Espantados os dois se desabraçaram e Jorge respondeu:
-
Eu apenas estou fazendo um carinho na Ester.
Furioso este homem deu um soco no rosto do Jorge e gritou:
-
Moleque mentiroso, por acaso você esta querendo estuprar esta moça?
-
Pai acalme-se, Jorge estava apenas beijando a minha boca, falou Ester.
Geraldo deu um tapa no rosto da moça e falou:
-
Nunca senti tanta vergonha na minha vida porque a minha filha esta gostando de
pornografia.
-
Meu senhor pare de falar bobagens, aqui neste lugar não tem nenhuma pessoa
pelada, falou Jorge.
-
Se eu tivesse demorado mais alguns minutos esse moleque teria tirado a
virgindade da minha filha, falou Geraldo.
-
Eu amo Ester e nunca teria a coragem de fazer esta loucura antes do nosso
casamento, falou Jorge.
-
Rapaz onde é que moram os seus pais para que esse casamento aconteça o mais
rápido possível, falou Geraldo.
-
Os meus pais moram na cidade de São Paulo, eu preciso conversar com eles antes
de me casar com sua filha, falou Jorge.
-
Pai eu ainda continuo virgem, Jorge apenas beijou a minha boca, falou Ester.
-
Ainda bem que impedimos que esta moça não cometeu esta prostituição, falou
Geraldo.
-
Amanhã cedo voltarei à cidade de São Paulo e conversarei com os meus pais para
marcar o mais rápido possível o meu casamento com a Ester, falou Jorge.
-
Como sou um homem paciente lhe darei uma semana para você marcar o casamento
com a minha filha senão irei procurá-lo nem que for para encontra-lo no
inferno, falou Geraldo.
O
rapaz saiu correndo dali. Geraldo fez Ester retornar para casa, quando chegaram
neste lugar ele tirou a sua cinta e deu uma sura nela porque estava gostando de
fazer imoralidades. Passaram-se quatro dias, à noite depois do jantar o senhor
Francisco apareceu na casa do pai de Ester. Depois que se cumprimentaram este
homem falou:
-
Hoje à tarde telefonei ao meu cunhado para receber noticias do meu sobrinho
Jorge.
-
Para quando vão marcar o casamento daquele rapaz com a minha filha Ester?
Perguntou Geraldo.
-
O meu cunhado não aprovou o casamento do Jorge com a sua filha, ainda mais que
o rapaz não fez nada para a moça, respondeu Francisco.
-
Pois eu vou mostrar para aquele moleque quem é homem de verdade, falou Geraldo
bravo.
Nestor era um dos homens que estava junto com o Geraldo quando viram Jorge
e Ester se beijando, sorrindo ele falou:
-
Acalme-se meu amigo Geraldo, como já tenho 34 anos e a sua filha ainda continua
virgem eu aceito me casar com ela.
Da
cozinha Ester ouviu esta conversa, desesperada entrou na sala e falou:
-
O casamento é um compromisso sério, um homem pode se casar com uma mulher
quando o casal se ama de verdade.
Friamente Nestor falou:
-
Ester se você não se casar comigo direi a todas as pessoas que o rapaz de São
Paulo tirou a sua virgindade.
Chorando Ester falou:
-
Nunca serei feliz se me casar com um homem mentiroso.
-
Garota pelo menos nunca permitirei que você passe fome porque sou um homem
trabalhador e não um rapaz delicado como aquele moleque da cidade de São Paulo,
falou Nestor.
-
Meu amigo para quando marcaremos a data do seu casamento com a minha filha?
Perguntou Geraldo.
-
Para daqui uns dois meses assim terei tempo e farei algumas reformas na minha
casa, respondeu Nestor.
Ester detestava o Nestor, mas para obedecer as ordens do seu pai se
casaria com ele senão o Geraldo daria outra sura nela. No outro dia alguns
minutos antes do jantar Nestor apareceu na casa do Geraldo. Este homem o
convidou para os acompanharem naquela
refeição. Para humilhar a Ester lhe encarou durante todo o jantar. Como
sobremesa Irene colocou uma tigela com doce de abóbora na mesa. Depois que o
Geraldo bebeu uma caneca de pinga rindo falou:
-
Minha filha você não vai servir a sobremesa ao seu noivo?
Quase chorando Ester pegou o prato de sobremesa, colocou nele o doce e o
entregou ao Nestor falando:
-
Eu ficarei feliz se o senhor aceitar esta sobremesa.
Com sua mão direita Nestor pegou o prato com o doce e falou:
-
Estou muito feliz porque estou sendo servido pela moça mais bonita do
Bratislava.
Rapidamente Nestor comeu o doce de abóbora e falou:
-
Geraldo gostaria de pedir a mão da sua filha Ester em casamento.
-
Meu amigo já faz tempo que sonho ver você se casando com Ester, respondeu
Geraldo.
Nestor pegou com a sua mão direita do bolso de sua calça uma caixinha
pequena. Ele a abriu, pois tinha duas alianças nela, sorrindo este homem falou:
-
A partir de agora eu e Ester ficaremos noivos.
Ester estava no outro lado da sala, Geraldo bravo olhou para ela e
falou:
-
Menina aproxime-se do seu noivo agora.
Sentindo medo Ester se aproximou do Nestor, ele colocou a aliança na mão
direita dela e pediu para ela colocar a outra na sua mão direita. Irene rindo
perguntou:
-
Quando é que vocês dois pretendem se casar?
-
Nós nos casaremos no dia dezoito de março, respondeu Nestor.
Todas essas pessoas riram menos a Ester. Todas as noites ela sonhava que
o Jorge veio buscá-la e a livrou deste pesadelo. Na oura semana o pai dela e a
madastra a levaram a costureira para fazer o seu vestido de noiva. Outras moças
quando a viram a cumprimentavam e falavam que em breve ela teria a sua casa e o
seu marido e juntos seriam felizes. No dia quinze de março quando anoiteceu
Ester ficou desesperada e resolveu fugir de casa. Ela abriu a janela do seu
quarto e a pulou, quando estava chegando perto do chiqueiro dos porcos Geraldo
apareceu na frente dela e falou:
-
Garota onde você esta indo no meio desta escuridão?
Nervosa Ester falou:
-
Eu estou indo embora desta casa porque não vou me casar com o Nestor porque
detesto aquele homem.
Geraldo deu um tapa no rosto dela e falou:
-
Você vai se casar com o Nestor porque eu estou mandando, jamais desobedeça as
minhas ordens.
-
O senhor só sabe gritar e mandar nas pessoas, mas nunca se preocupa se elas são
felizes, falou Ester chorando.
-
Menina você viveu até os seus dezessete anos porque eu a criei por isto a sua
obrigação é obedecer as minhas ordens, falou Geraldo.
-
O senhor sempre deu mais carinhos aos cachorros do que aos seus próprios
filhos, falou Ester.
-
Eu deveria dar uma sura em você Ester, mas não farei isto porque daqui a dois
dias acontecerá o seu casamento e não precisarei mais trabalhar para sustenta-la, falou Geraldo.
-
Desde os meus sete anos eu trabalho na roça carpindo os matos com a enxada,
falou Ester.
-
Volte para o seu quarto agora, gritou Geraldo.
A
moça voltou ao seu quarto e chorou até amanhecer. Antes de se levantar da cama
raciocinou e chegou a conclusão de que se casasse com o Nestor a sua vida não
iria ser pior do que se continuasse morando na casa do seu pai. Friamente
aceitou a ideia de se casar com aquele homem e começou a se preparar para a
cerimônia que aconteceria no próximo dia. Apesar de sua roupa ser simples Ester
ficou linda vestida de noiva, mas ainda estava sonhando que o Jorge viria
buscá-la. Apenas depois que foi realizado o casamento é que esta moça compreendeu
que nunca se cassaria com o grande amor da sua vida. O pior defeito do Nestor é
que ele tomava muita bebida alcoólica e por diversão gostava de bater na Ester
sem nenhum motivo.
Depois de quatro meses de casada ela ficou grávida. Nestor rindo dizia
que finalmente nasceria o seu descendente um filho homem. Passaram-se os nove
meses da gravidez de Ester, no dia 1 de abril de 1954 Nestor trouxe a parteira
para realizar o parto da sua esposa. Depois que sentiu as dores do parto nasceu
à filha de Ester. Emocionada ela pode segurar nos seus braços o bebê. Nestor
ficou decepcionado e chamou a menina de Carolina. Vagarosamente os dias se
passaram, Ester cuidava com carinho de sua filha e fazia os serviços caseiros.
Passaram-se dois meses, o bebê chorava bastante, pois estava com cólica
intestinal. Ester estava sozinha em casa e tomou todos os cuidados para a
criança melhorar e dormir. As vinte e duas horas Nestor chegou bêbado vindo da
cidade. Assim que ele entrou na casa pegou a sua carteira, como não havia
nenhum dinheiro nela ele gritou:
-
Droga roubaram todo o meu dinheiro.
Carolina acordou assustada e começou a chorar. Furioso Nestor gritou:
-
Faça este bebê se calar senão eu mato vocês duas.
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