quinta-feira, 14 de julho de 2016

Sofrimento no Dia das Mães

Hoje de manhã quando fui limpar a gaveta do meu guarda-roupa vi uma fotografia que tirei junto com a dona Ana Maria. Eu conheci esta senhora maravilhosa no ano passado no dia das mães quando fui visitar uma amiga no asilo. Neste dia todas as mulheres estavam felizes porque os seus filhos e netos as abraçavam. No meio de tanta alegria vi uma senhora que estava entristecida, então aproximei-me dela e me apresentei. Ela deu um sorriso triste e cumprimentou-me, então perguntei porque estava triste no Dia Das Mães.
Quase chorando ela contou que na hora que acordou pensava que o seu filho e os dois netos viriam visitá-la no asilo. Então lembrou-se que no dia anterior recebeu um pacote de presente junto com um bilhete.
O seu filho era um professor universitário, ele mandou de presente um lindo vestido, no bilhete explicava porque não poderia viria visitá-la no dia das mães.
 "Querida mãe Ana Maria, neste dia das mães gostaria muito de poder abraçá-la, mas no domingo vou ir ao Rio de Janeiro dar uma palestra. A minha esposa e os meus dois filhos me acompanharão até a Cidade Maravilhosa, se sobrar algum tempo livre pretendo passear junto com eles. Perdoe-me mamãe, jamais esqueça-se que a amo bastante.”
Esta senhora falou que muitas mulheres foram até a casa dos seus filhos para junto comemorarem este dia. Outras receberam a visita da sua família aqui no asilo. Amargurada  contou-me que algumas vezes ouviu a esposa do seu filho falando que a sua presença na residência deles os estavam atrapalhando. Certo dia ela intrometeu-se na discussão deles, falou que os amava, mas não queria que a sua presença os prejudicasse.
Passados alguns dias o seu filho falou que ela viveria melhor se morasse neste asilo. Pois nesse local teria conforto e atendimento médico. Ele tinha razão, a única coisa que faltava aqui era o amor de sua família.
Como neste domingo estava fazendo um lindo dia de sol à dona Ana Maria desejava que o seu filho e os dois netos estivessem divertindo-se no Rio de Janeiro. Apesar da distância que os separava esta senhora os amava bastante. Porque quando esta sozinha rezava a Deus, pedia para os seus netos serem compreensíveis. Pois quando o seu filho estiver com a sua idade, tenha respeito e amor dos seus filhos e não fique abandonado em um asilo.
 

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