domingo, 26 de fevereiro de 2017

Corrupção e Honestidade

Uma das principais noticias dos meios de comunicações são as prisões de políticos corruptos. Muitos condenam esses cidadãos, mas se esquecem que foram eleitos pela população. A sociedade critica o presidente, governadores e prefeitos pela falta de educação escolar e saúde. Os jovens devem ser educados pela sua família. Infelizmente inúmeros adultos enganam e não respeitam os seus semelhantes. Desejando ser saudável o ser humano precisa praticar esportes e ter uma alimentação saudável. Vários motoristas embriagados provocam acidentes ou atropelam. Ainda se fazem de vitimas.
Cantar e dançar além de ser uma diversão fazem bem ao corpo. Muitos associam o carnaval a bebedeira, brigas e pornografia e não a uma festa popular.
Como a população poderá eleger bons políticos se não reconhecem os seus próprios erros e colocam defeitos nos outros? Diversas pessoas colaram nas provas, mentiram a seus pais e contaram vantagens aos colegas de serviço. Com o aumento dos nossos problemas sociais precisamos reconhecer que contar mentiras e enganar os outros apenas nos prejudica. A honestidade é uma das principais qualidades do ser humano. Precisamos ser honestos no emprego e negócios. Com a consciência tranquila seremos felizes e dormiremos em paz.
Os jovens devem ter bons exemplos dos seus familiares e valorizarem o ensino escolar. Saber ler, escrever e fazer cálculos matemáticos são indispensáveis para sobrevivermos e conseguirmos arrumar empregos. Uma sociedade sem educação procura resolver os seus problemas através da violência. Fazer o bem ao próximo com honestidade, bondade e integridade contribui para convivermos fraternalmente com os nossos semelhantes. Além de sermos recompensados com a felicidade.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Quem Precisa da Minha Solidariedade?

Com tantos problemas sociais os meios de comunicações divulgam mensagens exigindo das pessoas amor, carinho e solidariedade. Eu também sou de carne e osso, preciso de amor, carinho e solidariedade. Eu também tenho os meus sonhos. Muitos fecham os olhos quando me veem e ignoram o meu sofrimento.
Construiremos um mundo melhor respeitando os nossos semelhantes e a diversidade. O sol brilha para todos. A chuva molha o chão fazendo renascer a vida. A natureza nos ensina como podemos conviver harmoniosamente no mundo. Mas como o homem é ambicioso esta destruindo e poluindo o meio ambiente.
Muito pesquisam porque desejam descobrir a vida em outros planetas. Existe vida apenas no planeta Terra. Precisamos preserva-la para as futuras gerações com amor, respeito e solidariedade. Com o sorriso diremos não a violência. Repartiremos a nossa comida com quem passa fome. E as nossas roupas com quem esta com frio.
As nossas boas ações não precisam ser divulgadas nos meios de comunicações. Porque quando somos solidários com as outras pessoas sentimos uma felicidade que o dinheiro não consegue comprar. A natureza clama pelo nosso socorro. O homem com todas as suas invenções não conseguiu construir algo tão belo como as flores.
Reciclando o lixo e mantendo a cidade limpa estaremos ajudando a diminuir a poluição. As epidemias apavoram a população que exige vacinas. A maneira mais segura é a prevenção das doenças com pequenos atos preventivos.
Seremos felizes na vida amando e respeitando a nós mesmo, aos nossos semelhantes e a natureza. O cantar dos pássaros e o sorriso das crianças nos mostra como vale a pena estarmos vivos. A vida foi o melhor presente que Deus nos deu.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Lágrimas por Inumeros Povos

Ensinaram na escola que o Brasil foi descoberto por Pedro Alvares Cabral e colonizado pelos portugueses. Na nova terra viviam inúmeros povos indígenas. Mostraram aos alunos os ideais dos colonizadores. Ignoraram as vidas, costumes e tradições dos moradores nativos das Américas.
No período colonial Portugal e outros reinos europeus disputavam e guerreavam para ficarem com as novas terras. Os colonos por ambição destruíram a natureza e tentaram escravizar os moradores nativos do Brasil. Houve deslocamentos migratórios dos indígenas para poderem sobreviverem. Os soldados e colonizadores gananciosos usavam armas de fogo, trouxeram doenças e derrubaram as florestas. Após plantaram cana-de-açúcar e café. Utilizando a escrita, moedas, bois, cavalos e chicotes se chamavam de civilizados. Com o canhão mostraram a sua destruição. Chamavam os povos indígenas de selvagens, os assassinavam e escravizavam.
No inicio do século XX o governo criou o Serviço de Proteção aos Índios para manterem contato pacifico com os grupos indígenas que viviam nas florestas. Mas desejavam colonizar, explorar madeira, minérios e recursos naturais daquelas terras. Os coronéis e políticos corruptos tentaram dominar esses povos.
Na Constituição de 1988 as comunidades e povos indígenas se mobilizaram e lutaram por seus direitos. Porque desejava ter a sua própria terra e viverem pacificamente em suas aldeias. Com o apoio de Ongs, pastorais, o Cimi e missões evangélicas os indígenas começaram a estudar desejando compreender as leis do Brasil para sobreviverem.
No Brasil vive quase um milhão de indígenas presentes em todos os estados. Sobreviveram 302 povos, falantes de 180 línguas morando nas reservas, preservando a sua cultura. Pois são representantes dos seus ancestrais nativos deste país.
Desde a colonização do Brasil houve atrocidades e massacres indígenas. Através dos estudos os índios frequentam escolas e universidades. A literatura é um canto de resistência desses povos. Pois, divulgam os seus costumes e o prazer de viverem na natureza. É um modo de atualizar a luta de seus antepassados. Eles precisam da solidariedade de todos para juntos dizermos não aos preconceitos e preservarmos a vida no planeta Terra.
 
Bibliografia:
LEETRA INDÍGENA. V. 2, n. 2, 2013 – São Carlos: SP: Universidade Federal de São Carlos, Laboratório de Linguagens LEETRA. 

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Capitulo 6 - Ester Reencontra o seu Grande Amor

Jorge a reconheceu, levantou-se sorrindo do sofá e falou:
- Ester nunca pensei que um dia você apareceria na minha casa.
Contente Ester abraçou Jorge e falou:
- Jorge estou surpresa porque depois de tantos anos nos encontramos novamente.
- É maravilhoso poder saber que depois de cinquenta anos aquela linda moça do Bratislava ainda esta viva, falou Jorge.
- Avó Ester a senhora não  me falou que já conhecia o senhor Jorge Freire, falou Celso.
Sorrindo Ester falou:
- Há cinquenta anos Jorge foi passear no Bratislava na casa do seu tio Francisco, nós dois nos conhecemos e tivemos um breve romance.
- Pai então é esta a mulher que os meus finados avôs não deixaram o senhor se casar com ela? Perguntou Milton.
- O nosso romance foi apenas uma aventura juvenil, respondeu Ester.
- Ester tem razão, nós dois éramos jovens, eu ainda não tinha entrado na universidade, falou Jorge.
- Por favor, meu amigo Jorge me conte o que aconteceu na sua vida durante esses cinquenta anos que nós não nos vimos, falou Ester.
- Acho melhor nos sentarmos no sofá porque tenho uma longa estória para lhe contar, falou Jorge.
Jorge falou que estudou por cinco anos direito na faculdade. Neste local conheceu  Mateus que se tornou seu grande amigo. Depois que se formou seguiu os conselhos do seu amigo e foi trabalhar na cidade de Campos do Jordão. Então conheceu Iolanda uma das primas do Mateus, os dois namoraram durante um ano e se casaram. Este casal teve três filhos: Milton, Alice e Emerson. E foram felizes durante os quarenta e um anos que durou esse casamento. Infelizmente a três anos esta mulher faleceu porque teve câncer nos intestinos. Como ficou viúvo foi morar junto com o seu filho mais velho. Ester fez um resumo sobre a sua vida e disse que sofreu bastante quando precisou fechar o restaurante há quatro anos. Rapidamente as horas se passaram, às dezenove horas chegaram nesta casa Alice, o seu marido e os filhos deste casal: André, Ivone e Luciano. Passados vinte minutos chegou Emerson, a sua esposa e os seus filhos Douglas e Rosângela. 
A meia noite essas pessoas se abraçaram e desejaram felicidades um ao outro. Enquanto tomavam champanhe Celso e Miriam ficaram noivos. No dia 1 de janeiro Ester acordou as oito horas da manhã, nem ela conseguia acreditar que havia reencontrado o grande amor de sua vida. Mesmo depois de passados cinquenta anos percebeu que ainda o amava. Então deu um suspiro profundo e percebeu que este amor era impossível. De repente ouviu um barulho vindo do jardim. Ela se levantou da cama e se aproximou da janela, espantada viu que o Jorge estava plantando uma flor no jardim. Ester colocou o seu vestido novo e um par de tamancos, ansiosa se dirigiu a este lugar. No momento que se aproximou daquele homem falou:  
- Bom dia Jorge.
Ele ficou assustado e falou:
- Bom dia Ester, será que eu a acordei fazendo barulho no jardim?
- Não, eu me levantei da cama porque já fazia uns quinze minutos que havia acordado, respondeu Ester.
- Ester fiquei muito feliz por poder tê-la encontrado depois de cinquenta anos, falou Jorge.
- A vida nos causa muitas surpresas, falou Ester.
- Até hoje nunca me perdoei porque segui os conselhos do meu finado pai e não me casei com você Ester, falou Jorge.
- Ficar se torturando não mudará o nosso passado. Estava escrito que você deveria se casar com a sua esposa e ter três filhos com ela. Eu me casei com o Nestor e tive uma filha. Depois que se passaram muitos anos o meu neto se apaixonou pela sua neta, então nós dois nos reencontramos novamente, falou Ester.
- Se há cinquenta anos o destino nos separou agora a vida esta nos oferecendo a chance do nosso romance dar certo, falou Jorge.
Ester não resistiu aos seus impulsos, emocionada abraçou o Jorge e falou:
- Jorge nunca me esqueci de você, ainda lhe amo demais.
- Ester o amor que sinto por você sempre esteve plantado no meu coração, como somos pessoas viúvas agora ninguém irá nos separar, falou Jorge.
Os dois ficaram emocionados e comovidos se beijaram. A partir deste dia o casal começou a namorar e contaram esta novidade aos seus familiares. No carnaval Jorge, Milton, Raquel e Miriam foram passear na cidade de São Paulo e ficaram hospedados no apartamento de Guilherme e Carolina. No domingo depois do almoçaram Celso sorrindo segurou na mão direita de Miriam e falou:
- Eu e Miriam nos amamos, queremos construir uma vida juntos e marcaremos a data do nosso casamento para daqui a dois meses.
- Queremos nos casar no segundo sábado do mês de maio, falou Miriam.
Carolina, Guilherme, Milton e Raquel cumprimentaram os seus filhos. Jorge sorrindo falou:
- Eu e Ester também estamos querendo nos casar.
- Seria maravilhoso se nos casarmos no mesmo dia que os nossos netos Celso e Miriam se casarem, falou Ester.
Todas as pessoas ficaram surpresas, Carolina contente abraçou a sua mãe e falou:
- Mãe esta sua idéia é maravilhosa.
Felizes os dois casais de noivos foram cumprimentados e fizeram planos sobre o local que aconteceria esses casamentos. Eles combinaram que este evento seria feito em uma igreja na cidade de São Paulo. A seguir iriam ao coquetel no restaurante em homenagem aos noivos. Quando terminasse esta festa os dois casais viajariam em lua de mel a Europa. Devido aos empregos e estudos Celso e Miriam continuariam morando na cidade de Ribeirão Petro. Jorge tinha uma casa na cidade de Campos do Jordão, com a ajuda de sua noiva a imobiliou, depois que retornaram desta viagem Ester se mudou para esse local.
- Dona Ester esta estória de amor é muito bonita, falou Cristiane.
- Menina acabei de contar a biografia da minha vida, falou Ester.
- Faz quanto tempo que a senhora se casou com o Jorge? Perguntou Cristiane.
- Hoje esta fazendo quatro meses que aconteceu o grande sonho da minha vida, respondeu Ester..
- Meus parabéns a senhora é um pessoa incrível, falou Cristiane.
As duas conversaram por mais alguns minutos, Ester retornou para a sua casa. Quando entrou na sala o seu marido estava sentado no sofá assistindo televisão. Sorrindo ela falou:
- Meu amor enquanto você estava dormindo eu fui visitar Cristiane.
- A febre daquela menina abaixou? Perguntou Jorge.
- Ela esta melhor, daqui a alguns dias recuperará a sua saúde, respondeu Ester.
- Faz uns dez minutos que a Miriam telefonou para mim, fiquei surpreso porque a minha neta falou que esta grávida, daqui a oito meses nascerá o nosso primeiro bisneto, falou Jorge.
Contente Ester abraçou Jorge e falou:
- Esta criança nos trará muita alegria.
- Ester a sua companhia mudou completamente a minha vida, falou Jorge.
- Querido me dê licença porque preciso lhe mostrar o poema que escrevi em sua homenagem, falou Ester.
Ela foi a cozinha, abriu a gaveta do armário e pegou a seu caderno de receitas. Na última folha escreveu o poema, sorrindo voltou a sala, o entregou ao Jorge falando:
- Leia este poema e dê nota de 0 a 10.
Comovido Jorge leu a poesia:
Para explicar o sentimento que sinto por você
Procuro lhe compreender, faço carinhos,
Eu me arrepio quando nos abraçamos
E posso provar o gosto dos seus beijos
A sua presença me traz alegria
Quando você esta longe de mim sinto saudades
Estando ao seu lado conversamos, rimos e brincamos
Apenas lhe peço para olhar nos meus olhos
Eles mostrarão o grande amor
Que sinto por você meu amado Jorge!
Emocionado Jorge abraçou Ester e falou:
- Ester este seu verso merece nota 1000. Eu também lhe amo demais.
- Nós nascemos um para o outro, falou Ester.
Felizes se abraçaram e beijaram-se.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Capitulo 5 - O Reencontro de Ester com os seus Familiares

Espantada Ester falou:
- Minha filha você nunca me falou que tinha vontade de conhecer o seu pai.
- Desde pequena sempre tive vontade de ter um pai que me levasse passear, ouvisse os meus problemas pessoais e me tratasse com amor e carinho, falou Ester.
Chateada Ester falou:
- Perdoe-me Carolina por ter destruído esse seu sonho, eu me casei com o seu pai contra a minha vontade, este homem gostava de bater em mim e fugi de casa porque ele ameaçou matar nós duas.
Carolina abraçou a sua mãe e falou:
- Mãe não se entristeça porque a senhora sempre foi uma pessoa honesta e trabalhadora. Eu apenas quero conhecer o meu pai para mostrarmos a ele que jamais guardamos raiva e rancor dele e vivemos em paz e harmonia com a vida.
- Menina desta vez a sua mãe atenderá o seu pedido, falou Ester sorrindo.
Na sexta-feira as vinte horas da noite as duas entraram em um ônibus que se dirigia a cidade de Londrina. No sábado às dez horas elas chegaram neste lugar. Como estavam com fome se dirigiram a um restaurante para almoçar. Depois que fizeram esta refeição pagaram um taxi para as levarem ao Bratislava. Depois de passados mais de vinte e três anos não aconteceu mudanças neste local. Após a forte geada do ano de 1975 foram cerrados muitos pés de café, para que brotassem e plantadas mudas novas nos lugares das plantas velhas. Quando chegaram no sitio que o Nestor morava haviam construído uma casa nova no lugar daquela velha e outra família vivia neste lugar. Ester perguntou a uma mulher se ela conhecia o Nestor Corrêa. Ela respondeu que sim e falou que este homem, sua mulher e os dois filhos se mudaram no Jardim Novo Bandeirantes. Sem graça Ester falou que eram parentes dele e precisavam  encontrá-lo com urgência. Esta senhora falou o nome da rua e o número da casa que Nestor morava. As duas entraram no taxi e pediram ao motorista para se dirigir a aquele endereço. Quando chegaram em frente daquela residência Ester reconheceu que a mulher que o seu ex-marido tinha se casado era a Inês, irmã de sua madastra Irene. Quando aconteceu o seu casamento com Nestor a sua atual esposa ainda era solteira e tinha mais de trinta anos. Então se aproximaram do portão e bateram palmas. Então Inês abriu a porta a sala e perguntou:  
- Em que posso ajudá-las?
- Precisamos conversar com o senhor Nestor, respondeu Carolina.
Inês se aproximou do portão, assustada reconheceu Ester e perguntou:
- Ester por que você veio procurar Nestor depois de tantos anos que o abandonou?
- A minha filha Carolina deseja conhecer o pai dela, respondeu Ester.
- Por favor, não atormentem o Nestor porque ele esta muito doente, falou Inês.
- Eu preciso conhecer o meu pai, dependendo do tipo de doença que ele esta sofrendo talvez eu posso ajudá-lo, falou Carolina.
- Sinto muito desapontá-la, mas o médico já nos avisou que a cirrose não tem cura, falou Inês.
- Nestor pegou esta doença porque sempre tomou muita bebida alcoólica, falou Ester.
- O meu marido esta sofrendo bastante, se vocês duas vieram aqui na minha casa para criticá-lo acho melhor irem embora agora, falou Inês.
Chateada Ester falou:
- Desculpe-me por ter sido mal educada.
- Por favor, deixa eu ver o meu pai porque não contarei a ele que sou a  filha dele, falou Carolina agoniada.
- Eu nunca menti ao Nestor, mas para atender o seu pedido moça contarei a ele que a sua filha mais velha deseja conhecê-lo. Então se for da sua vontade vocês duas poderão conversar com ele, falou Inês.
- Minha senhora muito obrigado por estar nos ajudando, falou Carolina.
- O meu pai Geraldo ainda esta morando no sitio? Perguntou Ester.
- Já faz mais de cinco anos que o senhor Geraldo Moretti faleceu, respondeu Inês.
Ester ficou chocada com esta noticia e perguntou novamente:
- O senhor Geraldo Moretti sofreu muito antes de falecer?
- Este pobre homem teve derrame cerebral e ficou internado por cinco dias no hospital antes de falecer, respondeu Inês.
- Quando posso voltar nesta residência para saber se o meu pai vai querer conversar comigo? Perguntou Carolina.
- Voltem amanhã às onze horas assim poderei responder a sua pergunta, falou Inês.
- Obrigada minha senhora por ter nos dado atenção, falou Carolina.
Mãe e filha se despediram desta mulher e andaram a pé alguns metros nesta rua. Algumas lágrimas saíram dos olhos da Ester enquanto falava:
- O meu pai faleceu, infelizmente eu nunca tive a chance de abraçá-lo e dizer que o amava.
- Pare de se torturar mamãe, a senhora vivia em uma época totalmente diferente que a dos dias atuais, falou Carolina.
- Minha filha seja compreensiva com o seu pai e não cometa o mesmo erro que eu cometi, falou Ester.
Carolina e Ester se hospedaram em um hotel na cidade de Londrina. No domingo as dez horas e quarenta minutos elas pegaram um taxi e se dirigiram ao Jardim Novo Bandeirantes. Quando chegaram em frente da casa do Nestor viram que tinha várias pessoas nesta residência. As duas chegaram perto do portão, Inês estava esperando por elas e falou:
- Nestor esta ansioso para poder conhecer a sua filha Carolina.
Acompanhando Inês as duas entraram nesta casa. Assim que chegaram na sala Nestor se levantou do sofá, abraçou a Carolina e chorando falou:
- Minha filha você é uma moça muito bonita.
- Estou contente porque conheci o meu pai, falou Carolina enquanto saia algumas lágrimas dos seus olhos.
Depois que se passaram uns dois minutos Nestor viu a Ester e falou:
- Perdoe-me Ester por ter lhe obrigado a se casar a força comigo e pelas vezes que eu a agredi por simples prazer.
- Daquele nosso erro nasceu uma linda flor que é a nossa filha Carolina, falou Ester.
- Obrigado Ester por você ter cuidado sozinha da nossa filha, falou Nestor.
- Fiz apenas o meu dever de mãe, falou Ester.
Ester se aproximou dae Carolina, esta moça com a sua mão direita abraçou o seu pai e com a esquerda a sua mãe, comovida ela falou:
- Pela primeira vez na minha vida pude abraçar o meu pai e a minha mãe.
Carolina conheceu os seus dois meio irmãos Carlos e Renato. Ester reencontrou os seus quatro irmãos, viu que essas crianças haviam crescido, se casaram e tinham filhos. Sorrindo Carolina falou que dentro de duas semanas se casaria e convidou a sua família para irem na festa. Este homem ficou feliz com o convite e falou que atenderia ao pedido de sua filha. No dia 10/09/1977 além do senhor Nestor vieram mais quinze pessoas para assistirem o casamento de Carolina. Ester fez uma bonita festa no seu restaurante em homenagem aos noivos. O casal foi viajar em lua de mel a cidade do Rio de Janeiro. Passaram-se cinquenta e seis dias, Ester e Carolina receberam a triste noticia que o senhor Nestor Corrêa havia falecido. Elas duas e Guilherme foram ao velório daquele homem, apesar do sofrimento a vida continuava.
No dia 12/07/1978 nasceu o primeiro filho de Carolina e Guilherme e lhe deram o nome de Celso. No dia 23/11/1981 nasceu o segundo filho deste casal e o chamaram de Adilson. Passaram-se vários anos, esses dois meninos cresceram, Celso fez vestibular e foi aprovado no curso de engenharia elétrica. Depois de formado em agosto do ano de 2002 ele arrumou emprego em uma grande empresa na cidade de Ribeirão Preto. Este rapaz se apaixonou por uma estagiaria que trabalhava naquela industria que se chamava Miriam. Passados alguns dias o casal começou a namorar, a família desta moça morava na cidade de Campos do Jordão. Ela morava e trabalhava naquele local porque estudava na universidade o curso ciência da computação. Quando se aproximou o final do ano Miriam convidou  Celso para ir no dia de Natal em Campos do Jordão para lhe apresentar a sua família. O rapaz conversou com os seus pais e lhes avisou que naquele ano passaria o Natal na casa de sua namorada. Ester percebeu que o seu neto havia encontrado o grande amor da sua vida e sorrindo falou:
- Celso você esta muito feliz desde que conheceu a sua namorada.
- Miriam é uma mulher especial, faço qualquer sacrifício para fazê-la feliz, falou Celso.
- Rapaz o verdadeiro amor nos traz muita felicidade, falou Ester.
- Eu já procurei em várias livrarias, mas ainda não encontrei uma mensagem para entregar a Miriam, falou Celso.
- Uma das minhas diversões favoritas sempre foi escrever poesias, Celso eu fiz um poema para você entregar para a sua namorada que esta escrito neste papel, falou Ester.
Celso abraçou a sua avó, pegou aquele pedaço de papel e falou:
- Avó Ester a senhora sempre foi uma pessoa maravilhosa.
- Leia o poema e me diga se você gostou dele, falou Ester.
O rapaz segurou o pedaço de papel na sua mão direita e leu o poema:
Este foi o ano mais feliz da minha vida
Pois ao seu lado encontrei a felicidade
No próximo ano que logo se inicia
Seremos felizes juntos
Mesmo que algum dos meus sonhos não se realize
A sua presença me trará muita alegria
Juntos tornaremos vários sonhos reais
Mas o sonho mais importante da minha vida já se realizou 
Porque te encontrei e grito para todos ouvirem:
Eu lhe amo demais!
Celso deu vários beijos no rosto da sua avó e falou que até ele ficou emocionado quando leu o poema. Miriam com certeza iria adorar esta mensagem. No dia 26 de dezembro o rapaz foi visitar os seus pais lhes falou que gostou da família de sua namorada. Sorrindo contou que pretendia ficar noivo de Miriam na noite do reveion. Carolina ficou chateada e disse que depois que o seu filho conheceu esta moça ele nem se lembra que a sua família existe. Rindo Celso entregou um envelope a sua mãe, nele tinha um cartão de Natal enviado pelos pais de Miriam. Depois das saudações este casal convidou a família do namorado de sua filha para passarem o reveion na casa deles. Guilherme, sua esposa, Adilson e Ester conversaram por uns vinte minutos e aceitaram o convite. No dia 31 de dezembro de 2002 às nove horas da manhã Celso, o seu irmão, os seus pais e a sua avó entraram no automóvel e se dirigiram a Campos do Jordão. Passadas cinco horas estacionaram o veiculo defrente a casa de Míriam. Esta moça quando o viu se aproximou dele, o abraçou e beijou a sua boca. Os familiares do rapaz saíram do veiculo, contente ele os apresentou a sua namorada. Então saíram daquela residência Sandra a irmã de Miriam e os pais delas o senhor Milton e a dona Raquel. Depois que foram apresentados essas pessoas convidaram os hospedes para entrarem na sua casa. Eles pegaram as suas malas e entraram na sala, um senhor de idade estava sentado no sofá, Miriam sorrindo falou:
- Celso quero lhe apresentar o meu avô Jorge.
O rapaz cumprimentou este senhor e apresentou os seus pais e o irmão, quando Ester o viu surpresa falou:
- Jorge!

sábado, 11 de fevereiro de 2017

Capitulo 4 - Mudanças na Vida de Ester

Espantada Ester falou:
- Jamais aceitarei esta proposta indecente do senhor.
Rindo este homem falou:
- Será uma pena ver uma pobre mulher bonita e a sua filha se tornando apenas duas andarilhas.
Chorando Ester falou:
 - Por favor, me dê um tempo para pensar assim verei se tenho condições de aceitar a sua proposta.
- Eu é que não posso perder tempo, mas como sou um homem generoso lhe darei vinte e quatro horas. Amanhã neste mesmo horário quero saber qual será a sua resposta, falou este homem.
Quando acabou de falar essas palavras ele entrou no seu automóvel e foi embora. Assustada Ester retornou para a sua casa, no momento em que viu a sua filha na cama com o braço e a perna engessados disfarçou, se dirigiu a cozinha e começou a chorar. Neste momento a babá da menina chegou e perguntou:
- Ester o que aconteceu para você estar chorando?
- Durante os três meses que trabalhei naquela fabrica o meu ex-patrão não pagou o meu salário. O meu dinheiro acabou, agora como vou comprar comida e pagar o aluguel desta casa? Falou Ester chorando.
Dona Margarida a abraçou e falou:
- Minha amiga você esta com sérios problemas financeiros.
- Hoje as catorze horas e vinte minutos um homem bem vestido estacionou o seu automóvel perto de mim e falou que pagará bastante dinheiro se eu aceitar ser a atriz de um filme pornográfico com sexo explicito, falou Ester.
Assustada dona Margarida falou:
- Minha amiga você nunca aceitará fazer esta imoralidade.
- O que a senhora quer que eu faça? Jamais permitirei que a minha filha passe fome ou se torne uma mendiga, falou Ester.
- Hoje às vinte horas na casa do senhor Pedro Barros vai haver uma reunião com o vereador Vítor Hugo Lobato que ouvirá os moradores deste bairro e tentará ajudá-los, falou dona Margarida.
- A senhora acha que eu devo pedir ajuda a este vereador? Perguntou Ester.
- Faça qualquer coisa menos participar das filmagens daquele filme pornográfico, respondeu dona Margarida.
- Seguirei os conselhos da senhora dona Margarida, só lhe peço que me faça o favor de fazer companhia a Carolina enquanto eu for conversar com este vereador, falou Ester.
Esta senhora concordou com Ester e falou que às vinte horas iria na sua casa. No horário combinado dona Margarida foi fazer companhia a menina e ela se dirigiu a casa do senhor Pedro. Quando chegou neste lugar ficou desanimada porque havia uma enorme fila para conversar com aquele vereador. Sem outra alternativa se dirigiu ao final desta fila. Enquanto esperava para ser atendida começou a pensar no que faria se aceitasse ser a triz daquele filme pornográfico. De repente começou a sentir nojo, nunca aceitaria a proposta daquele diretor de cinema porque o seu corpo não estava a venda. Passaram-se três horas, o vereador atendeu apenas a metade daquelas pessoas, como estava cansado iria embora e voltaria outro dia. Quando Ester o viu com dificuldade se aproximou dele e falou:
- Senhor Vítor Hugo, por favor, me ajude, eu trabalhei por três meses em uma fabrica de roupas e o dono não pagou o meu salário. A minha filha esta machucada porque um automóvel a atropelou e eu mão tenho dinheiro para comprar comida.
- Sinto muito minha senhora, mas todos nós estamos sem dinheiro, falou um homem.
- Senhor vereador um diretor de cinema me convidou para participar das filmagens de um filme pornográfico. O senhor permitirá que eu faça esta imoralidade porque não quis me ajudar? Gritou Ester.
- Mulher volte para a sua casa e peça ajuda ao seu marido, falou outro homem.
- Já faz alguns anos que o meu marido faleceu, eu cuido da minha filha sozinha, falou Ester chorando.
- Minha senhora o vereador esta cansado, peça ajuda a ele no outro dia que vier nos visitar neste bairro, falou o senhor Pedro.
- Droga eu estou desesperada e ninguém quer me ajudar, falou Ester chorando.
Com dificuldade o vereador entrou no seu automóvel e foi embora daquele bairro. Ester voltou a sua casa nervosa pensando que a sua vida estava acabada. No outro dia às oito horas e quarenta minutos o vereador Vítor Hugo Lobato apareceu na casa de Ester. Ela ficou espantada quando o viu, depois que se cumprimentaram este homem falou:
- Dona Este como a senhora é viúva por acaso esta recebendo a pensão?
Envergonhada ela respondeu:
- Eu menti quando falei que era viúva, a oito anos fugi de casa porque o meu marido bebia e falou que iria matar eu e a minha filha.
- Todos nós temos problemas familiares, jamais me perdoarei se ficar sabendo que você fez um filme pornográfico e nada fiz para impedir esta imoralidade, falou o vereador.
- Ficarei muito agradecida se o senhor me ajudar, pois nunca terei coragem de ser atriz de um filme pornográfico, falou Ester.
- Conversei com alguns amigos meus e conseguirei arrumar uma cesta básica e algum dinheiro para ajudar a senhora, falou o vereador.
- Desde já agradeço ao senhor por ter me ajudado, falou Ester emocionada.
- Hoje à tarde trarei o meu médico José Tadeu a casa da senhora para consultar a sua filha, falou o vereador.
- Obrigado vereador Vítor Hugo, Deus nunca esquecerá a bondade do senhor, falou Ester comovida.
Neste dia às dezessete horas apareceu na casa da Ester o vereador e o médico dele. O doutor consultou a menina e o senhor Vítor Hugo entregou a ela uma caixa cheia de alimentos não perecíveis e algumas notas de dinheiro. Emocionada ela agradeceu a esses dois homens por estarem lhe ajudando neste momento difícil. Passados três dias o doutor José Tadeu e sua esposa vieram visitar Carolina. O casal simpatizou com elas duas e falaram que quando a menina se recuperar ficarão felizes se Ester for trabalhar na residência deles como empregada domestica. Feliz ela aceitou este emprego, pois tinha certeza que a sua vida melhoraria. Passaram-se dois meses, Carolina ficou boa, mãe e filha se mudaram a casa do doutor onde Ester começou a trabalhar no seu novo emprego. Este casal a registrou e lhe pagavam um salário decente. Na parte da manhã a menina ia à escola estudar e a tarde ficava brincando junto com as duas netas do médico. A esposa dele se chamava Barbara e trabalhava na escola como professora de português.
Passou-se um mês, Ester estava feliz trabalhando neste emprego, numa certa tarde ela se aproximou da sua patroa e falou:
- Eu sou uma pessoa analfabeta, seria atrevimento meu se pedisse para a senhora me ensinar a ler e escrever?
- Ester lhe acho uma pessoa esforçada, com o maior prazer a ensinarei a ler e escrever, respondeu dona Barbara.
Quase chorando Ester falou:
- Jamais me esquecerei da bondade da senhora, do seu marido e do vereador Vítor Hugo Lobato.
- Devemos ajudar as pessoas carentes para construirmos um mundo melhor aos nossos filhos e netos, falou dona Barbara.
Emocionada Ester abraçou esta mulher. Quase todos os dias a professora durante uns trinta minutos começou a ensinar a sua empregada e ler e escrever. Com o passar do tempo ela foi aprendendo a ler, escrever e fazer contas matemáticas. Passaram-se sete anos, Carolina já era moça com os seus quinze anos, a professora Barbara e o médico José Tadeu se aposentaram e mudaram para a cidade de Bauru. Ester ficou amiga da sobrinha de sua patroa, as duas resolveram abrir um restaurante. Agora que Ester sabia ler e escrever isto a ajudou bastante na hora que fazia as compras para este estabelecimento. Carolina gostava de ajudar a fazer serviços domésticos, a moça além de estudar ajudava a sua mãe limpando a casa e lavando roupas. Passados três anos a sócia de Ester se casou e mudou-se a outra cidade. Ela vendeu a sua parte do restaurante a sua amiga. Com a ajuda de sua filha esta mulher aprendeu a administrar este estabelecimento. Quando Carolina fez dezenove anos depois que estudou bastante conseguiu passar no vestibular e começou a fazer o curso de psicologia. 
Passaram-se mais três anos, numa manhã telefonaram ao apartamento de Ester e lhe avisaram que o vereador Vítor Hugo Lobato faleceu porque teve enfarte. Ela sofreu bastante, pois esse homem se tornou seu amigo. A tarde acompanhada de Carolina foram ao velório deste homem. Depois que deram os pêsames a família dele a moça disfarçava e olhava para um rapaz.
- Carolina agora descobri que você esta apaixonada pelo Guilherme Lobato, falou Ester.
- Mãe o sobrinho do finado ex-vereador estuda na mesma faculdade que eu estudo só que ele nunca notou a minha presença, falou Carolina.
- Menina é melhor ouvir um não do seu amado em vez de ficar quieta e perder a chance de ser feliz ao lado do seu amor, falou Ester.
- Mãe a senhora é uma poeta, falou Carolina.
- Carolina dê um tempo, mas daqui a alguns dias vá conversar com o Guilherme e lhe conte que você esta na faculdade porque o tio dele nos ajudou quando estávamos passando por dificuldades financeiras, falou Ester.
As duas ficaram no velório até que esse homem foi sepultado. Passaram-se dez dias, às dezoito horas a moça telefonou a sua mãe e a avisou que iria jantar no restaurante acompanhada do Guilherme. Quando o casal chegou neste estabelecimento os garçons lhes deram um bom atendimento. As vinte e três horas no momento que Ester chegou no seu apartamento Carolina estava na sala sorrindo, quando a viu falou:
- Mãe hoje é o dia mais feliz da minha vida, Guilherme me pediu em namoro e pude provar o gosto dos seus beijos.
Ester abraçou a sua filha e falou:
- Carolina lhe desejo muitas felicidades.
- Eu estou apaixonada pelo Guilherme.
Sorrindo Ester desabraçou a moça, abriu a  sua bolso, pegou um pedaço de papel e falou:
- Quando você tiver oportunidade leia ao seu amado este poema.
Carolina pegou o pedaço de papel e começou a ler o poema escrito por sua mãe:
“O seu doce sorriso me traz alegria
Com a sua companhia
Encontrei a felicidade
Quero lhe abraçar e beijar os seus lábios
Mas nem um milhão de beijos
Pode dizer o que sinto por você
Os meus sentimentos se traduzem
Em três palavras: Eu amo você!”
Contente Carolina abraçou e agradeceu a sua mãe. A moça namorou durante um ano com Guilherme, este casal marcou o seu casamento para o dia 10/09/1977. Vinte dias antes de acontecer este casamento Carolina se aproximou da sua mãe e falou:
- No próximo final de semana precisamos ir a cidade de Cambé porque eu quero conhecer o meu pai antes de me casar.