quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Capitulo 3 - Terrível Dor e Sofrimento


Desesperada Cleonice falou:
- Eu detestei esta sua brincadeira de mal gosto.
- Infelizmente estou falando a verdade, eu fiquei desesperado quando descobri que você Cleonice se tornou amante do próprio filho, falou Edemilson.
Sentindo dor e ódio Cleonice deu um tapa no rosto de Edemilson e chorando falou:
- Cachorro você é o culpado por ter acontecido esta desgraça porque desapareceu com o meu filho e nunca me enviou noticias dele.
- Acalme-se Cleonice porque fiquei por mais de vinte e cinco anos afastado do nosso filho, quando tentei me aproximar dele descobri que estava acontecendo esta desgraça na vida dele, falou Edemilson.
- Wilian vai me odiar quando descobrir toda a verdade, falou Cleonice.
- Pare de se torturar Cleonice porque quando nasceu esse menino você não tinha condições financeiras para criá-lo. O culpado disto sou eu porque tinha esposa e filhos, mas enganei uma pobre moça para me divertir nesta vida, falou Edemilson.
- Apesar de ser dolorido preciso criar coragem e contar a verdade ao Wilian, falou Cleonice.
- Cleonice me perdoe por ter destruído a sua vida, falou Edemilson.
- Eu também sou culpada porque tive medo e abandonei o meu próprio filho, falou Cleonice chorando.
Os dois conversaram por mais alguns minutos, Cleonice contaria a verdade ao seu filho. Edemilson lhe entregou o número do seu telefone celular e pediu para telefonar a ele porque tinha vontade de conversar com o rapaz. Depois que se despediram entre lágrimas aquela mulher telefonou a Cleide, comentou  estar com um sério problema e precisava conversar com sua filha para desabafar as magoas. A moça achou estranho o comportamento de sua mãe e combinaram que se encontrariam dentro de vinte minutos em frente da farmácia. No horário combinado Cleonice se encontrou com a sua filha, chorando a abraçou, precisavam conversar em particular onde ninguém as conhecia. Cleide pediu para ela entrar no automóvel, pois a levaria na cachoeira da cidade. Passados quinze minutos chegaram neste local, assim que saíram do veiculo se sentaram em um banco, Cleonice contou o grande segredo da sua vida. A moça ficou espantada e assustada quando soube que  Wilian era seu irmão e filho de sua mãe. Emocionada abraçou-a, deveria contar a verdade ao rapaz. Quando faltavam vinte minutos para Cleide entrar no serviço retornaram a Camomila. Assim que Cleonice chegou em casa telefonou ao restaurante avisando que não poderia ir trabalhar porque estava com uma forte dor de cabeça. As vinte e uma horas e vinte minutos Wilian chegou na residência trazendo um lindo vaso de flor. Assim que ele abriu a porta falou:
- Cleonice meu amor senti muita saudade de você.
Ela estava deitada na cama, assim que ouviu a voz do rapaz ficou amargurada e se levantou da cama. Chorando abriu a porta do quarto e abraçou Wilian dizendo:
- Depois que eu lhe contar a verdade talvez nunca mais vai querer os meus carinhos.
Espantado Wilian falou:
- Por acaso você me traiu com outro homem?
- O que eu fiz foi muito pior do que isto, respondeu Cleonice.
Assustado Wilian falou:
- Por favor, me conte logo o que esta acontecendo.
- Acalme-se Wilian, vamos nos sentar no sofá porque vou lhe contar toda a verdade, falou Cleonice.
- A pior coisa que pode acontecer na minha vida é perder a companhia da mulher que eu amo tanto, falou Wilian.
Angustiada Cleonice falou:
- Quando eu tinha catorze anos fui à cidade de Jaú ajudar a cuidar de minha finada avó paterna porque estava muito doente. Eu gostei muito de morar naquele local, passados alguns dias conheci um lindo caminhoneiro que se chamava Edemilson Malta. Ele foi o primeiro homem com quem tive relação sexual. Passado algum tempo engravidei, quando contei esta novidade para ele apavorado me contou que não podia assumir a paternidade desta criança porque já era casado e tinha três filhos. Eu disfarcei e nenhum dos meus familiares percebeu a minha gravidez. Quando o meu filho nasceu concordei com aquele homem que deveríamos entrega-lo a uma família para adota-lo.
Cleonice começou a chorar amargamente, então Wilian a abraçou e falou:
- Se você não tinha condições de criar o seu filho a sua decisão foi correta.
- Depois de vinte e oito anos Edemilson Malta me procurou novamente e contou que você Wilian Lima é o nosso filho, falou Cleonice chorando.
Nervoso e sentindo raiva Wilian falou:
- Isto é mentira, aquele homem sentiu inveja da nossa felicidade, contou esta calúnia para nos separar.
- Perdoe-me Wilian porque o abandonei quando você nasceu, nunca me perdoarei por ter sido tão insensível, falou Cleonice.
- Pare Cleonice, você não é a minha mãe, falou Wilian amargurado.
- Eu também fiquei desesperada quando descobri que você Wilian é o meu filho, como sou a sua mãe não podemos continuar nos comportando como marido e mulher, falou Cleonice chorando.
- Nunca permitirei que ninguém destrua o nosso grande amor, ainda provarei que aquele homem esta mentindo, falou Wilian.
Cleonice entregou ao rapaz um pedaço de papel e falou:
- Aqui neste papel esta marcado o número do telefone celular do Edemilson Malta, telefone para o seu pai vir conversar conosco.
- Eu odeio aquele homem, falou Wilian.
O rapaz telefonou várias vezes para aquele número, mas ninguém o atendeu. Passados dez minutos ele afirmou que no outro dia pediria ao seu amigo o policial Júlio para encontrar aquele homem. Entre lágrimas Cleonice comentou que a partir daquele dia os dois não poderiam mais dormir no mesmo quarto. Bravo Wilian se dirigiu ao quarto, pegou o travesseiro e o cobertor e dormiria no sofá. Angustiada Cleonice não dormiu nada durante a noite. No dia seguinte às sete horas telefonou ao Edemilson, mas ninguém atendeu a sua ligação. Passados quarenta minutos o rapaz bateu na porta do quarto e falou:
- Cleonice, por favor, venha à sala, pois precisamos conversar com você.
Ela se levantou da cama, colocou o robe, abriu a porta e foi à sala. Então Wilian a apresentou ao policial Júlio, depois que se cumprimentaram ele falou:
- Como se chama aquele homem que afirma ser o meu pai?
- O nome do seu pai é Edemilson Malta, respondeu Cleonice.
- Nossa! Na noite anterior as vinte e duas horas defronte do bar um motoqueiro invadiu a calçada e atropelou um homem que se chamava Edemilson Malta, falou o policial Júlio.
- Edemilson se machucou bastante? Perguntou Cleonice preocupada.
- Aquele acidente foi fatal, respondeu o policial Júlio.

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