domingo, 11 de novembro de 2018

Capitulo 1 - O Sofrimento das Meninas

Sentindo muita dor as duas meninas entraram no cemitério porque naquele dia fazia dois anos que a mãe delas faleceu. Passados cinco minutos Graziela e  Gicélia chegaram defronte à sepultura de sua mãe. Elas choraram bastante, Gicélia inconformada falou:
- Mãe eu sinto muita saudade da senhora.
- Dona Vilma depois que a senhora partiu a nossa vida se transformou em um pesadelo, falou Graziela.
- O nosso pai ficou desesperado com o seu falecimento mamãe, ele se sente culpado porque estava bêbado naquela noite que aconteceu o acidente com o nosso automóvel e a senhora faleceu, falou Gicélia.
- Para se esquecer do seu sofrimento ele fica bêbado todas as noites, falou Graziela.
Brava Gicélia falou:
- Minha irmã não devemos falar a nossa mãe sobre os nossos problemas.
- Depois que a mamãe morreu ela foi para o céu e se tornou um anjo, falou Graziela.
Gicélia começou a chorar e falou:
- Mãe foi doloroso demais quando a senhora partiu, mas para piorar o papai se embriaga todos os dias, após um mês do seu falecimento ele perdeu o emprego na fábrica.
- Nós não passamos fome porque o tio Mateus sentiu de nós e o papai trabalha algumas horas por dia como ajudante de pedreiro, falou Graziela.
Graziela tinha dez anos e a sua irmã Gicélia treze anos. Naquele momento começou a se mexer na barriga de Gicélia o bebê que ela estava esperando. Emocionada a mocinha falou:
- Mãe eu tenho uma novidade para lhe contar a senhora vai ser avó.
- Ou como o papai comentou esta foi a principal burrice de Gicélia, falou Graziela.
- Graziela nós duas havíamos combinado que não discutiríamos na frente do tumulo da mamãe, falou Gicélia.
- Acho melhor você contar para a mamãe como ficou grávida, falou Graziela.
Algumas lágrimas saíram dos olhos de Gicélia enquanto falava:
- Minha mãe no sábado do carnaval fui na casa de Natalia, o irmão mais velho dela convidou várias pessoas para fazer uma festa naquela residência. As pessoas estavam animadas, cantavam e dançavam músicas de carnaval. Um rapaz bonito começou a me paquerar, as minhas amigas falaram que eu deveria conversar com ele. Eu me aproximei dele, conversamos, brincamos e bebemos bebidas alcoólicas. No domingo quando acordei percebi que tive relações sexuais com aquele rapaz, mas não me lembro do nome dele. Após quarenta dias comecei a sentir ânsia de vomito, a tia Camila precisou me levar no hospital. O médico mandou eu fazer alguns exames e falou que estou grávida.
- Gicélia não terminou a sétima série e vai ser mamãe, falou Graziela.
- Esta criança é um ser inocente, eu vou cuidar muito bem do meu filho, falou Gicélia.
- Tomará que este bebê seja um menino, falou Graziela.
- O que dói mamãe foi quando perguntei a Natalia se ela conhecia o rapaz com quem fiquei junto naquela noite. Rindo me respondeu que ele era um motorista de caminhão e morava no nordeste brasileiro, falou Gicélia.
As duas meninas ficaram no cemitério durante vinte minutos e voltaram para casa. Naquele mês de julho fazia frio na cidade Rosa Vermelha, apesar das roupas de inverno elas sentiam frio. Quando passaram em frente do supermercado precisaram entrar neste estabelecimento para comprarem pão. Dirigiram-se à padaria, quando Gicélia viu os doces falou:
- Estou com vontade de comer chocolate.
- Minha irmã então compre um chocolate, pois você não pode ficar com vontade de comê-lo, falou Graziela.
- Eu tenho três reais, com este dinheiro vou comprar alguns pães franceses, falou Gicélia.
- As pessoas comentam que as mulheres grávidas não podem passar vontade de comer as comidas preferidas, falou Graziela.
Gicélia deu um sorriso sem graça quando falou:
- Como não temos dinheiro você vai ter que pedir esmolas para termos grana para compramos o chocolate.
- Se for para ajudar o meu sobrinho farei este sacrifício, falou Graziela.
- Menina pare de falar bobagens e vamos a padaria comprar alguns pães franceses, falou Gicélia brava.
As duas se dirigiram à padaria, Gicélia pediu pães franceses. Depois retornaram para casa, Gicélia tentava disfarçar, mas estava com vontade de comer chocolate. Passados quinze minutos Graziela saiu da sua residência. Como ela estava sentindo pena de sua irmã se dirigiu ao supermercado, tomando cuidado roubou alguns chocolates. Um dos funcionários do estabelecimento viu aquela criança pegando os doces escondido. Ele chamou o segurança e começaram a interrogá-la. Graziela se arrependeu por ter roubado três chocolates e confessou o roubo. O gerente telefonou para o pai dela e pediu para vir buscá-la porque precisavam ter uma conversa séria. Jailton estava sobreo quando chegou naquele estabelecimento e pediu desculpas pela tentativa de roubo de sua filha. Quando chegaram em casa aquele homem afirmou ter passado a maior vergonha na vida dele, bravo deu uma bronca na menina e duas chineladas na bunda dela.  Enquanto chorava Graziela falou:
- Por causa de um pequeno erro o meu pai bateu em mim, mas ele se embriaga todos os dias.
Desanimada a menina colocou algumas roupas na mochila, pulou a janela e fugiu de casa.

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