Quando os homens começaram a viver
em sociedade precisaram estabelecer normas, regras e leis pensando no bem
comum. Com o passar do tempo os reelaboraram conforme as necessidades de
determinadas situações. Conforme cada época histórica os homens fizeram sua
própria ordem social de acordo com os seus objetivos.
O homem estabelece a ordem objetiva
caracterizada por leis jurídicas impondo penalidades a perturbação da ordem. E
as maneiras subjetivas estão na consciência moral do individuo, valorizando
atos humanos e o comportamento nas atitudes que julga certa ou errada.
Utilizando a consciência moral o ser
humano distingue o bem e o mal. Por desempenhar uma função social é a opinião
da pessoa perante uma situação injusta. Neste espaço da ética estão os valores
e virtudes do comportamento humano. Devido às imperfeições do homem, o seu
desejo de ser feliz estão relacionados aos valores supremos do ético ideal.
Pois desejamos construir um mundo melhor, livre e solidário.
Como os valores mudam a sociedade
também se transforma. Determinados valores e costumes desempenharam
significados diferentes em culturas diferentes. A ética para os antigos gregos
constituía a racionalidade e liberdade, era associada à politica através do
dialogo entre os homens livres. A ética medieval seguia as virtudes do
cristianismo que eram representados pela fé e caridade. Na sociedade moderna o
trabalho dignava o homem. A ética do trabalho e outros valores começaram a
fazer parte da sociedade. A lógica do capitalismo assegurava que todos eram
iguais perante a lei. Escolhiam os seus representantes políticos, após serem
eleitos asseguravam a saúde, educação e direitos sociais.
Esses valores contribuíram para o
desenvolvimento econômico da sociedade. Mas contrariam o trabalho como formas
de criação, liberdade, solidariedade e transformação do homem e da sociedade.
Porque historicamente a sociedade estabelece os seus próprios interesses de
acordo com sua lógica. Existe crise na ética moderna por estar dividida na
ética burguesa do trabalho e transformações sociais.
Este contexto contraditório é o
principal desafio da educação escolar. A sociedade capitalista desempenha
preparar os jovens para o trabalho e adapta-los aos valores burgueses. O
trabalho não dignifica mais o homem, degeneram fisicamente e intelectualmente
as pessoas impondo atividades monótonas e repetitivas em troca do emprego
assalariado.
A educação escolar não pode mais
promover apenas a adaptação dos alunos aos valores do trabalho remunerado. A
sociedade precisa fazer uma transformação social, a escola pode contribuir
valorizando o trabalho nos processos de ensino e aprendizagem. Defendendo os
princípios democráticos e de cidadania.
Bibliografia:
GUILHERMETI,
Paulo. Educação, ética e princípios democráticos. Guarapuava: Unicentro, 2013.
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