1 -
Introdução
Estudaremos a língua russa no
processo de construção de uma identidade coletiva na União Soviética, pois foi
operado no campo da linguística e do discurso sobre a língua. O poder político
soviético valorizou as questões linguísticas e da língua.
Mas antes disto acontecer temos
outros exemplos sobre a implantação da língua russa. O mais antigo aconteceu no
século 16 na conquista do Canato de Kazan e outras áreas tártaras. No século 19
houve a substituição das línguas polonesas, bielorrussa e lituana pela russa
nos ex-territórios da Republica das Duas Nações porque tornaram-se parte do
Império Russo.
A
União Soviética ao implantar a língua russa como linguagem obrigatória relembra
grandes heróis como o general Kutuzov, vencedor de Napoleão. Seus governantes
utilizaram a estabilidade do internacionalismo proletário na língua russa,
chegaram a fuzilar seus lingüistas por razões de definições linguísticas.
Houve conflitos discursivos na
época, como as relações entre o russo e o ucraniano. Para o grão-russo Golanov
o bielo-russo e o ucraniano eram três variantes da mesma língua russa
refletindo-se aos falares populares. O partido desejava a internalização do
chauvismo grão-russo.
Em 1927, Trubetzkoy professor da
eslavistica na Universidade de Viena, defendeu as suas teses o nacionalismo
Pan-Eurasiano, porque a família eurasiana era a força maior para a nação russa.
No político conteudistico a unidade linguística se resumia na classe dos
falantes.
O governo soviético precisava
unificar o povo russo para construírem uma nação. Stálin no seu relato XVI ao
Congresso do Partido (1930) defendeu a nova doutrina do socialismo em seu país,
ele declarou que a língua única do futuro seria a fusão das línguas existentes.
A língua russa seria a única da humanidade futura. Na Grande Enciclopédia
Soviética publicada em 1937 determinava o cosmopolitismo como termo político de
origem grega desejando que a revolução proletária transformasse o mundo em uma
pátria para a classe operária.
2-
Justificativa
O principal argumento desta pesquisa
é que o poder político da União Soviética deu atenção as questões de língua e
linguística russa. Havia desigualdade nas línguas, consideravam o russo
superior as outras línguas devido à riqueza do seu vocabulário. Pois a língua é
indissoluvelmente ligada ao povo que a fala.
3 -
Fundamentação Teórica
A fundamentação teórica são os textos do professor Patrik Sériot sobre os estudos da língua russa na
União Soviética e outros textos relacionados à pesquisa.
A estabilidade aparente da língua russa: o
internacionalismo proletário. Nas décadas de 20 de 30 do século XX debatiam na
União Soviética o futuro das línguas na sociedade soviética, pois a Rússia
tinha a responsabilidade de antigo colonizador, os outros povos deveriam
reencontrar sua própria responsabilidade histórica diferenciando-se da Rússia.
O EURASISMO da língua russa e
Estado outrora chamava-se Império russo, agora a URSS só que um conjunto de
povos viviam neste Estado, mas cada nação possuía o seu nacionalismo. Chamavam
esta nação de eurasiana, seu território Eurásia e seu nacionalismo, eurasiano.
Analisando o futuro das línguas na
sociedade socialista: Língua russa – a única da humanidade futura. O poder
político precisava unificar o povo russo para poderem construir uma nação. A
Língua Russa seria a única da humanidade. Mas ocorreu a época da estagnação da
língua russa até o advento de Gorbatchev.
Considerações
Finais
Atualmente
é justificado a necessidade de aprender a língua russa devido a potencialidade
do povo russo, pois a sua história ultrapassou os outros povos pela
transformação revolucionária da sociedade.
Stálin mostrou ao mundo ocidental o
que é uma Revolução Socialista. O talentoso linguista russo Mikhail Bakhtin com
seus estudos linguísticos trouxe benefícios para a humanidade.
Referências
Bibliograficas
Sériot,
Patrik, Linguística Nacional ou Linguística Nacionalisttica? (Línguas
Instrumentos Linguísticos), nº7, São Paulo, Pontes, 2001, p. 53-69.
Bakhtin,
M. Marxismo e Filosofia da Linguagem. Hucitec, 2004.
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