domingo, 31 de dezembro de 2017

Capitulo 2 - O Novo Restaurante do Shopping Center

Wilian ficou surpreso com a ideia de Cleonice, a abraçou e falou:
- Querida você é uma pessoa incrível.
- Em vez de nós três ficarmos desempregados aqui em São Paulo poderíamos nos arriscar e começarmos uma nova vida na cidade Camomila, falou Cleonice.
- Mãe a sua ideia é ótima, Camomila fica perto das duas cidades de porte médio, falou Cleide.
- Pensem com calma e paciência, no próximo dia vocês dois me dirão quais serão as duas decisões, falou Cleonice.
No dia seguinte assim que acordou Wilian lhe avisou que junto com ela abriria um restaurante no shopping center de Camomila. Assim que esta mulher chegou à loja sua filha havia conversado com os donos da loja e os avisou que gostaria de trabalhar na nova filial deles.
Wilian e Cleonice telefonaram ao dono deste shopping center Saulo Nucci e lhe avisaram que gostariam de abrir um restaurante neste estabelecimento. Eles marcaram se encontrar com o empresário no sábado às onze horas. No dia e horário marcado este casal apaixonado se dirigiu ao shopping center e ficaram fascinados com o local A sala vazia que poderiam abrir o restaurante ficava no segundo andar, pelo preço do aluguel resolveram tornar real este sonho. Após uma semana começaram a providenciar as coisas que seriam necessárias para abertura do restaurante. Cleonice pediu ajuda a uma de suas amigas para ajuda-la na decoração deste estabelecimento.
Passou-se um mês, no sábado foi inaugurado o restaurante Bom Apetite. Neste mesmo dia foi inaugurada a loja que Cleide trabalharia e se chamava Araucária. Cleonice e Wilian alugaram uma casa na cidade Camomila, por enquanto Cleide moraria junto com esse casal. Assim que mudaram neste local fizeram amizade com os vizinhos, principalmente com o casal Adão e Eva que tinham dois filhos, o menino de dez anos se chamava Douglas e a menina  Elisa tinha oito anos. Cleide ficou impressionada com Gabriel filho do dono do shopping center. Aquele homem lindo era gerente de uma loja que vendia computadores e aparelhos eletrônicos. O garçom Emilio que trabalhava em outro restaurante se apaixonou pela moça. 
O grande símbolo deste shopping center era que todos os funcionários usavam um broche com duas estrelas. A primeira estrela era da cor branca com dois centímetros e meio de comprimento, a segunda estrela tinha um centímetro e meio de comprimento era da cor preferida do seu usuário. A Cleide escolheu as cores branca e preta, Cleonice escolheu as cores branca e a outra transparente, Wilian quis que a dele fosse das cores branca e verde. 
Passaram-se dois dias, no horário do almoço Gabriel se dirigiu a loja Araucária comprar uma camisa. Cleide ficou suspirando quando o viu e foi atendê-lo. Ele provou uma camiseta esporte e outra social, como essas roupas ficaram bem no seu corpo comprou as duas. Enquanto a moça fazia a nota fiscal ele falou:
- Esta loja é incrível, as suas funcionárias além de serem educadas são lindas.
- Obrigado pelo elogio, falou Cleide.
- O seu namorado deve estar sofrendo muito por ficar longe de você, falou Gabriel.    
- Eu não estou comprometida com ninguém, mas ouvi um comentário que todas as mulheres desta cidade desejam sair com o charmoso Gabriel, falou Cleide.
Sorrindo Gabriel falou:
- Será que eu poso inclui-la na minha lista de fãs?
- Não porque eu já arrumei um paquera no shopping center, respondeu Cleide.
Ele se dirigiu ao caixa, pagou a conta e foi embora da loja. A outra vendedora se aproximou de Cleide e falou:
- Você também esta apaixonada pelo lindo Gabriel, mas resolveu dar uma de difícil.
- Um homem lindo e rico como Gabriel nunca vai querer nada comigo, apenas deseja que eu sofra por sua causa, falou Cleide.
No dia seguinte no horário do jantar a moça faz a refeição no restaurante Bom Apetite. A sua mãe lhe atendeu com muito carinho, o mestre cuca Wilian com a sua comida deliciosa já havia conseguido uma boa freguesia a este estabelecimento. Quando ela passou defronte do outro restaurante sorrindo cumprimentou o garçom Emílio. Como ainda tinha vinte minutos de tempo livre Cleide subiu no último andar do shopping center e ficou olhando a beleza das vitórias-régias. Passados alguns minutos Gabriel se aproximou dela e perguntou:
- O seu paquera do shopping center é o garçom Emílio?
Como estava distraída ela se assustou e falou:
- Emílio além de ser meu amigo é um homem interessante.
- Já me falaram que além dele ser um bom garçom sabe lavar muito bem os pratos e garfos, falou Gabriel.
- Afinal você esta elogiando Emílio ou prefere humilha-lo além de zombar do seu serviço? Perguntou Cleide nervosa.
Sorrindo este homem falou:
- Cleide você fica linda quando esta nervosa.
 - Estou com vontade de dar um tapa na sua cara só não faço isto porque sou uma pessoa educada, falou Cleide.
- Se você me agredir as mulheres desta cidade lhe darão uma sura, falou Gabriel rindo.
- Convencido! Falou Cleide e foi embora dali.
No sábado enquanto Cleide estava trabalhando na loja um rapaz apareceu neste lugar e lhe entregou uma pequena caixa. Ela a abriu e havia ganhado um lindo botão de rosa da cor vermelha com um bilhete: Cleide resolvi lhe enviar esta linda rosa para ver se adoço a abelha brava, Gabriel.
Apesar de nervosa ela tentou disfarçar e falava consigo mesmo:
- Eu detesto este homem convencido e implicante.
Quando terminou o seu horário de serviço Cleide se dirigiu ao estacionamento dos automóveis. Ansiosa ficou neste lugar por uns vinte minutos, no momento que viu Gabriel se aproximou dele e falou:
- Cara vim até este estacionamento para devolver a sua rosa.
Quando ela acabou de falar essas palavras jogou o botão de rosa nos pés dele. Rindo Gabriel falou:
- Você esta disfarçando e dando uma de difícil, mas esta querendo provar o gosto dos meus beijos.
- Cara, por favor, me esqueça, falou Cleide.
Assim que ela falou isto saiu correndo dali. Por sorte conseguiu pegar o último ônibus para voltar a cidade. O ponto de ônibus que Cleide desceu ficava a duas quadras de sua casa. Enquanto atravessava a rua pararam um automóvel na frente dela. A porta do carro se abriu e saiu Gabriel falando:
- Garota nós não terminamos aquela nossa conversa do estacionamento.
Furiosa Cleide falou:
- Convencido agora darei aquele tapa no seu rosto.
No momento que Cleide tentou agredi-lo ele segurou as duas mãos dela e falou:
- Agora provarei que você esta louca por mim.
Então Gabriel beijou a boca dela. Quando pararam de se beijar ele a desabraçou, afastou-se dois metros e falou:
- Cleide como sou um homem generoso lhe darei duas oportunidades: você pode dar um tapa no meu rosto que não reagirei ou me dê outro beijo ardente.
Confusa ela ficou parada por alguns segundos, então deu um forte abraço no Gabriel e beijou a boca dele. Terminado o beijo ela falou:
- Gabriel sou louca por você.
- Nenhuma mulher consegue resistir ao meu charme, falou Gabriel e a beijou novamente.
No domingo quando Cleide acordou no seu quarto falou sozinha:
- Eu sonhei a noite inteira com Gabriel.
Cleide se levantou da cama, vestiu uma bermuda e a camiseta e se dirigiu a cozinha tomar o café da manhã. Quando terminou esta refeição um motoboy estacionou a moto em frente da sua casa e apertou a campainha. Ela abriu a porta e o rapaz lhe entregou um lindo buque com doze rosas, no pequeno envelope tinha um cartão que estava escrito essas palavras: Gata resolvi lhe enviar essas rosas para os seus beijos sempre serem doces, Gabriel.
- Finalmente viverei uma grande paixão!
Cleide e Gabriel se encontravam todos os dias, pois estavam namorando. A moça percebeu que aquele homem era o grande amor de sua vida. Na terça-feira as oito horas da manhã ele telefonou pediu para se encontrarem dentro de trinta minutos na praça do centro da cidade. Emocionada Cleide se produziu e no horário marcado se dirigiu ao lugar combinado, quando o viu contente abraçou-o. Friamente Gabriel falou:
- Você é uma moça legal, mas  precisamos ter uma conversa séria.
Amargurada Cleide falou:
- Meu amor será que eu fiz alguma coisa errada que o deixou irritado?
- Não, infelizmente quando acordei percebi que aquela louca paixão que sentia por você Cleide acabou, respondeu Gabriel.
Algumas lágrimas saíram dos olhos da moça enquanto falava:
- Gabriel você deve estar enganado porque ontem ouvi várias vezes as suas declarações amorosas.
- Eu curti muito a nossa aventura amorosa, mas como um bom sorvete chegou ao fim e acabou, falou Gabriel.
- Além de você ser lindo e convencido parece ser achei um homem insensível porque fala naturalmente e não se preocupa com a destruição do meu coração, falou Cleide.
- Sinto muito pelo seu sofrimento, apenas ouça o meu conselho em vez de ficar chorando por mim procure um cara que goste de você e deseja ficar do seu lado, falou Gabriel.
- Ainda o amo demais, jamais desistirei de tentar conquistar o seu coração, falou Cleide e saiu correndo da praça.
Quando Cleide chegou a casa se trancou no quarto, deitou-se na cama e chorou bastante. Passados quarenta minutos ela se levantou da cama abriu o guarda-roupa, pegou uma folha de papel sulfite, com uma caneta azul escreveu a seguinte mensagem: Gabriel nunca mais na sua vida aparecerá outra mulher que o ame como eu. Por favor, dê mais uma chance ao nosso romance, Cleide Germano.
As treze horas e quarenta minutos ela se dirigiu ao shopping center trabalhar na loja. No seu horário livre disfarçava e de longe apreciava a beleza do amado. Quando terminou o seu trabalho se dirigiu ao estacionamento e colocou o bilhete no para-brisa do automóvel dele. Passados oito minutos ele chegou perto do carro, leu a mensagem, rindo amassou aquele pedaço de papel e o jogou no lixo. Então falou alto:
- Mulher me esqueça e larga do meu pé.
Ao acabar de falar essas palavras Gabriel entrou no veiculo, deu a partida e foi embora. Cleide que estava escondida atrás de outro automóvel sentou-se no chão e começou a chorar. Passados dois minutos Emílio chegou perto dela e falou:
- Cleide aquele ricaço apenas esta lhe trazendo sofrimento, por favor, se esqueça dele.
- Gabriel é o dono do meu coração, nós dois fomos feitos um para o outro, falou Cleide.
Chateado Emílio falou:
- Tomará que Gabriel enxergue a sua beleza Cleide e lhe traga muita felicidade.
A moça o abraçou e falou:
- Emílio é muito bom saber que eu tenho amigos como você.
No dia seguinte de manhã Cleide foi a padaria, encomendou um bolo de chocolate com o formato de coração e mandou escrever Gabriel X Cleide e  mandou o entregarem na casa do rapaz. No shopping center as vinte e uma horas apareceu na loja onde Cleide trabalhava uma mulher que lhe entregou um envelope falando:
- O meu patrão mandou entregar esta carta para a senhorita.
Emocionada Cleide pegou aquele envelope de carta e falou:
 - Muito obrigado pela sua generosidade.
Contente abriu o envelope com a esperança que Gabriel lhe tivesse mandado uma declaração de amor. No momento que retirou o pedaço de papel do envelope viu que estava escrito o seguinte bilhete: Loira Tonta! Se você tentar entrar em contato comigo novamente conversarei com os seus patrões e pedirei para eles a demitirem desta loja, Gabriel.
Cleide ficou desesperada, pediu licença e se dirigiu ao banheiro onde chorou amargamente. Após dois dias às nove horas tocou o telefone, Cleonice o atendeu falando:
- Bom dia, com quem estou falando?
- Bom dia Cleonice Germano, você se lembra com quem esta conversando? Perguntou aquele homem.
Ela ficou nervosa e assustada quando reconheceu a voz do seu grande amor e respondeu:
- Edemilson Malta depois de tantos anos estou surpresa por você ter conseguido encontrar o número do meu telefone.
- Cleonice preciso ter uma conversa muito séria com você, falou Edemilson.
Brava Cleonice falou:
- A vinte e nove anos quando precisei do seu apoio você disse que não poderia ficar junto comigo porque era um homem casado e tinha três filhos para criar.
- E quanto ao nosso filho, você nunca sentiu vontade de saber qual foi o destino daquela criança? Perguntou Edemilson.
Lágrimas saíram dos olhos dela enquanto falava:
- Eu apenas gerei o fruto de um amor proibido.
- Preciso lhe contar a verdade porque este assunto é muito sério, falou Edemilson.
Preocupada Cleonice perguntou:
- O nosso filho morreu ou esta com alguma doença incurável?
- O rapaz esta bem, a que horas e local posso me encontrar com você para conversarmos? Perguntou Edemilson.
- Na praça do centro da cidade Camomila às treze horas e trinta estarei esperando por você Edemilson, respondeu Cleonice.
Aquele homem a encontraria naquele local e a elogiou dizendo que depois de tantos anos ela estava muito bonita. Abalada Cleonice se lembrou de quando tinha catorze anos a sua avó paterna ficou muito doente. Como era viúva o seu pai mandou a filha mais velha a cidade de Jaú cuidar daquela mulher. Para uma moça que morava no campo em uma pequena cidade gostou de morar naquele local.
Passados dez dias ela conheceu um lindo homem que trabalhava como caminhoneiro e se chamava Edemilson. Os dois tiveram um breve romance, ele foi o primeiro cara com quem Cleonice teve relação sexual. Depois de quarenta dias a moça percebeu que estava gravida, após uma semana o seu amor veio a cidade com uma carga. Quando os dois se encontraram contente Cleonice falou que precisavam se casar porque dentro de sete meses e quinze dias nasceria o filho deles. Espantado aquele homem não poderia se casar porque já era casado e tinha três filhos para criar. Ela ficou furiosa e o chamou de mentiroso, entre lágrimas reclamou que a sua vida estava acabada porque o pai dela jamais a perdoaria se descobrisse que ela esta gravida de um homem casado.
Chateado Edemilson a ajudaria e pediu para não contar esta novidade aos  outros. Apavorada acabou concordando, com o passar dos meses usava roupas largas para disfarçar a gravidez. Como a avó dela estava doente os familiares não perceberam a aflição da moça. Quando Cleonice entrou no oitavo mês aquele homem contou que havia encontrado uma boa família que desejava adotar esta criança e lhe dariam muito amor. Apesar da dor que sentia no coração ela acabou concordando. Passaram-se mais quarenta dias, Edemilson para disfarçar pagou um casal que dirigiu-se a casa da avó de Cleonice. Eles pagariam a moça para ficar um mês na chácara deles ajudando a cuidar dos dois filhos. Como estavam precisando de dinheiro um dos tios conversou com os pais dela, acabaram concordando em deixa-la trabalhar naquele serviço.
Essas pessoas a levaram a cidade de Bauru onde ficou hospedada na casa dos tios de Edemilson. Então completou a gravidez, levaram-na a maternidade onde nasceu o filho de parto normal. No dia seguinte chegou o pai da criança e perguntou se ela concordava em entregar o menino para uma família o adotar. Chorando acabou concordando, Edemilson pegou o bebê no colo e o levou do hospital. Foi a última vez que o viu os dois homens que amou bastante na vida. Cleonice ficou por mais vinte dias hospedada na casa dos tios daquele homem, então retornou a casa da avó. Depois de setenta dias esta mulher piorou e faleceu, a moça voltou a casa dos pais dela.
Quando ela tinha dezoito anos conheceu um rapaz bonito que morava na cidade de São Paulo e veio passear na casa dos primos. Os dois se apaixonaram, passado um ano Cleonice se casou com Antenor, mudou-se para São Paulo. Após quatro meses, ficou gravida e nasceu a sua filha Cleide. Durante dezoito anos essas três pessoas foram felizes, infelizmente Antenor teve câncer nos intestinos e faleceu. Passaram-se quatro anos e seis meses e Cleonice não se envolveu com ninguém. Certo dia em uma festa conheceu  Wilian e começou a sair com aquele rapaz. No começo tentou resistir porque ele era quinze anos mais novo do que ela. Como foi amor a primeira vista namoraram durante quatro meses, então resolveram morar juntos. Durante esses três meses Cleonice estava feliz vivendo com o amado. 
No horário combinado ela dirigiu-se a praça, sentou-se no banco embaixo de uma árvore, de repente chegou Edemilson e a cumprimentou.
- Meus parabéns Cleonice, você esta linda, a sua filha também é bonita, além de ser a dona de um restaurante no shopping center, falou Edemilson.
- Aquele restaurante esta fazendo sucesso porque Wilian faz comidas deliciosas, falou Cleonice.
- Aquele mestre cuca é o seu namorado? Perguntou Edemilson.
- Wilian é o grande amor da minha vida, depois que o conheci percebi que vale a pena estar viva, respondeu Cleonice.
- Este rapaz deve ser uma pessoa especial para você o amar tanto assim, falou Edemilson.
- O meu amado Wilian é um homem incrível, os verdadeiros pais dele foram malucos porque o abandonaram quando era bebê, falou Cleonice.
- O senhor Camilo Lima e a dona Ana Maria Barros Lima na manhã de um dia frio acharam defronte a porta da casa deles um cesto que tinha um lindo menino enrolado em um cobertor. Aquela criança deveria ter uns vinte e cinco dias de idade, como os pais dele o abandonaram aquele casal o adotou e lhe chamaram de Wilian Lima, falou Edemilson.
Assustada Cleonice perguntou:
- Edemilson quem lhe contou esses detalhes sobre a vida do Wilian?
- É terrível para mim contar a verdade, mas Wilian Lima é o fruto do nosso amor proibido, respondeu Edemilson.

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