruba do trono os poderosos e eleva os humildes;
Aos famintos enche de bens, e
despede os ricos de mãos vazias.
Socorre Israel, seu servo,
lembrando-se de sua misericórdia,
- Conforme prometera aos nossos pais
- em favor de Abraão e de sua descendência para sempre” (Lc 1, 46-56).
CONTO SOLICITAÇÃO PEIDOSA
César com dez anos passou o carnaval na casa de sua avó paterna dona
Isabel. Esta senhora morava na cidade de Ibitinga, procurava agradar os netos.
Apesar da diversão César sentia saudades de sua mãe Simone. O pai dele
chamava-se Walter. Há onze anos depois de alguns encontros amorosos ela ficou
gravida. Então foi morar na casa do namorado, mas o casal discutiu bastante.
Passados os nove meses da gravidez Simone teve um menino. Chamaram-no de César.
Depois de alguns meses inconformado com as brigas Walter se apaixonou por
Marina. Chateado terminou o relacionamento com a mãe de seu filho. Simone foi
morar na casa se sua irmã Lúcia na cidade de Araraquara.
Após um ano Marina
ficou gravida e se casou com Walter. A filha deles chamava-se Lílian, tinha
oito anos. César retornou a sua casa. Contente abraçou a mãe Simone. Sorrindo
aquela mulher comentou ter encontrado o seu príncipe encantado Bruno. Ela
ligava direito ao namorado, ignorava o próprio filho. Na sexta-feira mandou o
menino telefonar ao pai, obrigou-o a inventar que estava doente e precisava de
dinheiro para comprar remédios.
Chateado Walter depositou uma determinada quantia de dinheiro na conta
do banco de Simone. No sábado cedo ela foi na loja e comprou um vestido e o par
de sandálias novas. A seguir dirigiu-se ao salão de beleza, pois a noite iria no
baile com o namorado Bruno. As 16h levou o filho na casa de sua irmã Lúcia para
brincar com o primo Mateus. Naquela noite César ficaria hospedado na casa da
tia. Contentes as 22h o casal se dirigiu ao baile. Naquele evento tomaram
bastante bebidas alcoólicas. No domingo as 3h decidiram retornarem para casa.
Embriagado Bruno dirigia o carro. Ele não respeitou a preferencial e bateu num
caminhão. O veículo saiu da estrada, entrou no mato, após colidir na árvore
pegou fogo. Simone e o namorado não conseguiram sair do carro e morreram
naquele acidente.
No domingo as 8h30m dois policiais se dirigiram a casa de Lúcia,
comentaram do acidente de carro. Aquela mulher chorou desesperada por ter
perdido a irmã. Depois de providenciarem o velório de Simone inconformado César
chorou por ter perdido a sua amada mãe. Sepultaram o corpo dela no cemitério.
Walter estava viajando com sua família a outra cidade, não conseguiu ir no
enterro de sua ex-companheira.
César retornou chorando a casa de sua tia Lúcia, desesperado desejava
abraçar a mamãe. Na segunda-feira o menino não foi a escola por estar abalado
psicologicamente. Walter visitou o filho e tentou conforta-lo. Lúcia o convidou
para almoçar, durante a refeição César comeu pouca comida. A seguir pegou o
telefone celular, desejando se aliviar do sofrimento jogava aquele novo jogo.
Lúcia contou que Simone estava desempregada e tinha várias dividas.
Chateada afirmou não ter condições financeiras para cuidar do sobrinho. Walter
decidiu leva-lo a sua casa no próximo final de semana. Desanimado ele retornou
a Ibitinga, conversou com a esposa, César ficou órfão de mãe e iria morar
naquela residência. Marina o abraçou, tentaria apoiar o menino naquele momento
difícil.
No domingo chorando César comentou que não mudaria de cidade, pois
estava sofrendo por ter perdido a sua mãe, nunca ficaria longe do primo Mateus.
Depois de abraça-lo Walter afirmou ama-lo porque era um menino bonito, de cor
branca com cabelos e olhos castanhos. Apesar do sofrimento a vida continuava,
gostaria de apoia-lo naquele momento difícil. Pai e filho conversaram por mais
de duas horas, mais conformado o menino decidiu ir morar na casa daquele homem.
Walter e César chegaram em Ibitinga as 19h20m. Contente a avó Isabel
abraçou o neto. Marina e Lílian também o abraçaram. A seguir levaram-no ao
quarto dele. Contente ele colocou a sua mochila na cama. Passados vinte minutos
foram jantar, Walter contou ter sofrido quando perdeu o seu pai a quinze anos.
Por sorte a sua mãe maravilhosa além de ama-lo sempre lhe ajudou quando
precisou. Este homem trabalhava numa construtora e Marina no supermercado. A
avó ajudava a cuidar dos netos.
Na segunda-feira depois do almoço Isabel acompanhou Lílian e César até a
escola. O menino estudava no quinto ano do ensino fundamental. Sorrindo a
professora Fabiana o acolheu na sala de aula e lhe apresentou aos outros
alunos. Apesar do apoio aquele garoto procurava se isolar e jogava jogos no
telefone celular. Passaram-se vinte dias, Isabel estava triste porque o neto
não arrumava a própria cama. Na escola ignorava as aulas, não fazia os deveres
escolares.
Querendo anima-lo ela contou a vida de Nelsinho Santana. O menino nasceu
no dia 31 de julho de 1955 em Ibitinga. Como tinha câncer no braço com sete
anos ele sofreu uma queda, devido aos ferimentos no ombro esquerdo o seu braço
foi amputado. Até os nove anos aquele bondoso garoto morou na Santa Casa de
Araraquara e fez a sua primeira comunhão. Nelsinho anunciou previamente a sua
partida deste mundo, faleceu no dia 24 de dezembro de 1964 naquele hospital.
Sepultaram-no no cemitério São Bento, inúmeras pessoas visitavam o tumulo dele
agradecendo aos pedidos alcançados. No dia 24 de outubro de 2011 exumaram o
corpo de Nelsinho e o transferiram a Igreja Matriz do Senhor Bom Jesus. Apesar
de sua doença e sofrimento Nelsinho Santana sempre confortava as outras
pessoas.
Chateado César achava cansativo estudar, preferia divertir-se com os
jogos. O dono de uma livraria visitou a escola onde o menino estudava. Doou
inúmeros exemplares do livro ilustrado A Cartilha dos Nativos de José de
Anchieta. A professora Fabiana incentivou os alunos a lerem esta obra. Ela
comentou que o padre José de Anchieta (1534-1597) dedicou-se a educação e
catequizou os indígenas. Também os defendeu dos abusos de determinados
colonizadores que desejavam escravizá-los e sequestrarem as suas mulheres e
filhos. No livro A Cartilha dos Nativos o padre defendeu a moral religiosa
católica e os costumes indígenas preocupado em separar o bem do mal.
O menino quando entrou no seu quarto colocou aquele livro na pequena
estante junto com outras obras. Ele pensava no ovo de Páscoa que ganharia no
próximo domingo. No sábado Lílian foi convidada para ir na festa de aniversário
de Sara, amiga da escola. Marina convidou César para acompanha-las naquele
evento. As 15h eles chegaram no clube, pois neste local fizeram a festa. Todas
as crianças estavam se divertindo, o menino não quis ir brincar com os outros garotos.
Pois ficou sentado numa cadeira jogando jogos no telefone celular. Lílian o
chamou para parabenizarem a aniversariante. Quando ele precisou ir no banheiro
alguns meninos o chamaram de esquisito e maluco. Após o humilharem saíram da
toalete, quieto César chorou amargurado. Entristecido ficou sentado no banco
sozinho perto da piscina. Marina e sua filha se divertiram no evento e não
perceberam o sofrimento dele.
Durante o jantar a menina contou ao pai as suas brincadeiras na festa de
aniversário. César comeu pouca comida, como estava com dor de cabeça dirigiu-se
ao quarto as 21h. Quando se deitou na cama pegou uma fotografia de sua mãe,
chorando desejou morrer. Passado algum tempo cansado dormiu. Durante a
madrugada ele acordou ouvindo um barulho na sala. Sentindo medo dirigiu-se a
aquele cômodo. Após acender a luz viu um menino de nove anos sentado no sofá.
Então perguntou o nome dele e por que estava na sua casa.
O outro garoto chamava-se Nelsinho Santana. César lembrou-se do menino
bondoso, perguntou se veio avisa-lo que em breve morreria. Nelsinho comentou
como ele era jovem viveria muitos anos. Entristecido César afirmou ser infeliz
porque perdeu a sua mãe além de ser humilhado por outras crianças. Nelsinho
tentou conforta-lo, pois a avó Isabel e o pai Walter o amavam. Mas se sentir
sozinho deveria lembrar que Jesus Cristo e o Pai Eterno além de ama-lo cuidavam
dele.
César perguntou o que deveria fazer para ser feliz na vida. Nelsinho
respondeu que deveria amar a si mesmo, a Deus e os semelhantes. Todos se
admiram como Jesus Cristo multiplicou os pães e peixes, mas poucos comentam
sobre o menino que ofereceu cinco pães de cevadas e dois peixes para o Messias
fazer aquele milagre. Se você ajudar o próximo e colaborar com as outras
pessoas sentira paz de espirito e encontrará a verdadeira felicidade.
Angustiado o menino achou muito difícil esta missão.
Nelsinho Santana falou esta mensagem: “Portanto não fiquem preocupados
dizendo: O que vou comer? O que vamos beber? O que vamos vestir? Os pagãos é
que ficam procurando essas coisas. O Pai de vocês, que está no céu sabe que
vocês precisam de tudo isso. Pelo contrário, em primeiro lugar busquem o Reino
de Deus e a sua justiça, e Deus dará a vocês, em acréscimo, todas essas coisas.
Portanto, não se preocupem com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã terá suas
preocupações. Basta a cada dia a própria dificuldade”. (Mt 7, 31-34)
Após falar essas palavras Nelsinho desapareceu, César começou a
procura-lo. Surpreso ele acordou, refletiu a mensagem do sonho. Havia clareado
o dia, como a sua família estava dormindo viu o livro A Cartilha dos Nativos de
José de Anchieta. Animado começou a ler esta obra.
A avó Isabel levantou-se da cama as 8h30m, enquanto ela fazia o café
César dirigiu-se a cozinha. Depois de cumprimenta-la gostaria de ir à Igreja
Matriz do Senhor Bom Jesus. Surpresa aquela senhora iria à missa as 10h, o
menino iria acompanha-la naquela cerimônia religiosa. Emocionado entrou na
igreja, surpreso viu como as pessoas agradeciam a Nelsinho Santana pelas graças
alcançadas. Contente ele o agradeceu pela bela mensagem e tentaria seguir os
exemplos dele. Terminada a missa junto com sua avó retornou para casa. A tia
Lúcia e seu filho foram visita-los, Walter os convidou para almoçarem naquela
residência. César no domingo de Páscoa brincou com a irmã Lílian e o primo
Mateus. Sorrindo ele abraçou os seus familiares, comentou como os amava. Pois
precisava do amor deles para ser feliz na vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário