No curso de alfabetização de adultos
somos quinze alunos: oito mulheres e sete homens. Em uma aula a nossa
professora fez um circulo na sala e falou que neste dia iríamos conversar sobre
os nossos vícios. Elizabete falou que assistia novela todos os dias, Bruna
ouvia músicas, Marta bebia refrigerante, Bernardo tomava café de manhã e
cerveja na janta. Enquanto conversávamos Luís, um rapaz mulato de uns 20 anos
ficou aflito, pois fazia apenas uns quinze dias que ele vinha nas aulas.
Nervoso ele falou que os seus pais viviam em outra cidade, neste momento estava
morando na casa de um primo. Luís morou
até os dezoito anos em um sitio, quando mudou para a cidade fez amizade com
alguns rapazes que destruíram a sua vida. Porque nos primeiros passeios o aconselharam
a fumar drogas, infelizmente seguiu esses conselhos, tornou-se viciado em
drogas. Ultimamente estava usando drogas injetáveis.
Por causa do sofrimento da sua mãe
este rapaz decidiu nunca mais consumir essas drogas. Ele mudou de cidade,
começou a trabalhar junto com o seu primo, achou importante aprender a ler e
escrever. Alguns alunos tiveram preconceito, a professora e outros alunos o
abraçaram, incentivaram a deixar este vicio e o ajudariam no que precisasse.
No outro dia a professora trouxe um
texto que falava sobre o perigo do consumo das drogas proibidas por lei.
Sorrindo Luís falou que descobriu o valor da sua vida e de diversões saudáveis
que estava curtindo neste momento.
Passados de uns três meses a amizade
deste rapaz e de Marta transformou-se em amor. Em comemoração a semana da
independência do Brasil Luís nos leu esta mensagem:
“Os seres humanos emocionam-se quando
um ator ou cantor famoso é preso por estar com drogas ou foi parar no hospital
por causa da overdose, mas não se incomodam se acontecer isso com um dos seus
vizinhos. Precisamos orientar as crianças e jovens que o consumo das drogas
destroem as suas vidas, além de deixá-los viciados, pode mandá-los para a
prisão ou matá-los com a overdose. Pois serão felizes nesta vida se dizerem não
para as drogas e sim para a vida.”
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