quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Capitulo 2 - O Desespero da Thaís

Com o acidente Alexandre devido à pancada desmaiou, Miguel sentia fortes dores no seu braço esquerdo e gemia. Pedro também desmaiou, a testa dele machucou, sangrava bastante. Passados dez minutos chamaram a policia e uma ambulância. Esses homens tomando cuidado os socorreram, depois de tirá-los do automóvel, os colocaram na ambulância. Os três foram levados ao hospital.
Miguel teve alguns ferimentos leves pelo corpo e quebrou o osso do braço esquerdo. O médico deu cinco pontos no corte da testa do Pedro e duas de suas costelas  quebraram. Quando aconteceu este acidente a parte mais atingida do automóvel foi onde o menino estava sentado. Ele estava correndo risco de vida, pois teve traumatismo craniano e lesão medular. Depois que os pacientes tiveram atendimento médico os policiais olharam nas suas roupas procurando seus documentos. No bolso da bermuda do Alexandre tinha uma fotografia do menino abraçado com sua mãe. Atrás desta foto estava anotado o endereço da casa da Helena. Um policial pegou a fotografia e foi procurar esta mulher.  
Já eram mais de 22 horas e 30 minutos Thaís estava preocupada com a demora do filho, Miguel tinha prometido que antes das vinte horas traria o menino de volta. Quando o automóvel da policia estacionou em frente da residência da Helena, Thaís teve mal pressentimento, saiu para fora e comprimentou o policial. Ele pegou a fotografia, mostrou para ela e perguntou: 
- A senhora conhece este menino?
Desesperada Thaís pegou a fotografia e respondeu:
- Este menino é o meu filho Alexandre.
Sem graça o policial falou:
- Sinto muito, mas tenho uma triste noticia para dar para a senhora.
Algumas lágrimas saíram dos olhos da Thaís enquanto perguntou:
- Onde esta o meu filho? Aconteceu alguma coisa com ele?
- Infelizmente hoje às 18 horas e 53 minutos na pista rodoviária aconteceu um acidente de automóvel, dois homens e este menino estavam dentro do veiculo, respondeu o policial.
Thaís começou a chorar e perguntou novamente:
- O meu filho esta morto ou vivo?
- Felizmente não houve nenhuma vitima fatal neste acidente, uma ambulância os levou até a Santa Casa, tiveram atendimento médico, respondeu o policial.
- O senhor pode fazer o favor de me levar até o hospital para poder ver o meu filho, falou Thaís.
- É claro que sim minha senhora, falou o policial.
- Por favor, me espere por dois minutos, pois preciso pegar a minha bolsa e uma blusa, falou Thaís.
- Acalme-se os policiais são pagos para proteger a população e servi-los quando necessário, falou o policial.
Ela entrou na casa, contou para a prima o que tinha acontecido com o seu filho. Helena a abraçou, as duas começaram a chorar. Passado um minuto Thaís pegou sua bolsa e saiu da casa. O policial estava esperando por ela dentro do carro.  Depois que este homem dirigiu seu veiculo por alguns quarteirões Thaís perguntou:
- O senhor sabe se o meu filho esta muito ferido?
- Eu não conversei com o médico que atendeu o seu filho, parece que este acidente aconteceu porque os dois homens estavam bêbados, respondeu o policial.
Thaís começou a chorar novamente e falou:
- Miguel sempre foi um homem irresponsável.
Passados três minutos os dois chegaram no hospital, o policial a acompanhou até a sala de espera. Desesperada Thaís procurou um médico para obter noticias do filho. Quando soube do estado do menino chorou, magoada falava que não poderia perder o seu único filho. Passado algum tempo chegou a Helena, chorando Thaís contou que o Alexandre estava correndo risco de vida. Depois de vinte minutos no meio do seu desespero telefonou para a sua mãe Sebastiana. Esta pobre mulher ficou abalada, falou que no próximo dia cedo pegaria um ônibus e iria para a cidade de São Carlos, assim ficaria perto do seu neto. Helena falou para Thaís que achava melhor ela retornar para casa descansar, pois no próximo dia estaria melhor para ficar ao lado do menino. Enquanto lágrimas saíam dos seus olhos Thaís falou que ficaria no hospital, a única coisa que poderia fazer era rezar e pedir a Deus para seu filho sobreviver.
Os minutos demoravam para passar, no meio da sua angustia Thaís cochilou por algum tempo. Quando clareou o dia tomou uma xícara de café e comeu algumas bolachas. Depois procurou o médico para saber se Alexandre tinha melhorado, infelizmente este homem respondeu que o menino estava ruim, ainda corria risco de vida. Às oito horas da manhã Thaís ficou sabendo o que tinha acontecido com Miguel e Pedro. O marido dela estava melhor, o braço dele foi engessado, mas ficou internado, pois estava em observação. Ela pediu para o médico se poderia ir visitá-lo, o doutor a acompanhou até a suíte do hospital. Antes dela entrar ele pediu para tentar controlar-se, pois o nervosismo dos dois não ajudaria a melhorar o estado do menino. Quando Thaís abriu a porta do quarto, Miguel ficou surpreso por vê-la e falou:  
- Bom dia Thaís.
Algumas lágrimas começaram a sair dos olhos dela enquanto falava:
- Graças a você Miguel nunca sofri tanto desde que aconteceu aquele acidente ontem. Além de me trair com outra mulher quase acabou com a vida do nosso filho.
Miguel ficou apavorado e perguntou:
- Aconteceu alguma coisa com o nosso filho Alexandre?
Chorando Thaís respondeu:
- O menino esta internado na UTI, ele teve traumatismo craniano e lesão medular.
- Acalme-se Thaís, pelo que o médico falou o Alexandre não esta correndo risco de vida, falou Miguel desesperado.
- Mentiroso aquele acidente aconteceu porque você e o Pedro estavam bêbados, falou Thaís.
Neste momento entrou no quarto o médico e falou:
- Acalme-se dona Thaís, ficar discutindo com o seu marido não vai ajudar na recuperação do filho de vocês.
- Este homem conseguiu destruir a minha vida, falou Thaís chorando e saiu do quarto.
No meio do desespero saíram algumas lágrimas dos olhos do Miguel enquanto perguntou ao médico:
- Doutor o meu filho teve traumatismo craniano e esta internado na UTI deste hospital?
- Senhor Miguel o seu nervosismo não ajudará na sua recuperação, os médicos e enfermeiros cuidarão do seu filho, respondeu o doutor.
As horas vagarosamente passaram, às treze horas da tarde dona Sebastiana chegou no hospital. Mãe e filha abraçaram-se, no meio de suas lágrimas reconheceram que a única coisa que poderiam fazer eram ter fé e esperança para que o menino sobrevivesse. Durante três dias os familiares de Alexandre rezaram e pediram a Deus pela recuperação do menino. Passado este tempo o garoto começou a melhorar, Thaís e Miguel ficaram felizes quando o médico falou que a tarde o menino acordaria e poderiam conversar com ele. Às treze horas da tarde o menino foi transferido da UTI do hospital para uma suíte. Quando acordou seus pais estavam no quarto, ao abrir seus olhos e vê-los falou: 
 - Pai, mãe senti saudade de vocês.
 Os dois abraçaram o menino, algumas lágrimas saíram dos olhos da Thaís enquanto falava:
 - Meu filho graças a Deus você sobreviveu, é maravilhoso poder vê-lo sorrindo.
 Alexandre confuso falou:
 - Para falar a verdade não me lembro como aconteceu aquele acidente.
 Miguel acariciou o rosto dele e falou:
 - Assim é melhor meu filho, pois lembrar-se de coisas ruins apenas prejudica a sua saúde.
 - Pai apesar do que aconteceu no sábado a noite nos divertimos bastante naquela pescaria, falou Alexandre.
 - Futuramente viajaremos, conheceremos outras cidades e nos divertiremos bastante, falou Miguel.
Thaís sorriu e falou:
- Eu tirarei muitas fotografias e  comprarei vários presentes.
O menino ficou contente, pois pensou que os seus pais tinham feito as pazes e falou:
- Quando sair deste hospital vou querer jogar futebol com os meus amigos, pai o senhor vai querer ser o juiz deste jogo?
Miguel deu um sorriso sem graça, Thaís ficou nervosa, começou a chorar. Alexandre ficou preocupado e perguntou novamente:
- Por que a mamãe esta chorando?
Entre lágrimas Thaís respondeu:
- Meu filho infelizmente neste acidente aconteceu lesão medular na sua coluna.
O menino ficou aflito e falou:
 - Esta lesão medular prejudicou a minha saúde?
Amargurado Miguel tentou acalmar-se e respondeu:
- Alexandre seja forte e confie em mim. Esta lesão medular provocou paralisia nos seus membros inferiores.                   
 
 
 
 

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