Emocionada Catarina abraçou Pedro falando:
-
Meu marido eu o amo tanto.
-
Catarina você é a razão do meu viver, falou Pedro.
O
casal comovido se abraçou e beijaram-se. No outro dia Pedro e Catarina foram a
casa de Fabiana conversar com a dona Aparecida. Depois que foram apresentados
Catarina falou que gostariam de ajudar os moradores do Jardim dos Girassóis.
Pedro disse que precisavam fazer um levantamento para ajudar as pessoas mais
carentes. Aparecida disse que quase todos os habitantes deste lugar estavam
necessitados. Porque muitas pessoas estavam desempregadas, as famílias eram
numerosas e tinham muitos filhos. Em algumas famílias as crianças eram criadas
apenas pelas mães, outras só pelos pais, muitos pelos avôs. Faltava
alimentação, muitas crianças tinham dificuldades no ensino escolar por causa da
desnutrição e carência alimentar. Muitas pessoas viviam em barracos feitos com
pedaços de madeiras, cobertos com lona, em um único cômodo moravam várias
pessoas. Nestes lugares não havia banheiro, água encanada e energia elétrica.
Catarina disse que precisavam conversar com essas famílias para ajudá-las no
que estavam precisando neste momento. A dona Aparecida falou que no próximo
final de semana conversaria com essas pessoas e poderiam marcar uma reunião na
sua casa. Então combinaram que na próxima terça-feira procurariam esta mulher e
veriam para qual dia ela tinha marcado esta reunião.
Passados
alguns dias na terça-feira as quinze horas Catarina e Pedro foram a casa da
Fabiana para conversar com a dona Aparecida. Esta senhora falou que todos os
habitantes do Jardim dos Girassóis ficaram felizes porque o casal queria ajudá-los.
A reunião foi marcada para a quarta-feira às vinte horas na casa da dona
Aparecida. No outro dia no horário combinado entraram no automóvel e se dirigiram
a aquele bairro. Assim que chegaram neste local os dois viram que com a
escuridão da noite apenas algumas residências possuíam energia elétrica. Alias
essas ligações eram clandestinas, em frente de um dos barracos tinha muitas
pessoas. Pedro teve certeza que ali era a casa da senhora Aparecida da
Silva.
Quando essas pessoas os viram todos queriam conversar com eles ao mesmo
tempo. As vinte e duas horas e trinta minutos o casal conseguiu obter poucas
informações sobre aquele bairro. Neste local estavam construídos 79 barracas,
como já estava tarde Pedro e Catarina falaram que nos próximos dias pretendiam
ir às casas para saberem detalhadamente as necessidades de cada família.
Passados 45 minutos se despediram daquelas pessoas e retornaram a sua residência.
No outro dia às nove horas da manhã os dois voltaram a aquele bairro. De
longe viram que aquelas casas simples foram construídas em um barranco. A
primeira casa que eles entraram foram na da dona Aparecida. Aquele barraco era
feito com pedaços de madeira e coberto com brazilite, tinha três cômodos e os
poucos móveis eram velhos. Assim que se sentaram em três cadeiras dona
Aparecida sorrindo falou que a sua casa era uma das melhores deste bairro.
Porque tinha um banheiro neste imóvel e estava ligada a energia elétrica.
Amargamente esta mulher falou que muitas casas não possuíam banheiro e a tarde
vários homens, mulheres e crianças tomavam banho nas águas poluídas daquele
pequeno riacho que ficava no final daquele barranco.
Durante cinco dias Pedro e Catarina foram em todas as casas obterem
informações sobre os habitantes deste bairro. Muitas pessoas estavam passando
por necessidade porque estavam desempregadas, devido à pobreza tinham baixo
grau de instrução. Várias moças muito jovens já estavam grávidas ou tinham
filhos. Eles estavam precisando com urgência de alimentos não perecíveis,
roupas, calçados, remédios para os doentes, utensílios domésticos como pratos,
garfos, colheres, facas, panelas, toalhas de banho, lençóis, travesseiros,
cobertores, enxovais para bebês. Em muitos barracos moravam várias pessoas em
um único cômodo e era coberto com lona, nesses lugares faltava móveis e os seus
habitantes não tinham cama e colchão para dormirem.
Pedro e Catarina ficaram horrorizados vendo tanta pobreza, mas, estavam
decididos ajudar aquelas pobres pessoas. No outro dia Pedro se dirigiu a uma
rádio e colocou um anuncio pedindo para toda a população da cidade Aurora Dourada
ajudar os moradores do Jardim dos Girassóis. Comovido este homem pedia para as
pessoas levarem a sua casa alimentos não perecíveis, calçados, brinquedos,
remédios, utensílios domésticos e móveis usados. Passaram-se quinze dias,
muitas pessoas levaram a casa do casal o que haviam pedido no rádio. As ofertas
foram generosas, Pedro contratou dois caminhões para as levarem até aquele
bairro. Aqueles moradores ficaram felizes com esta ajuda porque por algum tempo
teriam as coisas necessárias que o ser humano precisava para sobreviver.
Com este movimento de solidariedade Pedro e Catarina conheceram várias
pessoas que foram solidários e os ajudaram generosamente. Na segunda-feira a
noite os dois foram convidados para jantar na casa do senhor Miguel. Este homem
era engenheiro agrônomo, a sua esposa se chamava Ivone. Para esta refeição este
homem convidou a sua sobrinha Janete. Depois que jantaram enquanto conversaram
na sala Miguel falou:
-
Pedro e Catarina vocês estão de parabéns por terem feito esta campanha e
ajudado os moradores do Jardim dos Girassóis.
-
Ainda continuaremos ajudando essas pessoas, como neste lugar há muitas pessoas
analfabetas vou querer dar aulas para ensiná-los a ler e escrever, falou
Catarina.
-
Eu vou querer ajudar aquelas pessoas a melhorarem as suas pobres casas, como
colocar cobertura nas que estão cobertas com lona, ajudar a fazer banheiro nas
que não tem e aumentar as que possuem um só cômodo, falou Pedro.
-
Como gosto de fazer pinturas e crochê eu posso dar aula a aquelas mulheres para
ensiná-las como se faz essas coisas, assim poderão ganhar algum dinheiro quando
venderem essas novidades, falou Janete.
-
Naquele bairro há muitas crianças e adolescentes, esta juventude merece ter um
futuro decente, falou Ivone.
-
Infelizmente as crianças e adolescentes são influenciadas pelas más companhias
porque lhes falta alimentos, roupas, e
os bandidos e traficantes as desviam para o roubo e trafico de drogas, falou
Catarina.
-
O futuro deste país são as crianças e adolescentes, nós precisamos ajudar esta
juventude para oferecermos um mundo melhor aos nossos filhos e netos, falou
Pedro.
-
A minha chácara fica a três quilômetros daquele bairro, eu estava pensando que
com a ajuda daqueles moradores nós poderíamos fazer uma horta comunitária na
minha propriedade, falou Miguel.
-
Meu marido a sua ideia é ótima porque poderemos ajudar aquelas pobres pessoas e
tentaremos orientar as crianças e adolescentes para que tenham um futuro
decente, falou Ivone.
-
Ontem conversei com o padre José Amaral e ele deixou usar o salão da igreja
para que eu possa alfabetizar os moradores do Jardim dos Girassóis, falou
Catarina.
-
Este salão ficava a quinhentos metros daquele bairro, no próximo dia irei
conversar com o padre José para ver se ele concorda em deixar eu dar aula de
pintura e crochê as mulheres que se interessarem em fazer este curso no sábado
a tarde, falou Janete.
-
Com a nossa união este projeto para ajudar os moradores do Jardim dos Girassóis
fará sucesso, falou Pedro.
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