Assustada Micheli falou:
-
Eu sai escondida para poder me encontrar com o meu namorado.
-
Garota esperta! Falou Mara.
-
Mara você contou aos seus pais que eu sai escondida da sua casa? Perguntou
Micheli.
-
Não porque se eles soubessem já teriam avisado os seus pais e pediram aos
policiais para encontrá-la, respondeu Mara.
-
Por favor, não conte isto para ninguém senão terei sérios problemas com os meus
familiares, falou Micheli.
-
Minha amiga então nós duas teremos um segredo, falou Mara.
As duas conversaram por mais alguns minutos depois se deitaram nas camas
para dormir. Passados alguns minutos Micheli dormiu, enquanto ela dormia sonhou
com os seus pais, como se divertiu em festas, passeios e viagens que fizeram juntos.
Às oito horas da manhã ela acordou, então se lembrou das barbaridades que fez a
essas duas pessoas. Desesperada começou a chorar, agoniada percebeu que nunca
deveria ter ajudado o seu namorado a realizar este terrível plano. Passou-se cinquenta
minutos, como ouviu barulho na sala dos pais da Mara conversando levantou-se da
cama, colocou um vestido, penteou os seus cabelos e se dirigiu a sala. Este
casal disfarçava, mas, estavam aflitos e nervosos. Dona Glória a mãe da Mara a
convidou para tomar o café da manhã. Em cima da mesa tinha pães franceses e de
forma, roscas doces, pedaços de bolos, e vários tipos de bolachas, além de uma
garrafa térmica com café e outra com chá mate, no bule tinha leite quente.
Depois que Micheli se alimentou dona Glória falou:
-
Micheli seja forte porque tenho uma triste noticia para lhe contar.
A moça para disfarçar falou:
-
Aconteceu algum acidente com a minha irmã Silvia?
-
Não a sua irmã esta bem, infelizmente durante a noite entrou ladrões na casa
dos seus pais e os assassinaram, respondeu dona Glória.
Micheli começou a chorar e falou:
-
Esses bandidos nunca deveriam ter feito esta crueldade com os meus pais.
Dona Glória a abraçou e falou:
-
Meus sentimentos Micheli, a sua avó Augusta pediu para cuidarmos de você.
-
Será que os meus pais sofreram muito antes de serem assassinados? Perguntou
Micheli.
-
O seu avô Dionísio quando nos ligou falando sobre esta triste noticia ele disse
que havia combinado com o seu pai que eles dois juntos com as suas esposas
iriam passar o domingo na chácara. Os seus avôs chegaram cedo à casa de seus
pais, como estava tudo quieto resolveram fazer um café surpresa a eles. Depois
que já estava tudo preparado à dona Augusta abriu a porta do quarto do Adolfo e
da Elza e entrou neste cômodo. Esta mulher ficou desesperada quando viu que
mataram o seu filho com uma facada no coração e na sua nora deram uma pancada
na cabeça e a assassinaram por asfixia, respondeu dona Glória.
-
Os meus pais eram jovens demais para morrerem, falou Micheli chorando.
O
irmão do seu Adolfo tomou todas as providências para o velório e enterro do seu
irmão e da cunhada. Micheli ficou desesperada quando viu os seus pais dentro
dos caixões. Chorando abraçou a sua irmã Silvia e os avôs Dionísio e Augusta.
Os policiais interrogaram todas as pessoas desta família para investigarem
sobre este assalto com assassinato. Adolfo Parelli tinha 51 anos e trabalhava como
gerente de banco, Elza Blota Parelli tinha 48 anos e era professora de educação
física. O enterro deste casal aconteceu às dezessete horas no cemitério da
cidade.
A
pedido da avó Augusta as suas duas netas foram pousar na casa dela. Micheli
estava sentindo peso na sua consciência e ficou acordada uma boa parte da
noite. Nos poucos momentos que dormiu sonhou que junto com o namorado estava
matando os seus pais. Devido a esse doloroso acontecimento ela não pode
encontrar Cleiton e saciar o seu vicio nas drogas.
Na segunda-feira cedo Micheli levantou-se perturbada e mentiu aos seus
avós dizendo que iria à igreja rezar. Ela telefonou ao namorado e combinaram
que se encontrariam no mesmo lugar de sempre. Assim poderiam tomar os remédios
com as bebidas alcoólicas e fugiriam dos problemas do mundo através das suas
alucinações. No momento que esta moça viu Cleiton chorando o abraçou falando:
-
Toda as vezes que fecho os meus olhos me lembro que nós dois assassinamos os
meus pais.
-
Gata sempre pagamos um preço para conseguirmos as coisas nesta vida, falou
Cleiton rindo.
-
Você acha tudo isto engraçado porque não são os seus pais que estão motos,
falou Micheli.
-
Eu trouxe uma caixa de remédio e um litro de pinga para nos divertirmos bastante
hoje, falou Cleiton.
Este casal depois que saciou o seu vicio começaram a viajar nas asas da
imaginação. De repente ouviram um barulho no outro cômodo deste imóvel. Cleiton
falou alto:
-
Pessoal estamos nos divertindo bastante, venham participar conosco desta
emoção.
Em vez dos amigos do rapaz apareceu neste lugar três policiais. Um deles
perguntou:
-
Cleiton onde você conseguiu os 500 dólares que pagou ao dono da farmácia os
remédios que estava devendo a ele?
Rindo esse rapaz falou:
-
Eu ganhei na loteria federal.
-
Micheli o seu vizinho Henrique falou aos policiais que viu você e o seu
namorado Cleiton perto da casa dos seus pais no horário que foram assassinados,
falou o outro policial.
-
Henrique contou mentira, já faz mais de quatro anos que ele deseja namorar
comigo, falou Micheli.
-
A sua amiga Mara nos contou que na noite de sábado para domingo você saiu
escondida da casa dos pais dela para se encontrar com o seu namorado, falou o
policial.
Furiosa Micheli falou:
-
Aquela ingrata, eu juro que vou matar Mara porque ela contou as outras pessoas
o nosso segredo.
-
Micheli você vai matar a Mara do mesmo jeito que matou a sua mãe? Perguntou o
outro policial.
Rindo Micheli falou:
-
Na minha mãe eu dei apenas uma pancada na cabeça dela, foi o Cleiton que deu
uma facada no coração do meu pai e asfixiou a sua esposa com o travesseiro.
-
Como vocês dois tiveram a coragem de fazer esta barbaridade? Perguntou o
terceiro policial.
Cleiton deu uma gargalhada e falou:
-
Aqueles burgueses tinham muita grana, eu e a minha namorada os assassinamos
para que ela receba um bom dinheiro de herança.
-
Cleiton Trevisan e Micheli Parelli vocês estão presos porque confessaram que
assassinaram o casal Adolfo Parelli e Elza Blota Parelli, falou um policial
enquanto os outros dois os algemaram.
Os policiais levaram os dois presos à delegacia. Passado uns quarenta
minutos o delegado chamou a imprensa e revelou que descobriram quem assassinou
o casal Parelli. Primeiramente acharam estranho quando o rapaz Henrique Moraes
falou que viu a filha deste casal junto com o namorado no quarteirão que ficava
a residência do gerente Adolfo no horário em que foram assassinados. Depois
investigaram a vida do adolescente Cleiton Trevisan, descobriram que no domingo
às dezenove horas ele pagou 500 dólares ao dono de uma farmácia porque devia
bastante dinheiro a ele por causa dos remédios que comprava. Uma policial
interrogou as pessoas da casa onde Micheli ficou hospedada na noite do crime.
Mara contou que a sua amiga saiu escondida para se encontrar com o namorado. Na
segunda-feira os policiais seguiram este casal e os encontraram sobre o efeito
das drogas, rindo acabaram confessando que foram eles que assassinaram os pais
da moça.
A
cidade Caloteira ficou abalada com esta noticia. Silvia revoltada gritava que
odiava a Micheli e nunca a perdoaria por ter ajudado a assassinar os seus pais.
Muitas pessoas foram à frente da delegacia manifestar contra este casal. O
delegado ficou com medo que as pessoas iriam querer linchar os dois e os
transferiu em segredo a penitenciária da cidade Mercúrio. Micheli ficou desesperada
por ter cometido este crime, agora que estava presa não conseguia mais obter as
drogas para saciar o seu vicio. Ela dormia muito pouco durante a noite e sempre
tinha pesadelos. Comia poucos alimentos e começou a sentir enjoo. Passados
quinze dias o diretor da penitenciária chamou um médico para consultá-la. O
doutor a examinou e fez várias perguntas, sorrindo forçadamente Micheli falou:
-
Doutor eu estou muito doente, para aliviar o meu sofrimento em breve falecerei.
-
Mandarei à senhorita fazer alguns exames porque estou desconfiado que você esta
grávida, falou o médico.
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