quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Capitulo 2 - Desentendimentos com o Professor


Todos elogiaram o trabalho de Miriam, pois divulgava os valores da educação escolar. Gustavo falou que infelizmente acontecem discussões entre alunos e professores. O professor deve saber expor os seus conhecimentos aos alunos, mas não deve ser autoritário. Vários alunos antes de criticarem os professores deveriam pensar como se comportariam no lugar deles. Ele deu três exemplares de um livro as suas amigas.  Comentou que a autora publicou um conto nesta antologia comentando que o espírito do aluno foi transferido ao corpo do professor, o deste ao do aluno. O menino percebeu as dificuldades para o mestre lecionar.  Sorrindo começou a ler o conto:
REVIRAVOLTAS NA ESCOLA
Em uma escola pública de uma cidade moderna, Vicente em vez de prestar atenção na aula de matemática, estava se divertindo com os jogos do seu telefone celular. Este adolescente tinha 12 anos e estudava na 6º série. Enquanto o professor estava explicando a matéria, percebeu que alguns meninos não prestavam atenção nas suas explicações. Então aproximou-se deles e pediu para  Vicente lhe entregar o telefone celular. No começo ele recusou, mas depois o entregou ao professor. O homem virou-se para frente e começou a caminhar em direção a lousa. Bravo, Vicente falou que o professor era chato e mostrou-lhe a língua.Todos os alunos da classe riram. Furioso, o professo mandou Vicente sair da sala de aula, mas o menino continuou sentado na carteira. O professor repetiu sua ordem. Cinco amigos de Vicente comentaram que eles eram unidos, de modo que se um deles saísse da sala de aula, então toda turma o acompanharia.
O professor ficou confuso e um dos adolescentes contou uma piada. Enquanto os alunos riam, o homem pediu para eles ficarem quietos, pois queria continuar dando aula. Rindo, Vicente disse que ele não tinha necessidade de aprender matemática, porque quando crescesse seria um cantor rico e famoso. Nervoso o professor, que se chamava Fábio, retrucou, como é que ele poderia ter dinheiro se não sabia fazer cálculos matemáticos.
Vicente levantou-se da carteira, desfilou pela classe falando que, como era lindo, as mulheres pagariam para beijarem a sua boca. A opinião das alunas da classe ficou dividida: algumas o aplaudiram, enquanto outras vaiaram. Neste momento, bateu o sinal. Como o professor detestou a brincadeira, comentou que no outro dia teria uma séria conversa com o diretor da escola e puniria os alunos mal educados.
Quando os alunos saíram da escola, os amigos de Vicente disseram que ele estava com sérios problemas com o professor. De repente o adolescente teve uma ideia! Sorrindo, comentou que resolveria facilmente esse problema. Assim que chegou em casa, dirigiu-se ao quarto de sua mãe. Em cima da penteadeira havia um quartzo que pertenceu a seu bisavô, Pedro. Ele o ganhou de presente de um velho índio. Segundo comentavam, este quartzo tinha poderes mágicos, pois o seu bisavô apaixonou-se pela filha de um fazendeiro. Como ela nunca o notava, com a ajuda dos poderes do quartzo o seu espírito alojou-se no corpo do namorado dela. Passadas vinte e quatro horas, o seu espírito voltou ao seu corpo. A moça encantou-se com a gentileza do homem, terminou o relacionamento com o seu namorado e envolveu-se com Pedro.
Escondido, no dia seguinte, Vicente pegou o quartzo e dirigiu-se à escola. Quando entrou na sala de aula, seus amigos contaram que o professor Fábio estava conversando com o diretor. O menino pegou o quartzo e pensou que gostaria de estar no corpo do professor. De repente, sentiu uma tontura, fechou seus olhos e no momento que os abriu, percebeu que o seu espírito estava no corpo do professor.
Sorrindo, ele elogiou Vicente e a sua classe. Quando saiu da sala do diretor, o espírito do professor Fábio, estando no corpo deste menino, quase chorando, comentou que gostaria de voltar ao seu corpo. Rindo, Vicente explicou como eles haviam trocado de corpos, mas dentro de vinte e quatro horas os espíritos retornariam aos seus corpos originais.
Neste momento bateu o sinal, Vicente, no corpo do professor, foi dar aula na 7º série. Quando ele entrou, os alunos estavam conversando e brincado. Em vez de dar aula, começou a brincar com os adolescentes. Passados uns dez minutos, entrou na sala a supervisora, que ficou assustada vendo o comportamento do professor. A mulher lhe deu uma bronca, comentou que um professor deve ter responsabilidades, pois deve ensinar a matéria aos alunos e não ficar brincando com eles.
Vicente ficou confuso porque tinha pouco conhecimento de matemática. Para evitar confusão, começou a ensinar um jogo os adolescentes, dizendo que as regras dessas jogadas usavam cálculos matemáticos.
Passados cinquenta minutos, terminou a aula. As duas próximas aulas foram na sala em que Vicente estudava. Depois que entrou, sentou-se na cadeira defronte à mesa do professor, chamou Fábio, envergonhado, falou que não sabia o que tinha de ensinar aos alunos. Rindo, o menino respondeu que mostraria ao professor os seus conhecimentos matemáticos.Fábio fez várias contas na lousa, impressionou a garota que Vicente paquerava. Terminada essas duas aulas, o professor deveria voltar a sua casa. O menino e o professor conversaram. Eles voltariam as suas residências para ninguém perceber que haviam trocado de corpos.
O professor morava em um bairro afastado do centro da cidade. Enquanto ele passava em frente de uma lanchonete, paquerou uma bela moça. No momento em que entrou na casa do professor, a esposa dele o abraçou e beijou a sua boca. A mulher segurava um bebê no colo. Como a criança chorava, ela pediu para seu marido o segurar no colo enquanto iria verificar se o leite estava quente. Desanimado, Vicente olhava para a senhora e pensava: “Eu nunca beijei nenhuma garota, este beijo foi horrível, pois ela é uma mulher feia”.
Passados uns dois minutos, tocaram a campainha da residência. A mulher abriu a porta. Um homem furioso entrou neste local, quando viu o professor gritou que iria bater nele porque paquerou a sua namorada. E deu um soco no rosto do Fábio.
Vicente acordou assustado, era 04h15min, ele estava deitado na sua cama. Então percebeu que toda esta aventura foi apenas um sonho, e começou a refletir, pois sempre criticou os adultos, mas às vezes essas pessoas são chatas porque possuem muitas responsabilidades.
Assim que chegou à escola o menino procurou o professor Fábio e pediu desculpas por ter sido mal educado. Sorrindo, prometeu que a partir deste dia seria um bom aluno, pois precisava aprender os cálculos matemáticos para, quando terminar o ensino médio, poder prestar o vestibular para estudar na faculdade dos seus sonhos.  

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