A dona Maria da Graça ficou espantada
e falou:
- O casamento é uma união sagrada,
você nunca deve casar-se quando não ama o seu marido.
Chorando Bárbara falou:
- Desde a minha adolescência sempre
fui apaixonada pelo Dionísio Fonseca, quando ele me chamou para fugir tive medo
e nós dois brigamos. Então para esquecê-lo acabei envolvendo-me com Milton
Marques.
- Para agradar o seu pai você
acabou casando-se com este rapaz porque ele era filho de um fazendeiro, falou
Maria da Graça.
- Naquela época eu era jovem e cometi
um grave erro na minha vida, falou Bárbara.
- Bárbara agora você esta cometendo
um erro muito mais grave porque não esta demonstrando o amor que sente por sua
filha, falou Maria da Graça.
Desesperada Bárbara perguntou:
- Tia Maria da Graça o que devo fazer
para ser uma boa mãe a minha filha?
Esta senhora lembrou-se de um trecho
da bíblia e falou o que estava escrito no evangelho de João capitulo 8,
versículos de 12 a 17: “ Jesus continuou dizendo: ‘Eu sou a luz do mundo. Quem
me segue não andará nas trevas, mas possuirá a luz da vida.’ Então os fariseus
disseram: ‘O teu testemunho não vale, porque estás dando testemunho de ti
mesmo.’ Jesus respondeu: ‘Embora eu dê testemunho de mim mesmo, o meu
testemunho é válido, porque eu sei de onde venho para onde vou. Vocês julgam como homens, mas
eu não julgo ninguém. Mesmo que eu julgue, o um julgamento é valido, porque eu
não estou sozinho, mas o Pai que me enviou esta comigo. Na Lei de vocês esta
escrito que o testemunho de duas pessoas é válido.”
- Pelo que entendi desta mensagem
quando Jesus Cristo veio ao mundo ele não estava sozinho, mas Deus sempre
esteve do seu lado, falou Bárbara.
- Deus sempre esta do nosso lado,
neste momento Ele deseja que você Bárbara sempre esteja junto com a sua filha,
falou Maria Da Graça.
- Por favor, tia Maria da Graça
diga-me como devo aproximar-me da minha filha sem que eu assuste esta menina,
falou Bárbara.
- No próximo dia às catorze horas
eu e a Raquel vamos ao orfanato visitar as crianças, seria interessante se você
Bárbara fosse junto conosco, falou Maria da Graça.
Bárbara abraçou a Maria da Graça e
falou:
- Obrigada tia Maria da Graça por
estar me ajudando, agora eu vou a cidade comprar doces para levarmos a essas
crianças.
- Minha sobrinha vou precisar ir à
cidade junto com você porque os meus remédios estão acabando, falou Maria da
Graça.
Passados trinta minutos as duas
mulheres entraram no automóvel, Bárbara o dirigiu até a cidade Cantos e Contos.
Esta cidade era pequena e deveria ter uns quinze mil habitantes. As pessoas que
moravam neste lugar eram alegres e educadas. Bárbara estacionou o seu veiculo
em frente da farmácia, Maria da Graça entrou neste estabelecimento para comprar
os seus remédios. Depois as duas dirigiram-se ao supermercado onde compraram
balas, doces e bolachas que levariam no outro dia ao orfanato. Assim que
fizeram as compras como fazia bastante calor elas atravessaram a rua e dirigiram-se a sorveteria. Enquanto estavam
neste local na rua passou um homem dirigindo um trator. Bárbara assim que o viu
ficou nervosa e falou:
- Aquele homem que esta dirigindo o
trator é o Dionísio Fonseca.
- Por acaso ele casou-se com outra mulher? Perguntou Maria da Graça.
- Não, depois que nós dois brigamos
Dionísio falou que nunca mais iria querer
se envolver com outra mulher, respondeu Bárbara.
- Bárbara você ainda ama este
homem, deixe de ser orgulhosa e o procure novamente, com calma revele os seus
verdadeiros sentimentos, falou Maria da Graça.
- Dionísio nunca me perdoou porque não
quis fugi com ele, falou Bárbara.
- Vocês dois eram jovens, é melhor
ouvir um não do seu amor do que ficar na duvida a vida inteira de que poderia
ter sido feliz ao lado dele, falou Maria da Graça.
- Tia Maria da Graça com calma
refletirei sobre esta nossa conversa, falou Bárbara.
No outro dia às catorze horas a
dona Maria da Graça e a Raquel prepararam-se para irem ao orfanato. Bárbara
vendo a alegria da sua filha perguntou por que ela estava tão feliz. A menina
respondeu que iria visitar os seus amigos que moravam no orfanato. Esta mulher
disse que gostaria de levá-la a este lugar. Passados vinte minutos as três
entraram no carro, dirigiram-se ao orfanato. Aquelas crianças e adolescentes
ficaram felizes quando ganharam os brinquedos e doces daquelas mulheres. A
partir deste dia Bárbara começou a demonstrar o amor que sentia por sua filha,
as duas ficaram amigas. Passaram-se quatro dias, às onze horas na planície da
fazenda encontraram-se Gaspar e Inês com o Donizete. Ambos estavam montados em
seus cavalos, então começaram a apostar corridas. Depois de quarenta minutos o
Donizete falou:
- Olhem na estrada o coronel Vicente esta
dirigindo a sua caminhonete. Vou esconder-me porque não quero que ele me veja
conversando com vocês.
- Meu amor você esta com medo do meu
pai? Perguntou Inês.
- Não, mas apenas enfrentarei este
homem quando marcarmos a data do nosso casamento, falou Donizete.
- Donizete vamos nos esconder atrás
daquelas árvores, pois quero namorar mais um pouco antes de voltar para casa,
falou Inês.
O casal montado nos cavalos cavalgou
uns trezentos metros, então desceram dos animais e ficaram embaixo de uma
árvore. De longe Gaspar observou o seu tio, quando este homem foi chegando
perto do rio a sua caminhonete saiu da estrada e caiu dentro do rio.
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