sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Capitulo 3 - Um Vício Dificultando a Vida do Rapaz

Joel ficou espantado quando viu que Rute estava segurando um cigarro de maconha e falou:
- Droga procurei este cigarro em vários lugares e fiquei desesperado porque não o encontrei.
- Com tantas coisas boas para fazer nesta vida você esta gastando dinheiro para comprar esta droga, falou Rute.
- A vida é minha e eu faço dela o que quero, por favor, me dê este cigarro, pois estou precisando fumá-lo, falou Joel.
Rute entregou o cigarro para o rapaz falando:
- Pobre rapaz você esta precisando fumar este cigarro porque esta viciado.
- Desde que comecei a fumar maconha senti novas emoções na minha vida, falou Joel.
O rapaz neste momento acendeu o cigarro e começou a fumá-lo, depois ofereceu para a mulher, ela recusou e perguntou:
- Há quanto tempo você fuma isso?
- Na semana passada fez três anos que fumo esta belezoca.
- Então esta explicado porque faz três anos que você repete na sétima série, falou Rute.
- Mulher você não me sustenta e nem é da minha família para ficar me dando bronca, gritou Joel.
- Eu apenas estou querendo ajudá-lo, esta droga só prejudica a sua vida, falou Rute.
- O único problema é que fiquei dois dias sem fumar maconha e não esta fazendo o efeito desejado, falou Joel.
- O seu corpo já esta acostumado com o efeito desta droga, para obter  os mesmos resultados precisará de uma substância mais forte, falou Rute.
- Meu amigo Lulu falou que me sentiria muito melhor se fumasse o crack, falou Joel.
- A única coisa que o seu amigo quer é o seu dinheiro, falou Rute.
- Mulher me deixe em paz, gritou Joel.
- Garoto você esta na minha casa e não esta respeitando as pessoas mais velhas, falou Rute.
- Então eu vou embora agora, falou Joel.
O rapaz jogou o cigarro no chão, abriu a porta da sala e foi embora da casa da Rute. Ela sentou-se no chão e começou a chorar, gostaria de ajudar o Joel, percebeu que esta missão seria difícil. Na terça-feira a noite foi dar aula  de reforço escolar, este rapaz não apareceu na associação de bairros da Vila Dedo Duro. No outro dia dona Francisca telefonou para a fabrica avisando que o senhor Antônio estava internado no hospital. Ela conversou com seu chefe, saiu mais cedo do serviço e foi visitar aquele homem. No hospital encontrou a dona Francisca, o seu Antônio estava melhor, no próximo dia receberia alta do médico. Ele ficaria hospedado na casa desta mulher até se recuperar. Dona Francisca estava brava porque o seu Antônio ficou doente não tomou o remédio, o dinheiro que havia deixado para comprá-lo desapareceu.
- Quem pegou este dinheiro foi o Joel, na última vez que conversei com ele me contou que iria começar a fumar o crack, falou Rute.
- Pobre garoto, esta droga é muito forte e pode matá-lo em pouco tempo, falou dona Francisca.
- Devemos ajudar este pobre rapaz, se for necessário devemos interná-lo numa clínica para recuperação de drogados, falou Rute.
- Eu tenho uma prima que trabalha em uma dessas clínicas, se eu pedir este favor a ela com certeza me ajudará. Mas o Joel deve reconhecer que esta viciado em drogas e deseja fazer tratamento para sair deste vício, falou dona Francisca.
- Será difícil, mas prometo para mim mesma que convencerei este rapaz que as drogas só prejudicam a vida dele, falou Rute.
As duas se despediram, Rute pegou um ônibus e foi ao Jardim Repeteco para conversar com o Joel. Na casa do seu Antônio não tinha ninguém, como aquele homem tinha lhe dado às chaves de sua casa aproveitou para fazer uma boa limpeza nesta residência. Às dezenove horas e quarenta minutos o rapaz chegou neste local e ficou espantado vendo que estava limpo.
- Joel você chegou tarde em casa hoje, falou Rute.
- O que você esta fazendo aqui na minha casa? Perguntou Joel.
- Eu fui visitar o seu avô Antônio no hospital, ele me pediu para limpar a casa dele, respondeu Rute.
- O meu avô Antônio melhorou? Perguntou novamente Joel.
- O seu Antônio esta melhor, amanhã o médico vai dar alta a ele, respondeu Rute.
- Fiquei preocupado com o meu avô, tive medo que ele ficasse ruim e chegasse a falecer, falou Joel.
- Você ficou satisfeito por roubar o dinheiro que o seu avô ia comprar remédio para comprar o crack e sentir fortes emoções? Perguntou Rute nervosa.
- Droga me deixe em paz, respondeu Joel.
- Cara você é egoísta, só pensa em si mesmo e não se preocupa com as outras pessoas, falou Rute.
O rapaz ficou nervoso, deu um tapa no rosto da Rute e gritou:
- Vá embora da minha casa.
Rute tentou se controlar e falou:
- Nós dois estamos nervosos pelo que aconteceu com o seu avô. Joel apenas lembre-se que quero ajudá-lo porque sou sua amiga.
- Se você fosse minha amiga não ficaria me criticando e chamando-me de ladrão, falou Joel quase chorando.
- O seu vício nas drogas é uma doença pior do que a do seu avô, falou Rute.
- Por favor, vá embora da minha casa e me deixe em paz, falou Joel enquanto saíam lágrimas dos seus olhos.
Rute abriu a porta da sala, antes de sair falou:
- Joel se você quiser a minha ajuda deve reconhecer que é um viciado em drogas e deseja abandonar esse vício.
Ela voltou a sua casa, estava nervosa, mas deveria ter paciência se quisesse ajudar este rapaz. No outro dia o médico deu alta para o senhor Antônio, ele ficaria hospedado na casa da dona Francisca até se recuperar. Às dezenove horas Rute foi até lá visitá-lo. Passados cinco dias ele voltou para a casa dele. Desde que Rute achou um cigarro de maconha no bolso da bermuda do Joel e conversou com ele não retornou para as aulas de reforço escolar. Na sexta-feira à noite quando Rute foi buscar as roupas sujas do senhor Antônio e do seu neto ficou conhecendo uma moça mulata que se chamava Rebeca e era namorada do Joel. O rapaz estava sem graça, apenas a cumprimentou. O senhor Antônio estava contente porque tinha melhorado e havia retornado para sua casa. Na madrugada do sábado para domingo às quatro horas da manhã Rute acordou assustada, alguém tinha apertado a campainha. Com sono ela se levantou e pela janela viu que tinha um casal em frente ao portão de sua casa. Logo reconheceu que aquele homem era o Joel. Depois que colocou o robe, abriu a porta da sala e foi ver o que esse rapaz desejava. Ela ficou espantada quando viu que tinham batido nele e estava saindo sangue do rosto dele. A mulher que o acompanhava era  Rebeca, que segurava uma sacola grande em sua mão direita. Preocupada Rute falou:
- Joel você esta machucado, acho melhor levá-lo para o pronto socorro.
- Apenas levei alguns socos de uns caras, por favor, estou precisando da sua ajuda, falou Joel.
- Entrem na minha casa, será preciso limpar e fazer curativos nos seus machucados, falou Rute.
Joel e Rebeca entraram na casa de Rute. O rapaz foi ao banheiro lavar o seu rosto, depois voltou para a sala, enquanto Rute fazia curativos nos machucados dele perguntou:
- Quem foi que bateu em você Joel lhe deixando todo machucado?
- Foram os dois irmãos de Rebeca, respondeu Joel.
- Eles também estão viciados em drogas? Perguntou Rute novamente.
- Não, aqueles dois grandalhões descobriram que a Rebeca esta grávida, respondeu Joel.

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