domingo, 26 de junho de 2016

Padre Antônio Vieira

Padre Antônio Vieira (Lisboa, 1608 - Salvador, 1697), foi religioso, escritor, orador português e missionário pela Companhia de Jesus. Destacou-se na politica e oratória por ser um influente personagem no século XVII. Atuando como missionário nas terras brasileiras defendeu os direitos dos povos indígenas. Pois além de fazer a sua evangelização combatia a exploração e escravidão desses seres humanos. Eles o chamavam de “Paiaçu” Grande Padre/Pai, em tupi.
Padre Antônio Vieira criticou severamente a Inquisição e os sacerdotes de sua época. Apoiava os judeus, reprovava a distinção entre cristãos-novos (judeus convertidos, perseguidos pela Inquisição) e cristãos-velhos (católicos tradicionais), pedia a abolição da escravidão.
Na literatura é considerado um dos principais escritores do barroco brasileiro e português. Porque deixou 700 cartas e 200 sermões. Dos seus sermões destacam-se alguns dos mais admiráveis: Sermão da Sexagésima, Sermão da Quinta Dominga da Quaresma, Sermão do Bom Ladrão, Sermão pelo Bom Sucesso das Armas de Portugal contra as de Holanda e Sermão de Antônio aos Peixes.
Exemplos de frases famosas do Padre Antônio Vieira:
Não há altura neste mundo que não seja precipício.
A restituição do respeito é muito mais difícil do que a do dinheiro.
A vista dos bens alheios cresce o sentimento dos males próprios.
Em todos os parentes o amor é acidente que se pode mudar; no amigo fiel é essência, e por isso imutável.
Perdida a honra e a fama, entra no seu lugar a afronta e a infâmia; e por elas se franqueia o passo de todas as maldades.
Para aprender não basta só ouvir por fora, é necessário entender por dentro.
A dor não tem juízo, e nenhuma é maior que a do amor ofendido.
Muitos cuidam da reputação, mas não da consciência.
A vida é uma lâmpada acesa: vidro que com um assopro se faz, fogo que com um assopro se apaga.
Quem quer mais que lhe convém, perde o que quer e o que tem.
O livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive.
Amor e ódio são os dois mais poderosos afetos da vontade humana.
Se nos vendemos tão baratos, porque nos avaliamos tão caros?
Não há inocência que esteja segura de um falso testemunho.
O primeiro efeito, ou consequência, da necessidade é o desprezo da honra; o segundo, a destruição da virtude.
Pior é uma verdade diminuída que uma mentira muito declarada.
O fruto, quando está maduro, se não colhe, cai e apodrece. Não está a felicidade em viver muito, senão em viver bem.
Os bons anos não os dão quem os deseja, senão quem os assegura.
Somos o que fazemos. Nos dias em que fazemos, realmente existimos; nos outros, apenas duramos.
Quereis só o que podeis, e sereis onipotentes.

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