terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Capitulo 5 - O Plano de Aparecida

Aparecida ficou à noite inteira acordada, então teve uma ideia que iria por fim naquele pesadelo. Guiomar havia deixado algumas roupas na prisão para ela vesti-la, se tivesse vontade. Às sete horas colocou um vestido e calçou um par de sandálias. Assim que lavou o seu rosto penteou os cabelos, para completar passou batom nos seus lábios. Às sete horas e trinta minutos Guiomar foi visitá-la, assim que o viu sorrindo falou:
- Bom dia Guiomar!
Espantado este homem perguntou:
- Nossa! O que aconteceu que você esta tão feliz?
- A sua presença me traz muita alegria, respondeu Aparecida.
- Garota pare de contar mentiras, falou Guiomar.
- Guiomar estou com vontade de comer torta de presunto com mussarela e bolo de chocolate, falou Aparecida.
Bravo Guiomar falou:
- Eu sou um homem muito ocupado, mas como sou um cavaleiro atenderei o seu pedido.
- Por favor, traga uma garrafa de champanhe, falou Aparecida.
- Com licença garota, pois agora vou precisar ir a padaria comprar esta comida, falou Guiomar.
Passados vinte e cinco minutos este homem voltou ao local onde  Aparecida estava presa. Assim que viu a moça falou:
- Garota se sente na cama para eu poder abrir a porta.
Ela obedeceu às ordens do Guiomar, este homem pegou o chaveiro do bolso direito de sua caça e com uma chave abriu a porta da sala. Ele colocou três sacolas plásticas no sofá. Sorrindo Aparecida perguntou:
- O senhor aceita tomar café da manha junto comigo?
Ele pensou um pouco e respondeu:
- Como você é uma garota bonita aceito o seu convite.
Sorrindo Aparecida pegou das louças sujas dois copos, dois pratos e dois garfos, os lavou na pia e os colocou sobre a cama. Ela abriu as três sacolas e pegou um prato plástico que estava com a torta, na outra tinha uma bandeja pequena com o bolo de chocolate e na ultima a garrafa de champanhe. Sorrindo Aparecida falou:
- Guiomar, por favor, abre este champanhe.
Irritado ele pegou a garrafa de champanhe e a abriu, depois a entregou a Aparecida. Ela colocou esta bebida nos dois copos, então o convidou para comer os alimentos deliciosos. Guiomar comeu um pedaço de torta e outro de bolo, animado tomou dois copos de champanhe. Passados alguns minutos ele falou:
- Eu estou me divertindo com a sua companhia, mas preciso ir porque tenho vários compromissos hoje.
Rapidamente Aparecida se levantou da cama, abraçou este homem e falou:
- Meu amor você é o dono do meu coração!
Confuso Guiomar falou:
- Garota desde domingo estou com vontade de beijar a sua boca.
Aparecida deu um chute que acertou no estomago daquele homem. Enquanto ele ficou gemendo de dor ela pegou o chaveiro para abrir a porta da sela. Apavorada pegou a primeira chave e não conseguiu abri-la, a segunda tentativa também foi negativa. Na terceira chave conseguiu abriu a porta, como Guiomar havia melhorado ele correu atrás de Aparecida e a derrubou no chão. Desesperada ela falou:
- Por favor, Guiomar não me machuque.
Rindo este homem pegou o canivete que carregava na cinta, o abriu e falou:
- Garota eu te libertarei dos sofrimentos deste inferno.
Guiomar queria enfiar o canivete no coração de Aparecida, neste momento abriram a porta de madeira. O detetive Alfredo pegou o seu revolver, deu um tiro que acertou na mão direita do bandido antes que ele machucasse a moça. Enquanto este homem gemia de dor o policial o prendeu. Felipe quando viu Aparecida deitada no chão, se abaixou e falou:
- Aparecida eu tinha certeza que você estava viva.
Ela abraçou o Felipe e falou:
- Felipe eu tive tanto medo que aquele homem fosse me matar.
O detetive chamou o delegado para vir naquela casa. Junto com os policiais vieram duas ambulâncias, Aparecida e Guiomar foram levados ao hospital. Sidnei telefonou aos jornalistas que trabalhavam no jornal, radio e a televisão e os avisou sobre esta noticia impressionante. Josiane, Rodrigo, Mara e Vanderlei ficaram surpresos e felizes quando souberam que a Aparecida estava viva. Eles se dirigiam ao hospital para verem a moça. Assim que esta família se encontrou com Aparecida emocionados se abraçaram e choraram de felicidade. Apesar do susto o medico falou que ela estava boa, mas precisou ir a delegacia depor e depois voltou a sua casa. Guiomar assim que recebeu o atendimento medico foi transferido ao sanatório.
Esta noticia foi divulgada em todo o Brasil, os jornalistas comentaram que foi o Sidnei que desconfiou que Aparecida estava viva. Como Sidnei foi o herói desta estória muitas fãs de todo o país queriam manter contato com ele.
Na segunda-feira às dezoito horas e trinta minutos Aparecida retornou a faculdade. Assim que viu Felipe depois que o cumprimentou lhe entregou um cartão com esta poesia.
“Felipe agora que estou olhando nos seus olhos
Perderei o medo e confessarei
Como o amo demais
Enquanto estava naquele pesadelo
A única coisa que eu queria
Era poder vê-lo pessoalmente
Para poder abraça-lo e beijar a sua boca!”
- Aparecida eu também estou apaixonado por você.
Felizes os dois se abraçaram e beijaram-se.

sábado, 28 de janeiro de 2017

Capitulo 4 - Familiares e Amigos de Aparecida

Na segunda-feira cedo Guiomar se dirigiu a padaria. Ele deixou bem à vista no seu pescoço a gargantilha que pertencia a Aparecida. Sorrindo lia para todas as pessoas a poesia que recebeu de sua admiradora secreta. O seu Vanderlei ficou abatido com o falecimento de sua filha e ainda não tinha ido trabalhar. O seu patrão foi visitá-lo. Mara estava inconformada com o falecimento de sua filha e chorava. Quando Vanderlei cumprimentou Gilberto Neves todas as pessoas percebiam que ele estava abatido.
Vendo o sofrimento desta família Guiomar disfarçava, mas tinha vontade de rir porque sua vingança foi perfeita. A prisão de Aparecida era a dispensa do sobrado deste homem que foi construído no subsolo. Ainda neste dia ele se dirigiu a este lugar visitar a sua prisioneira. Assim que a viu falou:
- Garota se por acaso você desejar comer algum alimento que não esta ao seu alcance, por favor, avise-me assim o trarei aqui.
Aparecida odiava este homem, disfarçando falou:
-Senhor Guiomar quem era esta mulher que foi enterrada no meu lugar?
- Era um a andarilha da cidade de São Paulo, respondeu Guiomar.
- Assassino! Gritou Aparecida.
- Garota você esta enganada, pois nada fiz a aquela mulher, foram os dois homens que eu contratei que a eliminaram, falou Guiomar.
Algumas lágrimas saíram dos olhos de Aparecida enquanto ela falava.
- O senhor deve ter pagado bastante dinheiro para o meu dentista falar que a arcada dentaria daquela mulher era minha.
- Hoje à tarde entreguei a aquele mentiroso apenas cinco mil dólares, falou Guiomar.
- Quando eu sair deste lugar darei uma sura naquele homem, falou Aparecida.
- Você nunca o encontrara porque ele me falou que durante a madrugada desta noite fugira com a sua amante, falou Guiomar.
Apavorada Aparecida falou:
- Aquele cachorro ira abandonar a esposa e os dois filhos pequenos.
- Este homem sabe aproveitar a vida, falou Guiomar.
Na terça-feira cedo todas as pessoas que conheciam o dentista ficaram inconformados, pois ele abandonou a esposa e os dois filhos.
Às dez horas Felipe se dirigiu ao escritório que o Sidnei trabalhava, quando ficaram sozinhos na sala o rapaz falou:
- Meu amigo, por favor, me diga que eu estou maluco, pois tenho certeza que a gargantilha que esta no pescoço do senhor Gilberto Neves é de Aparecida Gomes.
Sidnei ficou intrigado e falou:
- Aparecida Gomes esta morta, no domingo nós dois fomos no seu velório.
De repente Sidnei se lembrou de algo e falou:
- O dentista que reconheceu a arcada dentaria de Aparecida durante esta madrugada fugiu com outra mulher.
Surpreso Felipe falou:
- Então este homem pode ter mentido, talvez alguém deseja se vingar de Aparecida.
- Precisamos pegar as impressões digitais do Gilberto Neves para verificarmos a sua verdadeira identidade.
Os dois rapazes saiam do escritório e foram procurar este homem. Na praça em frente a padaria ele estava sentado em um banco fumando cigarro. Felipe disfarçou e foi a um bar comprar um maço de cigarros. Então se aproximaram do Gilberto, como estavam fingindo que fumaram cigarros começaram a conversar com ele. Passados uns três minutos ofereceram cigarro ao novo amigo. Gilberto aceitou, com a mão esquerda segurou o maço e a direita pegou o cigarro. Depois de alguns minutos se despediram dele, afobados foram à delegacia.
Felipe era amigo de um detetive da policia, com calma contaram que estavam desconfiados que o dentista tinha mentido quando falou que a arcada dentaria daquele cadáver era de Aparecida. Sidnei pediu para analisar as impressões digitais do Gilberto Neves, pois ele era o principal suspeito desta possível armação. O detetive falou que mandaria o maço de cigarros ao laboratório, apenas no próximo dia é que descobriram de quem eram aquelas impressões digitais. Na quarta-feira às oito horas Felipe e  Sidnei retornaram à delegacia porque o detetive havia telefonado para eles. Assim que se cumprimentaram o detetive falou:
- Gilberto Gomes esta usando identidade falsa, as impressões digitais que estava no maço de cigarros pertencem ao Guiomar Pereira. Este homem é louco, já faz mais de seis meses que ele fugiu do sanatório.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Capitulo 3 - A Verdadeira Identidade do Gilberto Neves

Sem compreender o que estava acontecendo Aparecida falou:
- Senhor Gilberto Neves, por favor, me solte desta prisão.
Este homem deu uma gargalhada e falou:
- O meu verdadeiro nome não é Gilberto Neves, mas sim Guiomar Pereira.
Desesperada Aparecida falou chorando:
- O que eu fiz para o senhor que mandou dois homens me sequestrar e simulou um acidente, agora os meus pais pensam que estou morta.
- Garota você não me fez nada, apenas fiz este plano perfeito para me vingar dos seus pais, falou Guiomar rindo.
- O que o meu pai e a minha mãe fizeram para o senhor, pois deseja se vingar deles? Perguntou Aparecida.
- A vinte cinco anos eu, Vanderlei Gomes e  Mara Silva morávamos na cidade de Jaú. Eu me apaixonei pela Mara, mas ela preferiu ficar com o seu pai. E para completar este homem me denunciou aos policiais porque desvie dinheiro do supermercado, respondeu Guiomar.
Furiosa Aparecida falou:
- Lugar de ladrão é na cadeia.
- Eu fiquei preso durante três anos, quando me libertaram fui a outro estado, como falsifiquei os meus documentos consegui estudar, desviei dinheiro de vários burgueses e me tornei um homem rico, falou Guiomar.
Brava Aparecida falou:
- Droga! Esta sua estória é muito parecida com a peça de teatro que escrevi.
Rindo ele falou:
- A minha vingança foi baseada na sua peça de teatro.
- Mentiroso aquele homem louco que sequestrou Aline usou a gargalhada de estimação dela para chamar a atenção da família e deixar pistas de sua armação, falou Aparecida.
Guiomar pegou do bolso direito de sua calça uma gargantilha com um crucifixo e falou:
- Esta joia é um dos seus objetos de estimação!
Furiosa Aparecida gritou:
- Cachorro, por favor, devolva o meu cordão!
Guiomar colocou esta joia no seu pescoço e falou:
- Eu usarei este crucifixo para chamar a atenção da sua família.
- Tonto! Ninguém da minha família percebera que esta joia é minha, falou Aparecida.
Este homem deu uma gargalhada, pegou do bolso esquerdo de sua calça um pedaço de papel e falou:
- Direi a todas as pessoas que uma admiradora secreta me mandou esta poesia.
Então ele começou a ler o poema:
“Com A escrevo Amor
Com P escrevo Paixão
No céu, na lua e nas estrelas
Estão escritos o grande amor, que sinto por você
Pois lhe acho um homem especial
Meu querido príncipe encantado!”
Sentindo raiva Aparecida falou:
- Cretino! Fui eu que escrevi esta poesia, o senhor esta roubando os meus direitos autorais.
- Acalma-se garota, acho melhor você comer algum alimento que  esta perto da geladeira, falou Guiomar.
Ao acabar de falar essas palavras ele foi embora deste lugar, Aparecida ficou desesperada e chorava sem parar. 

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Capitulo 2 - O Acidente de Aparecida

Passadas uns quarenta minutos uma família que estavam no automóvel viram aquele veiculo incendiado. Eles chamavam a policia, os policiais acharam o corpo de uma mulher deformado. Então chamaram uma ambulância para levá-lo ao hospital. Felizes Josiane e seu noivo voltaram para casa, quando viram os policiais e a ambulância Rodrigo estacionou o seu carro. Enquanto conversaram com o policial Josiane viu no chão perto do que sobrou do veiculo queimado um pedaço de fotografia da sua família. Desesperada e chorando falou que a mulher que havia sofrido acidente era a sua irmã Aparecida. Como ela estava sofrendo demais o seu noivo a levou ao hospital.
Rodrigo conversou com o medico que fazia plantão no hospital. Este homem falou que o corpo desta mulher estava irreconhecível, eles precisavam chamar o dentista dela para reconhecer o corpo através da arcada dentaria. Como Josiane estava desesperada o medico mandou ela tomar um calmante. Na madrugada Rodrigo se dirigiu a casa do doutor Fabrício. O rapaz explicou ao dentista que a Aparecida tinha sofrido um acidente. Por ordem da policia ele precisava ir ao hospital para reconhecer esse corpo através da arcada dentaria.
O dentista ficou abalado, preocupado ligou o seu automóvel e o dirigiu ao hospital. Nervoso ele entrou onde estava aquele corpo e pela arcada dentaria reconheceu que aquela mulher era a Aparecida Gomes. Às cinco horas Josiane voltou a sua casa, com a ajuda do seu noivo acordou os seus pais, chorando contou que Aparecida sofreu um acidente de automóvel e havia falecido. A dona Mara e o Vanderlei ficaram inconformados e choravam desesperados.
No velório de Aparecida teve muita dor e sofrimento. O enterro aconteceu no domingo às dezessete horas. Um repórter pediu ao cinegrafista para filmar o sepultamento desta mulher, esta reportagem apareceu no jornal de televisão. Com tanto sofrimento ninguém viu no sábado enquanto Aparecida estava no estacionamento um homem colocou um pedaço de pano com sonífero no seu rosto a fazendo desmaiar. Então com a ajuda do seu parceiro colocaram Aparecida na porta malas de um automóvel. Este homem entrou neste veiculo e foi embora deste lugar, o outro entrou no carro de Aparecida, o ligou e entrou na estrada que conduzia a cidade de Amora.
No domingo às dezoito horas e quinze minutos enquanto passava o jornal esta reportagem na televisão desesperada Aparecida assistiu esta reportagem. Ela estava presa em uma sela com quatro metros quadrados. Neste lugar tinha uma cama de solteiro, uma geladeira pequena, um sofá, no canto a direita tinha uma patente, perto dela estava a pia com uma torneira.
A televisão estava do outro lado das grades, em cima de uma prateleira a dois metros de altura. Chorando Aparecida desesperada tentava abrir a porta da sela e falava:
- Papai, mamãe não chorem por causa de minha morte. Eu estou viva!
Neste momento abriram uma porta de madeira, apareceu na frente dela o Gilberto Neves que rindo falou:
- Coitada! Esta moça deve estar sofrendo bastante!

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Capitulo 1 - A Peça de Teatro


Aparecida se dirigiu ao teatro municipal para assistir uma peça. Ela estava contente, pois esta peça foi escrita por ela. Os personagens principais era a sua irmã Josiane e o noivo dela Rodrigo. Todos os ingressos desta peça foram vendidos, pois estava fazendo sucesso na cidade. O teatro estava lotado, quase todos os alunos que estudavam na faculdade foram assistir à peça: O inimigo do meu pai. Assim que acabou a representação os atores foram aplaudidos. Depois essas pessoas se dirigiram ao bife onde teve um coquetel para homenageá-los.
Josiane e Rodrigo estavam sendo parabenizados pela representação da peça. Então o  convencido Sidnei se aproximou deles e falou:
- Meu amigos vocês são excelentes atores, hoje esta peça esta fazendo sucesso na cidade Amora e amanhã em todo Brasil.
- Obrigado Sidnei, mas esta peça esta fazendo sucesso porque foi escrita pela Aparecida, falou Josiane.
- Um bom texto nunca faria sucesso se não fosse representado por bons atores, falou Sidnei.
Rodrigo abraçou a sua noiva e falou:
- Meu amigo obrigado pelos seus elogios, mas devemos reconhecer que o roteiro desta peça esta ótimo.
Aparecida se aproximou deles e falou:
- Nós estamos de parabéns porque o roteiro e os atores desta peça são excelentes.
Assim que Aparecida terminou de falar essas palavras Rodrigo começou a aplaudir, todas pessoas que estavam neste coquetel também aplaudiram a moça. A cidade Amora localizava-se no centro do Estado de São Paulo, com quarenta e dois mil habitantes e se destacava na agricultura com a laranja. Durante o dia Aparecida trabalhava em uma loja, à noite ela estudava na faculdade o curso de letras. Às dezoito horas e quarenta e cinco minutos quando chegou neste local Felipe se aproximou dela e falou:
- Boa noite Aparecida, meus parabéns, ontem assisti a peça O Inimigo Do Meu Pai, a estória é impressionante.
Emocionada Aparecida falou:
- Obrigado Felipe, parabenize os atores, a representação deles estava ótima.
- Eu já elogiei Josiane e Rodrigo, agora estou parabenizando a escritora da peça, falou Felipe.
Aparecida ficou envergonhada, Felipe era um rapaz bonito que estudava jornalismo. Ela sempre disfarçava, mas gostava dele, então falou:
- Obrigado Felipe, se a sorte estiver do meu lado esta peça fará sucesso em todo Brasil.
- Sidnei pediu para lhe entregar este envelope, falou Felipe e entregou um envelope de carta a Aparecida.
Os dois conversaram por, mais alguns minutos então se dirigiram as salas de aula. Aparecida achava Sidnei um cara convencido, ele era bonito, mas já havia ficado junto com quase todas as moças solteiras da cidade. Agora a estava paquerando e não a deixava em paz. Quando se sentou na carteira abriu o envelope, nele tinha um pedaço de papel escrito a seguinte poesia:
No final dos contos de fada
Branca de Neve, Bela Adormecida e Cinderela.
Ficaram com os seus príncipes encantados
Minha adorável escritora será que eu tenho
Chance de conquistar o seu coração?
Brava ela percebeu que detestava este cara, então pegou outro pedaço de papel e escreveu este poema:
Com A escrevo Amor
Com P escrevo Paixão
No céu, na lua e nas estrelas.
Estão escritos que você nunca conquistara o meu coração.
Pois, lhe acho um cara chato!
No horário do intervalo ele se dirigiu a lanchonete da faculdade, quando se aproximou do Sidnei ele perguntou:
- Minha gata você aceita sair junto comigo no sábado à noite?
- Neste envelope esta a resposta de sua poesia.
Ao acabar de falar essas palavras Aparecida voltou a sala de aula. Animado o Sidnei abriu este envelope e pegou o pedaço de papel que estava escrito o poema. Os seus amigos quando leram a poesia tiraram saro dele. Terminadas as aulas Aparecida se dirigiu ao estacionamento, entrou no seu automóvel e voltou para casa. Ela era loira, solteira e com seus vinte quatro anos estava no quinto semestre do curso de letras. Os seus pais se chamavam Vanderlei e Mara, o seu pai trabalhava em uma padaria e a mãe era do lar.
A padaria em que o Vanderlei trabalhava foi vendida, o seu novo patrão se chamava Gilberto Neves. Este homem era bom e deu um aumento salarial de vinte porcento aos seus funcionários. No domingo como era dia de folga do Vanderlei convidou o seu patrão para almoçar em sua casa.
Gilberto Neves era um homem alegre, ele tinha cinquenta e um anos, era solteiro e morava sozinho em um sobrado luxuoso. Enquanto faziam esta refeição Josiane perguntou:
- Senhor Gilberto não é difícil morar sozinho naquela mansão?
Sorrindo este homem respondeu:
- Não porque os meus três cachorros dobermann me fazendo companhia.
A refeição se prosseguiu alegremente. Passaram-se quinze dias, Josiane e  Rodrigo foram convidados para fazerem a representação desta peça na cidade vizinha. Contentes aceitaram o convite, pois esta peça seria exibida em três sessões. Uma na sexta-feira, outra no sábado e a ultima no domingo. No sábado Aparecida se dirigiu a esta cidade e foi no teatro. Assim que terminou a peça os atores foram convidados para irem a uma festa. Aparecida recusou o convite porque iria a um  baile e faria uma declaração amorosa ao Felipe. Ela se despediu dessas pessoas, e se dirigiu ao estacionamento. Enquanto voltava à cidade de Amora o seu automóvel bateu em uma arvore e se incendiou.

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Livro - Vingança Enigmática


Aparecida se dirigiu ao teatro municipal para assistir uma peça. Ela estava contente, pois esta peça foi escrita por ela. Todos os ingressos desta peça foram vendidos, pois estava fazendo sucesso na cidade. Passados alguns dias no sábado Aparecida se dirigiu a cidade vizinha e foi no teatro assistir a representação desta peça. Assim que terminou esta obra artística os atores foram convidados para irem a uma festa. Aparecida recusou o convite porque iria a um baile e faria uma declaração amorosa ao Felipe. Ela se despediu das pessoas, e se dirigiu ao estacionamento. Enquanto voltava à cidade de Amora o seu automóvel bateu em uma arvore e se incendiou.
 
 
Sumário:
Capitulo 1 – A peça de teatro
Capitulo 2 – O acidente de Aparecida
Capitulo 3 – A verdadeira identidade de Gilberto Neves
Capitulo 4 – Familiares e amigos de Aparecida
Capitulo 5 – O plano de Aparecida
 

domingo, 8 de janeiro de 2017

Romance Abrasador

Gabriela estava brava, pois naquele sábado à noite em vez de se encontrar com seu namorado Claudio precisou ir à festa de aniversário de sua tia Helena. Ela não gostava daquela mulher chata e velha, mas para precisava satisfazer os seus pais foi este evento. Esta festa seria surpresa, os parentes e amigos foram na casa de Silvia, a melhor amiga da aniversariante. As 20:00 horas Helena chegou na casa de Silvia, as luzes da sala estavam apagadas. Ela apertou a campainha, a sua amiga pediu para entrar. Quando Helena abriu a porta acenderam as luzes e as velas do bolo, cantaram os parabéns a aniversariante. Ela ficou emocionada, algumas lágrimas saíram dos seus olhos. Helena neste dia fazia 49 anos, ainda era solteira, trabalhava como supervisora em uma escola. Depois que os convidados comeram os sanduíches, pastéis, brigadeiros e o bolo a aniversariante começou a abrir os presentes. No momento em que abriu o presente de Gabriela encontrou uma folha escrita uma poesia
DROGA! HOJE EU VOU PRECISAR IR À CASA DA MINHA TIA.
HOJE ELA ESTA FAZENDO  ANIVERSÁRIO.
VOU SER OBRIGADA E ABRAÇA-LA E DAR-LHE OS PARABÉNS PELO SEU ANIVERSÁRIO.
MAS TENHO VONTADE DE DIZER COMO A ODEIO,
E PEDIRIA PARA FAZER O FAVOR DE FICAR SE INCOMODANDO COM A MINHA VIDA.
POIS SE ELA NÃO SOUBE APROVEITAR A VIDA DELA
EU TENHO O DIREITO DE CURTIR A MINHA!
Gabriela ficou envergonhada, disfarçando falou que nunca iria escrever essas barbaridades. Luana sua prima de 10 anos falou que ela estava mentindo, pois na parte da manhã escreveu esses versos, depois o jogou no lixo. Então achou melhor mostrar a sua tia como Gabriela gostava dela.
Helen chateada começou a chorar, brava a moça falou que escreveu essas palavras porque sua tia implica com seu namorado Claudio. Esses acontecimentos atrapalharam a festa. Gabriela voltou para casa com seus pais. Bravo seu Luis comentou nunca ter passado tanta vergonha em sua vida, pois sua filha detestava sua irmã caçula. Entre lágrimas a moça falou que tinha 16 anos, era linda, aquela velha implicava com seu namorado Claudio dizendo ser mal companhia a sobrinha. Como castigo Luis a proibiu de encontrar-se com o amado por uma semana.
No domingo à tarde Gabriela mentiu aos familiares dizendo que iria ao cinema com as amigas, mas foi ao parque encontrar-se com o namorado. Depois de vários beijos ela pediu para ele ler um poema que escreveu ao amado:
MEU QUERIDO E ETERNO NAMORADO
ESTOU ESCREVENDO ALGUMAS SIMPLES PALAVRAS
PARA DIZER COMO AMO VOCÊ.
O BRILHO DOS SEUS OLHOS ILUMINAM O MEU CAMINHO
O SEU SORRISO É MAIS BELO DO QUE O BRILHO DA LUA CHEIA.
MEU PRINCIPE ENCANTADO A SUA COMPANHIA ME MOSTROU O VERDADEIRO SIGNIFICADO DA FELICIDADE.
PORQUE OS SEUS BEIJOS SÃO MAIS DOCES
DO QUE O DOCE DE BATATA-DOCE!
Contente Claudio comentou como a amava, os dois beijaram-se novamente. Ao entardecer quando chegou a sua residência, a tia Helena estava conversando com seus pais. Séria esta mulher mandou–a sentar no sofá, pois iria contar porque implicava com o namorado dela. Helena trabalhava em uma escola do subúrbio da cidade, viu duas vezes Claudio em um bar conversando com um criminoso procurado pela policia. Como estava sendo mal influenciado poderia prejudicar a moça. Chorando Gabriela a chamou de mentirosa, pois devia ter confundido o seu namorado com outra pessoa. A sua tia encalhada deveria estar com inveja de vê-la com o amado, estava querendo estragar a sua felicidade contando mentiras.
Helena sorriu, estava acostumada a ver adolescentes rebeldes, mas estava falando a verdade, desejava apenas a felicidade da moça. Luis a proibiu de se encontrar com o namorado. Na quarta-feira à noite Gabriela saiu escondida de casa, na lanchonete encontrou-se com o amado. Depois de vários beijos, entregou ao Claudio um novo poema:
QUERIDO, AS ESTRELAS DO CÉU ME MOSTRARAM UM TESOURO.
E A JÓIA RARA É VOCÊ MEU AMOR.
SE PUDESSE TE DARIA TODAS AS RIQUEZAS DO MUNDO.
MAS A ÚNICA COISA QUE POSSO TE DAR É O MEU AMOR.
PORQUE VOCÊ É O DONO DO MEU CORAÇÃO!
O rapaz a chamou de princesa, falou que gostaria de vê-la usando muitas, jóias. Então lembrou-se que o pai dela era gerente de uma joalheria. Sorrindo pediu para ela tirar uma cópia das chaves da joalheria, assim veria como a amada ficaria linda usando diversas jóias. Na quinta-feira Gabriela pegou escondida as chaves do seu pai, tirou cópias das chaves da joalheria desejando atender ao pedido do amado.
Neste mesmo dia encontrou-se as 20h30min minutos com Claudio. Os dois dirigiram-se a joalheria, entraram escondidos neste estabelecimento. Sorrindo o rapaz pediu para ela comer um bombom, depois de beijá-lo a moça comeu o doce. Mas neste doce estava injetado uma droga, pois Gabriela desmaiou. Entraram na joalheria mais três assaltantes, começaram a roubar jóias. Durante o assalto chegou vários policiais neste estabelecimento, os ladrões foram presos e a moça levada ao hospital.
Felizmente a moça estava bem, ela dormiu porque injetaram sonífero no bombom. No outro dia quando acordou ficou chocada quando soube da verdade. Enquanto um policial a interrogava tia Helena abraçou este homem, o agradeceu por ter protegido a sobrinha. Gabriela ficou envergonhada, pediu desculpas por tê-la ofendido. Sorrindo abraçou a moça, pois ainda era sua sobrinha preferida.
No sábado à noite Gabriela combinou que sairia junto com sua tia e o namorado dela, iria conhecer o filho do policial. Ela foi ao instituto de beleza fazer as unhas e penteado, colocou o vestido novo, ficou linda parecendo uma modelo. As 21:00 horas estacionou defronte sua casa um belo automóvel com sua tia Helena, o namorado dela e um moço. A moça ficou encantada quando conheceu aquele belo rapaz. Ele chamava-se Ricardo, parecia ator de cinema. Os dois casais dirigiram-se ao restaurante, Gabriela tinha certeza que naquela noite arrumaria um novo namorado.

sábado, 7 de janeiro de 2017

Fatalidade no Reino Clara

Durante a Idade Média as pessoas que viviam no Reino Clara eram felizes porque o rei Valdemar governava este lugar com justiça, paz e prosperidade. Este rei tinha um filho primogênito que se chamava Valdir. Todas as moças que moravam neste lugar sonhavam em se casar com o príncipe Valdir.
Neste lugar as pessoas eram solidárias e compreensivas, a única que não levou sorte foi a Manuela. Esta moça tinha 18 anos, era loira, media 1,60 centímetros e pesava uns 55 quilos. As pessoas tiravam saro dela porque tinha sardas no rosto e o seu nariz era grande e torto. Apesar deste pequeno defeito a Manuela era uma pessoa simples e simpática.
Numa certa tarde esta moça e algumas amigas foram fazer um piquenique na beira do lago. Enquanto comiam biscoitos, bolos e doces se aproximou deste local o príncipe Valdir. As moças quase desmaiaram quando ele se aproximou delas e falou:
- Boa tarde senhoritas!
Uma morena suspirando se curvou e falou:
- Boa tarde Majestade!
- Por favor, senhoritas vocês não precisam fazer tanta cerimônia para conversarem comigo.
Alegremente essas pessoas conversaram por uns quarenta minutos, depois o príncipe se despediu delas e voltou ao castelo real. Passou-se dez dias, como no domingo o príncipe Valdir faria 21 anos o rei mandou os mensageiros espalharem pelo reino a seguinte mensagem: No domingo o príncipe Valdir fará 21 anos, como ele já é um homem adulto precisa se casar com uma moça. Neste dia ao meio dia as moças solteiras que tiverem escrito um poema para o príncipe Valdir devem colocá-lo no baú real que ficará no jardim do castelo. O príncipe lerá todas as poesias, ele escolherá a que mais lhe agradar e se casará com a sua autora.
Todas as moças ficaram alvoroçadas, pois começaram a imagina a poesia que escreveram para o príncipe. Manuela como todas as moças que moravam neste reino estava apaixonada pelo príncipe Valdir. Ela perdeu o sono durante a noite, depois que se passaram três dias com muito esforço conseguiu escreve uma poesia. Na noite de sábado para domingo conseguiu dormir tranquilamente.
No domingo as 8:00 horas apareceu três moças na casa de Manuela. Uma delas chorando falou que havia escrito um lindo poema para o príncipe Valdir, mas, o perdeu na floresta. Ela estava pedindo ajuda as amigas para ajuda-la a encontrá-lo. Elas caminharam na floresta durante uns quarenta minutos. De longe viram uma casa velha que foi construída perto de uma árvore. A moça que havia escrito o poema falou que talvez a preciosidade que estavam procurando estava naquele casebre. Sentindo medo Manuela acompanhou as suas amigas, assim que entraram nesta casa perceberam que ali deveria morar uma bruxa. Porque os móveis e os outros objetos deste local assustavam as pessoas.
Manuela entrou no porão e começou a procurar o pergaminho que estava escrito a poesia. Então uma das moças fechou a porta do porão com a chave. As suas falsas amigas riram, uma delas falou:
- Nós conseguimos enganar esta idiota!
- Por favor, abram esta porta porque estou com medo de ficar presa neste porão, falou Manuela.
- Desculpe-me não podermos atender o seu pedido, pois temos um encontro marcado com o príncipe Valdir, falou outra moça.
As três moças foram embora desta casa, Manuela ficou presa no porão chorando. Passaram-se três horas, de repente a bruxa retornou a sua residência voando na vassoura. Depois de uns dois minutos ouviu barulho no porão. Furiosa ela se dirigiu a este local, assim que arrombou a porta gritou:
- Quem foi que ousou invadir a minha casa?
Manuela ficou desesperada e chorando contou tudo o que estava acontecendo. A bruxa pensou um pouco e rindo falou:
- Garota você pode ir embora da minha casa, mas pode ter certeza que vou estragar a felicidade das moças que escreveram as poesias ao príncipe Valdir.
Assustada Manuel saiu correndo desta casa e se dirigiu ao castelo real. Ao meio dia o príncipe Valdir foi ao jardim do castelo. Ele se aproximou do baú, pegou uma poesia e começou a lê-la:
MEU QUERIDO PRÍNCIPE VALDIR
VOCÊ É O HOMEM MAIS BONITO DO MUNDO
SE POR ACASO EU FOR A ESCOLHIDA PARA SER A SUA ESPOSA
SEREI A SUA ESCRAVA, POIS REALIZAREI TODOS OS SEUS PEDIDOS
PARA COMEÇAR MORDEREI TODOS OS DIAS O SEU NARIZ!
O príncipe ficou bravo e jogou fora o pergaminho. Ele deu um sorriso sem graça, pegou outra poesia e começou a lê-la:
PRÍNCIPE VALDIR! MEU QUERIDO PRINCIPE ENCANTADO
SE VOCÊ ME ESCOLHE PARA SER A SUA ESPOSA
DAREI-TE DE PRESENTE INUMEROS VIDROS DE PERFUME
SÓ LHE PEÇO QUE QUANDO ANOITECER
VOCÊ DEVE COLOCAR ALGODÃO NO SEU NARIZ
PORQUE O MEU PÉ TEM CHEIRO DE CHULÉ!
O príncipe ficou furioso, nervoso ele pegou outro pergaminho e leu a terceira poesia:
MEU ADORAVEL PRÍNCIPE VALDIR
TOMARA QUE DEPOIS DO NOSSO PRIMEIRO BEIJO
O FEITIÇO NÃO DESAPAREÇA TE TRANFORMANDO
EM UM SIMPLES SAPO!
Sentindo muita raiva o príncipe gritou:
- Essas mulheres estão tirando saro da minha cara!
Neste momento Manuela se aproximou do príncipe Valdir e falou:
- Majestade, por favor, leia a poesia que eu escrevi para você.
- Senhorita nesta sua poesia você não vai estar me humilhando? Perguntou o príncipe Valdir.
- Por favor, leia a minha poesia, se por acaso o que esta escrito nela o irritar o senhor pode mandar me prender, respondeu Manuela.
Então o príncipe Valdir pegou o pergaminho da mão direita desta moça e começou a ler a poesia:
PRÍNCIPE VALDIR COMO VOCÊ É UM HOMEM LINDO
TODAS AS MULHERES QUE MORAM NESTE REINO
DESEJAM SER A SUA ESPOSA
COMO EU NÃO TENHO NENHUMA CHANCE
DE CONQUISTAR O SEU CORAÇÃO
DIREI ALGUMAS PALAVRAS EM VÃO:
EU AMO VOCÊ!
O príncipe Valdir ficou emocionado e falou:
- Senhorita, por favor, me diga qual é o seu nome.
- O meu nome é Manuela, respondeu a moça.
Ele segurou as duas mãos dela, as beijou e falou:
- Manuela você aceita se casar comigo?
- Príncipe Valdir me casar com você é o grande sonho da minha vida, respondeu Manuela.
O príncipe Valdir e Manuela se abraçaram e beijaram-se. Passados uns vinte dias os dois se casaram e viveram felizes para sempre! 

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

A Vida Religiosa na Sociedade


A vida religiosa aborda a realidade de determinados valores sagrados através da fé, oração e boas ações. No templo reúnem-se membros da sociedade de diferentes classes sociais pedindo a manifestação divina que influencia nas suas vidas pessoais. Devido à violência e inúmeros problemas sociais muitos buscam na religião e igreja um espaço de segurança baseados na solidariedade e no amor mútuo.
Na vida agitada da cidade estando no interior da igreja os fieis além da oração encontram a paz. Pois, procuram acalmar-se a tentarem resolver suas dificuldades pessoais. A vida religiosa influencia na vida social do individuo porque determina o seu comportamento, normas, crenças e valores influenciando a sua conduta e o meio social em que vive.
Desde a antiguidade o homem deseja compreender o mundo, a natureza e a sociedade em que vive. A religião divulga como o Deus Pai deu vida ao mundo. O homem pecou por ter se afastado dos ensinamentos do criador. Deus Pai foi misericordioso e por amor enviou o seu filho Jesus Cristo ao mundo para socorrer principalmente os mais necessitados. Além de ajudar espiritualmente os fieis a igreja possui as suas funções sociais. Por causa das drogas e violência muitos buscam socorro no lugar sagrado.
Devido à diversidade dos fieis cada um procura o espaço sagrado conforme os seus motivos pessoais. A Igreja Católica fortalece a solidariedade entre os fieis através de trabalhos sociais desenvolvidos na comunidade. O templo por ser um local de acolhimento possibilita o bem estar do individuo com novas amizades e diversas representações sociais como batizados, casamentos e quermesses.
A comunidade na igreja deseja a igualdade e fraternidade. Através do trabalho social procuram amenizar as desigualdades sociais com a partilha, igualdade, compreensão e perdão. Apesar dos diferentes tipos de fieis da igreja procuram apoiá-la respeitando as normas, valores e crenças. Pois, a comunidade religiosa tornou-se uma alternativa terapêutica opondo-se ao isolamento e a exclusão social. A principal missão da igreja é divulgar a amor e os ensinamentos da Santíssima Trindade libertando o homem do pecado.
Muitos excluídos incluindo os pobres, o velho, o doente, pessoas com deficiências ou os que sofrem rupturas familiares e afetivas procuram apoio na igreja com novos laços afetivos.
Os migrantes, desempregados, habitantes de moradia precária sofrem com altos índices de violência. A exclusão social acontece principalmente nas maiores concentrações de crianças, adolescentes e mulheres lideres do domicilio com renda e escolaridade baixa. A violência e a exclusão social são dois fatores entrelaçados ocorridos pela falta de emprego, estudo e lazer. A religião pode possibilitar a ascensão social contendo a violência. Porque influência no comportamento social visando o bem comum. Conforme os ensinamentos de Jesus Cristo: Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.
A religião influência no convívio social proporcionando solidariedade social e integração. Muitos acreditam que a religião proporciona ascensão econômica de seus seguidores. Por exemplo, uma recompensa por seguir os ensinamentos de Deus. Alguns estudos constatam que as pessoas membros de uma comunidade religiosa evitam a depressão e tentativas de suicídio.
Os ensinamentos religiosos influenciam na vida das pessoas por valorizar a igualdade, fraternidade e contribui na integração social da pessoa. A igreja sendo um fundamento religioso contribui como espaço social beneficiando as pessoas com os belos ensinamentos da Santíssima Trindade.
 
Bibliografia:
Religião e exclusão social: a dialética da exclusão e inclusão nos espaços sagrados da Igreja católica na Metrópole / José Carlos Pereira. – Aparecida, SP: Editora Santuário, 2009.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Remorso Astuto

Naquela quarta-feira às doze horas e quinze minutos tinha poucas pessoas no banco. De repente entraram cinco homens, eles estavam mascarrados, segurando revolveres gritaram que era um assalto. Um dos funcionários do banco apertou o alarme avisando a policia. Os assaltantes reuniram na área central deste estabelecimento os funcionários e clientes, ao todo tinha cinco mulheres e sete homens. O gerente do banco nervoso tentou conversar com os bandidos falando que esse assalto era uma loucura, pois o banco tinha um sistema perfeito de segurança. Rindo o líder do grupo tirou a mascarra, comentou que dariam uma lição nos donos deste estabelecimento.
As pessoas reconheceram o assaltante, ele já tinha trabalhado como gerente deste banco. Depois que foi demitido perdeu todos os seus bens financeiros e estava endividado. Neste momento chegou a policia, cercaram o banco, pelo auto-falante pediram para os assaltantes libertarem os reféns e entregarem-se. O líder libertou um senhor de idade e duas mulheres, entregaram aos policiais um bilhete:
“Não queremos machucar ninguém, para libertarmos os outros reféns entregue-nos dois milhões de reais. Providenciem um bom veiculo automotor, não sigua-nos quando sairmos do banco.”
Apavorados os reféns achavam que os policiais nunca aceirariam a proposta dos assaltantes. Rindo o líder dos bandidos falava que os seus prisioneiros nunca passaram tanto medo nas suas vidas. Um rapaz de 22 anos falou que chamava-se Anderson, era estudante de contabilidade. Há cerca de três meses visitou o seu primo na metrópole do Estado. Num sábado ambos foram a uma festa realizada no bairro nobre da cidade. Os convidados deste evento tinham automóveis do ano ou importados.
A festa estava animada, foram servidas inúmeras bebidas alcoólicas, vários convidados usaram cocaína. Passada da uma hora da manhã o dono da casa desejava tornar a festa alucinante, pois entre os seus convidados tinha um portador do HIV, lançou a proposta de terem relações sexuais sem usarem o preservativo. Vários convidados foram embora, enquanto outros começaram a ter intimidades entre si.
Como o rapaz havia tomado várias bebidas alcoólicas e consumido drogas transou com várias pessoas, não usou o preservativo. Passados alguns dias Anderson teve alguns problemas de saúde, precisou ir ao médico que o mandou fazer vários exames. O exame de sangue indicou que ele era portador do HIV, devido ao seu nervosismo foi aconselhado a tomar todos os cuidados para não transmitir AIDS às outras pessoas.
Algumas pessoas sentiram pena do rapaz. Outro refém, um homem de uns 40 anos riu forçadamente, contou que sua estória era mais triste do que a do Anderson. Ele chamava-se Danilo, desde jovem era viciado em jogos. Por sorte casou-se com Valéria, uma linda mulher, mas foi esperto, pois não comentou o seu vicio. Durante dois anos viveram muito felizes, por azar durante os últimos jogos perdeu bastante dinheiro. Ele precisou vender o carro e hipotecou a casa. Como não tinha dinheiro para pagar as dividas o banco exigiu que saíssem da residência, pois a venderiam. Desesperado contou a verdade à esposa, depois de discutirem agoniada contou os seus problemas pessoais ao patrão. Valéria trabalhava como caixa em um supermercado, o dono deste estabelecimento tinha várias propriedades, estava separado da esposa há uns dois meses.
No outro dia este homem procurou Danilo, falou que pagaria as suas dividas. Em troca Valéria deveria transar com ele uma vez por semana durante seis meses. Ele teve vontade de bater no patrão de sua esposa, mas lembrou-se das dividas, comentou que precisaria conversar com Valéria. A esposa ficou indignada com esta proposta, pediu demissão do serviço. Passadas duas semanas quando viu os graves problemas financeiros conversou com Danilo, achou melhor aceitar a proposta do seu ex-patrão.
Aquele homem pagou as dividas, começou a transar com a esposa do jogador. Ele deu vários presentes a Valéria, passadas quatro semanas ela separou-se do marido e foi morar com o dono do supermercado. Angustiado jurou nunca mais jogar, mas vingaria-se do homem que roubou sua esposa.
Passados uns três meses ficou sabendo que o dono do supermercado iria à festa de despedida de solteiro do seu amigo. Danilo decidiu vestir-se de mulher, tentaria seduzi-lo, no momento adequado castraria o pênis dele. Neste evento os seus planos estavam dando certo, por azar Valéria o reconheceu, deram uma sura nele. Devido aos ferimentos ficou internado no hospital por uns quinze dias.
O líder dos assaltantes riu do Danilo, uma mulher de corpo deformado comentou que a sua estória era mais triste do que a dos outros reféns. Ela chamava-se Marinalva, com dezoito anos casou-se com um jogador de futebol. Após um ano teve uma menina, chamou-a de Cristina, mas o seu marido a abandonou. Passado algum tempo conheceu Beto, o famoso ator de teatro. Apaixonou-se perdidamente por este lindo moreno. Como estava difícil arrumar empregos Beto convidou-a ser sua parceira nos golpes. Os dois aproximariam-se de casais ricos, tentariam seduzi-los, enquanto estavam traindo os seus parceiros, começariam a fazerem chantagem anônima, deveriam pagar determinada quantia em dinheiro para não ser descoberta a traição.
Marinalva pediu para sua mãe cuidar da filha, enquanto ela e o amante viajavam por várias cidades dando golpes. Durante oito anos destruíram vários casamentos, ganharam bastante dinheiro com as chantagens. O último golpe foi em um fazendeiro e uma professora. Esta mulher sofreu demais com o final do seu casamento, mas pagou um detetive para descobrir a verdadeira identidade dos chantagistas. Em uma tarde enquanto Marinalva fazia compras recebeu uma carta com a seguinte mensagem: Você deve estar feliz por ter destruído o meu casamento. Eu sequestrei a sua filha, exijo R$100.000,00 reais de resgate. Ou melhor, devolvam o dinheiro que roubaram de mim e do meu marido, senão matarei a menina.
Desesperada telefonou a sua mãe, Cristina havia desaparecido. Amargurada durante 24 horas vendeu joias, dólares, o automóvel e emprestou dinheiro para conseguir a quantia do resgate. Em uma praça depois de entregar os R$100.000,00 reais pode abraçar a menina de dez anos. Amargurada a professora colocou R$30.000,00 reais numa sacola, entregou a Cristina falando:
- A sua mãe é um monstro, pois junto com o amante destroem casamentos, chantageiam pessoas. Ela apenas devolveu o meu dinheiro, estou dando-te esta quantia de dinheiro, pois a usei para chantagear esta bruxa.
Marinalva levou Cristina à casa de sua mãe, discutiu com a menina. Quando contou ao Beto que entregou todo o dinheiro deles como resgate de sua filha, ele bateu nela e fugiu. Devido à sura, seu corpo ficou deformado.
Fora do banco juntou-se uma multidão, gritavam para libertarem os reféns, pois se os assaltantes queriam dinheiro deveriam trabalhar. Anderson contou que na Antiguidade Clássica os escravos trabalhavam enquanto os cidadões filosofavam. Durante a Idade Média o trabalho cabia aos servos, os senhores feudais eram os poderosos donos da terra. No final da Idade Média aconteceram transformações com A Reforma Religiosa, O Renascimento Cultural e as Grandes Navegações. Com o Iluminismo vieram avanços científicos e tecnologias inovadoras. A Evolução Industrial divide-se em três momentos distintos. A primeira foi quando inventaram a máquina a vapor, grande parte dos agricultores e artesões começaram a trabalhar nas indústrias em troca do salário. Surgiu à burguesia, donos dos meios de produção e o proletariado, mão de obra assalariada. No final do século XIX ocorreu a Segunda Evolução Industrial. Pois descobriram a eletricidade e os trabalhadores começaram a lutar por seus direitos. A Terceira Evolução Industrial aconteceu a partir da metade do século XX, com o desenvolvimento da automação. Atualmente aumentou o serviço terciário ou de serviços, globalização da economia, uso tecnológico de ponta. O mercado de trabalho tornou-se competitivo, com o aumento do desemprego piorou a fome, falta de moradia, assaltos.
No mundo existe muita violência, várias pessoas não acreditam na existência de Deus comentou Marinalva. Sorrindo falou que chantageou um professor de filosofia, ele acreditava em Deus, estudava os seus ensinamentos escritos na Bíblia. Pois gostava de estudar três acontecimentos fantásticos:
Os filhos de Jacó sentiam ciúmes do irmão José que conseguia explicar os sonhos, certo dia o venderam a mercadores para ser escravo no Egito. Passados alguns anos o Faraó teve um sonho, mas ninguém conseguiu interpretá-lo. O Faraó mandou chamar José, além de interpretar o sonho, aconselhou o Faraó. O conselho do rapaz agradou o Faraó e seus ministros, ele tornou-se vice-rei do Egito. Nos sete anos de abundância José armazenou trigo nos viveres das cidades. Durante a seca os dez irmãos de José foram ao Egito comprar trigo. José os tratou com severidade para verificar o arrependimento deles, submetendo-os a várias provas. No final José perdoou os seus irmãos e acolheu com carinho a sua família.
Os filhos de Israel tornaram-se numerosos no Egito, uma ameaça aos egípcios. O rei do Egito escravizou este povo, mandou jogar no rio Nilo todo menino assim que nascesse. Uma mulher da tribo de Levi teve um filho homem, o escondeu por três meses. Quando não pode mais escondê-lo, colocou-o no cesto, e o depositou nas margens do rio. A filha do Faraó desceu para tomar banho no rio, viu o cesto, teve compaixão do menino. Ela o adotou, chamou-o de Moisés. Quando tornou-se adulto Moisés viu o sofrimento dos seus irmãos. Ele matou um egípcio, fugiu ao país de Madiã. Deus escolheu Moisés para ser o líder do seu povo, pois deveria libertá-los da escravidão do Egito e conduzi-los a Terra Prometida.   
Jesus Cristo nasceu na cidade de Belém, na Judéia. Chegaram a Jerusalém alguns reis magos do Oriente perguntando onde estava o recém-nascido rei dos judeus, pois viram a sua estrela e vieram homenageá-lo. O rei Herodes ficou apavorado, consultou os sacerdotes, foi informado que o Messias deveria nascer em Belém. O rei Herodes enviou-os a esse local, mas pediu para o avisarem assim que o encontrassem, pois também queria homenageá-lo. Depois de ouvirem o rei partiram, a estrela os conduziu ao lugar onde estava o menino. Os reis magos homenagearam o menino, avisados em sonhos voltaram a sua terra por outro caminho. O Anjo do Senhor avisou José em sonho para levantar-se, pegar o menino e a sua mãe e fugirem para o Egito. Durante a noite José, Maria e o menino Jesus Cristo fugiram ao Egito. Herodes mandou matar todos os meninos de Belém desde os recém-nascidos até dois anos, pois tinha medo de perder o poder.
No século III, Santa Eugênia, com 20 anos foi jogada na fornalha das termas de Severo. O fogo apagou-se instantaneamente, não conseguiram acender o fogo enquanto a santa ficou dentro do forno.
No século V, um incêndio ameaçava destruir Viena – Austrália. O arcebispo São Marmerto, prostrou-se defronte o altar, pediu ajuda a Deus, o incêndio apagou-se sozinho.
No século XVI, o fogo queimava o bosque na América. A tribo de índios ficou cercada pelo incêndio. São Luis Bertrand pediu com fé a Jesus Cristo, fez contra o fogo o sinal da Cruz, o incêndio acabou-se naquele momento. O professor de filosofia comentava que atualmente não acontecem esses fatos extraordinários, pois o homem inventou a eletricidade, automóvel, avião, precisa usar da sua própria inteligência para resolver os seus problemas sociais.
Danilo respirou profundo, falou que o homem é um ser livre, escolhe praticar o bem ou o mal. Infelizmente até o momento ele praticou o mal, fez seus familiares e amigos sofrerem. Não teve coragem de procurar a sua mãe idosa, abraçá-la e dizer como a amava. Ele abandonou a sua primeira esposa, não ajudou a educar os seus dois filhos. Pois era sua obrigação ensiná-los a valorizarem o trabalho, previni-los sobre o consumo de drogas e transmissão de doenças.
Se por acaso os assaltantes o matassem neste momento seria justo o seu espírito ir ao inferno. Porque foi covarde durante toda a vida, valorizou trapaças, enganações, ganhava dinheiro com facilidade. Talvez não merecesse uma segunda chance para reparar os seus erros. A vida é valiosa, somos felizes e trazemos felicidades às outras pessoas quando praticamos as boas ações.
Os assaltantes ficaram comovidos com essas palavras, entregaram-se a policia e libertaram os reféns.  

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Capitulo 8 - O Abandono do Bebê

Rute ficou abalada quando leu o bilhete e o mostrou para Simão. Ele ficou inconformado depois que o leu e falou:
- Rebeca não tinha o direito de abandonar o meu neto.
- Esta moça é jovem, em sua gravidez aconteceu várias coisas que a deixaram traumatizada, falou Rute.
- Uma mãe nunca deve rejeitar o seu próprio filho, falou Simão.
- Todas as crianças devem ser amadas e tratadas com carinho, falou Rute.
- Infelizmente parece que a vida deste menino vai ser igual a do finado pai dele, falou Simão.
- Acalme-se Simão, quando a mãe do Joel fugiu com outro homem nesta época ele não tinha uma amiga que se preocupava com ele, falou
Simão desesperado começou a chorar e falou:
- Eu tinha tantos planos para fazer o meu neto feliz, agora este menino será infeliz porque não terá o amor de sua mãe.
- Joel será muito amado por mim, vou adotar este menino, falou Rute sorrindo.
Rute gostava do Joel como se fosse seu filho. Ela telefonou para a dona Francisca e contou que a Rebeca tinha abandonado o seu filho. Como desejava adotar Joel, pediu para esta mulher lhe orientar sobre o que deveria fazer para conseguir legalizar esta adoção. A assistente social permitiu que o Joel ficasse por sessenta dias na sua casa. Rebeca desapareceu e ninguém conseguiu encontrá-la. O juiz verificou que cuidavam bem do menino e o amavam, então permitiu que fosse adotado por Rute. Simão também amava o seu neto e continuou morando naquela casa. A Associação de Bairros da Vila Dedo Duro precisava contratar um motorista, dona Francisca arrumou esse emprego para o seu amigo Simão. 
Passaram-se vários anos, Joel crescia bonito e com saúde. Rute era feliz porque tinha um pai e um filho adotivo. Na sua casa os três se amavam, viviam com paz e harmonia. Ela se orgulhava do Joel, com seus dez anos estudava na quarta série, gostava de ler livros e fazia natação. Ele tinha ganhado algumas medalhas nas competições que participou. Quando fez doze anos que Rute comprou sua casa terminou de paga-la. Para aumentar sua felicidade no mesmo mês fez vinte e dois anos que trabalhava no mesmo emprego. Numa segunda-feira quando chegou na sua casa achou estranho receber uma carta vindo da cidade de Bauru, não tinha nenhum parente ou amigo que morava neste lugar. Depois que abriu o envelope ficou espantada quando leu a carta: “Querida Rute espero que esteja tudo bem com você quando receber esta carta. Até hoje não me conformo por ter abandonado o meu próprio filho. Penso todos os dias no Joel, precisamos conversar com urgência. No próximo domingo vou a cidade Caloteira, às catorze horas telefonarei a sua casa. Por favor, esqueça o ódio que sente por mim e converse comigo. Nenhuma palavra consegue explicar o erro que cometi. Sinto remorso e gostaria de ver o meu filho pessoalmente. No domingo conversaremos mais detalhadamente: Rebeca dos Santos”
Desesperada Rute começou a chorar. Ela e o seu Simão com muito amor e carinho cuidavam do Joel. Nunca imaginou que Rebeca poderia aparecer e levar o seu filho embora. Aquela mulher era mãe de sangue do menino, mas Rute se julgava mãe de coração porque cuidava dele desde que nasceu. Então a porta da sala se abril, Joel entrou segurando uma bola de futebol e falou:
- Tia Rute consegui marcar um gol no jogo de futebol.
Ela tentou disfarçar, passou suas mãos no seu rosto e falou:
- Meus parabéns garoto, praticar esportes faz bem para a saúde.
O menino notou que ela estava nervosa e perguntou:
- Aconteceu alguma coisa para a senhora estar chorando?
- Eu não estou chorando, entrou um cisco no meu olho, respondeu Rute.
- Eu vou fazer de conta que acreditei nas suas palavras, falou Joel sorrindo.
- Joel já esta tarde, acho melhor você ir tomar banho, falou Rute.
- Meu neto, por favor, não demore, o seu avô também precisa tomar banho e esta com fome, falou Simão.
Joel sorrindo falou que em um minuto estaria no banheiro. Rute e Simão ficaram sozinhos na sala, então ele perguntou:
- Rute o que aconteceu, pois vi você chorando quando entrei na sala?
Ela entregou a carta e falou:
- Leia esta carta, então o senhor compreenderá porque fiquei desesperada.
Simão leu a carta, aflito sentou no sofá e falou:
- Esta mulher abandonou o meu neto quando era bebê, agora que tem dez anos vai querer levá-lo embora.
- Acalme-se seu Simão, ela apenas quer conversar comigo e ver o seu filho pessoalmente, falou Rute.
- Poder estar ao lado do Joel e ver este menino crescer é que me dá motivos para ser feliz nesta vida, falou Simão.
- Eu compreendo o senhor, mas não podemos impedir que uma mãe tente se aproximar do seu filho, falou Rebeca.
- Você ficará feliz se a Rebeca levar o Joel embora desta casa? Perguntou Simão.
Joel tinha terminado de tomar banho e gritou do banheiro:
- Avô Simão já tomei banho, daqui a dois minutos sairei daqui.
- Devemos nos acalmar, primeiro vou conversar com Rebeca para ver o que ela deseja fazer, falou Rute.
Simão deu um sorriso sem graça, foi ao quarto pegar roupas limpas e entrou no banheiro. Como estava escurecendo Rute achou melhor fazer o jantar. Apesar do sofrimento os dias da semana passaram vagarosamente. No domingo à tarde Joel quis ir ao clube treinar natação. Simão falou que iria junto com ele rever alguns amigos. Rute sabia que a Rebeca iria telefonar para ela e falou que estava com dor de cabeça. Às treze horas e trinta minutos Joel e seu avô foram ao clube. Nervosa e ansiosa Rute esperava os minutos se passarem. Às catorze horas o telefone tocou, quando atendeu era Rebeca, elas conversaram um pouco. Rebeca queria conversar com ela pessoalmente, nervosa pediu para se encontrar na praça. Quando Rute a viu falou:
- Oi Rebeca, que surpresa poder vê-la pessoalmente.
- Oi Rute, estou envergonha, nenhuma palavra consegue explicar o que estou sentindo, falou Rebeca.
- Nós duas tivemos problemas no passado, será que posso lhe dar um abraço de boas vindas? Perguntou Rute.
Rebeca sorriu, as duas se abraçaram, enquanto saiam algumas lágrimas dos olhos da Rebeca ela falou:
- Desde as onze horas da manhã fiquei escondida vigiando sua casa, de longe vi o meu filho Joel, ele é um lindo menino.
- Rebeca o que você fez da sua vida nesses dez anos que ficou desaparecida? Perguntou Rute.
- Eu fui para a cidade de São Paulo com o tal do Edivaldo, no começo parecia ser um cara legal. Nós dois fomos morar na casa de um amigo dele. Passado um mês arrumei emprego em uma padaria. De repente ele começou a ficar estranho comigo, certo dia precisei ir em casa mais cedo e o vi me traindo com outra mulher. Parecia que o mundo ia acabar, arrumei minhas coisas e fui andando sem rumo por aquela cidade, falou Rebeca.
- Quando o meu ex-noivo me traiu eu também fiquei desesperada, falou Rute.
Rebeca riu e falou:
- No meio deste pesadelo enquanto atravessava uma rua um motorista de caminhão me atropelou. Marcos era um bom homem, ele me socorreu e levou-me ao hospital. Inexplicavelmente ficamos amigos e nos apaixonamos, falou Rebeca.
- Você é uma mulher de sorte, esta difícil encontrar o amor verdadeiro, falou Rute.
- Marcos era um homem bondoso e solteiro, depois de quatro meses que nos conhecemos ele quis se casar comigo, falou Rebeca.
- Meus parabéns Rebeca lhe desejo muitas felicidades, falou Rute.
- Já faz nove anos que sou casada com o Marcos, nós dois moramos na cidade de Bauru e tivemos três filhos, falou Rebeca.
Rute a abraçou novamente e falou:
- Rebeca meus parabéns, você é uma mulher de sorte por ter tido quatro filhos.
- André tem oito anos, César seis anos e a minha filha caçula Verônica quatro anos, falou Rebeca.
- Por favor, Rebeca você tem alguma fotografia dos seus filhos, falou Rute.
Rebeca abriu sua bolsa e mostrou uma fotografia dela abraçada com o marido e os três filhos estavam na frente do casal.
- Os seus filhos são lindos, falou Rute.
- Eu sempre amei André, César e Verônica, procuro ser uma boa mãe para eles, mas penso todos os dias no Joel, falou Rebeca.
- Desde aquele dia que você foi embora da minha casa eu e o senhor Simão cuidamos do Joel, nós o amamos e procuramos lhe ensinar os valores da vida humana, falou Rute.
- Naquela época fui egoísta, pois só pensei na minha felicidade, falou Rebeca chorando.
- Não se culpe pelos erros cometidos no passado, na sua gravidez seus irmãos a expulsaram de casa, o pai do seu filho estava viciado em drogas, quando estava se recuperando foi assassinado. Você precisava ser amada e compreendida, infelizmente naquela época só sentiu dores e sofrimento, falou Rute.
- Rute você é uma pessoa incrível, pois se preocupa com a felicidade das outras pessoas, falou Rebeca.
- Não quero ser uma pessoa chata, mas o senhor Simão ficará muito triste se você levar embora o Joel da minha casa, falou Rute.
- Meu filho teve sorte por ter sido adotado por você Rute, quero que ele continue vivendo ao seu lado até que se tornar adulto. Apenas desejo conversar com Joel e pedir perdão por tê-lo abandonado quando era bebê, falou Rebeca.
Rute tentou se acalmar do seu nervosismo e falou:
- Você tem o direito de conversar com o seu filho, eu pretendo ajudar no que precisar.
- Gostaria de conversar com o meu filho ainda hoje, falou Rebeca.
Rebeca falou que o seu marido trabalhava em uma transportadora, neste domingo precisou levar uma carga a cidade de São Paulo. Ela aproveitou esta viagem e veio junto com ele até a cidade caloteira. Eles dois combinaram que se encontrariam as vinte e uma horas na rodoviária da cidade. Rute falou que o Joel e o avô dele voltariam para casa depois das dezessete horas. Neste tempo as duas deveriam se preparar para conversarem com o menino. Às dezessete horas e trinta e cinco minutos Joel e o seu Simão chegaram em casa. Rebeca ficou na cozinha, quando Joel viu Rute falou:
- Tia Rute me sai bem no treino de natação hoje, estou preparado para ganhar uma medalha naquele torneio que acontecerá daqui a três semanas.
- Meus parabéns Joel, preciso ter uma conversa muito séria com você, falou Rute.
Rindo o menino falou:
- Eu não desobedeci nenhuma das suas ordens tia Rute, por que a senhora esta brava comigo?
Rute sorriu, ela o abraçou e falou:
- Adoro as suas brincadeiras, por acaso você não tem vontade de conhecer a sua mãe verdadeira?
Joel ficou chateado com esta pergunta e respondeu:
- A minha mãe me abandonou quando era bebê, é ela que deve ter vontade de conhecer o seu filho.
- Rebeca a sua mãe de sangue sentiu saudades e deseja conversar com você Joel, falou Rute.
Revoltado o menino falou:
- Quando precisei da minha mãe ela me abandonou, agora que estou crescido não preciso mais dela.
- Raiva e ódio são sentimentos que fazem mal para nós mesmo. Joel por favor, leia esta carta que a sua mãe escreveu para mim, falou Rute e entregou a carta para o menino ler.
Depois que o menino leu a carta perguntou:
- Tia Rute a senhora conversou com a minha mãe?
- Eu conversei com a Rebeca, ela mandou lhe dizer que se arrependeu por tê-lo abandonado quando era bebê e o ama muito, respondeu Rute.
O menino ficou emocionado, algumas lágrimas saíram de seus olhos, então Rute perguntou:
- Joel você gostaria de conversar com a sua mãe?
- Já faz dez anos que a minha mãe desapareceu, mesmo se tivesse vontade de conversar com ela não sei como encontrá-la, respondeu Joel.
Neste momento Rebeca que estava no quarto  se aproximou do menino e falou:
- A sua mãe esta na sua frente e lhe ama bastante.
Os dois se abraçaram e choraram. Emocionados conversaram, Rebeca contou como foi a sua vida nesses dez anos. Joel falou que estava na escola, gostava de nadar e no seu tempo livre brincava com os seus amigos. Rute e Simão ficaram de longe observando mãe e filho conversando. Rute fez o jantar. Às dezenove horas e quinze minutos ela convidou Simão, Rebeca e Joel para jantarem. O menino ficou contente quando viu a fotografia de seus três irmãos. Rebeca falou que poderia ir conhecê-los quando quisesse. Depois que jantaram a mãe do Joel falou que precisava ir embora, pois deveria estar na rodoviária as vinte e uma horas para se encontrar com seu marido. O menino começou a chorar e falou que sua mãe iria abandoná-lo novamente. Ela sorriu e falou que veio apenas visitá-lo, mas em breve gostaria de vê-lo novamente. Rute para agradá-lo falou que no próximo final de semana poderiam ir a cidade de Bauru visitar a mãe dele. Como já eram oito horas e trinta minutos os quatro pegaram um ônibus e foram à rodoviária. As vinte e uma horas o marido de Rebeca apareceu, eles foram apresentados, como já estava tarde ela precisou ir embora. Joel chorou quando se despediu de sua mãe, ela sorriu e falou que gostaria de vê-lo sorrindo porque daqui a seis dias se veriam novamente.  
O menino falou a semana inteira que gostou de sua mãe e ficou feliz por ter três irmãos. Rute sorria amargurada, apenas desejava que o Joel fosse feliz e não iria impedir se ele quisesse morar junto com sua mãe. No sábado Rute e Joel foram a cidade de Bauru. Com o endereço acharam com facilidade a casa de Rebeca. Esta residência era pequena, tinha cinco cômodos e os móveis eram velhos. André, César e Verônica ficaram contentes quando conheceram o seu irmão mais velho e lhes deram vários presentes. Os quatro irmãos estavam brincando quando Rute os convidou para irem a sorveteria. No momento que passavam em frente a uma loja esta mulher comprou roupas novas para eles. Na sorveteria as crianças se divertiram bastante. À noite quando foram dormir Joel ficou chateado porque dormiu na cama do Felipe e o seu irmão foi dormir no sofá na sala. Apesar destes transtornos todos se divertiram naquele final de semana. No domingo às dezesseis horas Rute e Joel foram à rodoviária pegar o ônibus para retornarem a cidade Caloteira. Quando foram se despedir Rebeca, seus filhos e o Joel choraram. No dia seguinte Rute levantou-se cedo e foi trabalhar. Quando chegou do serviço na sua casa seu Simão falou que o Joel estava triste e não foi brincar com seus amigos. Preocupada ela o chamou a sala e perguntou:
- Eu e o seu avô o amamos bastante, por que você esta triste hoje?
- Estou com saudades da minha mãe e dos meus irmãos, respondeu Joel.
- Por acaso você gostaria de morar junto com a sua mãe e seus irmãos? Perguntou Rute novamente.
- Tia Rute a senhora gostaria que eu fosse morar em outra cidade, na casa da minha mãe? Perguntou Joel.
- Eu não sou sua mãe de sangue, mas a sou de coração. Para vê-lo feliz sofrerei bastante, mas se desejar o levarei a casa da Rebeca, respondeu Rute.
- Acho que nunca serei feliz se viver longe da senhora e do meu avô Simão, falou Joel.
Os dois se abraçaram, Rute falou:
- O seu encontro com a Rebeca foi surpresa e novidade na sua vida. Em breve se acostumará e saberá que eu, o seu avô Simão, a sua mãe, o seu padrasto e os seus irmãos amamos você Joel.
- Sou um garoto de sorte por ser amado por tantas pessoas, falou Joel.
- Você é um menino inteligente, apesar de ama-lo bastante às vezes contrario a sua vontade, pois quando digo sim ou não faço as coisas pensando no seu próprio bem, falou Rute.
- Sempre achei à senhora uma pessoa legal, falou Joel.
- A minha intenção é lhe dar uma boa educação para você saber distinguir as coisas certas das erradas, falou Rute.
Eles se desabraçaram, Joel sorrindo falou:
- A senhora sempre será uma pessoa especial na minha vida.
- Joel poder cuidar de você e vê-lo crescer me trouxe alegria e um novo motivo para viver, falou Rute.
- Daqui a duas semanas a minha mãe virá a cidade Caloteira nos visitar e trará os meus irmãos junto com ela, falou Joel.
- Este dia vai ser emocionante ainda mais que acontecerá o campeonato de natação, falou Rute.
- Eu vou treinar bastante, pois estou querendo ganhar uma medalha nesta competição, falou Joel.
- E com muita alegria eu, seu avô Simão, sua mãe e seus irmãos comemoraremos a sua vitória, falou Rute.
Passadas duas semanas no sábado quando as crianças se encontraram ficaram felizes. André, César e Verônica gostaram dos presentes que ganharam do Joel e de Rute. Eles brincaram o dia inteiro, Rute e Rebeca ficaram de longe vendo a alegria deles. No domingo cedo foram ao clube para verem o campeonato de natação. Todos estavam ansiosos e torciam pelo Joel quando foi participar da competição. O menino se esforçou bastante e venceu a prova. Os seus familiares felizes comemoraram esta vitória. No momento que Joel recebeu a medalha falou alto:
- Estou feliz por ter ganhado esta medalha, quero agradecer a minha mãe Rebeca por ter me colocado no mundo e a tia Rute por ter cuidado de mim desde que nasci.
Emocionadas as duas choraram e abraçam o menino. Feliz Rute enxugou suas lágrimas e falou:
- Agora nós vamos ao restaurante para comemorarmos a vitória do Joel na competição de natação.
Eles foram ao restaurante, pois tinham motivos para serem felizes.