sábado, 3 de dezembro de 2016

Projeto Linguistico - Luíngua Russa: Luinguistica Nacional ou Linguistica Nacionalista?


1 - Introdução
Estudaremos a língua russa no processo de construção de uma identidade coletiva na União Soviética, pois foi operado no campo da linguística e do discurso sobre a língua. O poder político soviético valorizou as questões linguísticas e da língua.
Mas antes disto acontecer temos outros exemplos sobre a implantação da língua russa. O mais antigo aconteceu no século 16 na conquista do Canato de Kazan e outras áreas tártaras. No século 19 houve a substituição das línguas polonesas, bielorrussa e lituana pela russa nos ex-territórios da Republica das Duas Nações porque tornaram-se parte do Império Russo.
A União Soviética ao implantar a língua russa como linguagem obrigatória relembra grandes heróis como o general Kutuzov, vencedor de Napoleão. Seus governantes utilizaram a estabilidade do internacionalismo proletário na língua russa, chegaram a fuzilar seus lingüistas por razões de definições linguísticas.
Houve conflitos discursivos na época, como as relações entre o russo e o ucraniano. Para o grão-russo Golanov o bielo-russo e o ucraniano eram três variantes da mesma língua russa refletindo-se aos falares populares. O partido desejava a internalização do chauvismo grão-russo.
Em 1927, Trubetzkoy professor da eslavistica na Universidade de Viena, defendeu as suas teses o nacionalismo Pan-Eurasiano, porque a família eurasiana era a força maior para a nação russa. No político conteudistico a unidade linguística se resumia na classe dos falantes.
O governo soviético precisava unificar o povo russo para construírem uma nação. Stálin no seu relato XVI ao Congresso do Partido (1930) defendeu a nova doutrina do socialismo em seu país, ele declarou que a língua única do futuro seria a fusão das línguas existentes. A língua russa seria a única da humanidade futura. Na Grande Enciclopédia Soviética publicada em 1937 determinava o cosmopolitismo como termo político de origem grega desejando que a revolução proletária transformasse o mundo em uma pátria para a classe operária.
2- Justificativa
O principal argumento desta pesquisa é que o poder político da União Soviética deu atenção as questões de língua e linguística russa. Havia desigualdade nas línguas, consideravam o russo superior as outras línguas devido à riqueza do seu vocabulário. Pois a língua é indissoluvelmente ligada ao povo que a fala.
3 - Fundamentação Teórica
A fundamentação teórica são os textos do professor Patrik Sériot sobre os estudos da língua russa na União Soviética e outros textos relacionados à pesquisa.
A estabilidade aparente da língua russa: o internacionalismo proletário. Nas décadas de 20 de 30 do século XX debatiam na União Soviética o futuro das línguas na sociedade soviética, pois a Rússia tinha a responsabilidade de antigo colonizador, os outros povos deveriam reencontrar sua própria responsabilidade histórica diferenciando-se da Rússia.
O EURASISMO da língua russa e Estado outrora chamava-se Império russo, agora a URSS só que um conjunto de povos viviam neste Estado, mas cada nação possuía o seu nacionalismo. Chamavam esta nação de eurasiana, seu território Eurásia e seu nacionalismo, eurasiano.
Analisando o futuro das línguas na sociedade socialista: Língua russa – a única da humanidade futura. O poder político precisava unificar o povo russo para poderem construir uma nação. A Língua Russa seria a única da humanidade. Mas ocorreu a época da estagnação da língua russa até o advento de Gorbatchev.
Considerações Finais       
Atualmente é justificado a necessidade de aprender a língua russa devido a potencialidade do povo russo, pois a sua história ultrapassou os outros povos pela transformação revolucionária da sociedade.
Stálin mostrou ao mundo ocidental o que é uma Revolução Socialista. O talentoso linguista russo Mikhail Bakhtin com seus estudos linguísticos trouxe benefícios para a humanidade.
 
           
Referências Bibliograficas
Sériot, Patrik, Linguística Nacional ou Linguística Nacionalisttica? (Línguas Instrumentos Linguísticos), nº7, São Paulo, Pontes, 2001, p. 53-69.
Bakhtin, M. Marxismo e Filosofia da Linguagem. Hucitec, 2004.  

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