quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Capitulo 5 - A Prisão de Cleide


Apavorada Cleide falou:
- Eu nunca faria esta barbaridade com Elisa, a última coisa que me lembro é que nós duas bebemos o suco de laranja, sentimos sono e nos deitamos na cama para dormirmos.
Um dos policiais enquanto algemava as suas mãos falou:
- Se você não tivesse feito nada a aquela menina como foi que as suas impressões digitais apareceram nos cigarros que queimaram Elisa Querino?
- Além disso, quando os pais daquela criança chegaram em casa lhe encontraram deitada e dormindo no sofá, falou o outro policial.
Os dois policiais levaram Cleide algemada a delegacia. Assim que chegaram neste lugar o delegado fez várias perguntas, a moça não soube responder nenhuma e chorava sem parar. Depois que a interrogaram tiraram várias fotografias dela, suas impressões digitais e prenderam em uma cela junto com outras mulheres. Cleide desesperada jamais sabia explicar quem fez aquela barbaridade com Elisa. A única coisa que tinha certeza é que nada fez a menina, mas não sabia como provar a sua inocência. Quando clareou o dia os habitantes da cidade ficaram horrorizados porque torturaram aquela criança. Várias pessoas foram protestar defronte a delegacia e pediam a punição daquela criminosa. Às oito horas e vinte minutos Emílio foi visita-la, chorando Cleide o abraçou e falou:
- Elisa corre risco de vida? Ela esta sofrendo muito com as queimaduras feitas com o cigarro?
- A menina vai sobreviver, o doutor falou que será necessário fazer cirurgia plástica no rosto de Elisa porque as queimaduras deformaram a pele dela, respondeu Emílio.
- Eu nunca tive coragem de maltratar aquela adorável menina, falou Cleide chorando.
- Cleide eu acredito na sua inocência, alguém quis se vingar de você e deseja culpa-la por este crime, falou Emílio.
- Agora que o delegado pediu a minha prisão preventiva não terei chance de provar a minha inocência, falou Cleide.
- Acalme-se garota porque investigarei esse caso e tentarei encontrar quem cometeu este crime, falou Emílio.
Cleide o abraçou e lhe agradeceu porque confiou em sua palavra. Os dois se despediram, quando Emílio saiu da delegacia ele se dirigiu a casa de Elisa Querino. A mãe dela estava no hospital junto com a filha. Douglas estava no jardim plantando um pé de flor. O rapaz se aproximou do menino e falou: 
- Bom dia Douglas.
Chateado o menino respondeu:
- Bom dia Emílio.
- Você acredita que Cleide teve a coragem de fazer aquela barbaridade com a sua irmã? Perguntou Emílio.
- Os policiais encontraram as impressões digitais de Cleide nos cigarros que queimaram a minha irmã, respondeu Douglas.
- Estou achando que alguém fez alguma armação para se vingar de Cleide, falou Emílio.
- Emílio, por favor, venha ao meu quarto porque mostrarei o novo papagaio que fiz na semana passada, falou Douglas.
O rapaz acompanhou Douglas até o quarto dele, o menino fechou a porta e janela, depois abriu uma gaveta do guarda-roupa, pegou algo que estava embrulhado no lenço branco e tremendo de medo falou:
- Quando fui plantar a flor no jardim encontrei isto perto do pé de rosa.
Douglas desembrulhou o lenço e Emílio viu um broche com duas estrelas, uma era da cor branca e a outra vermelha. O rapaz sorrindo falou:
- Este broche deve pertencer ao criminoso que queimou Elisa com o cigarro.
- Por favor, não conte a ninguém que eu encontrei esse broche senão aquele bandido vai querer me matar, falou Douglas.
- Douglas confie em mim, me entregue este objeto porque vou entrega-lo ao policial Júlio para encontrar o criminoso que provocou tanto sofrimento na sua irmã, falou Emílio.
O menino pensou um pouco, então embrulhou o broche no lenço e o entregou na mão direita do Emílio falando:
- Este criminoso deve trabalhar no shopping center Super Star.
- Apenas lhe garanto que aquele bandido não é a Cleide, falou Emílio.
Depois que conversaram por mais alguns minutos Emílio se  despediu do Douglas e foi embora daquela casa. O rapaz telefonou ao policial Júlio, pois precisavam conversar, aquele homem pediu para ele ir a residência dele. Os dois se dirigiram ao escritório. Emílio mostrou o broche que Douglas encontrou no jardim. Júlio pegou este objeto enrolado no lenço, tentaria descobrir quem era o seu dono e investigaria a vida daquela pessoa. Preocupado o rapaz pediu ao policial para não contar a ninguém como conseguiu encontrar esse símbolo do shopping center porque poderiam colocar em risco a vida do menino. Sorrindo o policial pediu para ele se acalmar porque sempre foi um homem discreto e nada aconteceria com aquela criança. 
O policial Júlio inventou uma desculpa, foi ao laboratório, pediu para analisarem e verem se encontravam alguma impressão digital naquele boche. As dezessete horas e quarenta minutos Sônia uma grande amiga dele que trabalhava no laboratório telefonou informando terem encontrado a impressão digital do lindo Gabriel Nucci. Aquele rapaz se tornou suspeito porque no dia anterior foi à cidade de São Paulo e retornou a Camomila às dez horas. Então o policial começou a investigar, queria saber como o broche daquele cara foi parar no jardim da casa do senhor Adão Querino.
O suspeito estava desde as quinze horas no shopping center, Júlio pediu a um amigo para vigia-lo. Às dezoito horas Gabriel se dirigiu a sua residência, tomou banho e jantou. Às vinte horas ele retornou ao shopping center, passada uma hora foi ao estacionamento, entrou no automóvel dele e foi embora. O policial Júlio dirigindo a sua moto discretamente começou a persegui-lo. Em vez dele retornar a cidade, dirigiu o veiculo por uns quatro quilômetros na pista,  entrou em uma estrada de terra e dirigiu o carro mais quinze minutos. Gabriel estacionou o automóvel, ficou parado por uns três minutos. Do outro lado da estrada se aproximou outro veiculo e estacionou ao lado dele. O vidro do segundo carro se abriu e uma mulher falou: 
- Gabriel você trouxe o dinheiro que eu pedi?
- Os cinquenta mil dólares estão nesta maleta, respondeu Gabriel.
- Naquele cd Gabriel esta gravado como você descreveu com o maior prazer todas as maldades praticadas, falou a mulher.
- Lilly estou perdendo a minha paciência, por favor, me entregue logo o cd, falou Gabriel.
- Antes de obedecer as suas ordens me entregue o dinheiro, falou Lilly.
Gabriel abriu a maleta, com sua mão direita a jogou fora do veiculo e o dinheiro ficou espalhado no chão, Lilly brava jogou o cd no automóvel dele e falou:
- Cachorro! Você sempre adorou humilhar as pessoas.
- Alguém sabe que você veio se encontrar comigo? Perguntou Gabriel.
Aquela mulher havia saído do automóvel, enquanto ela pegava o dinheiro que estava no chão respondeu:
- Não, agora que tenho esta grana desaparecerei da sua vida e desta cidade para sempre.
Ele deu uma gargalhada, abriu o porta-luvas do seu automóvel, pegou um revolver, o apontou para Lilly e falou:
- Mulher você desaparecerá da minha vida, mas não levará o meu dinheiro embora. 

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