Na segunda-feira cedo Guiomar se
dirigiu a padaria. Ele deixou bem à vista no seu pescoço a gargantilha que
pertencia a Aparecida. Sorrindo lia para todas as pessoas a poesia que recebeu
de sua admiradora secreta. O seu Vanderlei ficou abatido com o falecimento de
sua filha e ainda não tinha ido trabalhar. O seu patrão foi visitá-lo. Mara
estava inconformada com o falecimento de sua filha e chorava. Quando Vanderlei
cumprimentou Gilberto Neves todas as pessoas percebiam que ele estava abatido.
Vendo o sofrimento desta família Guiomar
disfarçava, mas tinha vontade de rir porque sua vingança foi perfeita. A prisão
de Aparecida era a dispensa do sobrado deste homem que foi construído no
subsolo. Ainda neste dia ele se dirigiu a este lugar visitar a sua prisioneira.
Assim que a viu falou:
- Garota se por acaso você desejar
comer algum alimento que não esta ao seu alcance, por favor, avise-me assim o
trarei aqui.
Aparecida odiava este homem,
disfarçando falou:
-Senhor Guiomar quem era esta mulher
que foi enterrada no meu lugar?
- Era um a andarilha da cidade de São
Paulo, respondeu Guiomar.
- Assassino! Gritou Aparecida.
- Garota você esta enganada, pois nada
fiz a aquela mulher, foram os dois homens que eu contratei que a eliminaram,
falou Guiomar.
Algumas lágrimas saíram dos olhos de
Aparecida enquanto ela falava.
- O senhor deve ter pagado bastante
dinheiro para o meu dentista falar que a arcada dentaria daquela mulher era
minha.
- Hoje à tarde entreguei a aquele
mentiroso apenas cinco mil dólares, falou Guiomar.
- Quando eu sair deste lugar darei uma
sura naquele homem, falou Aparecida.
- Você nunca o encontrara porque ele
me falou que durante a madrugada desta noite fugira com a sua amante, falou
Guiomar.
Apavorada Aparecida falou:
- Aquele cachorro ira abandonar a
esposa e os dois filhos pequenos.
- Este homem sabe aproveitar a vida,
falou Guiomar.
Na terça-feira cedo todas as pessoas
que conheciam o dentista ficaram inconformados, pois ele abandonou a esposa e
os dois filhos.
Às dez horas Felipe se dirigiu ao
escritório que o Sidnei trabalhava, quando ficaram sozinhos na sala o rapaz
falou:
- Meu amigo, por favor, me diga que eu
estou maluco, pois tenho certeza que a gargantilha que esta no pescoço do
senhor Gilberto Neves é de Aparecida Gomes.
Sidnei ficou intrigado e falou:
- Aparecida Gomes esta morta, no
domingo nós dois fomos no seu velório.
De repente Sidnei se lembrou de algo e
falou:
- O dentista que reconheceu a arcada
dentaria de Aparecida durante esta madrugada fugiu com outra mulher.
Surpreso Felipe falou:
- Então este homem pode ter mentido, talvez
alguém deseja se vingar de Aparecida.
- Precisamos pegar as impressões
digitais do Gilberto Neves para verificarmos a sua verdadeira identidade.
Os dois rapazes saiam do escritório e foram
procurar este homem. Na praça em frente a padaria ele estava sentado em um
banco fumando cigarro. Felipe disfarçou e foi a um bar comprar um maço de
cigarros. Então se aproximaram do Gilberto, como estavam fingindo que fumaram
cigarros começaram a conversar com ele. Passados uns três minutos ofereceram
cigarro ao novo amigo. Gilberto aceitou, com a mão esquerda segurou o maço e a
direita pegou o cigarro. Depois de alguns minutos se despediram dele, afobados
foram à delegacia.
Felipe era amigo de um detetive da
policia, com calma contaram que estavam desconfiados que o dentista tinha
mentido quando falou que a arcada dentaria daquele cadáver era de Aparecida. Sidnei
pediu para analisar as impressões digitais do Gilberto Neves, pois ele era o
principal suspeito desta possível armação. O detetive falou que mandaria o maço
de cigarros ao laboratório, apenas no próximo dia é que descobriram de quem eram
aquelas impressões digitais. Na quarta-feira às oito horas Felipe e Sidnei retornaram à delegacia porque o
detetive havia telefonado para eles. Assim que se cumprimentaram o detetive
falou:
- Gilberto Gomes esta usando identidade falsa, as
impressões digitais que estava no maço de cigarros pertencem ao Guiomar
Pereira. Este homem é louco, já faz mais de seis meses que ele fugiu do
sanatório.
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