segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Capitulo 6 - A Nova Vida do Joel

No outro dia Rute acordou às cinco horas e quinze minutos para ir trabalhar na fabrica. Rebeca também estava dormindo no seu quarto, Joel estava no quarto de hospedes. Com a luz acesa a moça acabou acordando. Rute sorriu e pediu para fazer companhia ao rapaz porque deveria estar deprimido por causa do falecimento do seu avô. No serviço ela conseguiu se distrair um pouco e esquecer-se dos seus problemas. Depois que trabalhou o dia inteiro retornou a sua casa. Quando entrou na sala Rebeca estava angustiada e falou:
- Rute o Joel ficou louco, nós dois discutimos, ele roubou a sua colcha nova, falou que odeia eu e você, nunca mais quer nos ver na frente dele.
- O vício do Joel esta falando mais alto do que a sua razão, falou Rute.
- Fizemos de tudo para ajudar o Joel, ele não nos ouve, estou desistindo e me preocupo com o meu filho, falou Rebeca.
- Você deve se preocupar com o seu filho e com a sua saúde, agora que o senhor Antônio faleceu preciso ter uma conversa séria com aquele rapaz, falou Rute.
- Pois lhe desejo sorte, não quero que o vício das drogas acabe com a vida do pai de meu filho, falou Rebeca.
As duas se abraçaram, Rute foi a casa que pertencia ao senhor Antônio procurar Joel. Quando chegou nesta residência a luz da sala estava acesa. Ela apertou a campainha, passados cinco minutos ele abriu a porta da sala e gritou:
- Droga! Já deixei avisado que não quero vê-la na minha frente.
- Então devolva o dinheiro que você roubou da minha bolsa e os objetos da minha casa, falou Rute.
- Chame-me de ladrão a vontade, ainda devolverei o seu dinheiro e as coisas da sua casa, falou Joel.
- Eu não vim aqui para condená-lo, estou querendo ajudá-lo, falou Rute.
- Por favor, me deixe em paz, falou Joel.
- Você quer ficar em paz para continuar roubando os outros para conseguir dinheiro para comprar as drogas, falou Rute.
- Meu finado avô Antônio sempre falava que roubar é errado, mas se eu não fumar um cigarro de crack parece que vou enlouquecer, falou Rute.
- Você esta viciado e faz qualquer sacrifício para obter a droga para satisfazer o seu vício, falou Rute.
- Já tentei várias vezes parar de fumar maconha e não consegui, o crack me dá altas emoções, mas custa mais caro, falou Joel.
- Rapaz se esforce, tente se libertar deste vício, falou Rute.
- Nunca vou conseguir parar de fumar o crack, já me tornei ladrão, daqui a alguns dias estarei na cadeia fazendo companhia ao meu pai, falou Joel chorando.
- Para você se libertar deste vício terá que fazer tratamento e ser internado em uma clínica de recuperação de drogados, falou Rute.
- Eu sou um cara pobre, apenas pessoas ricas possuem dinheiro para internar seus filhos nessas clínicas, falou Joel.
- A dona Francisca tem uma prima que trabalha em uma clínica de recuperação, Joel se você desejar e cooperar a Associação de Bairros da Vila Dedo Duro pagará o seu tratamento, falou Rute.
- Se for para me libertar do consumo das drogas quero ir a clínica fazer este tratamento, falou Joel.
Os dois se abraçaram, Joel retornou a casa da Rute. No dia seguinte procuraram a dona Francisca falando que o rapaz desejava se internar na clínica de recuperação de drogados. Aquela mulher falou que já tomou as devidas providencias, o rapaz iria para esse local dentro de dois dias às oito horas da manhã. Mas precisava levar para a clínica suas roupas e outros objetos. Rute pediu para colocar em um pedaço de papel tudo o que este rapaz precisaria, pois as arrumaria ainda neste dia. Aquela senhora pediu para o seu vizinho os levarem a clínica. Rebeca estava animada quando foi se despedir do Joel e falou:
- Sentirei saudades de você, rezarei a Deus para liberta-lo deste vício assim poderemos criar juntos o nosso filho.
Joel a abraçou e beijou-a, terminado o beijo falou:
- Foi por minha livre e espontânea vontade que comecei a fumar a maconha, minha consciência me diz que devo ficar internado na clinica de recuperação de drogados para me libertar deste vício.
- Joel vai ser difícil ficar internado na clínica, mas você tomou a decisão correta, falou Rute.
- Por favor, cuide bem da minha mulher e do meu filho, falou Joel.
Rute o abraçou, quase chorando falou:
- Fique tranquilo, a Rebeca e o seu filho ficarão seguros na minha casa.
- Rute me simpatizei com você desde a primeira vez que a vi, falou Joel.
- Além de ser sua amiga o acho um cara legal, falou Rute.
Eles se despediram, Joel entrou no automóvel e foi levado para a clínica de recuperação de drogados. Passados dez dias em um domingo Rute foi visitar o seu Simão na penitenciaria. Ela falou que o filho dele estava viciado em drogas e foi internado em uma clínica de recuperação de drogados. Aquele homem ficou triste, Rute sorriu, falou que pelo menos o rapaz estava fazendo o tratamento e se recuperaria ainda mais que dentro de poucos meses seria pai. Simão ficou contente por saber que se tornaria avô, quis saber tudo sobre a vida da mãe do bebê. Os dias foram passando, já fazia cinco meses que o Joel estava internado na clínica. No próximo domingo Simão seria solto da prisão por ter cumprido os nove anos e oito meses que foi condenado pelo crime que cometeu. Rute conversou com o diretor da clínica e pediu para o rapaz ficar o próximo final de semana em sua casa para juntos comemoraram esse acontecimento. O homem sorriu e falou que no sábado cedo poderia vir buscá-lo. Na sexta-feira a tarde quando estava chegando em sua casa do serviço viu Rebeca conversando com um rapaz bonito. Antes dela chegar em frente da residência os dois se despediram, o cara deu um beijo no rosto da moça, entrou no automóvel e foi embora. Rebeca ficou sem graça quando viu Rute e falou que aquele rapaz era seu amigo. No outro dia Joel ficou contente quando pode ir para a casa de Rute. Ele ficou feliz quando viu que a sua namorada estava de sete meses. 
- Rebeca você esta linda na sua gravidez, falou Joel.
- Eu fiz o ultrassom, nosso filho esta bem de saúde e vai ser um menino, falou Rebeca.
Joel ficou emocionado e falou:
- Em homenagem ao meu finado avô o nosso filho vai se chamar Antônio.
- Apenas quero é lhe ver feliz Joel, falou Rebeca.
Os dois se abraçaram, conversando faziam planos para o futuro. Enquanto estavam almoçando Rute falou que gostaria de fazer um almoço especial para comemorarem a liberdade do Simão. Ela dirigiu-se ao supermercado fazer compras, depois limpou e arrumou sua casa para ficar um ambiente harmonioso. Às dezesseis horas Rute, Rebeca e Joel foram a cozinha temperar carne, verem se tinham comprado todos os ingredientes para fazer a lasanha. Tudo estava em ordem, apenas o rapaz reclamou que tinha pouco refrigerante. Rute pediu para ele ir ao supermercado comprar mais algumas garrafas. Enquanto o rapaz estava passando em frente de um bar, um homem grande, vestindo calça jeans e camiseta, com boné e óculos de sol falou:
- Garoto você é filho do Simão Rodrigues, um homem traidor que esta preso na penitenciaria Esquiloide?
- Cara eu não o conheço, mas detesto que outras pessoas falem mal do meu pai, respondeu Joel.
- Simão gostava de ser machão, mas, o filho dele é uma frutinha, falou este homem.
Joel ficou nervoso e falou:
- O senhor fala bobagens porque esta bêbado.
- Amorzinho fale para o seu pai que o Cobra mandou lembranças para ele, falou o homem.
- Vá para o inferno, gritou Joel. Para evitar brigar com aquele homem saiu correndo.
- Quem vai para o inferno é você garoto, gritou o homem.
Ele sentou-se na motocicleta que estava estacionada perto do bar e a ligou. Quando passou perto do Joel pegou um revolver e deu três tiros nas costas dele e fugiu.           

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