Naquele dia à tarde em uma escola no
horário do intervalo Fabrício foi no banheiro. Quando ele estava saindo daquele
lugar dois meninos o encaravam, o mais baixo falou:
- A sua mãe é uma vagabunda e sem
vergonha.
Nervoso Fabrício falou:
- Mario eu não lhe dou o direito de falar
mal de minha mãe.
O outro menino falou:
- Nós temos o direito de reclamarmos
de sua mãe porque ela mandou uma carta amorosa ao meu tio César, pois está
paquerando um homem casado.
Chateado Fabrício falou:
- Como somos crianças devemos deixar
as pessoas adultas resolverem os seus problemas.
- Moleque por causa daquela carta
amorosa de sua mãe a minha tia Teresa vai se separar do marido dele, falou
Mario.
- Eu não conheço os seus parentes,
vocês dois não tem o direito de me atormentar por causa das brigas daquele
casal, falou Fabrício.
- O seu pai fugiu com outra mulher e
sua mãe namorou vários homens, falou Mauro.
Sentindo raiva Fabrício falou:
-
Mauro no dia anterior o seu pai telefonou para a minha mãe e a convidou para
sair junto com ele.
Furioso o menino gritou:
- Mentiroso!
Ele quis dar um soco no rosto de
Fabrício, mas conseguiu desviar-se. Mauro se desequilibrou e caiu no chão em
cima do braço direito. Devido ao tombo este menino quebrou o braço, como estava
sentindo muita dor gritava. Dois professores entraram no banheiro, o amigo do
Mauro mentiu afirmando que Fabrício queria bater no seu amigo e o empurrou no
chão. Desesperado Fabrício contou a verdade, mas ninguém acreditou nele. Uma
das professoras o levou a secretaria, telefonou para a mãe dele porque
precisava vê-la naquele momento.
- Eu estou falando a verdade. Por
que a senhora não acreditou em mim? Perguntou Fabrício.
- Fabrício a um ano o seu pai fugiu
com outra mulher, você deve estar sofrendo muito, ninguém lhe deu a permissão
de agredir as outras pessoas, falou a professora.
- Droga! Eu estou falando a verdade,
Mauro quis bater em mim, mas como desviei ele se desequilibrou e caiu o chão,
falou Fabrício.
Depois de quinze minutos dona
Lucimeire chegou na escola. A diretora teve uma conversa séria com ela e deu
uma semana de suspensão ao Fabrício. Enquanto mãe e filho retornavam para casa
caminhando pelas ruas aquela mulher falou:
- Meu filho passei a maior vergonha de minha vida.
- Mauro e o amigo dele quiseram
bater em mim porque a senhora mandou uma carta amorosa para um homem casado,
falou Fabrício.
Nervosa Lucimeire falou:
- Aquele menino está enganado porque
eu nunca me envolvo com homens comprometidos.
- Só que depois que o papai foi
embora a senhora arrumou vários namorados, falou Fabrício.
Irritada aquela mulher falou:
- Eu sou uma pessoa livre e tenho o
direito de curtir a vida.
- A senhora tem se divertido
bastante que nem se lembra que tem um filho, falou Fabrício.
Naquele momento eles chegaram
defronte a casa deles, Lucimeire abriu a porta da sala, quando o menino entrou aquela
mulher gritou:
- Moleque eu nunca vou me esquecer de
você, por causa de sua valentia na escola precisei sair mais cedo do serviço
para conversar com a diretora.
- Se este mundo acabar eu sou o
responsável por ter acontecido esta catástrofe, gritou Fabrício.
- Vá para o seu quarto, falou
Lucimeire.
O menino entrou no quarto, se deitou
na cama e chorou. Então ele se lembrou de como foi feliz enquanto o pai dele
morou naquela casa. Após dez minutos o menino se levantou da cama, enquanto
colocava algumas roupas na mochila falou:
- Como estou prejudicando a vida de
minha mãe acho melhor ir embora desta casa.
O menino abriu a janela do quarto e
fugiu de casa.
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