sábado, 31 de dezembro de 2016

Capitulo 4 - A Gravidez Inesperada

Rute ficou espantada quando Joel falou que a Rebeca estava grávida e perguntou:
- Você tem certeza que Rebeca esta grávida?
- Já faz mais de seis meses que eu e Rebeca estamos namorando, a partir de segundo mês começamos a ter relações sexuais, respondeu Joel.
- Existe muitos preservativos para evitar gravidez ou transmissão de doenças, falou Rute.
- Acontece que eu e a minha namorada não temos dinheiro para comprarmos preservativos, falou Joel bravo.
- Os postos de saúde dão comprimidos anticoncepcionais para as pessoas de baixa renda, falou Rute.
- O meu pai bateria em mim se descobrisse que eu com dezesseis anos estou tomando anticoncepcional, falou Rebeca apavorada.
Rute nervosa tentou se acalmar e falou
- O nervosismo não resolverá os nossos problemas, Rebeca você tem certeza que esta grávida?
- Primeiro a minha menstruação atrasou e depois comecei a sentir enjoo. Apavorada conversei com a minha cunhada, ela foi até a farmácia e comprou o teste para saber se eu estou grávida, infelizmente esse teste confirmou a minha gravidez, respondeu Rebeca.
- Acalme-se garota, a gravidez é um dos momentos mais bonitos da vida de uma mulher, falou Rute.
- Rebeca a sua cunhada não soube guardar segredo e contou para o marido dela sobre a sua gravidez, falou Joel.
- Aquela mulher me detesta e estava aguardando a chance para poder prejudicar-me, falou Rebeca.
- O irmão da Rebeca ficou furioso, contou a verdade para o outro irmão. Eles fizeram a Rebeca pegar as suas coisas, me seguiram, depois que bateram em mim falaram que de agora em diante devo trabalhar para sustentar a minha mulher e o meu filho, falou Joel.
- Rebeca os seus irmãos não podem expulsa-la de casa, qual é a opinião dos seus pais sobre a sua gravidez? Perguntou Rute.
Algumas lágrimas começaram a sair dos olhos da Rebeca enquanto respondia:
- Já faz um ano que a minha mãe faleceu, o meu pai se embriaga, grita e dá ordens para os seus filhos o obedecerem.
- Se aquele homem ver eu e a Rebeca ele acaba com nós dois, falou Joel.
- Eu estou sozinha neste mundo, não tenho nenhum lugar para ficar hospedada, falou Rebeca chorando.
- O meu avô esta doente, não temos condições financeiras para sustentar uma mulher grávida, falou Joel.
- Vocês dois vieram a minha casa pedir ajuda? Perguntou Rute.
- Faremos o que você quiser se hospedar a Rebeca aqui na sua casa por algum tempo, falou Joel.
- Joel você deve me prometer que nunca mais vai consumir nenhuma daquelas drogas que esta viciado, falou Rute.
- Dona Rute já pedi tanto para o Joel parar de fumar aqueles cigarros e por mais que prometeu nunca conseguiu cumprir a sua palavra, falou Rebeca.
- Este rapaz esta viciado em drogas, o seu primeiro passo é tentar sair deste vício, falou Rute.
- Farei o possível para nunca mais comprar e fumar maconha e crack, falou Joel.
- Joel e Rebeca vocês dois seguem alguma religião? Perguntou Rute.
- Enquanto a minha mãe era viva sempre ia com ela na igreja, mas depois que faleceu nunca mais retornei a este lugar, respondeu Rebeca.
- O meu avô me levava até a igreja enquanto era pequeno, quando me tornei adolescente nunca mais entrei neste local, falou Joel.
- Rapaz vai ser difícil você sair deste vício, seria interessante entrar em uma igreja e rezar a Deus uma oração, falou Rute.
- Amanhã eu e Joel vamos ir a uma igreja e rezaremos várias orações a Deus, assim teremos paz de espírito, falou Rebeca.
Joel sorrindo amargamente falou:
- Se Rebeca ficar hospedada na sua casa por alguns dias prometo que vou entrar na igreja, rezarei e pedirei para Deus me ajudar a dizer não as drogas.
Eles conversaram por mais alguns minutos, Rebeca dormiu no quarto de hospedes, Joel se despediu e voltou para a casa do seu avô. Na segunda-feira Rute levou Rebeca ao posto de saúde para se consultar com o ginecologista e fazer o pré-natal. Os dias foram passando devagar, a saúde do senhor Antônio piorou e precisou ser internado no hospital. Joel vinha visitar Rebeca todos os dias, Rute estava tão preocupada com a moça e com o avô do rapaz e não percebeu que começou a desaparecer alguns Cds, duas toalhas de mesa, três guardanapos. Passaram-se vinte e cinco dias, no começo do mês Rute recebeu o seu salário, levou quase metade do dinheiro a sua casa para pagar as contas. Na noite anterior o senhor Antônio ficou ruim, precisou ser levado ao hospital e internado com urgência. Rute chegou em casa, Rebeca estava na sala conversando com Joel. Depois que os cumprimentou foi ao seu quarto e deixou sua bolsa com o relógio na penteadeira e se dirigiu a cozinha fazer o bolo de chocolate para levá-lo ao hospital quando fosse visitar o senhor Antônio. Toda animada Rute fez o bolo, lavou as louças e limpou a cozinha. Terminado o serviço voltou a sala conversar com o casal de namorados. Rebeca estava sozinha sentada no sofá chorando. Rute preocupada perguntou:        
- Rebeca o que aconteceu para você estar chorando?
- Joel ainda esta viciado em drogas, Rute você nos tem ajudado bastante, o ingrato roubou o dinheiro que estava na sua bolsa e o relógio para comprar aqueles cigarros e saciar o seu vício, respondeu Rebeca.
Rute dirigiu-se ao seu quarto, ficou desesperada quando viu que seu relógio e o dinheiro que estava na sua carteira haviam desaparecido. Voltou aflita para a sala e falou:
- Aquele dinheiro estava reservado para pagar as contas de água, luz, telefone, o supermercado e a última prestação da loja de calçados.
- Desculpe-me Rute, eu deveria tê-la avisado que o Joel estava roubando objetos da sua casa, por mais que tenho  dado conselhos a ele em resposta apenas me esnoba, falou Rebeca.
- Calma Rebeca, você esta grávida, agora devemos é nos preocupar com a sua saúde e com o bebê, falou Rute e a abraçou.
Depois que a moça se acalmou Rute foi ver o que havia desaparecido da sua casa. Para seu espanto sumiu: cinco Cds, duas toalhas de mesa, um jogo de toalhas de banho, dois tapetes, uma calça jeans, além do seu relógio e do dinheiro que estava em sua carteira. Desanimada falou a Rebeca:
- Desapareceu vários objetos da minha casa, Joel tinha prometido que não consumiria mais drogas.
- É que o vício do Joel fala mais alto do que a sua palavra, falou Rebeca.
- Eu vou conversar com o Joel, quero ajudá-lo, mas, não vou permitir que ele prejudique a sua gravidez e roube objetos da minha casa que comprei com o dinheiro ganhado com o suor do meu trabalho, falou Rute.
- Infelizmente acho que conversar com Joel não o ajudará a abandonar esse vício, falou Rebeca.
- Nós devemos convencê-lo que as drogas estão prejudicando a vida dele, apenas um tratamento em uma clínica o ajudará a se recuperar e dizer não ao consumo daquelas substâncias, falou Rute.
Rute conversou mais alguns minutos com Rebeca e foi a casa do senhor Antônio procurar o Joel. Aquele local estava imundo, ela resolveu limpa-lo. Desanimada estava sentada em uma cadeira quando a porta da sala se abriu era vinte e duas horas e tinta minutos ao ver o rapaz falou:
- Boa noite, eu vim buscar o dinheiro que você roubou da minha bolsa.
- Já estou cansado de ouvir as suas acusações, pode me revistar, não estou com dinheiro nenhum, falou Joel.
- Também você já gastou tudo, falou Rute.
- Rute saia da minha casa, estou tentando ser educado e não me responsabilizo pelos meus atos, falou Joel.
 - Cara seja homem pelo menos uma vez na sua vida, não é se fazendo de vitima e sendo violento que os seus problemas serão resolvidos, falou Rute.
 - Estou cansado de ter que obedecer às ordens do meu avô e agora as suas Rute, falou Joel.
 - Rapaz nunca dei nenhuma ordem a você, estou tentando ser sua amiga, senão já teria chamado a policia por ter roubado a minha casa, falou Rute.
 - Ser ladrão é mal de família, o meu pai esta preso na penitenciária a mais de nove anos, falou Joel quase chorando.
 - Rebeca esta esperando um filho seu Joel, é seu desejo que esta criança se torne um ladrão como o seu pai ou viciado em drogas como você? Perguntou Rute.
- Mulher desapareça da minha vida, gritou Joel zangado.
Rute ficou com medo que o rapaz poderia machucá-la. Saiu pela porta da sala, quando estava na rua falou alto:
- Joel eu posso sumir da sua vida, mas o seu vício nunca o deixará em paz.
Desanimada Rute voltou para sua casa, falou a Rebeca que quando Joel viesse visitá-la deveriam vigiá-lo para não roubar mais objetos de valor desta residência. No outro dia Rute foi visitar o senhor Antônio no hospital, enquanto ele comia um pedaço de bolo falou:
- O meu sofrimento esta acabando, tenho certeza que logo partirei desta vida.
- Por favor, senhor Antônio pare de falar bobagens, falou Rute.
- Rute você esta sendo muito boa para mim, obrigado por estar me ajudando, falou o senhor Antônio.
Sem graça Rute falou:
- Estou sendo uma pessoa solidária.
- O meu neto Joel é um rapaz revoltado, Rute como você é uma pessoa solidária me prometa que o ajudará a ter uma vida decente depois que eu falecer, falou o senhor Antônio.
Rute ficou emocionada, enquanto saíam algumas lágrimas de seus olhos falou:
- Desde que eu conheci o Joel estou tentando ser amiga dele para ajudá-lo no que precisar.
- Ainda bem que neste mundo existe pessoas amigas e solidárias como você Rute, falou o senhor Antônio.
Eles dois conversaram por mais alguns minutos. O senhor Antônio piorou, às quatro horas da manhã uma enfermeira do hospital telefonou para Rute avisando que esse homem havia falecido por causa de derrame cerebral.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Capitulo 3 - Um Vício Dificultando a Vida do Rapaz

Joel ficou espantado quando viu que Rute estava segurando um cigarro de maconha e falou:
- Droga procurei este cigarro em vários lugares e fiquei desesperado porque não o encontrei.
- Com tantas coisas boas para fazer nesta vida você esta gastando dinheiro para comprar esta droga, falou Rute.
- A vida é minha e eu faço dela o que quero, por favor, me dê este cigarro, pois estou precisando fumá-lo, falou Joel.
Rute entregou o cigarro para o rapaz falando:
- Pobre rapaz você esta precisando fumar este cigarro porque esta viciado.
- Desde que comecei a fumar maconha senti novas emoções na minha vida, falou Joel.
O rapaz neste momento acendeu o cigarro e começou a fumá-lo, depois ofereceu para a mulher, ela recusou e perguntou:
- Há quanto tempo você fuma isso?
- Na semana passada fez três anos que fumo esta belezoca.
- Então esta explicado porque faz três anos que você repete na sétima série, falou Rute.
- Mulher você não me sustenta e nem é da minha família para ficar me dando bronca, gritou Joel.
- Eu apenas estou querendo ajudá-lo, esta droga só prejudica a sua vida, falou Rute.
- O único problema é que fiquei dois dias sem fumar maconha e não esta fazendo o efeito desejado, falou Joel.
- O seu corpo já esta acostumado com o efeito desta droga, para obter  os mesmos resultados precisará de uma substância mais forte, falou Rute.
- Meu amigo Lulu falou que me sentiria muito melhor se fumasse o crack, falou Joel.
- A única coisa que o seu amigo quer é o seu dinheiro, falou Rute.
- Mulher me deixe em paz, gritou Joel.
- Garoto você esta na minha casa e não esta respeitando as pessoas mais velhas, falou Rute.
- Então eu vou embora agora, falou Joel.
O rapaz jogou o cigarro no chão, abriu a porta da sala e foi embora da casa da Rute. Ela sentou-se no chão e começou a chorar, gostaria de ajudar o Joel, percebeu que esta missão seria difícil. Na terça-feira a noite foi dar aula  de reforço escolar, este rapaz não apareceu na associação de bairros da Vila Dedo Duro. No outro dia dona Francisca telefonou para a fabrica avisando que o senhor Antônio estava internado no hospital. Ela conversou com seu chefe, saiu mais cedo do serviço e foi visitar aquele homem. No hospital encontrou a dona Francisca, o seu Antônio estava melhor, no próximo dia receberia alta do médico. Ele ficaria hospedado na casa desta mulher até se recuperar. Dona Francisca estava brava porque o seu Antônio ficou doente não tomou o remédio, o dinheiro que havia deixado para comprá-lo desapareceu.
- Quem pegou este dinheiro foi o Joel, na última vez que conversei com ele me contou que iria começar a fumar o crack, falou Rute.
- Pobre garoto, esta droga é muito forte e pode matá-lo em pouco tempo, falou dona Francisca.
- Devemos ajudar este pobre rapaz, se for necessário devemos interná-lo numa clínica para recuperação de drogados, falou Rute.
- Eu tenho uma prima que trabalha em uma dessas clínicas, se eu pedir este favor a ela com certeza me ajudará. Mas o Joel deve reconhecer que esta viciado em drogas e deseja fazer tratamento para sair deste vício, falou dona Francisca.
- Será difícil, mas prometo para mim mesma que convencerei este rapaz que as drogas só prejudicam a vida dele, falou Rute.
As duas se despediram, Rute pegou um ônibus e foi ao Jardim Repeteco para conversar com o Joel. Na casa do seu Antônio não tinha ninguém, como aquele homem tinha lhe dado às chaves de sua casa aproveitou para fazer uma boa limpeza nesta residência. Às dezenove horas e quarenta minutos o rapaz chegou neste local e ficou espantado vendo que estava limpo.
- Joel você chegou tarde em casa hoje, falou Rute.
- O que você esta fazendo aqui na minha casa? Perguntou Joel.
- Eu fui visitar o seu avô Antônio no hospital, ele me pediu para limpar a casa dele, respondeu Rute.
- O meu avô Antônio melhorou? Perguntou novamente Joel.
- O seu Antônio esta melhor, amanhã o médico vai dar alta a ele, respondeu Rute.
- Fiquei preocupado com o meu avô, tive medo que ele ficasse ruim e chegasse a falecer, falou Joel.
- Você ficou satisfeito por roubar o dinheiro que o seu avô ia comprar remédio para comprar o crack e sentir fortes emoções? Perguntou Rute nervosa.
- Droga me deixe em paz, respondeu Joel.
- Cara você é egoísta, só pensa em si mesmo e não se preocupa com as outras pessoas, falou Rute.
O rapaz ficou nervoso, deu um tapa no rosto da Rute e gritou:
- Vá embora da minha casa.
Rute tentou se controlar e falou:
- Nós dois estamos nervosos pelo que aconteceu com o seu avô. Joel apenas lembre-se que quero ajudá-lo porque sou sua amiga.
- Se você fosse minha amiga não ficaria me criticando e chamando-me de ladrão, falou Joel quase chorando.
- O seu vício nas drogas é uma doença pior do que a do seu avô, falou Rute.
- Por favor, vá embora da minha casa e me deixe em paz, falou Joel enquanto saíam lágrimas dos seus olhos.
Rute abriu a porta da sala, antes de sair falou:
- Joel se você quiser a minha ajuda deve reconhecer que é um viciado em drogas e deseja abandonar esse vício.
Ela voltou a sua casa, estava nervosa, mas deveria ter paciência se quisesse ajudar este rapaz. No outro dia o médico deu alta para o senhor Antônio, ele ficaria hospedado na casa da dona Francisca até se recuperar. Às dezenove horas Rute foi até lá visitá-lo. Passados cinco dias ele voltou para a casa dele. Desde que Rute achou um cigarro de maconha no bolso da bermuda do Joel e conversou com ele não retornou para as aulas de reforço escolar. Na sexta-feira à noite quando Rute foi buscar as roupas sujas do senhor Antônio e do seu neto ficou conhecendo uma moça mulata que se chamava Rebeca e era namorada do Joel. O rapaz estava sem graça, apenas a cumprimentou. O senhor Antônio estava contente porque tinha melhorado e havia retornado para sua casa. Na madrugada do sábado para domingo às quatro horas da manhã Rute acordou assustada, alguém tinha apertado a campainha. Com sono ela se levantou e pela janela viu que tinha um casal em frente ao portão de sua casa. Logo reconheceu que aquele homem era o Joel. Depois que colocou o robe, abriu a porta da sala e foi ver o que esse rapaz desejava. Ela ficou espantada quando viu que tinham batido nele e estava saindo sangue do rosto dele. A mulher que o acompanhava era  Rebeca, que segurava uma sacola grande em sua mão direita. Preocupada Rute falou:
- Joel você esta machucado, acho melhor levá-lo para o pronto socorro.
- Apenas levei alguns socos de uns caras, por favor, estou precisando da sua ajuda, falou Joel.
- Entrem na minha casa, será preciso limpar e fazer curativos nos seus machucados, falou Rute.
Joel e Rebeca entraram na casa de Rute. O rapaz foi ao banheiro lavar o seu rosto, depois voltou para a sala, enquanto Rute fazia curativos nos machucados dele perguntou:
- Quem foi que bateu em você Joel lhe deixando todo machucado?
- Foram os dois irmãos de Rebeca, respondeu Joel.
- Eles também estão viciados em drogas? Perguntou Rute novamente.
- Não, aqueles dois grandalhões descobriram que a Rebeca esta grávida, respondeu Joel.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Capitulo 2 - Os problemas Pessoais do Joel

- Você não esqueceu a carteira na sua casa? Perguntou dona Francisca.
- Dona Francisca toda vez que saio de casa sempre levo a carteira na minha bolsa, falou Rute.
- Vamos procurar a sua carteira, talvez sem querer esqueceu no banheiro, falou dona Francisca.
- Desculpe-me dona Francisca, mas nunca costumo esquecer as minhas coisas no banheiro, falou Rute.
- Por favor, vamos procurar a sua carteira, você olha no banheiro das mulheres que eu vou no olhar no dos homens, falou dona Francisca.
Rute entrou no banheiro das mulheres, procurou sua carteira em todos os lugares e não a encontrou. Quando saiu viu que a dona Francisca também estava saindo do banheiro dos homens e estava segurando sua carteira. Ela se aproximou daquela mulher, pegou a carteira, viu que os seus documentos estavam nela, mas o dinheiro havia desaparecido. Nervosa falou:
- Alguém me assaltou, pois levaram embora todo o dinheiro que estava na minha carteira.
- Acalme-se Rute, vamos até a minha sala para conversarmos.
As duas entraram na sala da dona Francisca, então ela perguntou:
- O que você achou dos nove alunos que estavam na aula de reforço escolar?
- Eles são legais, apenas achei que o Paulo e Joel pela idade deles estão atrasados na escola, respondeu Rute.
- Infelizmente foi o Joel que roubou o dinheiro da sua carteira, falou dona Francisca.
- Então devemos chamar a policia, pois estou trabalhando como voluntária e fui assaltada por um dos meus alunos, falou Rute.
- Joel tem vários problemas pessoais, eu prometi ao avô dele que tentaria ajudá-lo, falou dona Francisca.
- Por favor, então me fale quais são os problemas pessoais do Joel, assim também tentarei ajudá-lo, falou Rute.
- Quando Joel tinha dois anos a mãe dele fugiu com outro homem, o pai dele ficou desesperado e com dificuldade o sustentava. Passados sete anos ele ficou desempregado e acabou sendo preso porque participou de um assalto onde uma pessoa foi morta e duas ficaram feridas. O avô do Joel, o senhor Antônio um homem velho e aposentado ficou tomando conta do menino, falou dona Francisca.
- Esse rapaz sofreu bastante nesta vida, falou Rute.
- Já faz três anos que o Joel se tornou viciado em drogas, ele repetiu todos esses anos na sétima série, vendeu objetos da casa do seu avô e ainda rouba dinheiro para comprar drogas, falou dona Francisca.
- Precisamos ajudar esse rapaz, como qualquer ser humano ele merece ter uma vida decente, falou Rute.
- Eu prometi ao senhor Antônio que tentaria ajudar o neto dele, este pobre homem tem medo que ele acabe sendo preso como o seu próprio filho, falou dona Francisca.
- Como sou uma pessoa solidária também tentarei ajudar Joel, falou Rute.
- Rute se você deseja ajudar o Joel primeiro deve tentar ficar amiga dele e lhe mostrar que vale a pena confiar em você. A sua missão mais difícil será mostrar que as drogas que ele consome prejudicam a vida dele porque esta roubando dinheiro das outras pessoas para comprar essa substância, falou dona Francisca.
- Explicarei para o Joel que daqui a alguns meses será maior de idade e poderá ir para a prisão se continuar roubando os outros ou ainda poderá morrer de overdose, falou Rute.
- Tentar ajudar o Joel é uma missão difícil. Você esta com vontade de enfrentar este desafio? Perguntou dona Francisca.
- A minha vida é monótona, talvez estou precisando ter um novo objetivo cercado de novas emoções, respondeu Rute sorrindo.
- Você tem certeza que não se arrependerá por tentar ajudar Joel e se envolver com os problemas da vida dele? Perguntou novamente dona Francisca.
- Dona Francisca eu aceito esse desafio e tenho certeza que não me arrependerei de tentar ser uma pessoa solidária, respondeu Rute.
Elas conversaram por mais alguns minutos, a dona Francisca falou que seria interessante ela ir até a casa do Joel visitá-lo. Para disfarçar avisaria o senhor Antônio que no próximo dia às vinte horas iria até a casa dele visitá-lo e levaria uma amiga. No outro dia Rute pensava direto neste rapaz, quando chegou do serviço fez um bolo de chocolate. No horário combinado foi a casa da dona Francisca e levou o bolo. As duas foram a casa do senhor Antônio. Este homem ficou contente quando as viu e gostou de ter ganhado o bolo de Rute. Essa moça ficou impressionada com esse homem, ele morava em uma casa de três cômodos. Os móveis eram velhos, apesar de morarem dois homens nesta residência o local estava limpo. Quando fazia uns quinze minutos que os três estavam conversando então o senhor Antônio falou:
- Eu já sofri bastante nesta vida, mas o pior dia foi quando nasceu meu filho Simão e a minha esposa Maria faleceu no parto.
- Depois que o senhor ficou viúvo nunca mais quis se casar com outra mulher? Perguntou Rute.
- Maria foi à única mulher que conquistou o meu coração, a minha maior alegria foi poder ver o meu filho crescer e brincar, falou seu Antônio.
Neste momento por lembrar-se do filho algumas lágrimas saíram dos olhos dele.
- Seu Antônio, o senhor não é culpado porque o Simão participou daquele assalto. Parece que ele salvou a vida de um dos reféns e falou para os policiais onde estava escondido o chefe daquela quadrilha, falou dona Francisca.
- Sinto saudades do Simão, apesar do meu filho estar preso ele é uma boa pessoa, falou o senhor Antônio.
- O filho do senhor esta pagando pelos erros que cometeu, mas pelo menos esta vivo. Eu sinto saudades da minha mãe, infelizmente nunca mais poderei vê-la porque faz dois anos que ela faleceu, falou Rute quase chorando.
- A dona Catarina estava muito doente ao menos agora esta descansando em paz, falou dona Francisca.
Sorrindo Rute começou a falar sobre o seu emprego na fabrica, os três conversaram sobre diversos assuntos. Seu Antônio falou que ganhava pouco dinheiro de aposentadoria, por causa da doença precisava comprar remédios caros, o seu neto Joel estava revoltado e não ajudava a fazer os serviços de casa. Dona Francisca falou que tentaria ajudá-lo no que fosse possível. Esse homem falou que seu único problema era que a mulher que lavava suas roupas sujas havia mudado para outro bairro. Rute sorrindo disse que de agora em diante lavaria as roupas sujas deles, pois gostava de ajudar as pessoas. Ele agradeceu bastante e foi pegar as roupas sujas. Ela falou que no próximo sábado a tarde as traria de volta limpas e passadas. 
Na sexta-feira à noite quando Rute foi dar o esforço escolar Joel a agradeceu por ter ido visitar o seu avô Antônio e por lavar as roupas sujas deles. No sábado à tarde no momento que entregou as roupas limpas e passadas ao seu Antônio e Joel agradeceram e falaram que estavam precisando delas. Sorrindo Rute falou que para ficar mais fácil na próxima sexta-feira depois que saísse do reforço escolar viria buscar as roupas sujas e as traria no domingo. Os dias foram passando, Joel começou a ficar amigo da Rute e tentava tirar proveito das aulas do reforço escolar.
Quatro semanas se passaram, num sábado à tarde enquanto lavava as roupas do senhor Antônio e do Joel achou um cigarro de maconha no bolso de uma bermuda do rapaz. Agora teria um pretexto para ter uma conversa com ele. No domingo quando foi levar as roupas encontrou Joel no portão da casa dele, ao vê-lo falou:   
- Ontem achei num livro aquele exercício de matemática que não conseguimos fazer na sexta-feira e consegui fazê-lo.
- Na próxima terça-feira a senhora me explica como conseguiu resolve-lo, falou Joel.
- Por acaso você tem algum compromisso hoje à noite? Perguntou Rute.
- Não vou ficar em casa assistindo televisão junto com o meu avô, respondeu Joel.
- Por favor, venha até a minha casa hoje à noite assim lhe explicarei como fazer aquele exercício, falou Rute.
- Se der certo estarei na sua casa às vinte horas e trinta minutos, falou Joel.
No horário combinado o rapaz apertou a campainha da casa da Rute. Com alegria o convidou para entrar na sala e lhe explicou como fazer o exercício. Depois colocou na mesa uma garrafa de refrigerante, um prato com alguns pedaços de bolo, um pacote de biscoitos e o convidou para acompanhá-la neste lanhe. Enquanto Joel comia um pedaço de bolo ela foi ao quarto pegou o cigarro de maconha, quando voltou para a sala falou: 
- Ontem na hora que estava lavando as roupas sujas encontrei isso no do bolso de sua bermuda.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Capitulo 1 - Solidão e Tristeza na Vida de Rute


 Naquela sexta-feira à noite Rute chegou triste na sua casa porque neste dia fez aniversário e no seu serviço ninguém lhe deu os parabéns. Desanimada sentou-se no sofá, não dava para acreditar que estava fazendo 35 anos em 1992. Então lembrou-se que o dia mais feliz de sua vida foi quando fez 28 anos. Pois o Mateus seu ex-noivo lhe pediu em namoro e deu de presente uma linda gargantilha. Ela começou a chorar, por cinco anos namorou este homem, fizeram planos que se casariam e teriam filhos. Com raiva enxugou suas lágrimas, pois quando fez 33 anos passou este dia no hospital fazendo companhia a sua mãe que estava internada no hospital. Uma semana depois essa mulher faleceu, Rute sofreu bastante por causa do falecimento de sua mãe. Mateus estava do seu lado para consolá-la. Passados trinta e cinco dias esse homem falou pelo telefone que precisavam ter uma conversa muito séria. Ela tomou um banho, se arrumou e ficou esperando pelo Mateus, no horário combinado quando ele apertou a companhia feliz abriu a porta e falou:
- Mateus estou sentindo saudades de você.
Ela o abraçou e beijou, achou estranho porque ele ficou parado e não a beijou, ao se afastar dele Mateus falou:
- Vai ser difícil, mas precisamos ter uma conversa muito séria.
Rute o chamou para entrar na sala, quando fechou a porta notou que o seu noivo estava nervoso e falou:
- Meu amor será que eu fiz alguma coisa que o deixou magoado?
- Rute acalme-se, por favor, estou precisando lhe contar que há dez meses conheci Valquíria, uma mulher maravilhosa, falou o Mateus.
Rute desesperada perguntou:
- Mateus você me traiu com esta mulher?
- Tentei me afastar dela, mas a atração física foi mais forte do que a minha vontade, respondeu o Mateus.
Ela começou a chorar e falou:
- Durante esse tempo que ficamos juntos fiz de tudo para lhe agradar e você ainda teve a coragem de vir até a minha casa falando que me traiu com outra mulher.
- No principio fiquei confuso, mas agora percebi que estamos tendo dificuldades no nosso relacionamento, falou Mateus.
- Por acaso você esta querendo terminar o noivado comigo? Perguntou Rute.
- Já faz nove meses que estou me encontrando com a Valquíria, ontem ela me contou que esta grávida, respondeu Mateus.
Nervosa Rute deu um tapa no rosto dele e gritou:
- Vá embora da minha casa, volte para os braços daquela mulher.
- Como Valquíria esta esperando um filho meu vou me casar com ela. Rute quanto vai custar a sua parte daquela casa que estamos construindo juntos? Perguntou Mateus.
Entre lágrimas Rute pegou as chaves daquela casa, as jogou nos pés do Mateus e gritou:
- Mateus saia da minha casa e vá para o inferno.
O cara pegou as chaves daquela residência e foi embora. Rute desesperada parecia que ia morrer, magoada percebeu que no meio do sofrimento continuaria vivendo. Na outra semana Mateus devolveu o dinheiro que Rute havia gasto para ajudá-lo a construir aquela casa. Sua irmã Amanda e o marido dela a aconselharam comprar outra residência com aquele dinheiro porque pagava aluguel. Junto com o casal foram à imobiliária e com o financiamento comprou a casa que estava morando. Ela sorriu porque fazia dois anos que tinha acabado tudo isso, talvez nunca seria feliz se tivesse se casado com o Mateus.
Então o telefone tocou, Rute o atendeu, era Helena uma amiga que trabalhava junto com ela na fábrica convidou-a para ir à sua casa. Como estava sozinha aceitou o convite, falou que dentro de uma hora estaria na residência dela. Rute tomou banho, vestiu roupas limpas e foi ao ponto de ônibus. No horário combinado chegou à casa da Helena, achou estranho porque já eram vinte horas da noite e as luzes estavam apagadas. Ela apertou a campainha, sua amiga abriu a porta, depois de tê-la cumprimentado a convidou para entrar. Quando entrou na sala acenderam a luz e várias pessoas cantaram Parabéns a você. Rute ficou emocionada com aquela festa surpresa, estavam lá sua irmã Amanda, seu cunhado Anderson, seus sobrinhos Gerson e Fabiano, a dona Francisca e vários amigos do serviço. Rindo agora compreendeu porque ninguém havia dado os parabéns neste dia. Enquanto todos os convidados lhes deram os parabéns, agora teve certeza que este foi o dia mais feliz de sua vida.
Depois que ela cortou o bolo de aniversário foi conversar com alguns amigos e falou:
- Dona Francisca meus parabéns, todos comentam que a Associação de Bairros da Vila Dedo Duro é um sucesso, pois ajuda muitas pessoas.
- Eu e meus amigos que trabalhamos nesta associação como voluntários apenas usamos a nossa solidariedade para tornar este mundo um lugar mais decente, falou dona Francisca.
- O que essa Associação de Bairros da Vila Dedo Duro faz para ajudar as pessoas? Perguntou Clara.
- Na Vila Dedo Duro, Jardim Cruzeiro do Oeste e Vila Mercúrio, temos vários problemas sociais, vários habitantes desses lugares se reuniram e juntos tentamos amenizá-los, respondeu dona Francisca.
- O que a senhora e os seus amigos procuram fazer para tentarem resolver esses problemas sociais? Perguntou novamente Clara.
- Arrecadamos alimentos para ajudar os mais necessitados, damos cursos de pintura, tricô, crochê e reforço escola para crianças e adolescentes que tem dificuldades na escola, respondeu dona Francisca.
- O maior sucesso da Associação de Bairros da Vila Dedo Duro é a horta, pois ajuda crianças e adolescentes de rua e os mandam para a escola, falou Rute.
- Rute você também participa desta Associação de Bairros? Perguntou Amanda.
- Não, um senhor que trabalha na fabrica sempre comenta que esta Associação ajuda bastante os habitantes que residem no Jardim Mercúrio, respondeu Rute.
- Eu estou convidando a todos para conhecerem a Associação de Bairros da Vila Dedo Duro, falou dona Francisca.
- Quem deve resolver os problemas sociais são os políticos, falou Clara.
Todos riram e continuaram se divertindo na festa. Os dias foram passando, na quarta-feira a noite enquanto estava assistindo televisão Rute percebeu que deveria dar um novo sentido a sua vida, pois já estava cansada de ter a solidão como única companheira. Ela trocou de roupa, resolveu conhecer a Associação de Bairros da Vila Dedo Duro na cidade Caloteira. Às vinte horas e trinta minutos chegou neste local. A Associação funcionava em um sobrado branco, este estabelecimento foi reformado, várias pessoas frequentavam este local. Sorrindo perguntou para uma moça onde estava a dona Francisca, essa mulher a levou até a sala onde trabalhava a coordenadora deste projeto. Quando viu dona Francisca falou sorrindo:
- Boa noite dona Francisca, vim até aqui para conhecer a Associação de Bairros da Vila Dedo Duro.
- Boa noite Rute, é com o maior prazer que recebemos todos os visitantes que desejam conhecer o nosso trabalho, falou dona Francisca.
Dona Francisca a levou para conhecer as salas onde os voluntários davam aulas de pintura, tricô, crochê e reforço escolar que funcionavam a esta hora da noite. Aquela senhora falou que durante o dia outras pessoas davam cursos e cuidavam da horta. As duas voltaram para a sala que trabalhava dona Francisca, esta falou:
- Depois que me aposentei vários acontecimentos mudaram a minha vida, o meu marido faleceu e os meus filhos se mudaram para outras cidades.
- Eu compreendo o que a senhora esta falando dona Francisca, depois que a minha mãe faleceu e o meu ex-noivo terminou o nosso noivado a minha vida esta vazia, falou Rute.
- Pois eu vivia triste e desanimada, então o senhor João me convidou para trabalhar como voluntária aqui na Associação de Bairros da Vila Dedo Duro. Esse trabalho deu um novo sentido para a minha vida, agora me sinto útil podendo ajudar as pessoas, falou dona Francisca.
- Desde o dia do meu aniversário percebi que a senhora esta feliz, falou Rute.
- Rute a minha felicidade é poder ver o sorriso de um menino trabalhando na horta, a alegria de uma mulher que aprendeu a fazer tricô e saber que graças ao reforço escolar oferecido as crianças e adolescentes os ajudamos a serem aprovados nas escolas, falou dona Francisca.
- Desculpe-me dona Francisca, mas estou com inveja da senhora por se sentir tão útil para as pessoas, falou Rute.
- Querida venha trabalhar como voluntária na Associação durante o seu tempo livre, falou dona Francisca.
Ela ficou emocionada com este convite e falou:
- Infelizmente eu não sei bordar, fazer tricô e crochê, talvez poderei ajudar a fazer limpeza daqui.
- Mas você fez o magistério quando estudou no ensino médio, falou dona Francisca.
- O meu sonho de criança era ser professora quando crescesse, só que nunca consegui realizá-lo. Já faz doze anos que trabalho naquela fabrica e não tenho nenhuma vontade de sair daquele emprego, falou Rute.
- Estamos precisando de voluntários para ajudar os adolescentes no reforço escolar durante a noite, falou dona Francisca.
Rute pensou um pouco e falou:
- Dona Francisca a senhora é maravilhosa, graças ao seu convite talvez eu consiga realizar o meu sonho de infância.
As duas se abraçaram, dona Francisca falou:
- Há muitas mães que trabalham durante o dia e vem durante a noite para fazer um dos nossos cursos e trazem os seus filhos para o esforço escolar.
- A Associação de Bairros da Vila Dedo Duro era útil para a família inteira, falou Rute.
Elas conversaram bastante, Rute falou que poderia vir ajudar no reforço escolar as terças e sextas-feiras das 19:00 até as 21:00 horas. Dona Francisca sorriu e disse que iria gostar de poder ajudar as pessoas e fazer novas amizades. Elas se despediram, na próxima semana Rute começaria a trabalhar como voluntária na associação de bairros. No outro dia ela trabalhou sorrindo na fabrica, parece que a sua vida ganhou um novo sentido. Durante o seu tempo livre leu alguns livros para poder ajudar as crianças e adolescentes no reforço escolar. Na terça-feira a noite contente se encontrou com a dona Francisca que a levou até uma sala pequena e apresentou os nove alunos que ajudaria no reforço escolar. Artur tinha doze anos, estudava na quinta série, Bianca tinha doze anos, estudava na sexta série, Fábio tinha treze anos, estudava na sétima série, Carla tinha catorze anos, estudava na sétima série, Lúcia tinha quinze anos, estudava na oitava série, Marcos tinha treze anos, estudava na quinta série, Mariana tinha treze anos, estudava na sexta série, Paulo tinha quinze anos, estudava na sexta série, Joel tinha dezessete anos, estudava na sétima série. Depois que foram apresentados Rute simpatizou com eles, os ajudou no que foi  necessário. Passadas duas horas seus alunos voltaram para suas casas. Toda contente foi conversar com a dona Francisca e lhe falou:
- Obrigado por ter me convidado para trabalhar como voluntária e poder ajudar as crianças e adolescentes no reforço escolar.
- Eu tinha certeza que você ficaria feliz trabalhando como voluntária aqui na Associação de Bairros da Vila Dedo Duro, falou dona Francisca.
- Agora que me lembrei dona Francisca vou lhe dar uma fotografia que tiramos juntas na minha festa de aniversário, falou Rute.
Ela abriu sua bolsa para pegar a fotografia, então ficou desesperada ao ver que sua carteira com documentos e dinheiro havia desaparecido. Nervosa falou:
- A minha carteira que guardava os meus documentos sumiu.