Psicologicamente a doença mental
esta relacionada como produto de interação da vida social e trajetória do
individuo com sua família, outros grupos, experiências significativas e sua
estrutura psíquica. Condições externas podem prejudicar a saúde mental como
poluição sonora e visual intensas, condições de trabalho estressante, trânsito
caótico, excesso de apelo ao consumo, índice de criminalidade, perda de um ente
querido. Impossibilidade de realização pessoal do individuo com suas
habilidades físicas e mentais.
Durante o renascimento no século 16
o louco era expulso das cidades, vivia errante entre os peregrinos e
navegantes. Achavam que o louco tinha um saber esotérico sobre o homem e o
mundo, por revelar verdades secretas. Naquela época loucura significava
ignorância, ilusão, desregramento de conduta e desvio moral. Na Época Clássica
séculos 17 e 18 a designação de louco vinha de instituições como a igreja, a
justiça e a família pela transgressão da lei e moralidade. Na Modernidade final
do século 18 e inicio do século 19 criaram o asilo instituição destinada à
reclusão dos loucos. O medico era a autoridade máxima. Os métodos terapêuticos
utilizados eram a religião, a culpa, o medo, o trabalho, a vigilância. A ação
Psiquiátrica era moral e social e procurava recuperar o louco.
A psiquiatria clássica considera a
doença mental como sintomas de um distúrbio orgânico, devido alguma lesão
anatômica ou distúrbio fisiológico cerebral. Freud no século 19 definiu vários
quadros clínicos psiquiátricos. Exemplos: na neurose obsessiva o individuo com
conflito psíquico tem comportamentos compulsivos, lava as mãos em excesso,
pensa que alguém o esta perseguindo. Neurose fóbica ou histérica de angustia o
sintoma central é a fobia, o medo de altura, de animais. Neurose histérica o
histeria de conversão o conflito psíquico provoca sintomas corporais de modo
ocasional, como crise de choro teatralidade, ou sintomas de modo duradouro, a
ulcera. Neurose traumática ocorre depois de uma experiência em que o paciente
correu risco de vida, pensar excessivamente no acontecimento traumático.
Psicose acontece uma ruptura entre o
ego e a realidade, ficando o ego sob domínio dos impulsos. As psicoses
dividem-se em paranoia psicose caracterizada por delírios incluindo as de
perseguições e grandeza. Esquizofrenia por afastar-se da realidade o individuo
se entrega as próprias fantasias. A principal característica da esquizofrenia
por ser um quadro progressivo leva a uma deterioração intelectual e afetiva. Mania
e melancolia caracterizam-se pela oscilação entre o estado de euforia (mania) e
estados depressivos (melancolia). Na depressão o individuo isola-se dos outros.
Não se preocupa com cuidados pessoais (higiene e apresentação pessoal) e nos
casos graves pode cometer suicídio.
A Psiquiatria Social ou Alternativa
varias vezes questiona as abordagens clássicas de doença mental e não negam sua
existência. A loucura como as outras doenças são expressões do corpo orgânico e
social as contradições do ambiente social. Porque ocorre devido à interação de nossos
níveis biológicos, psicológicos e sociológicos com a sociedade. A cura é o
melhor remédio às doenças.
Saúde significa o homem possuir bem
estar físico, mental e social. A pobreza não satisfaz as necessidades básicas
dos indivíduos. A violência urbana e o direito à segurança, o sistema
educacional reproduzindo a competividade na sociedade, na desumanização das
relações humanas levando a coisificação do outro e de nós mesmo. A sociedade
precisa lutar e superar as condições que desencadeiam ou determinam a loucura.
Como cidadãos devemos compreender que a saúde mental é uma questão psicológica
e politica interessante a todos os comprometidos com a vida.
Bibliografia:
BOCK, Ana Mercês Bahia,
FURTADO, Odair, TEIXEIRA, Maria de Loudes Trassi. Psicologias Uma Introdução ao
Estudo de Psicologia. Saraiva: 13º edição reformulada e ampliada – 1999, 3º
tiragem – 2001.
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