domingo, 24 de julho de 2016

Nossos Vícios

 No curso de alfabetização de adultos somos quinze alunos: oito mulheres e sete homens. Em uma aula a nossa professora fez um circulo na sala e falou que neste dia iríamos conversar sobre os nossos vícios. Elizabete falou que assistia novela todos os dias, Bruna ouvia músicas, Marta bebia refrigerante, Bernardo tomava café de manhã e cerveja na janta. Enquanto conversávamos Luís, um rapaz mulato de uns 20 anos ficou aflito, pois fazia apenas uns quinze dias que ele vinha nas aulas. Nervoso ele falou que os seus pais viviam em outra cidade, neste momento estava morando na casa de um primo.  Luís morou até os dezoito anos em um sitio, quando mudou para a cidade fez amizade com alguns rapazes que destruíram a sua vida. Porque nos primeiros passeios o aconselharam a fumar drogas, infelizmente seguiu esses conselhos, tornou-se viciado em drogas. Ultimamente  estava usando drogas injetáveis.
Por causa do sofrimento da sua mãe este rapaz decidiu nunca mais consumir essas drogas. Ele mudou de cidade, começou a trabalhar junto com o seu primo, achou importante aprender a ler e escrever. Alguns alunos tiveram preconceito, a professora e outros alunos o abraçaram, incentivaram a deixar este vicio e o ajudariam no que precisasse.
No outro dia a professora trouxe um texto que falava sobre o perigo do consumo das drogas proibidas por lei. Sorrindo Luís falou que descobriu o valor da sua vida e de diversões saudáveis que estava curtindo neste momento.
Passados de uns três meses a amizade deste rapaz e de Marta transformou-se em amor. Em comemoração a semana da independência do Brasil Luís nos leu esta mensagem:
“Os seres humanos emocionam-se quando um ator ou cantor famoso é preso por estar com drogas ou foi parar no hospital por causa da overdose, mas não se incomodam se acontecer isso com um dos seus vizinhos. Precisamos orientar as crianças e jovens que o consumo das drogas destroem as suas vidas, além de deixá-los viciados, pode mandá-los para a prisão ou matá-los com a overdose. Pois serão felizes nesta vida se dizerem não para as drogas e sim para a vida.”
 

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