O chefe desses bandidos ficou bravo e
falou:
Vamos pegar o nosso dinheiro e
entrarmos no bus para despistarmos a policia.
Esses quatro homens deixaram o
motorista desmaiado no chão e entraram no ônibus. Um deles começou a dirigir o
veiculo e acendeu as luzes deste meio de transporte. Os passageiros ficaram
assustados, três desses homens dirigiram-se no interior do veiculo segurando
suas armas. Um deles falou:
- Mãos ao alto!
- Por favor, não tentem reagir quando
os meus amigos os revistarem.
Com as mãos erguidas todos os
passageiros foram revistados e se sentaram nos bancos de vigésimo lugar até o
trigésimo quinto. Passados uns sete minutos este ônibus entrou em outra pista.
Esses bandidos viram que neste ônibus tinha quinze pessoas: nove mulheres e
seis homens. Entre os quais havia um casal de idosos, três crianças e uma
mulher grávida. Os passageiros ficaram assustados, tremiam de medo, duas
mulheres choravam sem parar. Passados vinte minutos o chefe dos bandidos mandou
parar o ônibus. Eles mandaram descer do veiculo o casal de idosos, a mulher
grávida, as três crianças, os pais delas e a Don Elza. Amélia ficou no ônibus,
junto com mais três mulheres e dois rapazes. Passados mais três minutos o
veiculo entrou em uma estrada de terra. Dando uma gargalhada o chefe da
quadrilha falou:
- Meus amigos não pretendo
machucá-los, como não os conheço meu nome é Jacaré e esses são meus colegas
Cascavel, Jiboia e Pardal o que estava dirigindo este ônibus era mulato alto e forte. Cascavel um negro de
estatura mediano e magro. Jiboia além de ser loiro alto possuía tatuagens nos
braços, peito e na costa. O moreno Pardal
media cerca de um metros e sessenta e cinco centímetro. Rindo Jiboia
falou:
- Agora cada um de vocês dirá o seu
nome, onde mora e em que lugar trabalha.
O rapaz de dezoito anos falou:
- Meu nome é Bruno, moro em Ribeirão
Preto, fiz vestibular porque quero estudar na universidade.
A moça que estava sentada do lado
deste rapaz falou:
- Meu nome é Luana, moro em Araraquara
e como tenho dezessete anos, neste ano vou estudar o terceiro ano de ensino
médio.
Algumas lagrimas saíram dos olhos da
Amélia enquanto falava:
- Meu nome é Amélia, moro em São
Carlos e trabalho em um supermercado.
Do lado dela estava sentada uma mulher
que deveria ter uns trinta e dois anos que falou:
- Meu nome é Denise, moro em Ribeirão
Preto, sou do lar, pois cuido dos meus dois filhos Tiago que tem cinco anos e
Henrique com um ano.
A outra mulher falou:
- Meu nome é Helena moro em Araraquara
e trabalho como secretaria no consultório de dentistas.
O outro rapaz falou:
- Meu nome é Mateus, moro em São
Carlos e estou estudando física na universidade.
Sorrindo Jacaré falou:
- Prazer em conhecê-los, tivemos que
entrar as pressas neste ônibus porque roubamos três milhões e seiscentos e cinquenta
mil reais de um banco na cidade de Nova Europa.
Tremendo de medo Helena perguntou:
- O que vocês pretendem fazer com toda
esta grana?
- Iremos fugir para o Paraguai, falou
Cascavel.
Neste momento tocou o telefone celular
de Luana que estava na sua bolsa, furioso Jiboia falou:
- De quem é o telefone celular que
esta tocando?
Apavorada Luana respondeu:
- É o meu telefone celular, deve ser
do meu namorado que esta preocupado comigo.
- Garota pegue logo este aparelho
barulhento.
Tremendo de medo Luana se levantou do
banco, se dirigiu ao banco numero oito onde estava sua bolsa, abriu a bolsa,
pegou o telefone celular e o entregou à Jiboia. Este homem o jogou no chão e
pisou em cima dele com o seu pé direito, rindo então falou:
- A sua diversão preferida é ficar
conversando no telefone celular com os seus amigos.
- O senhor acertou, a minha mãe sempre
fala que se eu pudesse ficaria às vinte quatro horas do dia conversando no
telefone celular, falou Luana.
Apavorado
Bruno disfarçou e continuou jogando no pequeno vídeo game. Irritado Cascavel se aproximou do rapaz, pegou o vídeo
game do rapaz, o jogou no chão e com o seu pé esquerdo o destruiu, ele deu uma
gargalhada e perguntou:
- Moleque você é viciado em jogos? Porque
esta é a primeira vez que eu vejo alguém que consegue continuar jogando esses
jogos tendo um revolver apontado na sua cabeça.
- Meu senhor através dos jogos eu
consigo fugir dos meus problemas, respondeu Bruno.
Cascavel se aproximou de Denise e
perguntou:
- Minha senhora qual é a sua diversão
preferida?
Assustada Denise respondeu:
- Eu gosto de viajar, dançar, mas
detesto ver sujeira na minha casa e nos hotéis onde fico hospedada.
Jiboia olhou para Helena e falou:
- Pelas roupas de grife e bijuterias
que a senhora usa acho que é viciada em fazer compras.
- Apenas gosto de andar bem vestida,
respondeu Helena tremendo de medo.
Cascavel encarou Amélia e rindo falou:
- Pela cara desta garota ela assiste
às novelas.
Gaguejando Amélia falou:
- Assistir novelas é o meu passatempo
preferido.
Jacaré se aproximou do Mateus e falou:
- Garoto além de estudar o que você
faz na vida?
- Eu faço muita pesquisa na Internet,
respondeu Mateus apavorado.
- Então nos mostre uma das suas
pesquisas, falou Cascavel.
Mateus se levantou do banco, abriu sua
mochila, tinha uma pasta com mais de cem folhas imprimidas. O rapaz pegou uma
das folhas e a entregou ao Cascavel. Rindo este homem falou:
- Agora vamos ouvir o que está escrito
na pesquisa deste universitário.
- Acho melhor o rapaz nos ler o que
está escrito em uma de suas pesquisas, falou Jacaré.
Mateus pegou aquele pedaço de papel e
nervoso falou:
- Agora vou ler para vocês o que está
escrito no sofrimento no dia das mães.
“Quase todas as mulheres que são mães
estão felizes hoje, pois os filhos e netos delas devem estar as abraçando
agora.
Na hora que acordei pensei que o meu
filho acompanhado com os meus dois netos viriam ao asilo me visitar. Depois me
lembrei que no dia anterior recebi um pacote de presente junto com um bilhete. O
meu filho é um professor universitário, ele me mandou de presente um lindo
vestido, no bilhete me explicava porque não poderia vir me visitar no dia das
mães.
“Querida mãe Ana Maria, neste dia das
mães gostaria muito de poder lhe abraçar, mas no domingo vou ir ao Rio De
Janeiro dar uma palestra. A minha esposa e os meus dois filhos me acompanharão
até a Cidade Maravilhosa, se me sobrar algum tempo livre pretendo passear junto
com eles. Perdoe-me mamãe, jamais se esqueça que a amo bastante”.
Muitas mulheres foram a casa dos seus
filhos para junto comemorarem este dia. Outras receberam a visita de suas
famílias no asilo. Amargurada me lembrei que algumas vezes ouvi a esposa do meu
filho falando que a minha presença na residência deles os estavam atrapalhando.
Certo dia me intrometeu na discussão deles, falei que os amava, mas não queria
que a minha presença provocasse briga entre eles.
Passados alguns dias meu filho
conversou comigo, falou que eu viveria melhor se morasse neste asilo. Pois
neste local eu teria conforto e atendimento médico. Ele tinha razão, a única
coisa que me falta neste lugar é o amor da minha família.
Hoje estas fazendo um lindo dia de
sol, espero que o meu filho e os meus dois netos estejam se divertindo no Rio
de Janeiro. Apesar da distancia que nos separa os amo bastante, espero que
sejam felizes. Quando estou sozinha rezo a Deus e peço para que os meus netos
sejam compreensíveis. Pois quando o meu filho estiver com a minha idade, tenha
amor e respeito dos seus filhos e não fique abandonado em um asilo”.
Cascavel deu uma gargalhada e falou:
- Eu estou comovido com a mensagem
desta senhora.
O ônibus continuou se movimentando por
mais uns dez minutos. Então Pardal o estacionou, do lado deste veiculo estacionou
outro veiculo. Jacaré se levantou do banco e falou:
- Pessoal esta na hora de sairmos do
ônibus.
Amélia, Helena, Luana, Denise, Bruno e
Mateus saíram deste meio de transporte tremendo de medo. Da van desceu um homem
que parecia ser o irmão gêmeo do Jiboia, assim que Jacaré o viu falou:
-
Urubu você sempre foi um homem pontual.
Depois que os ladrões se
cumprimentaram, Cascavel perguntou:
- Jacaré o que faremos com esses
reféns?
- Vamos levar eles junto conosco, pois
nos ajudarão a despistar a policia, respondeu
Jacaré.
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