segunda-feira, 20 de junho de 2016

Divergências no Reino Morisco


Durante a Idade Media o Reino Morisco ficava isolado na floresta. Neste local os habitantes eram anões, um adulto do sexo masculino media um metro e dez centímetros. Suas pernas tinham 45 centímetros, o corpo 35 centímetros, o pescoço 5 centímetros. A cabeça era oval, pois media 25 centímetros de altura por 50 centímetros de comprimento. As mulheres eram menores do que os homens. O Reino Morisco possuía cinco cidades, era governado pelo rei Juarez. Vossa Majestade nomeava os prefeitos das cidades. A cada cinco anos pedia pessoalmente para a população como foi à administração dos prefeitos. Se as pessoas o aprovavam continuavam governando a cidade por mais cinco anos. Mas se a população o criticava era substituído por um novo prefeito.
A cidade Tentação era a mais problemática deste reino. Muitas pessoas pobres moravam neste local, vários não tinham moradias, construíram e moravam em barracos, além de passarem fome. Por ser um local violento varias pessoas se mudaram deste local. O maior vilão da cidade era o prefeito Duque Enéas. Ele nunca ajudou o povo e roubava o dinheiro enviado pelo rei para ajudar a população. Este homem era o único patrão do local, explorava os seus funcionários. O castelo deste homem foi construído perto da floresta. Na mata tinha a palmeira Prateada, com os ramos faziam perfumes e o delicioso chá do amanhecer. Dos frutos acompanhados com outros ingredientes era feito o doce em pedaços aurora, a sobremesa preferida dos habitantes do reino. Na floresta havia muitos pés da palmeira Prateada, o duque mandava os empregados corta-los e desmatava o local. Homens, mulheres, crianças e idosos trabalhavam quinze horas por dia em troca de uma moeda de prata. Os homens cortavam os pés de palmeiras e os levavam ao castelo. No barracão mulheres, crianças e idosos sob as ordens dos capatazes preparavam os perfumes, chás e doces. Como fazia cinco anos que Enéas era prefeito dentro de pouco tempo o rei Juarez poderia substitui-lo por outro. Então mandou os soldados ameaçarem as pessoas, porque se fosse demitido pelo rei iria embora da cidade. Não contrataria ninguém para trabalhar, sem dinheiro todos passariam fome. Desejando agradar o povo vossa majestade mandou mensageiros anunciarem que no próximo final de semana visitaria a cidade Tentação. Faria um concurso de poesias e crônicas, o primeiro lugar ganharia cem moedas de ouro. Poucos se interessarem pelo concurso porque apenas alguns sabiam ler e escrever. Lolita uma moça de dezoito anos ficou animada, ela trabalhava como criada na casa do Conde Genésio. Por sorte aprendeu a ler e escrever enquanto observava o professor ensinando os filhos de seu patrão. No reino Morisco as leis e livros eram escritos em pele de carneiros, utilizavam seiva de amora para escrever com penas do rabo do urubu.  No jantar a moça comentou que precisava comprar uma pele de carneiro para escrever a crônica, pois tinha certeza que ganharia o prêmio do concurso. Feliz ajudaria a família e vários amigos. Rindo Laurentino pai de Lolita falou que poderiam pegar um carneiro no antigo moinho do Vale Dara. A moça e seu irmão Murilo ficaram assustados, pois neste local vivia o dragão Uomo. Ele comentou que a existência deste monstro era uma lenda, perguntou se os filhos o ajudariam a capturar o carneiro. Animados os dois concordaram em ajudar o pai, assim no domingo comeriam carneiro assado.
Combinaram irem ao Vale Dara na próxima noite por causa da Lua Cheia. Os dois irmãos dormiram pouco pensando nas aventuras de enfrentarem o dragão. As horas passaram vagarosamente, quando escureceu Laurentino pegou o cavalo velho e o colocou na carroça, acompanhado dos filhos foram ao vale. Com a claridade da lua cheia apreciavam a beleza da floresta. Alguns carneiros viviam neste local porque pertenceram ao senhor de idade que morava sozinho no antigo moinho. Depois do seu falecimento esses animais ficaram na floresta. Passados quarenta minutos viram um carneiro de longe. Ansiosos correram e chegaram perto dele. De repente ficaram assustados ao ouvirem um ruído alto. Quase desmaiaram quando viram o Dragão Uono. O corpo do animal tinha o formato de meio circulo, media uns dez metros de comprimento com seis de altura. A cauda era espessa e media uns três metros. O pescoço tinha cinco metros. Com sua boca enorme poderia comer um bezerro dando apenas uma mordida, tinha dois olhos negros e duas orelhas grandes.
Vários carneiros se aproximaram do monstro. Espantados viram o Dragão Uomo acariciando-os, pois eram seus animais de estimação. Laurentino comentou que o bicho grande era manso, pediu para os filhos distrai-los enquanto pegava um carneiro. Lolita ficou com medo, Murilo como era corajoso ajudaria o seu pai. O rapaz pegou três pedras pequenas, jogou uma no Dragão Uomo. O animal olhou para ele, atirou mais duas pedrinhas nele. Apavorado começou a correr, o dragão começou a persegui-lo. Murilo subiu na arvore, temendo que o irmão fosse machucado a moça bateu na cauda do bicho com um pedaço de pau. Sentindo dor o mostro movimentou a cauda e jogou a moça numa rocha grande. Por sorte vários carneiros chegaram perto do dragão Uomo, mais calmo se esqueceu dos jovens e começou acaricia-los com a língua. Passados alguns minutos os animais foram embora, Murilo desceu da arvore, perguntou se a irmã estava bem. Lolita respondeu que apenas levou um susto. Sorrindo Laurentino comentou ter pegado o carneiro, eles retornaram para casa.
Na sexta-feira à noite no curral dois adultos executaram o carneiro. No sábado Lolita escreveu a crônica na pele do animal. Laurentino convidou algumas pessoas para almoçarem em sua casa, pois faria carneiro assado. Enquanto almoçavam a moça deu um grito no momento que mordia um pedaço de carne dura. Desanimada olhou-se no espelho, na noite em que a cauda do dragão Uomo a jogou no rochedo devido a pancada alguns dos seus dentes trincaram. Mas agora haviam caído, ela perdeu dois dentes da parte inferior da boca e três da parte superior. Desiludida chorava porque a chamariam de banguela. Mutilo a encorajou, porque deveria ler a crônica ao rei, se ganhasse em primeiro lugar ajudaria muitas pessoas. Às catorze horas todos os habitantes foram à praça central da cidade Tentação. Enquanto saudavam o rei Juarez e o Duque Enéas a guarda real cercou o local. Vossa Majestade perguntou dos moradores como foi a administração do prefeito. Todos ficaram quietos, o rei falou para deixarem de serem medrosos, porque homens de confiança investigaram a prefeitura. Descobriram que o prefeito explorava o povo e roubava dinheiro. Mandou os soldados prende-lo, iriam julga-lo e puni-lo por seus crimes. Sorrindo apresentou a população o Conde Orlando, novo prefeito da cidade.Às dezessete horas o rei Juarez desejou ouvir os poemas e crônicas escritas pelos moradores. Temendo o prefeito Enéas não escreveram nada. Corajosamente Lolita apresentou-se a vossa majestade e começou a ler à crônica:
CIDADE TENTAÇÃO: O NOSSO POVO
Os fios do meu patrão vão se inscrevê num cãocurso de crônicas. Eu tumbem tenhu vantade de participa deste cancurso, só que num sô curta e intelectuar como eles. Num me importo que me chami de caipira e anarfabeta. Meu nome é Lolita, tenhu 18 ano. Mas como so insistente vô escreve a minha crônica:
O pessoar comenta o desmatamento da froresta, todu mundo precisa preserva o meio ambiente pra nois podê continua sobrevivendo. Nois ficamo contente quando ouvimo o canta dos pássaro e vemo  beleza das fror, Nossa! Mais falando de fror não podemo deixa agua limpa no vaso e nas panela véia, purque o mosquito se reproduz, transmite dengue e febre amarela.Nosso prefeito se vangloria de suas obra, só que num cumenta a miséria e farta de moradia da população pobre da cidade. Por favor rei Juarez escolha um politico decente pra governa a cidade Tentação pra diminui a pobreza e violência deste locar. Assim bancarei a estrumgeira e direi como gostu daqui: I LOVE CIDADE TENTAÇÃO!
Lolita ganhou as cem moedas de ouro, ajudou o pai, parentes e amigos com o dinheiro. Conde Orlando fez mudanças na prefeitura, deixou de desmatar a floresta. Fariam o plantio de cultivo da palmeira Prateada e de outros alimentos. Decidiu continuar o funcionamento da fabrica no castelo que foi desapropriado de Enéas. Os funcionários trabalhariam oito horas, pagaria duas moedas de prata por dia, folgariam no domingo. Crianças e adolescentes não iriam mais trabalhar, pois deveriam ir a escola estudar. Os idosos  descansariam, o prefeito os aposentariam.
Passados trinta dias no domingo fizeram uma festa na praça da cidade para homenagear o prefeito Conde Orlando. Dorival um rapaz de vinte anos, escrivão do prefeito se aproximou de Lolita, a parabenizou por ter desafiado o vilão Enéas, falou que estava apaixonado por ela. Envergonhada declarou ser pobre e banguela, não merecia o amor dele. Sorrindo pediu para beija-la, pois queria ser o dono do seu coração.  Como o amava os dois se abraçaram e beijaram-se.

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