Confusa Emanuela perguntou:
- Tataravô Neide por que a senhora
se suicidou?
- Eu cometi o mesmo erro que você
cometeu porque o meu marido me traia com outra mulher, respondeu Neide.
Revoltada Emanuela falou:
- Esses homens não merecem que
tiremos a nossa vida por causa deles.
- Você terá toda a eternidade para
se arrepender do erro que cometeu, falou Neide.
- As pessoas falam que a morte é o
fim da nossa existência, falou Emanuela.
- De onde eu vim e para onde irei é
uma pergunta que todos fazem para si mesmo e não conseguem responder, falou
Neide.
Emanuela deu um sorriso forçado e
falou:
- Pelo menos tenho a senhora para me
fazer companhia.
As duas conversaram durante várias
horas, esses dois espíritos não sentiam sono e ficavam acordadas às 24 horas do
dia. No sábado as 11:00 horas Emanuela se lembrou da mãe de sua amiga que por
causa do derrame cerebral que teve ficou invalida e vivia deitada na cama. As duas se dirigiram à casa que
morava esta senhora. Como a sua amiga trabalhava em uma loja quem cuidava de
sua mãe era outra mulher que se chamava Lílian. Quando Emanuela e Neide
entraram no quarto que estava à dona Catarina rindo a empregada falava:
- Velha você vai ficar o dia inteiro
com esta fralda urinada porque com o dinheiro que a sua filha me entregou para
comprar mais fraldas descartáveis eu vou gastá-lo com o meu namorado.
- Nossa, mas como esta mulher é
cruel, falou Neide.
- A dona Catarina sempre foi uma
pessoa bondosa e esta sofrendo bastante por causa da doença. Ângela não deve
saber que esta mulher maltrata a sua mãe, falou Emanuela.
Lilian saiu do quarto e se dirigiu a
cozinha, ela voltou neste cômodo trazendo uma tigela com feijão cozido que
estava na geladeira e falou:
- Velha esta na hora de você
almoçar.
Esta mulher pegava o feijão gelado
com uma colher e queria forçar dona Catarina a comê-lo. Desanimada Neide falou:
- Esta senhora descansará em paz
apenas depois que falecer.
Brava Emanuela falou:
- Droga! Agora que somos fantasmas
não podemos ajuda ninguém.
- Se você falar com uma pessoa
enquanto ela esta dormindo no momento em que acordar se lembrará de sua mensagem, falou
Neide.
Sorrindo Emanuela falou:
- Nós duas somos fantasmas e não
podemos assombrar ninguém.
Sorrindo Neide falou:
- Esta sua mensagem não irá espantar
ninguém, pois esta pessoa com quem você conversar no momento em que acordar se
lembrará de suas palavras, mas achará que foi o seu próprio cérebro que a fez
pensar nisto.
Animada Emanuela falou:
- Preciso conversar com a minha
amiga Ângela.
As duas saíram desta casa, quando
chegaram na rua ouviram o namorado da vizinha falando que a levará para o
centro da cidade fazer compras. Como ninguém via os espíritos de Emanuela e
Neide as duas pegaram carona neste automóvel. Assim que chegaram na loja que
Ângela trabalhava ouviram duas vendedoras falarem que ela estava no seu horário
de almoço. Como havia ido dormir tarde na noite passada neste momento estava
dormindo no sofá que ficava defronte a sala de estoque. Emanuela se dirigiu a
este lugar, quando se aproximou de sua amiga Ângela tentou acariciar o rosto
dela e falou:
- Ângela aquela mulher que esta
cuidando de sua mãe a esta maltratando, você deveria chegar em casa mais cedo
para pegá-la de surpresa.
Passados uns dez minutos Ângela
acordou assustada e falou:
- Eu tive um pesadelo com a minha
mãe, preciso voltar para casa, pois se for necessário a levarei ao hospital.
Esta
mulher saiu da loja, foi ao estacionamento, entrou no automóvel e voltou para
casa. Emanuela e Neide também entraram no veiculo. Quando Ângela chegou perto
de sua residência falou sozinha:
-
Hoje vou dar uma de espiã e verei se Lilian esta cuidando bem da minha mãe.
O namorado de Lilian havia entrado
naquela casa, para aquela senhora não perturbar o seu namoro ela amarrou os
braços dela com um lençol e amordaçou a sua boca. Sem fazer barulho Ângela
entrou na sua casa e se dirigiu ao quarto da mãe. Quando viu que a dona
Catarina estava amarrada e amordaçada começou a chorar. Enquanto tirava a
mordaça da boca desta senhora falou:
- Mãe perdoe-me por deixar aquela
mulher maltratar a senhora.
Desesperada dona Catarina começou a
gritar. Lilian correu para o quarto, quando
Ângela a viu falou:
- Cretina! Vá embora da minha casa
antes que eu chame a policia.
Apavorada Lilian e o seu namorado
saíram correndo desta residência. Nervosa Ângela telefonou para o seu irmão
porque a saúde de sua mãe havia piorado. Eles levaram esta senhora para o
hospital, depois que o médico a atendeu como dona Catarina se acalmou a sua
saúde melhorou. Emanuela ficou contente e falou:
- Graças à mensagem que falei a
Ângela salvamos a vida da mãe dela.
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