quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Capitulo 2 - O Sequestro do Ônibus

O chefe desses bandidos ficou bravo e falou:
 Vamos pegar o nosso dinheiro e entrarmos no bus para despistarmos a policia.
Esses quatro homens deixaram o motorista desmaiado no chão e entraram no ônibus. Um deles começou a dirigir o veiculo e acendeu as luzes deste meio de transporte. Os passageiros ficaram assustados, três desses homens dirigiram-se no interior do veiculo segurando suas armas. Um deles falou:
- Mãos ao alto!
- Por favor, não tentem reagir quando os meus amigos os revistarem.
Com as mãos erguidas todos os passageiros foram revistados e se sentaram nos bancos de vigésimo lugar até o trigésimo quinto. Passados uns sete minutos este ônibus entrou em outra pista. Esses bandidos viram que neste ônibus tinha quinze pessoas: nove mulheres e seis homens. Entre os quais havia um casal de idosos, três crianças e uma mulher grávida. Os passageiros ficaram assustados, tremiam de medo, duas mulheres choravam sem parar. Passados vinte minutos o chefe dos bandidos mandou parar o ônibus. Eles mandaram descer do veiculo o casal de idosos, a mulher grávida, as três crianças, os pais delas e a Don Elza. Amélia ficou no ônibus, junto com mais três mulheres e dois rapazes. Passados mais três minutos o veiculo entrou em uma estrada de terra. Dando uma gargalhada o chefe da quadrilha falou:
- Meus amigos não pretendo machucá-los, como não os conheço meu nome é Jacaré e esses são meus colegas Cascavel, Jiboia e Pardal o que estava dirigindo este ônibus  era mulato alto e forte. Cascavel um negro de estatura mediano e magro. Jiboia além de ser loiro alto possuía tatuagens nos braços, peito e na costa. O moreno Pardal  media cerca de um metros e sessenta e cinco centímetro. Rindo Jiboia falou:
- Agora cada um de vocês dirá o seu nome, onde mora e em que lugar trabalha.
O rapaz de dezoito anos falou:
- Meu nome é Bruno, moro em Ribeirão Preto, fiz vestibular porque quero estudar na universidade.
A moça que estava sentada do lado deste rapaz falou:
- Meu nome é Luana, moro em Araraquara e como tenho dezessete anos, neste ano vou estudar o terceiro ano de ensino médio.
Algumas lagrimas saíram dos olhos da Amélia enquanto falava:
- Meu nome é Amélia, moro em São Carlos e trabalho em um supermercado.
Do lado dela estava sentada uma mulher que deveria ter uns trinta e dois anos que falou:
- Meu nome é Denise, moro em Ribeirão Preto, sou do lar, pois cuido dos meus dois filhos Tiago que tem cinco anos e Henrique com um ano.
A outra mulher falou:
- Meu nome é Helena moro em Araraquara e trabalho como secretaria no consultório de dentistas.
O outro rapaz falou:
- Meu nome é Mateus, moro em São Carlos e estou estudando física na universidade.
Sorrindo Jacaré falou:
- Prazer em conhecê-los, tivemos que entrar as pressas neste ônibus porque roubamos três milhões e seiscentos e cinquenta mil reais de um banco na cidade de Nova Europa.
Tremendo de medo Helena perguntou:
- O que vocês pretendem fazer com toda esta grana?
- Iremos fugir para o Paraguai, falou Cascavel.
Neste momento tocou o telefone celular de Luana que estava na sua bolsa, furioso Jiboia falou:
- De quem é o telefone celular que esta tocando?
Apavorada Luana respondeu:
- É o meu telefone celular, deve ser do meu namorado que esta preocupado comigo.
- Garota pegue logo este aparelho barulhento.
Tremendo de medo Luana se levantou do banco, se dirigiu ao banco numero oito onde estava sua bolsa, abriu a bolsa, pegou o telefone celular e o entregou à Jiboia. Este homem o jogou no chão e pisou em cima dele com o seu pé direito, rindo então falou:
- A sua diversão preferida é ficar conversando no telefone celular com os seus amigos.
- O senhor acertou, a minha mãe sempre fala que se eu pudesse ficaria às vinte quatro horas do dia conversando no telefone celular, falou Luana.
Apavorado Bruno disfarçou e continuou jogando no pequeno vídeo game. Irritado  Cascavel se aproximou do rapaz, pegou o vídeo game do rapaz, o jogou no chão e com o seu pé esquerdo o destruiu, ele deu uma gargalhada e perguntou:
- Moleque você é viciado em jogos? Porque esta é a primeira vez que eu vejo alguém que consegue continuar jogando esses jogos tendo um revolver apontado na sua cabeça.
- Meu senhor através dos jogos eu consigo fugir dos meus problemas, respondeu Bruno.
Cascavel se aproximou de Denise e perguntou:
- Minha senhora qual é a sua diversão preferida?
Assustada Denise respondeu:
- Eu gosto de viajar, dançar, mas detesto ver sujeira na minha casa e nos hotéis onde fico hospedada.
Jiboia olhou para Helena e falou:
- Pelas roupas de grife e bijuterias que a senhora usa acho que é viciada em fazer compras.
- Apenas gosto de andar bem vestida, respondeu Helena tremendo de medo.
Cascavel encarou Amélia e rindo falou:
- Pela cara desta garota ela assiste às novelas.
Gaguejando Amélia falou:
- Assistir novelas é o meu passatempo preferido.
Jacaré se aproximou do Mateus e falou:
- Garoto além de estudar o que você faz na vida?
- Eu faço muita pesquisa na Internet, respondeu Mateus apavorado.
- Então nos mostre uma das suas pesquisas, falou Cascavel.
Mateus se levantou do banco, abriu sua mochila, tinha uma pasta com mais de cem folhas imprimidas. O rapaz pegou uma das folhas e a entregou ao Cascavel. Rindo este homem falou:
- Agora vamos ouvir o que está escrito na pesquisa deste universitário.
- Acho melhor o rapaz nos ler o que está escrito em uma de suas pesquisas, falou Jacaré.
Mateus pegou aquele pedaço de papel e nervoso falou:
- Agora vou ler para vocês o que está escrito no sofrimento no dia das mães.
“Quase todas as mulheres que são mães estão felizes hoje, pois os filhos e netos delas devem estar as abraçando agora.
Na hora que acordei pensei que o meu filho acompanhado com os meus dois netos viriam ao asilo me visitar. Depois me lembrei que no dia anterior recebi um pacote de presente junto com um bilhete. O meu filho é um professor universitário, ele me mandou de presente um lindo vestido, no bilhete me explicava porque não poderia vir me visitar no dia das mães.
“Querida mãe Ana Maria, neste dia das mães gostaria muito de poder lhe abraçar, mas no domingo vou ir ao Rio De Janeiro dar uma palestra. A minha esposa e os meus dois filhos me acompanharão até a Cidade Maravilhosa, se me sobrar algum tempo livre pretendo passear junto com eles. Perdoe-me mamãe, jamais se esqueça que a amo bastante”.
Muitas mulheres foram a casa dos seus filhos para junto comemorarem este dia. Outras receberam a visita de suas famílias no asilo. Amargurada me lembrei que algumas vezes ouvi a esposa do meu filho falando que a minha presença na residência deles os estavam atrapalhando. Certo dia me intrometeu na discussão deles, falei que os amava, mas não queria que a minha presença provocasse briga entre eles.
Passados alguns dias meu filho conversou comigo, falou que eu viveria melhor se morasse neste asilo. Pois neste local eu teria conforto e atendimento médico. Ele tinha razão, a única coisa que me falta neste lugar é o amor da minha família.
Hoje estas fazendo um lindo dia de sol, espero que o meu filho e os meus dois netos estejam se divertindo no Rio de Janeiro. Apesar da distancia que nos separa os amo bastante, espero que sejam felizes. Quando estou sozinha rezo a Deus e peço para que os meus netos sejam compreensíveis. Pois quando o meu filho estiver com a minha idade, tenha amor e respeito dos seus filhos e não fique abandonado em um asilo”.
Cascavel deu uma gargalhada e falou:
- Eu estou comovido com a mensagem desta senhora.
O ônibus continuou se movimentando por mais uns dez minutos. Então Pardal o estacionou, do lado deste veiculo estacionou outro veiculo. Jacaré se levantou do banco e falou:
- Pessoal esta na hora de sairmos do ônibus.
Amélia, Helena, Luana, Denise, Bruno e Mateus saíram deste meio de transporte tremendo de medo. Da van desceu um homem que parecia ser o irmão gêmeo do Jiboia, assim que Jacaré o viu falou:
- Urubu você sempre foi um homem pontual.
Depois que os ladrões se cumprimentaram, Cascavel perguntou:
- Jacaré o que faremos com esses reféns?
- Vamos levar eles junto conosco, pois nos ajudarão a despistar a policia, respondeu  Jacaré.
 

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