Apavorada Cleide falou:
- Eu nunca faria esta barbaridade com
Elisa, a última coisa que me lembro é que nós duas bebemos o suco de laranja,
sentimos sono e nos deitamos na cama para dormirmos.
Um dos policiais enquanto algemava as
suas mãos falou:
- Se você não tivesse feito nada a aquela
menina como foi que as suas impressões digitais apareceram nos cigarros que
queimaram Elisa Querino?
- Além disso, quando os pais daquela
criança chegaram em casa lhe encontraram deitada e dormindo no sofá, falou o
outro policial.
Os dois policiais levaram Cleide algemada
a delegacia. Assim que chegaram neste lugar o delegado fez várias perguntas, a
moça não soube responder nenhuma e chorava sem parar. Depois que a interrogaram
tiraram várias fotografias dela, suas impressões digitais e prenderam em uma
cela junto com outras mulheres. Cleide desesperada jamais sabia explicar quem
fez aquela barbaridade com Elisa. A única coisa que tinha certeza é que nada
fez a menina, mas não sabia como provar a sua inocência. Quando clareou o dia
os habitantes da cidade ficaram horrorizados porque torturaram aquela criança. Várias
pessoas foram protestar defronte a delegacia e pediam a punição daquela criminosa.
Às oito horas e vinte minutos Emílio foi visita-la, chorando Cleide o abraçou e
falou:
- Elisa corre risco de vida? Ela esta
sofrendo muito com as queimaduras feitas com o cigarro?
- A menina vai sobreviver, o doutor falou
que será necessário fazer cirurgia plástica no rosto de Elisa porque as
queimaduras deformaram a pele dela, respondeu Emílio.
- Eu nunca tive coragem de maltratar
aquela adorável menina, falou Cleide chorando.
- Cleide eu acredito na sua inocência,
alguém quis se vingar de você e deseja culpa-la por este crime, falou Emílio.
- Agora que o delegado pediu a minha
prisão preventiva não terei chance de provar a minha inocência, falou Cleide.
- Acalme-se garota porque investigarei
esse caso e tentarei encontrar quem cometeu este crime, falou Emílio.
Cleide o abraçou e lhe agradeceu porque
confiou em sua palavra. Os dois se despediram, quando Emílio saiu da delegacia
ele se dirigiu a casa de Elisa Querino. A mãe dela estava no hospital junto com
a filha. Douglas estava no jardim plantando um pé de flor. O rapaz se aproximou
do menino e falou:
- Bom dia Douglas.
Chateado o menino respondeu:
- Bom dia Emílio.
- Você acredita que Cleide teve a coragem
de fazer aquela barbaridade com a sua irmã? Perguntou Emílio.
- Os policiais encontraram as impressões
digitais de Cleide nos cigarros que queimaram a minha irmã, respondeu Douglas.
- Estou achando que alguém fez alguma
armação para se vingar de Cleide, falou Emílio.
- Emílio, por favor, venha ao meu quarto porque
mostrarei o novo papagaio que fiz na semana passada, falou Douglas.
O rapaz acompanhou Douglas até o quarto
dele, o menino fechou a porta e janela, depois abriu uma gaveta do
guarda-roupa, pegou algo que estava embrulhado no lenço branco e tremendo de
medo falou:
- Quando fui plantar a flor no jardim encontrei
isto perto do pé de rosa.
Douglas desembrulhou o lenço e Emílio viu
um broche com duas estrelas, uma era da cor branca e a outra vermelha. O rapaz
sorrindo falou:
- Este broche deve pertencer ao criminoso
que queimou Elisa com o cigarro.
- Por favor, não conte a ninguém que eu
encontrei esse broche senão aquele bandido vai querer me matar, falou Douglas.
- Douglas confie em mim, me entregue este
objeto porque vou entrega-lo ao policial Júlio para encontrar o criminoso que
provocou tanto sofrimento na sua irmã, falou Emílio.
O menino pensou um pouco, então embrulhou
o broche no lenço e o entregou na mão direita do Emílio falando:
- Este criminoso deve trabalhar no
shopping center Super Star.
- Apenas lhe garanto que aquele bandido
não é a Cleide, falou Emílio.
Depois que conversaram por mais alguns
minutos Emílio se despediu do Douglas e
foi embora daquela casa. O rapaz telefonou ao policial Júlio, pois precisavam
conversar, aquele homem pediu para ele ir a residência dele. Os dois se
dirigiram ao escritório. Emílio mostrou o broche que Douglas encontrou no
jardim. Júlio pegou este objeto enrolado no lenço, tentaria descobrir quem era
o seu dono e investigaria a vida daquela pessoa. Preocupado o rapaz pediu ao
policial para não contar a ninguém como conseguiu encontrar esse símbolo do
shopping center porque poderiam colocar em risco a vida do menino. Sorrindo o
policial pediu para ele se acalmar porque sempre foi um homem discreto e nada
aconteceria com aquela criança.
O policial Júlio inventou uma desculpa,
foi ao laboratório, pediu para analisarem e verem se encontravam alguma
impressão digital naquele boche. As dezessete horas e quarenta minutos Sônia
uma grande amiga dele que trabalhava no laboratório telefonou informando terem
encontrado a impressão digital do lindo Gabriel Nucci. Aquele rapaz se tornou
suspeito porque no dia anterior foi à cidade de São Paulo e retornou a Camomila
às dez horas. Então o policial começou a investigar, queria saber como o broche
daquele cara foi parar no jardim da casa do senhor Adão Querino.
O suspeito estava desde as quinze horas
no shopping center, Júlio pediu a um amigo para vigia-lo. Às dezoito horas
Gabriel se dirigiu a sua residência, tomou banho e jantou. Às vinte horas ele retornou
ao shopping center, passada uma hora foi ao estacionamento, entrou no automóvel
dele e foi embora. O policial Júlio dirigindo a sua moto discretamente começou
a persegui-lo. Em vez dele retornar a cidade, dirigiu o veiculo por uns quatro
quilômetros na pista, entrou em uma
estrada de terra e dirigiu o carro mais quinze minutos. Gabriel estacionou o
automóvel, ficou parado por uns três minutos. Do outro lado da estrada se
aproximou outro veiculo e estacionou ao lado dele. O vidro do segundo carro se
abriu e uma mulher falou:
- Gabriel você trouxe o dinheiro que eu
pedi?
- Os cinquenta mil dólares estão nesta
maleta, respondeu Gabriel.
- Naquele cd Gabriel esta gravado como
você descreveu com o maior prazer todas as maldades praticadas, falou a mulher.
- Lilly estou perdendo a minha paciência,
por favor, me entregue logo o cd, falou Gabriel.
- Antes de obedecer as suas ordens me
entregue o dinheiro, falou Lilly.
Gabriel abriu a maleta, com sua mão direita
a jogou fora do veiculo e o dinheiro ficou espalhado no chão, Lilly brava jogou
o cd no automóvel dele e falou:
- Cachorro! Você sempre adorou humilhar
as pessoas.
- Alguém sabe que você veio se encontrar
comigo? Perguntou Gabriel.
Aquela mulher havia saído do automóvel,
enquanto ela pegava o dinheiro que estava no chão respondeu:
- Não, agora que tenho esta grana
desaparecerei da sua vida e desta cidade para sempre.
Ele deu uma gargalhada, abriu o
porta-luvas do seu automóvel, pegou um revolver, o apontou para Lilly e falou:
- Mulher você desaparecerá da minha vida,
mas não levará o meu dinheiro embora.
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